Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q900615 Português

                                           TEXTO I

   

                                    A moça em prantos


      O poeta encontrou uma pedra no meio do caminho, nunca esqueceu dessa pedra, que lhe deu assunto para o seu poema mais conhecido. Não sendo poeta, encontrei não uma, mas infinitas pedras no meio do caminho, e não só no meio, mas no início e no fim de cada caminho. Não me renderam um único poema, nem mesmo uma modesta crônica.

      Mas jamais esqueci a primeira moça que vi chorando. Eu devia ter seis ou sete anos, achava que só as crianças podiam e deviam chorar, tinham motivos bastantes para isso, desde as fraldas molhadas nos primeiros meses de existência até a inexpugnável barreira dos “não pode”, que emparedam a infância e criam neuras para o resto da vida.

      Um adulto chorando era incompreensível para mim, um acontecimento pasmoso, uma aberração da natureza, pois os adultos podiam tudo e tudo lhes é permitido. E a moça era um adulto, ao menos para mim, embora ela fosse realmente moça, aí pelos 15 anos ou pouco mais.

      E chorava. Não abrindo o berreiro como as crianças, mas dolorosamente, e na certa misturando motivos.

      Mesmo assim fiquei imaginando a causa do seu pranto. Faltara à escola e por isso ficara sem sobremesa? Fora proibida de brincar na calçada? Queria ganhar uma bicicleta e fora convencida a continuar com o insípido velocípede?

      Vi muita gente chorando depois, homens feitos, mulheres maduras. Eu mesmo, quando levo meus trancos, repito o menino que ia para debaixo da mesa de jantar para poder chorar sem passar recibo da minha dor. Hoje, ficaria feio esconder-me debaixo das mesas, mas sei que é um bom lugar para isso. Melhor do que a cama, onde devemos fazer outras coisas. A moça que chorava não se escondera, chorava de mansinho, na verdade nem parecia estar chorando. Devia apenas estar muito triste porque misturava todos os motivos para a sua tristeza.

                                                                                      Carlos Heitor Cony

“Eu mesmo, quando levo meus trancos, repito o menino que ia para debaixo da mesa de jantar para poder chorar sem passar recibo da minha dor.” A expressão em destaque significa
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Q900562 Português
Texto I

Déficit de atenção

Será que eu me tornei um sintoma da minha época ou essa é uma indisposição que só diz respeito a mim?

Seja como for, tenho achado cada vez mais difícil ler. Neste ano li menos livros do que no ano passado; no ano passado, li menos que no anterior; no ano anterior, menos que no ano que vinha antes. Todo mundo conhece o fenômeno do bloqueio criativo, a angústia do escritor diante da página em branco -– eu, porém, fui acometido por um bloqueio de leitor. Trata-se de um problema que se manifesta de forma gradativa, de diferentes maneiras, nas mais variadas circunstâncias. Numa viagem recente às Bahamas, por exemplo, eu decidi que devia fazer um esforço para deixar de lado a leitura porque, afinal, pode-se ler um livro em qualquer lugar, mas aquele talvez fosse um dos poucos momentos em que eu teria a oportunidade de ver um mar tão turquesa, uma areia tão rosada. De maneira um pouco grandiloquente e pomposa, batizei essa minha condição de síndrome de Mir, a estação espacial russa: um cosmonauta que passou por lá declarou não ter lido uma única página do livro que levara na bagagem porque se deu conta de que aproveitaria melhor o seu tempo livre se simplesmente olhasse pela janela.

Muitas vezes acontece de eu estar com preguiça de ler, preferindo ver tevê. Ocorre também, com mais frequência, que eu me sinta autoconsciente diante da página. Ler nunca me pareceu algo trabalhoso – ao contrário de escrever –, de modo que, quando sinto que deveria estar trabalhando, associo essa obrigação à escrita. Pelo menos em teoria, quando não estou escrevendo estou livre para ler, mas nessas horas sinto uma culpa vaga, e no fim das contas, em vez de escrever (trabalhar) ou ler (relaxar), acabo não fazendo nem uma coisa nem outra: fico zanzando à toa, reorganizando os livros. Ou seja, não faço nada. (...)

Retirado de: DYER, Geoff. Déficit de atenção. Revista Piauí, n. 128. Editora Abril, 2017. p. 60.
“Todo mundo conhece o fenômeno do bloqueio criativo, a angústia do escritor diante da página em branco -– eu, porém, fui acometido por um bloqueio de leitor.”
Considerando o contexto, a locução destacada acima equivale a:
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Q900298 Português

No exemplar de um velho livro: (Carlos Drummond de Andrade).


Neste brejo das almas

o que havia de inquieto

por sob as águas calmas!


Era um susto secreto,

eram furtivas palmas

batendo, louco, inseto.


Era um desejo obscuro

de modelar o vento,

eram setas no muro.


E um grave sentimento

que hoje, varão maduro,

não punge, e me atormento. 

As palavras “furtivas”, “obscuro”, “varão” e “não punge” que aparecem no texto, têm os seguintes significados:
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Q900096 Português
Consumismo e meio ambiente

(Rafael Tocantins Maltez e Monique Rodrigues Ferian)

1 Estamos vivendo na era pós-moderna, e o consumismo tornou-se uma de suas características fundamentais, o qual produz impactos preocupantes e até mesmo alarmantes sob a ótica do meio ambiente.
2 Sabe-se que o consumo é parte integrante da atividade humana, tanto para atender a necessidades básicas e vitais, bem como para atender aos desejos mais fúteis e desnecessários. Porém o consumo pode transformar-se em consumismo, vale dizer, o viés patológico do consumo, acarretando práticas de desperdício, lixo em excesso descartado sem critério em todos os ambientes (inclusive nos oceanos e no espaço), rejeitos, os quais podem causar desequilíbrios notadamente no processo evolutivo natural e até civilizatório, fomentado por meio da criação de necessidades artificiais, ou seja, nem tão necessárias quanto pode se acreditar em um primeiro momento. Dessa forma, o consumismo pode, por um lado, trazer benefícios aos consumidores e fornecedores, contudo também pode acarretar efeitos pouco convenientes ao meio ambiente natural, essencial à sadia qualidade de vida, tornando a natureza cada vez mais explorada, degradada, vilipendiada e menos preservada e recuperada.
3 Uma pesquisa do World Watch Institute, realizada em 2008, demonstrou que a degradação ambiental aumentou cerca de 50% nos últimos 30 anos. Degradação que se complementa pela produção de lixo, que totaliza cerca de 9 toneladas diárias, somente no Estado do Rio de Janeiro, conforme pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2001. Daí surge o conceito de etiquetas de preço ocultas aos nossos olhos, ou seja, a maioria dos produtos e serviços que adquirimos diariamente não possui informação de seus impactos ambientais, seja ao Planeta ou à saúde e à segurança do consumidor, e tampouco aos trabalhadores envolvidos no processo de produção, que exercem seu trabalho para satisfazer nossas necessidades e nossos desejos.
4 Muitas vezes, adquirem-se os produtos e utilizam-se serviços sem o cuidado necessário, sem a preocupação de analisar o seu ciclo de vida com todos os impactos produzidos (desde a extração dos recursos naturais, o transporte, a transformação, passando pelo meio ambiente do trabalho e a distribuição e comercialização), consciência imprescindível para a eliminação ou mitigação dos impactos ambientais. Em que pese a crise ambiental que vivemos, não há uma política séria, sistemática, globalizante, para o desenvolvimento de atitudes sustentáveis, nem tampouco para a redução de danos e dos impactos. Diante desse aspecto, surge o argumento de que as tecnologias produtivas não são aptas a reduzirem os impactos, pois não se tinha a consciência ambiental na época de sua elaboração (como no caso dos combustíveis fósseis) ou que o custo é alto para a implementação de técnicas sustentáveis.
5 O ser humano produziu e produz em um ritmo cada vez mais acelerado, impossibilitando a regeneração natural que tem seu ritmo próprio. O consumo global de bens e serviços já ultrapassou cerca de 30% da capacidade de regeneração natural do planeta. Sendo assim, questiona-se: Até que momento o homem irá se permitir viver dessa forma? Talvez somente no momento em que os impactos passarem a interferir de tal modo em sua vida cotidiana que a inviabilizará. Ou no momento em que a produção for paralisada por falta de recursos naturais.
6 De um modo ou de outro, o ser humano deve manter-se atento, para que a tecnologia tão idolatrada não se torne inviável, pois ainda depende dos recursos naturais, os quais nem sempre são percebidos como imprescindíveis. A situação atual requer atenção, consciência ambiental e, principalmente, um freio nas embalagens e preços ocultos que insistimos em colocar nas coisas simples. Seja por meio de bom senso, mudança de hábitos, posturas e principalmente redução do consumo exagerado e desnecessário, pois é necessário fazermos algo, antes que seja tarde demais.

Texto adaptado de <https://rafaelmaltez.jusbrasil.com.br/artigos/1219444044/consumismo-e-meio-ambiente>, acessado em 28 de março de 2018. 
Assinale V para verdadeiro e F para falso quanto ao sentido de palavras e expressões empregadas no texto. Depois assinale a alternativa que apresenta a ordem correta.
( ) Em "[...] tanto para atender a necessidades básicas e vitais, bem como para atender aos desejos mais fúteis e desnecessários." (segundo parágrafo), a expressão em destaque poderia ser substituída por tanto, sem prejuízo do significado. ( ) Em "[...] não uma política séria [...]." (quarto parágrafo), o verbo haver poderia ser substituído por existir, sem prejuízo do significado. ( ) Em "Talvez somente no momento em que os impactos passarem a interferir [...]." (quinto parágrafo), a expressão em destaque poderia ser substituída por quando, sem prejuízo do significado. ( ) Em "[...] e, principalmente, um freio nas embalagens e preços [...]." (sexto parágrafo), a palavra em destaque poderia ser substituída por sobretudo, sem prejuízo do significado.
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Q899965 Português

TEXTO I


Nós, representantes de múltiplas partes interessadas presentes no 8º Fórum Mundial da Água denominado “Compartilhando Água”, considerando a convergência de todas as declarações produzidas durante o Fórum, pedimos uma mobilização urgente de todos os setores para garantir um futuro sustentável para o nosso mundo e nos comprometemos a enfrentar os crescentes desafios da água.


PREÂMBULO

Sustentabilidade significa que o desenvolvimento humano é construído em harmonia com o meio ambiente. Isso conduz ao respeito pela biodiversidade, pelos direitos humanos (especialmente o Direito Humano à Água e ao Saneamento de 2010) e responde às necessidades básicas de uma vida digna (saúde, alimentação, energia, educação). Refere-se a medidas de crescimento econômico, resiliência, mitigação e adaptação para enfrentar desastres naturais e os causados pelo homem, incluindo mudanças climáticas, respostas a emergências e a provisão de um ambiente cooperativo para a prevenção e solução pacífica de conflitos.

A água está entre os recursos mais ameaçados e mais necessários para a humanidade e para os ecossistemas do planeta (especialmente as águas subterrâneas e as grandes bacias, como a Amazônica), a biodiversidade e o clima.

Sua governança e gestão adequadas são essenciais, integrando áreas urbanas e rurais para alcançar o desenvolvimento sustentável (alimentos, energia, saúde, atividades econômicas, desenvolvimento de cidades, educação, gênero), bem-estar e direitos humanos.

O progresso na gestão da água não é apenas um objetivo per se, mas também uma contribuição fundamental para o sucesso global da maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ADS). Atingir as metas de água é crucial para o sucesso de toda a ADS. Por exemplo, assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos é uma condição necessária para acabar com a pobreza e a fome, melhorar a qualidade de vida e atingir a maioria das outras metas ambiciosas propostas na Agenda 2030.
As questões relativas à água não podem ser abordadas em contextos onde a paz, os direitos humanos, a equidade, o respeito pelo gênero, a igualdade e a educação estão ausentes. Devido à natureza transversal da água, especialistas e outras partes interessadas no tema devem melhorar a cooperação com outros setores e olhar “fora da caixa de água”.


RECOMENDAÇÕES

Consideramos que as atuais políticas de recursos hídricos não serão suficientes para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Solicitamos ao Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (HLPF, julho de 2018) que dê um incentivo vigoroso para alianças cooperativas, reformas no setor de água e inovações financeiras.

Os desafios globais da água estão aumentando. A ação rumo às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionadas à água deve ser implementada sem demora e alcançada no devido tempo: não há muito tempo até a primeira revisão da Meta 6 sobre a água em julho de 2018 pelo HLPF.

Apelamos à intensificação do apoio às Nações Unidas pelos seus Estados-Membros e ao desenvolvimento ao mais alto nível de um diálogo político e reuniões regulares da ONU sobre a água. Isto deve ser apoiado pelo fortalecimento de plataformas com múltiplos atores, incluindo cientistas, profissionais do setor público e privado, parcerias nacionais, sociedade civil, doadores e tomadores de decisão.

A cooperação internacional baseada na “Década das Nações Unidas” deve ser promovida e ativamente coordenada com os principais Tratados.

As metas do ODS 6 não podem ser atingidas com as políticas atuais. Nós, juntos, devemos nos comprometer com a implementação de boas práticas (muitas das quais foram apresentadas durante o 8º Fórum Mundial da Água), bem como com uma melhoria drástica na governança da água.

Nós particularmente chamamos a atenção para algumas das principais condições de sucesso:

1. Os governos devem anunciar os compromissos nacionais que incrementem sua determinação de alcançar as metas do ODS 6 e de outros ODS relacionados à água, engajando todos e começando pelos mais vulneráveis, incluindo populações deslocadas de forma forçada e dando um apoio dedicado aos Estados frágeis;

2. Ferramentas e instrumentos financeiros inovadores em todos os níveis precisam ser desenvolvidos para garantir o progresso efetivo em direção às metas do ODS 6;

3. A paz, a estabilidade e a prevenção de conflitos devem ser garantidas através de alianças e arranjos diplomáticos inteligentes, bem como da cooperação transfronteiriça sobre a água, incluídas nos tratados internacionais, com base em soluções em que todos ganham;

4. As medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas devem ser orçadas e implementadas em todas as escalas relevantes com o apoio da comunidade internacional, se necessário;

5. O monitoramento e a informação precisam avançar e ser melhor usados. Os indicadores atuais não são suficientes para monitorar as metas estabelecidas pelos países nos ODS e novos subindicadores precisam ser antecipados. É necessária a finalização pela Comissão de Estatística da ONU da metodologia de indicadores da Camada III em relação à Água;

6. Conhecimento, ciência (incluindo ciências humanas), tecnologia e inovação em geral, incluindo a do conhecimento tradicional, devem orientar os formuladores de políticas e contribuir para reforçar a capacidade dos governos locais e dos cidadãos;

7. A segurança jurídica e econômica deve fortalecer os setores público e privado responsáveis pelos serviços de abastecimento de água e saneamento, com foco na universalização, transparência e modicidade tarifária, devendo reconhecer abordagens baseadas na comunidade;

8. As empresas precisam valorizar e integrar a água em suas estratégias, materialidade e processo de tomada de decisões e compartilhar boas práticas em gestão de recursos hídricos;

9. O valor da água deve ser entendido além do seu sentido econômico reconhecendo-a como patrimônio cultural, medicinal, tradicional e social. O sistema de ensino deve transmitir isto aos mais jovens, começando pelos mais vulneráveis;

10. As questões da água não devem mais ser consideradas isoladamente, concentrando-se apenas na parte terrestre do ciclo da água (das nascentes à foz, incluindo as águas subterrâneas), mas têm de estar fortemente relacionadas aos oceanos e à atmosfera, como um ciclo único. Em todas as instituições e processos de tomada de decisão, abordagens setoriais devem ser questionadas e ferramentas devem ser construídas para garantir a coerência. A gestão integrada eficiente da água precisa ser implementada nos diferentes níveis da bacia hidrográfica. A sustentabilidade da água depende criticamente da conservação, restauração e manejo adequado dos ecossistemas, como as florestas. Soluções baseadas na natureza, especialmente para sustentar um novo modelo de cidade, não são opcionais;

11. Espera-se uma colaboração e cooperação forte, democrática e inclusiva envolvendo a sociedade em geral. Deve reunir as comunidades de povos indígenas e grupos minoritários, setor privado e financeiro, acadêmicos e formuladores de políticas, parlamentos e autoridades locais e associações nacionais de recursos hídricos. Um reconhecimento específico da contribuição de mulheres e jovens para o setor é obrigatório;

12. A assistência humanitária não é uma escolha. Deve ser um compromisso para todas as nações do mundo. Requer financiamento global e governamental suficiente e apoio aos mecanismos de coordenação existentes (grupos e plataformas de coordenação nacional), de resposta a crises (conflitos, grandes desastres naturais), medidas de preparação e estratégias transicionais de reabilitação.


DIRETRIZ FINAL

Afirmamos que as Nações Unidas e os governos, assim como todas as sociedades, devem considerar a água como uma necessidade para alcançar a sustentabilidade. Nenhuma solução para questões hídricas pode ser encontrada sem progresso para a Sustentabilidade em muitos outros setores. Reconhecer o Direito Humano à Água e ao Saneamento em 2010 e dedicar um ODS específico à água e ao saneamento em 2015 têm sido passos importantes nesse sentido. No entanto, ainda há esforços a serem realizados além do setor de recursos hídricos para desenvolver políticas holísticas e evitar abordagens fragmentadas.


(DECLARAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE. 8o Fórum Mundial da Água: compartilhando água. Brasília, Brasil, 2018. Disponível em http://www.worldwaterforum8.org/ptbr/node/943/ Acessado em 29 de março de 2018.)


TEXTO II


PREÂMBULO


Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.


TERRA, NOSSO LAR: A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.


A SITUAÇÃO GLOBAL: Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas: ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis. 


DESAFIOS PARA O FUTURO: A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.


RESPONSABILIDADE UNIVERSAL: Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza. Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais serão guiados e avaliados.


O CAMINHO ADIANTE: Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.


Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.


A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.


Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.


Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.


(CARTA DA TERRA. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.mma.gov.br/informma/item/8071-carta-da-terra. Acessado em 29 de março de 2018. Adaptado.)

Nota-se no Texto I a apresentação em itálico das expressões “per se” e “fora da caixa de água”. Sobre estas expressões é CORRETO afirmar que:
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Ano: 2016 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2016 - UFRGS - Administrador |
Q899368 Português
Assinale a alternativa que apresenta sinônimos das palavras trama (l. 17), augúrio (l. 32) e exortar(l. 35), tal como foram semanticamente empregadas no texto.
Alternativas
Q899146 Português
Verdades na ficção


MACHADO, Ana Maria. Verdades na ficção. O Globo, 20 jan. 2018. Disponível em: <https://ogloboglobo.com/opiniao/verdades-na-ficcao-22308015>. Acesso em: 18 mar. 2018. (Fragmento)
Em “O opaco da enganação se torna transparente” (l. 31), a relação semântica que se estabelece entre as palavras destacadas é a mesma que se dá entre
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Q899084 Português
O ano da esperança



CARRASCO, W. O ano da esperança. Época, 25 dez. 2017, p.97. Adaptado.
O último parágrafo do texto (l. 43) está reescrito de modo a manter-se seu sentido original em:
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Q898959 Português

Leia o texto abaixo para responder a questão.


Desistindo de Natal


Moacyr Scliar

    Prezado Papai Noel: há uma semana eu lhe mandei uma carta com a lista dos meus pedidos para o Natal. Agora estou mandando esta outra carta para dizer que mudei de ideia. Não vou querer nada. Ontem o papai nos avisou que não tem dinheiro para as compras do fim de ano. Papai está desempregado há mais de um ano. A gente mora numa cidade pequena do interior, muito pobre. No Natal passado, o prefeito anunciou que tinha um presente para a população: uma grande fábrica viria se instalar aqui, dando emprego para muitas pessoas. Meu pai ficou animado. Ele é um homem trabalhador, sabe fazer muitas coisas e achou que com isso o nosso problema estaria resolvido. Agora, porém, o prefeito teve de dizer que a fábrica não vem mais. Não entendo dessas coisas, mas parece que a situação está difícil.
    Portanto, Papai Noel, peço-lhe desculpas se o senhor já encomendou as coisas, mas infelizmente vou ter de desistir. Para começar, não quero aquela bonita árvore de Natal de que lhe falei - até mandei um desenho, lembra? Nada de pinheirinho, nada de luzinhas, nada de bolinhas coloridas. A verdade, Papai Noel, é que essas coisas só gastam espaço e, como disse a mamãe, gastam muita luz.
    E nada de ceia de Natal, Papai Noel. Nada de peru. Como eu lhe disse, nunca comi peru na minha vida, mas acho que não vai me fazer falta. Se tivesse peru, eu comeria tanto que decerto passaria mal. Portanto, nada de peru. Aliás, se a gente tiver comida na mesa, já será uma grande coisa.
    Nada de presentes, Papai Noel. Não quero mais aquela bicicleta com a qual sonho há tanto tempo. Bicicletas custam caro. E além disso é uma coisa perigosa. O cara pode cair, pode ser atropelado por um carro... Nada de bicicleta.
    Nada de DVD, Papai Noel. Afinal, a gente já tem uma TV (verdade que de momento ela está estragada e não temos dinheiro para mandar consertar), mas DVD não é coisa tão urgente assim.
    Também quero desistir da roupa nova que lhe pedi e dos sapatos. A minha roupa velha ainda está muito boa, e a mamãe vai fazer os remendos nos rasgões. E sapato sempre pode dar problema: às vezes ficam apertados, às vezes caem do pé. Prefiro continuar com meus tênis e o meu chinelo de dedo. 
    Ou seja: nada de Natal, Papai Noel. Para mim, nada de Natal. Agora, se o senhor for mesmo bonzinho e quiser nos dar algum presente, arranje um emprego para o meu pai. Ele ficará muito grato e nós também. Desejo ao senhor um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Retirado de: http://www1 .folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1912200502.htm.
Assinale a alternativa na qual a alteração da sentença retirada no texto NÃO gerou prejuízo gramatical ou de sentido.
Alternativas
Q898958 Português

Leia o texto abaixo para responder a questão.


Desistindo de Natal


Moacyr Scliar

    Prezado Papai Noel: há uma semana eu lhe mandei uma carta com a lista dos meus pedidos para o Natal. Agora estou mandando esta outra carta para dizer que mudei de ideia. Não vou querer nada. Ontem o papai nos avisou que não tem dinheiro para as compras do fim de ano. Papai está desempregado há mais de um ano. A gente mora numa cidade pequena do interior, muito pobre. No Natal passado, o prefeito anunciou que tinha um presente para a população: uma grande fábrica viria se instalar aqui, dando emprego para muitas pessoas. Meu pai ficou animado. Ele é um homem trabalhador, sabe fazer muitas coisas e achou que com isso o nosso problema estaria resolvido. Agora, porém, o prefeito teve de dizer que a fábrica não vem mais. Não entendo dessas coisas, mas parece que a situação está difícil.
    Portanto, Papai Noel, peço-lhe desculpas se o senhor já encomendou as coisas, mas infelizmente vou ter de desistir. Para começar, não quero aquela bonita árvore de Natal de que lhe falei - até mandei um desenho, lembra? Nada de pinheirinho, nada de luzinhas, nada de bolinhas coloridas. A verdade, Papai Noel, é que essas coisas só gastam espaço e, como disse a mamãe, gastam muita luz.
    E nada de ceia de Natal, Papai Noel. Nada de peru. Como eu lhe disse, nunca comi peru na minha vida, mas acho que não vai me fazer falta. Se tivesse peru, eu comeria tanto que decerto passaria mal. Portanto, nada de peru. Aliás, se a gente tiver comida na mesa, já será uma grande coisa.
    Nada de presentes, Papai Noel. Não quero mais aquela bicicleta com a qual sonho há tanto tempo. Bicicletas custam caro. E além disso é uma coisa perigosa. O cara pode cair, pode ser atropelado por um carro... Nada de bicicleta.
    Nada de DVD, Papai Noel. Afinal, a gente já tem uma TV (verdade que de momento ela está estragada e não temos dinheiro para mandar consertar), mas DVD não é coisa tão urgente assim.
    Também quero desistir da roupa nova que lhe pedi e dos sapatos. A minha roupa velha ainda está muito boa, e a mamãe vai fazer os remendos nos rasgões. E sapato sempre pode dar problema: às vezes ficam apertados, às vezes caem do pé. Prefiro continuar com meus tênis e o meu chinelo de dedo. 
    Ou seja: nada de Natal, Papai Noel. Para mim, nada de Natal. Agora, se o senhor for mesmo bonzinho e quiser nos dar algum presente, arranje um emprego para o meu pai. Ele ficará muito grato e nós também. Desejo ao senhor um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Retirado de: http://www1 .folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1912200502.htm.
Na sentença “Se tivesse peru, eu comeria tanto que decerto passaria mal.”, a palavra decerto poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por
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Q898465 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO

Crime no mundo virtual

    Alastram-se, mundo afora, os temores pela crescente agressão que usuários das redes sociais vêm praticando contra as pessoas, na maioria das vezes pela via do anonimato ou acobertados na improcedência das fontes autoras. Os Estados Unidos surgem como principal vítima desse mal, tendo a segui-los vários países europeus. No Brasil, há casos que primam pelo grotesco, quando não pecam ainda mais na covardia das fotomontagens; sem faltar o horror imposto a novos casais com a divulgação de fotos de relações passadas.
    Seja em que lugar for, observa-se que as mulheres figuram no centro preferencial dessa violência; em especial, as que gozam de maior publicidade, nas artes e nos esportes, surpreendidas com a publicação de cenas de sua intimidade postadas na internet. Protestam, processam os autores, quando ocorre identificá-los, mas sem poderem eliminar o mal que as atingiu, porque, quando a Justiça, se provocada, age, mandando corrigir a ofensa, a honra da vítima permanece arranhada.
    Em meio a essa crescente preocupação, lia-se, no fim de semana, carta aberta de Tim Berners Lee, nos 29 anos de sua invenção, a WEB, na qual apela às empresas provedoras das redes sociais para que apressem a regulamentação desses serviços, de forma que a internet não acabe se transformando em arma descontrolada e sem compromissos no mundo virtual, com as ciladas construídas nos sites e aplicativos. Cabe levar em consideração, pois Lee é autoridade na matéria.
    Estamos diante de um desafio, de forma alguma novidade. Um olhar sobre as conquistas da inteligência humana mostra, com exemplos múltiplos, que as grandes criações, não obstante seus méritos, não deixam de produzir eventuais defeitos contrários, nem sempre removíveis. Santos Dumont não suportou ver sua invenção prestar-se aos bombardeios e, antes, o advento do automóvel empurraria para a falência milhares de fábricas de diligências e carroças. Nem escaparam poderosos medicamentos, que trouxeram consigo inconveniências colaterais. Cabe hoje, como sempre se deu, corrigir o que compromete a boa essência das coisas. Tal como agora se queixa dos excessos que pessoas mal formadas, criminosas, aproveitam-se do mundo virtual e suas maravilhas para denegrir e prejudicar.
    Os prejuízos materiais causados pelo uso deformado dos equipamentos não se comparam aos danos provocados ao consagrado direito da privacidade alheia. É preciso rigor no combate a essa distorção, sem que para tanto tenhamos de partir em busca de novos dispositivos legais. Bastaria, a bem dizer, recorrer à proteção do artigo 5º, inciso 10, da Constituição Federal, que cuida da privacidade como direito básico da pessoa. Depois disso, é com a polícia e seus órgãos especializados.
    As pessoas sofrem enormemente quando se veem agredidas em sua vida privada, aberta a manipulações criminosas. Esses bandidos das madrugadas em salas trancadas não podem ter à mão e à mente doentia os avanços da tecnologia. Eles são a grave exceção, que já preocupava um especialista, o italiano Gianbatista Vico, em seu ensaio “Scienza Nuova”. Temeroso de que, por obra e desgraça dos criminosos, a tecnologia acabasse levando a civilização de volta à barbárie. Ela não pode aceitar desvios em seus objetivos, mas ser utilizada racionalmente em nome da humanidade. (Jornal do Brasil)
Disponível em: http://www.jb.com.br/editorial/noticias/2018/03/20/crime-no-mundo-virtual/
Semanticamente, a palavra diligências, vista no quarto parágrafo, admite mais de um significado e, portanto, pode possuir vários sentidos. Além do significado empregado no texto, qual outro poderia ser atribuído a tal palavra?
Alternativas
Q898222 Português

Julgue o próximo item, no que se refere à correção gramatical e à coerência da proposta de reescrita para cada um dos períodos destacados do texto.


“Apesar de essa prática ter motivações militares, guardava relação com o ideal do padrão físico vigente.” (linhas 7 e 8): Essa prática, embora motivada por razões militares, guardava relação com o ideal estético em vigor à época.

Alternativas
Q898221 Português

Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item que se segue.


“se interfere” (linha 31) por há interferência

Alternativas
Q898220 Português

Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item que se segue.


“supremacia” (linha 10) por hegemonia

Alternativas
Q898219 Português

Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item que se segue.


“na busca pela perfeição” (linha 5) por em busca da perfeição

Alternativas
Q898218 Português

Considerando a correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item que se segue.


“do nosso tempo” (linha 3) por na nossa realidade atual

Alternativas
Q898105 Português
Assinale a alternativa INCORRETA sobre os tipos de fenômenos semânticos:
Alternativas
Q897762 Português

CONSIDERE O TEXTO ABAIXO, PARA RESPONDER A QUESTÃO.


8 dicas de como se virar em países em que você não fala a língua


Na maioria dos países que são destinos turísticos, a população costuma falar pelo menos o básico do inglês, portanto conseguem entender e orientar os turistas quanto a perguntas simples, como: “Como chegar a tal ponto turístico?”, “Onde eu encontro um restaurante barato? ”ou “Onde é o banheiro mais próximo?”. Mas há aqueles em que o inglês não é entendido, nem falado pela população local – e devemos incluir o Brasil nessa lista – portanto, o jeito é se preparar para tentar entender e ser entendido através de algumas palavras da língua local, da linguagem corporal e também abusar do auxílio da tecnologia.

1. APRENDA PALAVRAS BÁSICAS DA LÍNGUA NATIVA
Aprender palavras básicas da língua do seu destino vai facilitar e muito a sua comunicação com os nativos. Por mais que você não saiba falar o idioma, ao aprender palavras básicas, você irá gerar empatia com a população local pela sua tentativa de falar a língua deles e demonstra interesse pela cultura local. Você vai se surpreender como um “Obrigado”, “Por Favor” e “Com licença” ditos na língua estrangeira irá lhe abrir portas.
Quais palavras eu devo aprender? As imprescindíveis são: “Por favor”, “com licença”, “obrigado”, “de nada”, “me desculpe”, “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, “olá” e “adeus”. Se a sua facilidade em decorar palavras for boa e você quiser ir mais além, indicamos também “que horas são?”, “prazer em conhecê-lo”, “tenha uma boa semana”, “seja bem-vindo”.

2. UTILIZE A LINGUAGEM CORPORAL
Se você não consegue se expressar com palavras, se expresse com gestos. Vale mímica, vale apontar, vale o que for possível fazer para ser compreendido com a linguagem corporal. Você tem mesmo que perder a vergonha, abordar alguém na rua que lhe pareça um nativo e contar com a boa vontade dele de entender a sua encenação. Sempre agradeça a ajuda, mesmo que a pessoa não consiga entendê-lo. Como agradecer sem palavras? Uma boa forma é unir as palmas das mãos com os dedos para cima (como um gesto de namastê) e curvar um pouco o tronco, como fazem os japoneses. É um sinal de respeito entendido em todo o mundo como pacífico e simpático.

3. PLANEJE COM ANTECEDÊNCIA A SUA CHEGADA DO AEROPORTO ATÉ A HOSPEDAGEM
Após uma viagem de avião, com a burocracia dos aeroportos e a espera pela mala, os viajantes não costumam estar no seu melhor para buscar ajuda em outra língua, com mímicas e gestos. Então o melhor a se fazer é: faça um planejamento. Procure saber qual é a melhor forma de se conduzir, o melhor meio de transporte, como comprar o bilhete (nos aeroportos, é mais provável que consiga em inglês, mas garantase com pelo menos o básico da língua local), em que parte do aeroporto você irá apanhar a condução, tudo bem explicadinho. Na internet, sempre há pessoas com boa vontade para ajudar. Não deixe para quebrar a cabeça na hora.

4. USE UM APLICATIVO TRADUTOR
Os aplicativos de tradução simultâneo são verdadeiros lifesavers. O mais famoso, mais moderno e mais útil é o Google Tradutor App. Se você precisa traduzir um texto escrito – como o cardápio de um restaurante, uma placa de trânsito, as indicações de um metrô, por exemplo – basta apontar o celular com o aplicativo aberto que, com a câmera, ele irá identificar as palavras e traduzir instantaneamente. Você não precisa tirar uma foto, nem digitar o texto. É rápido, eficiente e quebra o maior ganho. 
Mas se você quer conversar com alguém que não fala nenhum idioma semelhante ao seu, o Google Tradutor também pode ajudar. Você abre o aplicativo, seleciona os dois idiomas que vocês irão falar e pronto: fala próximo do microfone, o aplicativo traduz rapidamente e diz no idioma do seu amigo, em voz alta, o que você disse no seu idioma. É quase mágica!

5. TENHA COM VOCÊ UM MAPA DE PAPEL NA LÍNGUA LOCAL
Muita gente acha que os mapas de papel já não são tão úteis porque temos mapas nos celulares. Mas nós somos contra isso. Sabe por quê? Porque os celulares acabam a bateria, dão bug, o mapa desaparece, você pode perder o aparelho, ser roubado, enfim, uma infinidade de coisas podem acontecer se você carregar o mapa só no celular. Ao andar pelas ruas com um na língua local, você pode parar um nativo na rua, dizer um “Olá” no idioma dele e apontar para o lugar aonde você quer ir. Escrito na língua deles, fica muito mais fácil dele ajudá-lo. Se você só tem um mapa pequenininho no seu celular escrito no seu idioma, as coisas ficam mais complicadas.

6. USE A CÂMERA DO SEU CELULAR PARA GUARDAR A SUA ROTA
Se você costuma se perder em viagens e está numa cidade que é um bocado confusa, pode usar a câmera do seu celular para fazer a sua rota. Você vai andando e tirando foto das placas com os nomes das ruas e de lugares de referência (cafés, restaurantes, lojas, etc). Assim, na hora de voltar, fica mais fácil você reconhecer os lugares! Ao chegar ao hotel, apague as fotos para ter espaço para fazer novas no dia seguinte.

7. CARREGUE UM CADERNINHO E UMA CANETA
Suponhamos que o seu celular descarregou, você precisa de alguma coisa e sua linguagem corporal não está funcionando. O que fazer? Sentar e chorar? Não! Desenhe! Vale aqui também brincar de imagem e ação. Mesmo se você não for um grande desenhista, vendo a imagem, fica mais fácil de um nativo ajudá- lo! Há caderninhos e canetas de bolso bem pequenos que podem ser carregados na bolsa, ou mesmo no bolso.

8. SORRIA SEMPRE
Abordar alguém em um país estrangeiro, principalmente para pedir ajuda, requer um sorriso. Na grande maioria dos lugares, um sorriso é sempre bem-vindo. Seja educado, seja simpático, use um sorriso e as pessoas terão prazer em ajudá-lo e em fazer amizade com você, mesmo que vocês não falem a mesma língua.

Disponível em <http://goo.gl/1Br5z5>.Acesso em: 30 abr. 2016 (com adaptações). 
No texto, a palavra lifesavers pode ser entendida como:
Alternativas
Q897706 Português

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER A QUESTÃO.


Mensagem


Moacyr Scliar


Um Rei mandava cortar a cabeça dos mensageiros que lhe davam más notícias. Desta forma, um processo de seleção se estabeleceu: os inábeis foram sendo progressivamente eliminados, até que restou apenas um mensageiro no país. Tratava-se, como é fácil de imaginar, de um homem que dominava espantosamente bem a arte de dar más notícias. Seu filho morreu – dizia a uma mãe, e a mulher punha-se a entoar cânticos de júbilo: Aleluia, Senhor! Sua casa incendiou, – dizia a um viúvo, que prorrompia em aplausos frenéticos. Ao Rei, o mensageiro anunciou sucessivas derrotas militares, epidemias de peste, catástrofes naturais, destruição de colheitas, miséria e fome; surpreso consigo mesmo, o Rei ouvia sorrindo tais novas. Tão satisfeito ficou com o mensageiro, que o nomeou seu porta-voz oficial. Nesta importante posição, o mensageiro não tardou a granjear a simpatia e o afeto do público. Paralelamente, crescia o ódio contra o monarca; uma rebelião popular acabou por destituí-lo, e o antigo mensageiro foi coroado Rei. A primeira coisa que fez, ao assumir o governo, foi mandar executar todos os candidatos a mensageiro. A começar por aqueles que dominavam a arte de dar más notícias.


Disponível em: http://cronicasbrasil.blogspot.com.br/2012/09/mensagemmoacyr-scliar.html Acesso em 25 jun. 2017

Em qual fragmento do texto, se a palavra em negrito for substituída pela palavra entre parênteses, ocorrerá significativa alteração de sentido e distanciamento da temática do texto?
Alternativas
Q897603 Português

TEXTO I


Utilize o texto I para responder a questão abaixo.


Trabalhar e sofrer


"Assim como o sofrimento pode nos tornar amargos e até emocionalmente estéreis, o trabalho pode aviltar, humilhar, explorar e solapar qualquer dignidade"


 “O trabalho enobrece” é uma dessas frases feitas que a gente repete sem refletir no que significam, feito reza automatizada. Outra é "A quem Deus ama, ele faz sofrer", que fala de uma divindade cruel, fria, que não mereceria uma vela acesa sequer. Sinto muito: nem sempre trabalhar nos torna mais nobres, nem sempre a dor nos deixa mais justos, mais generosos. O tempo para contemplação da arte e da natureza, ou curtição dos afetos, por exemplo, deve enobrecer bem mais. Ser feliz, viver com alguma harmonia, há de nos tornar melhores do que a desgraça. A ilusão de que o trabalho e o sofrimento nos aperfeiçoam é uma ideia que deve ser reavaliada e certamente desmascarada.


O trabalho tem de ser o primeiro dos nossos valores, nos ensinaram, colocando à nossa frente cartazes pintados que impedem que a gente enxergue além disso. Eu prefiro a velha dama esquecida num canto feito uma mala furada, que se chama ética. Palavra refinada para dizer o que está ao alcance de qualquer um de nós: decência. Prefiro, ao mito do trabalho como única salvação, e da dor como cursinho de aperfeiçoamento pessoal, a realidade possível dos amores e dos valores que nos tornariam mais humanos. Para que se trabalhe com mais força e ímpeto e se viva com mais esperança. 


O trabalho que dá valor ao ser humano e algum sentido à vida pode, por outro lado, deformar e destruir. O desprezo pela alegria e pelo lazer espalha-se entre muitos de nossos conceitos, e nos sentimos culpados se não estamos em atividade, na cultura do corre-corre e da competência pela competência, do poder pelo poder, por mais tolo que ele seja.


Assim como o sofrimento pode nos tornar amargos e até emocionalmente estéreis, o trabalho pode aviltar, humilhar, explorar e solapar qualquer dignidade, roubar nosso tempo, saúde e possibilidade de crescimento. Na verdade, o que enobrece é a responsabilidade que os deveres, incluindo os de trabalho, trazem consigo. O que nos pode tornar mais bondosos e tolerantes, eventualmente, nasce do sofrimento suportado com dignidade, quem sabe com estoicismo. Mas um ser humano decente é resultado de muito mais que isso: de genética, da família, da sociedade em que está inserido, da sorte ou do azar, e de escolhas pessoais (essas a gente costuma esquecer: queixar-se é tão mais fácil).


Quanto tempo o meu trabalho – se é que temos escolha, pois a maioria de nós dá graças a Deus se consegue trabalhar por um salário vil – me permite para lazer, ou o que eu de verdade quero, se é que paro para refletir sobre isso? Quanto tempo eu me dou para viver? Quanto sobra para meu crescimento pessoal, para tentar observar o mundo e descobrir meu lugar nele, por menor que seja, ou para entender minha cultura e minha gente, para amar minha família?


E, se o luxo desse tempo existe, eu o emprego para ser, para viver, ou para correr atrás de mais um trabalho a fim de pagar dívidas nem sempre necessárias? Ou apenas não me sinto bem ficando sem atividade, tenho de me agitar sem vontade, rir sem alegria, gritar sem entusiasmo, correr na esteira além do indispensável para me manter sadio, vagar pelos shoppings quando nada tenho a fazer ali e já comprei todo o possível – muito mais do que preciso, no maior número de prestações que me ofereceram? E, quando tenho momentos de alegria, curto isso ou me preocupo: algo deve estar errado?


Servos de uma culpa generalizada, fabricamos caprichosamente cada elo do círculo infernal da nossa infelicidade e alienação. Essas frases feitas, das quais aqui citei só duas, podem parecer banais. Até rimos delas, quando alguém nos leva a refletir a respeito. Mas na verdade são instrumento de dominação de mentes: sofra e não se queixe, não se poupe, não se dê folga, mate-se trabalhando, seja humilde, seja pobre, sofrer é nosso destino, darás à luz com dor – e todo o resto da tola e desumana lavagem cerebral de muitos séculos, que a gente em geral nem questiona mais.


FONTE: LUFT, Lya. In. VEJA, nº 2148, de 20/01/2010. 

O excerto “Assim como o sofrimento pode nos tornar amargos e até emocionalmente estéreis, o trabalho pode aviltar, humilhar, explorar, solapar qualquer dignidade (4º parágrafo), só pode ser substituído, SEM prejuízo de sentido, por:
Alternativas
Respostas
9361: D
9362: C
9363: B
9364: A
9365: C
9366: A
9367: A
9368: A
9369: D
9370: A
9371: C
9372: C
9373: C
9374: C
9375: C
9376: E
9377: C
9378: C
9379: D
9380: A