Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2154379 Português
Estratégias para um estudo mais produtivo e realizador 

10.png (771×791)
Por Alfredo Freitas

(Disponível em: blog.ambra.education/beneficios-de-estudar/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa em que o significado da forma verbal é próximo ao de “potencializam” (l. 06).  
Alternativas
Q2154322 Português
TEXTO I
UTILIDADES DEMAIS

Flanando outro dia pela avenida Rio Branco, vi-me sem querer numa galeria formada por camelôs na cidade do Rio de Janeiro. E, como estava ali, caí na tentação de procurar um objeto: uma lanterninha, daquelas micro, de plástico, a pilha. O camelô me mostrou uma pequena peça, que acoplou a seu celular, e produziu um jatinho de luz. Agradeci e respondi que não me servia – “Não uso celular”, expliquei.

O camelô se escandalizou: “Não usa celular???”, perguntou, com vários pontos de interrogação e num volume que o fez ser ouvido por todo mundo em volta. A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, à medida que eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: “Não usa celular!!!”. Para eles, eu devia equivaler a alguém que ainda não tinha aderido ao banho quente ou à luz elétrica. Acho até que um camelô me fotografou, talvez para mostrar a algum amigo incrédulo – como pode haver, em 2017, quem não use celular?

Consciente de ser um anacronismo ambulante, confesso-me esta pessoa e me atrevo a dizer que o celular nunca me fez falta – e continua não fazendo. Para me comunicar, vivo hoje mais ou menos como em 1990, quando o treco ainda não existia e nem se pensava no assunto. 

Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone. Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de “fixo”. Se tiver de sair, faço as ligações de que preciso e vou alegremente para a rua. Se eu estiver fora e alguém me telefonar, paciência – se for importante, ligará de novo.

Por que não uso celular? Porque, com suas 1001 utilidades, tipo Bombril, ele é capaz de me escravizar. O único jeito é manter-me à distância – até o dia em que, com ou sem ele, provavelmente ficarei inviável de vez.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ruycastro/2017/07/1905766-utilidades-demais.shtml. Acesso em 03/01/2022. Adaptado.
Leia: “A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, À MEDIDA QUE eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: ‘Não usa celular!!!’”. (2°§) 
No trecho acima, a locução conjuntiva em destaque, além de unir as orações, estabelece entre os períodos relação semântica de
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Q2154279 Português
A poluição nossa de cada dia 

00_40 .png (374×634)
00_55.png (371×275)
00_95.png (372×629)


(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
Na linha 75, “incólume” significa 
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Q2154270 Português
A poluição nossa de cada dia 

00_40 .png (374×634)
00_55.png (371×275)
00_95.png (372×629)


(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
Algumas pessoas, conscientes dos riscos que corremos, tocam sinos, mas a maioria faz ouvidos moucos e segue tocando a vida com pressa – a "alma dos nossos negócios", como diz Paulinho da Viola em "Sinal Fechado" – sem se dar conta dos impactos que produzem. (L.35-39) 
A palavra sublinhada no período acima não poderia ser substituída, sob pena de provocar grave alteração de sentido, por
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Q2145158 Português
Coisas antigas

    Já tive muitas capas e infinitos guarda‐chuvas, mas acabei me cansando de tê‐los e perdê‐los; há anos vivo sem nenhum desses abrigos, e também, como toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido. Como geralmente chove à tarde, mais de uma vez me coloquei sob a proteção espiritual dos irmãos Marinho, e fiz de O Globo meu paraguas de emergência.
    Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes de meu bairro. Quando o moço de recados veio apanhar a crônica para o jornal, pedi‐lhe que me comprasse um chapéu‐de‐chuva que não fosse vagabundo demais, mas também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de trezentos cruzeiros, objeto que me parece bem digno da pequena classe média, a que pertenço (uma vez tive um delírio de grandeza em Roma e adquiri a mais fina e soberba umbrella da Via Condotti; abandonou‐me no primeiro bar em que entramos; não era coisa para mim).
    Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda‐chuva a um canto e me pus a contemplá‐lo. Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor contra guarda‐chuvas cedeu lugar a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual era a origem desse carinho.
    Pensando bem, ele talvez derive do fato, creio que já notado por outras pessoas, de ser o guarda‐chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva. De máquinas como telefone, automóvel etc., nem é bom falar. Mil pequenos objetos de uso mudaram de forma, de cor, de material; em alguns casos, é verdade, para melhor; mas mudaram.
    O guarda‐chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas. De junco fino ou pinho vulgar, de algodão ou de seda animal, pobre ou rico, ele se tem mantido digno.
    Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre, essa pequena barraca ambulante.
    Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas características era ser muito usado em enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou faça sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para fugir.  
    Nada disso, entretanto, lhe tira o ar honrado. Ali está ele, meio aberto, ainda molhado, choroso; descansa com uma espécie de humildade ou paciência humana; se tivesse liberdade de movimentos não duvido que iria para cima do telhado quentar sol, como fazem os urubus.
    Entrou calmamente pela era atômica, e olha com ironia a arquitetura e os móveis chamados funcionais: ele já era funcional muito antes de se usar esse adjetivo; e tanto que a fantasia, a inquietação e a ânsia de variedade do homem não conseguiram modificá‐lo em coisa alguma. Não sei há quantos anos existe a Casa Loubet, na Rua Sete de Setembro. Também não sei se seus guarda‐chuvas são melhores ou piores que os outros; são bons; meu pai os comprava lá, sempre que vinha ao Rio, herdei esse hábito.
    Há um certo conforto íntimo em seguir um hábito paterno; uma certa segurança e uma certa doçura. Estou pensando agora se quando ficar um pouco mais velho não comprarei uma cadeira de balanço austríaca. É outra coisa antiga que tem resistido, embora muito discretamente. Os mobiliadores e decoradores modernos a ignoram; já se inventaram dela mil versões modificadas, mas ela ainda existe na sua graça e leveza original. É respeitável como um guarda‐chuva me convém para resguardo da cabeça encanecida, e talvez o embalo de uma cadeira de balanço dê uma cadência mais sossegada aos meus pensamentos, e uma velha doçura familiar aos sonhos de senhor só.

(BRAGA, Rubem. 1913‐1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)
Sobre a existência de uma relação de sinonímia entre a palavra destacada e o vocábulo referido, assinale a associação INCORRETA. 
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Q2145156 Português
Coisas antigas

    Já tive muitas capas e infinitos guarda‐chuvas, mas acabei me cansando de tê‐los e perdê‐los; há anos vivo sem nenhum desses abrigos, e também, como toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido. Como geralmente chove à tarde, mais de uma vez me coloquei sob a proteção espiritual dos irmãos Marinho, e fiz de O Globo meu paraguas de emergência.
    Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes de meu bairro. Quando o moço de recados veio apanhar a crônica para o jornal, pedi‐lhe que me comprasse um chapéu‐de‐chuva que não fosse vagabundo demais, mas também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de trezentos cruzeiros, objeto que me parece bem digno da pequena classe média, a que pertenço (uma vez tive um delírio de grandeza em Roma e adquiri a mais fina e soberba umbrella da Via Condotti; abandonou‐me no primeiro bar em que entramos; não era coisa para mim).
    Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda‐chuva a um canto e me pus a contemplá‐lo. Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor contra guarda‐chuvas cedeu lugar a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual era a origem desse carinho.
    Pensando bem, ele talvez derive do fato, creio que já notado por outras pessoas, de ser o guarda‐chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva. De máquinas como telefone, automóvel etc., nem é bom falar. Mil pequenos objetos de uso mudaram de forma, de cor, de material; em alguns casos, é verdade, para melhor; mas mudaram.
    O guarda‐chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas. De junco fino ou pinho vulgar, de algodão ou de seda animal, pobre ou rico, ele se tem mantido digno.
    Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre, essa pequena barraca ambulante.
    Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas características era ser muito usado em enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou faça sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para fugir.  
    Nada disso, entretanto, lhe tira o ar honrado. Ali está ele, meio aberto, ainda molhado, choroso; descansa com uma espécie de humildade ou paciência humana; se tivesse liberdade de movimentos não duvido que iria para cima do telhado quentar sol, como fazem os urubus.
    Entrou calmamente pela era atômica, e olha com ironia a arquitetura e os móveis chamados funcionais: ele já era funcional muito antes de se usar esse adjetivo; e tanto que a fantasia, a inquietação e a ânsia de variedade do homem não conseguiram modificá‐lo em coisa alguma. Não sei há quantos anos existe a Casa Loubet, na Rua Sete de Setembro. Também não sei se seus guarda‐chuvas são melhores ou piores que os outros; são bons; meu pai os comprava lá, sempre que vinha ao Rio, herdei esse hábito.
    Há um certo conforto íntimo em seguir um hábito paterno; uma certa segurança e uma certa doçura. Estou pensando agora se quando ficar um pouco mais velho não comprarei uma cadeira de balanço austríaca. É outra coisa antiga que tem resistido, embora muito discretamente. Os mobiliadores e decoradores modernos a ignoram; já se inventaram dela mil versões modificadas, mas ela ainda existe na sua graça e leveza original. É respeitável como um guarda‐chuva me convém para resguardo da cabeça encanecida, e talvez o embalo de uma cadeira de balanço dê uma cadência mais sossegada aos meus pensamentos, e uma velha doçura familiar aos sonhos de senhor só.

(BRAGA, Rubem. 1913‐1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)
Considerando que as palavras são polissêmicas e têm o seu valor – sentido – determinado pelo contexto, é correto afirmar que o adjetivo “encanecida” em “É respeitável como um guarda‐chuva me convém para resguardo da cabeça encanecida, [...]” (11º§) equivale a 
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Q2144362 Português


Internet: <www.tcconline.fag.edu.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto, julgue o item.


Caso se substituísse a expressão “no qual” (linha 9) por onde, a correção e o sentido do texto seriam mantidos.

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Q2144361 Português


Internet: <www.tcconline.fag.edu.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A correção do texto seria mantida caso se substituísse o trecho “traz repercussões” (linha 6) por repercute

Alternativas
Q2144360 Português


Internet: <www.tcconline.fag.edu.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A substituição do termo “consequentemente” (linha 4) por portanto manteria a coerência e a correção gramatical do texto.

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Q2144163 Português



Internet: : <www.fonosp.org.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A substituição do ponto ao fim do primeiro período do texto por vírgula, com a alteração da letra inicial do segundo período para minúscula, manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

Alternativas
Q2144161 Português



Internet: : <www.fonosp.org.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A palavra “atuação” (linha 24) foi empregada no texto com o mesmo sentido de atividade.

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Q2144025 Português
Há informações presentes em um texto que nem sempre são representadas por palavras. Estar atento à representação dessas informações é um recurso muito útil à compreensão textual.
Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I – Devemos desconsiderar as informações não verbais de um texto, tais como ilustrações, números, gráficos, tabelas, aspas, tipo e tamanho de letra, enfim, todo o aspecto visual do texto impresso

PORQUE

II – sempre há poucas fontes de informação para o leitor eficaz e elas atrapalham a simples leitura do que está escrito diante de nossos olhos.

Sobre as asserções, é correto afirmar que 
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Q2143877 Português
Sabrina Sato samba com catadora de latinha que
viralizou na Sapucaí

Durante um ensaio, esta semana, a apresentadora Sabrina Sato dividiu o posto de rainha da bateria da Vila Isabel com Adriana Salles, a catadora de latinha que viralizou ao sambar sozinha na Sapucaí. 

Moradora do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, Adriana foi até a quadra da Vila Isabel para conhecer a apresentadora e ficou encantada com a musa.

As duas sambaram juntas e a atriz ainda deu aquele abraço supercaloroso na catadora de latinha. O vídeo do momento foi tão emocionante que viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (13/04).

Convite para desfilar

Após viralizar e ganhar o coração de todos os brasileiros, Adriana foi convidada pela Império da Tijuca para desfilar pela escola neste Carnaval.

Além da fantasia, ela ainda terá ajuda para estudar e conseguir um emprego formal – que sacada incrível da escola! 

O vídeo que deu origem a tudo

Mãe de três filhos, Adriana contou que estava no sambódromo naquele dia trabalhando, se empolgou com o samba e começou a dançar, livremente.

“Eu fico nas ruas. No dia do ensaio, eu estava no Sambódromo catando latinhas. Estava sambando e vi o desfile lá atrás. Então, invadi o Sambódromo e comecei a sambar na frente”, lembrou.

Depois disso, a escola a procurou e mudou a história da Adriana.

“Eu tive a surpresa, eles me procuraram e vou sambar pela primeira vez. Nunca desfilei, só quando era criança. Vou com muita vergonha, mas eu vou chegar lá e nós vamos ganhar”, revelou. 

Disponível em: https://bityli.com/pQOOCQ.
Acesso em: 18 abr. 2022 (adaptado).

Releia este trecho.


“Vou com muita vergonha, mas eu vou chegar lá e nós vamos ganhar” 


Mantendo o sentido original do trecho, a palavra destacada pode ser substituída por

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Q2143872 Português
Anitta de verde e amarelo com favela e Snoop Dogg.
1ª brasileira no Coachella

Vestida de verde e amarelo e com um cenário que imitava uma favela, a cantora Anitta cumpriu o que prometeu aos fãs: levar o funk carioca para o palco do Coachella, o festival de música pop mais importante do mundo. Ela foi a primeira brasileira da história nesse festival.

Após ser considerada a número 1 do mundo pelo Spotify, a cantora só vem ganhando a atenção do mundo. No show deste feriado prolongado na Califórnia, nos Estados Unidos, Anitta ainda contou com a participação do rapper Snoppy Dogg, ao cantar “Onda Diferente”, logo na abertura do show.

A apresentação chegou a ter 40 bailarinos ao mesmo tempo no palco, segundo a assessoria de Anitta, que encenou momentos sexys com dançarinas e tocou timbau. Depois da apresentação, Anitta disse que “as cores da bandeira brasileira pertencem aos brasileiros. Representam o Brasil em geral. Ninguém pode se apropriar do significado das cores da bandeira do nosso país”, afirmou a artista no Twitter.

Apresentação marcante

O show foi na última sexta-feira (15/04) e ainda vem repercutindo nas redes sociais e na mídia internacional.

Por causa da apresentação, o nome da cantora foi parar nos trends do Twitter. No Brasil, os fãs lançaram a hashtag #anichella.

Gratidão a Snoop Dogg

Após a apresentação, Anitta usou suas redes sociais para agradecer a presença de Snoop Dogg ao postar um clique nos bastidores abraçada com o rapper, que simulou um jogo de sinuca no palco.

“Sou muito grata a você. Muito obrigada por abrir meu show comigo. Te amo”, escreveu.

Entre as músicas escolhidas para a apresentação, hits em português, inglês e espanhol estavam no repertório, como “Envolver”, “Vai Malandra”, “Sua cara”, “Rave de favela” e “Bola rebola”.

Pabllo Vittar, que se apresentou neste sábado (16/04) no festival, estava na plateia ao lado de Diplo, e postou um vídeo dançando enquanto Anitta cantava “Sua cara”, música lançada por eles.

Disponível em: https://bityli.com/QIcdJ.
Acesso em: 18 abr. 2022 (adaptado).

Releia este trecho. 


“Após a apresentação, Anitta usou suas redes sociais para agradecer a presença de Snoop Dogg ao postar um clique nos bastidores abraçada com o rapper, que simulou um jogo de sinuca no palco.”


A palavra destacada pode ser substituída sem alterar o sentido do trecho por

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Q2143699 Português
A alma dos diferentes

      Diferente não é quem o pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, mas nunca um ser diferente.
     Diferente é quem foi dotado de alguns “mais” e alguns “menos” em hora, no momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não aguentar, caso um dia venham a ser.
     O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição. O diferente nunca é um chato. Mas sempre é confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas.
    Um diferente medroso, este sim acaba transformando- -se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
    Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
     O diferente paga sempre o preço de estar – mesmo sem querer – alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que sempre está certo.
    O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde todos os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em “– Puxa, fulano, como você é complicado”. O que é embrião de um estilo próprio em “– Você está vendo como é que todo mundo faz?”.
    O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
     Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham. Diferente é o que: engorda mais um pouco; chora, onde outros xingam; estuda, onde outros burram. Quer, onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas; concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria, onde o hábito rotiniza; sofre, onde outros ganham.
     Diferente é o que: fica doente onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer gol, porque gosta mais de jogar do que ganhar. Ele aprendeu a suportar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual. Os diferentes aí estão: doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais. 
     A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

(Artur da Távola. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/ diferentes#a4. Acesso em: janeiro de 2023.)
Em “O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.” (6º§), a palavra que substitui o termo “irremediavelmente” é 
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Q2143691 Português
A alma dos diferentes

      Diferente não é quem o pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, mas nunca um ser diferente.
     Diferente é quem foi dotado de alguns “mais” e alguns “menos” em hora, no momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não aguentar, caso um dia venham a ser.
     O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição. O diferente nunca é um chato. Mas sempre é confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas.
    Um diferente medroso, este sim acaba transformando- -se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
    Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
     O diferente paga sempre o preço de estar – mesmo sem querer – alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que sempre está certo.
    O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde todos os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em “– Puxa, fulano, como você é complicado”. O que é embrião de um estilo próprio em “– Você está vendo como é que todo mundo faz?”.
    O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
     Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham. Diferente é o que: engorda mais um pouco; chora, onde outros xingam; estuda, onde outros burram. Quer, onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas; concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria, onde o hábito rotiniza; sofre, onde outros ganham.
     Diferente é o que: fica doente onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer gol, porque gosta mais de jogar do que ganhar. Ele aprendeu a suportar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual. Os diferentes aí estão: doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais. 
     A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

(Artur da Távola. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/ diferentes#a4. Acesso em: janeiro de 2023.)
O significado da palavra em destaque está corretamente indicado em: 
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Q2143637 Português
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática das falas do texto 02.
I. O sinal grave indicativo de crase nos termos “às duas”, às seis” e às oito” foi usado porque, de acordo com a norma, trata-se de expressões adverbiais femininas. II. Na expressão “às seis na música” nota-se uma marca de coloquialidade em relação à regência do verbo “ir”, o qual, de acordo com a norma, exige o uso da preposição “a”. III. Nas expressões “você vai ao francês”, “você vai ao futebol” e você vai ao reforço de aula”, o termo “ao” deveria ser substituído, de acordo com a norma, por “no”. IV. O emprego da expressão “você vai” poderia ser substituído, com igual correção, por “você irá”. V. Nas expressões “às quatro”, “às seis” e “às oito” a palavra “horas” pôde ser suprimida, porque ela já havia sido referida no contexto.
Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q2135357 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vacina contra Meningite ACWY está disponível para adolescentes de 11 a 15 anos nas unidades de saúde

Das 19 salas de vacinação do município, três delas possuem horário estendido até 18h30: Belo Vale, Luxemburgo e Cidade de Deus

A Prefeitura de Sete Lagoas informa que a vacina da Meningite ACWY para adolescentes de 11 a 15 anos está disponível nas 19 salas de vacina do município. Das 08h às 16h30, nos ESFs Alvorada, Barreiro, Eldorado, Fazenda Velha, Catarina, CDI I, Esperança e Itapuã; UBS Orozimbo Macedo e N. S. das Graças; e C. S. Montreal, Progresso, Santa Luzia, Santo Antônio, São João, Manoa e Várzea. E das 08h às 18h30, em horário estendido, nas unidades de saúde do Belo Vale, Luxemburgo e Cidade de Deus. Documentos: cartão SUS, documento com foto e cartão de vacina.

Recentemente, alguns municípios vêm tendo um considerável aumento de casos da doença provocada pelo meningococo, principal bactéria por trás da meningite. Em Minas Gerais, os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que o número de casos e mortes pela doença voltou a crescer e já atingiu o maior patamar dos últimos dois anos, mesmo que os registros ainda sejam parciais.

De janeiro a junho deste ano, foram registrados 465 casos no estado. Em todo o ano de 2021, foram 459. Ou seja, a média mensal de 77,5 casos deste ano é quase o dobro dos 38 de 2021. Ainda de acordo com o levantamento, até junho deste ano foram 71 mortes pela doença em Minas Gerais. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 51 óbitos. Entre os números de 2022, o que chama a atenção são as 28 mortes causadas pelos tipos de meningite pneumocócica e meningocócica, que podem ser evitadas graças ao simples ato de se vacinar com o imunizante, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde. Ambos os tipos da doença, totalmente evitáveis, representam cerca de 21% dos casos de meningite no estado – 1 em cada 5 casos.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Marcelo Fernandes, a população precisa se conscientizar sobre a importância da vacinação. “Com a baixa cobertura vacinal, estamos vendo o aumento dos casos e até de mortes evitáveis em várias cidades e não queremos que Sete Lagoas faça parte dessas estatísticas”, diz o secretário. Além de levar a óbito, a meningite pode deixar sequelas como amputações, surdez ou cicatrizes.

Profissionais de Saúde

A Prefeitura também reduziu a idade de vacinação da Meningo C para profissionais da Saúde, agora a partir de 30 anos de idade. “Este imunizante ajuda a proteger contra o tipo C da doença meningocócica, que pode evoluir para meningite e outras doenças graves causadas pelas bactérias meningocócicas”, reforça o responsável técnico de imunização do município, Guilherme Menezes. A Meningo C para profissionais de saúde é aplicada nas mesmas 19 salas de vacinação. 

Em Minas

No município de Extrema, Sul de Minas, a situação não chegou a ser considerada um surto, porém, já são duas mortes por meningite confirmadas até agora. Por conta disso, a prefeitura da cidade está realizando um mutirão de vacinação onde até mesmo quem já foi imunizado está recebendo novas doses. Em Belo Horizonte, até o momento, foram confirmados 58 casos de meningite em 2022. Em todo o estado, já foram registradas 71 mortes e 465 casos da doença este ano. Os números, mesmo parciais, são superiores aos registrados nos últimos dois anos.

Disponível em: https://bit.ly/3z6zPPo. Acesso em: 23 out. 2022 (adaptado).
Releia o trecho a seguir.
“[...] o número de casos e mortes pela doença voltou a crescer e já atingiu o maior patamar dos últimos dois anos [...].”
A palavra destacada não pode, nesse contexto, ser substituída por
Alternativas
Q2135332 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir, para responder à questão.



Disponível em: https://bityli.com/QZfhghQn. Acesso em: 15 out. 2022 (adaptado).

Segundo o pai da criança desse texto, “tombar” significa 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Sete Lagoas - MG Provas: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Assistente Social | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Pedagogo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Inspetor Escolar | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Fonoaudiólogo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Analista de Suporte Computacional | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Técnico Superior de Ensino Administrativo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Técnico Superior de Ensino Pedagógico | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Psicólogo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Ensino Religioso | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Língua Inglesa | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Educação Física | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Ciências | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - História | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Geografia | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Matemática | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Professor de Educação Básica - Anos Iniciais |
Q2135257 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir, para responder à questão.


TEXTO III

15 de julho de 1955

Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar. Eu não tinha um tostão para comprar pão. Então eu lavei 3 litros e troquei com o Arnaldo. Ele ficou com os litros e deu-me pão. Fui receber o dinheiro do papel. Recebi 65 cruzeiros. Comprei 20 de carne, 1 quilo de toucinho e 1 quilo de açúcar e seis cruzeiros de queijo. E o dinheiro acabou-se. Passei o dia indisposta. Percebi que estava resfriada. A noite o peito doiame. Comecei tussir. Resolvi não sair a noite para catar papel. Procurei meu filho João José. Ele estava na rua Felisberto de Carvalho, perto do mercadinho. O ônibus atirou um garoto na calçada e a turba afluiu-se. Ele estava no núcleo. Deilhe uns tapas e em cinco minutos ele chegou em casa. Ablui as crianças, aleitei-as e ablui-me e aleitei-me. Esperei até as 11 horas, um certo alguém. Ele não veio. Tomei um melhorai e deitei-me novamente. Quando despertei o astro rei deslisava no espaço. A minha filha Vera Eunice dizia: — Vai buscar agua mamãe!

16 de julho

Levantei. Obedeci a Vera Eunice. Fui buscar agua. Fiz o café. Avisei as crianças que não tinha pão. Que tomassem café simples e comesse carne com farinha. Eu estava indisposta, resolvi benzer-me. Abri a boca duas vezes, certifiquei-me que estava com mau olhado. A indisposição desapareceu sai e fui ao seu Manoel levar umas latas para vender. Tudo quanto eu encontro no lixo eu cato para vender. Deu 13 cruzeiros. Fiquei pensando que precisava comprar pão, sabão e leite para a Vera Eunice. E os 13 cruzeiros não dava! Cheguei em casa, aliás no meu barracão, nervosa e exausta. Pensei na vida atribulada que eu levo. Cato papel, lavo roupa para dois jovens, permaneço na rua o dia todo. E estou sempre em falta. A Vera não tem sapatos. E ela não gosta de andar descalça. Faz uns dois anos, que eu pretendo comprar uma maquina de moer carne. E uma maquina de costura. Cheguei em casa, fiz o almoço para os dois meninos. Arroz, feijão e carne. E vou sair para catar papel. Deixei as crianças. Recomendei-lhes para brincar no quintal e não sair na rua, porque os péssimos vizinhos que eu tenho não dão socego aos meus filhos. Saí indisposta, com vontade de deitar. Mas, o pobre não repousa. Não tem o previlegio de gosar descanço. Eu estava nervosa interiormente, ia maldizendo a sorte (...) Catei dois sacos de papel. Depois retornei, catei uns ferros, uma latas, e lenha. Vinha pensando. Quando eu chegar na favela vou encontrar novidades. Talvez a D. Rosa ou a indolente Maria dos Anjos brigaram com meus filhos. Encontrei a Vera Eunice dormindo e os meninos brincando na rua. Pensei: são duas horas. Creio que vou passar o dia sem novidade! O João José veio avisar-me que a perua que dava dinheiro estava chamando para dar mantimentos. Peguei a sacola e fui. Era o dono do Centro Espirita da rua Vergueiro 103. Ganhei dois quilos de arroz, idem de feijão e dois quilos de macarrão. Fiquei contente. A perua foi-se embora. O nervoso interior que eu sentia ausentou-se. Aproveitei a minha calma interior para eu ler. Peguei uma revista e sentei no capim, recebendo os raios solar para aquecer-me. Li um conto. Quando iniciei outro surgiu os filhos pedindo pão. Escrevi um bilhete e dei ao meu filho João José para ir ao Arnaldo comprar um sabão, dois melhoraes e o resto pão. Puis agua no fogão para fazer café. O João retornou-se. Disse que havia perdido os melhoraes. Voltei com ele para procurar. Não encontramos. Quando eu vinha chegando no portão encontrei uma multidão. Crianças e mulheres, que vinha reclamar que o José Carlos havia apedrejado suas casas. Para eu repreendê-lo.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo. Disponível em: https://bit.ly/3DFKofd. Acesso em: 26 out. 2025. [Fragmento]

Releia o trecho a seguir.

Ablui as crianças, aleitei-as e ablui-me e aleitei-me.”

As palavras destacadas significam, respectivamente,

Alternativas
Respostas
3001: D
3002: C
3003: C
3004: E
3005: D
3006: C
3007: E
3008: C
3009: C
3010: E
3011: C
3012: A
3013: C
3014: D
3015: B
3016: C
3017: D
3018: A
3019: B
3020: A