Questões de Concurso Comentadas sobre sintaxe em português

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Q2126384 Português


(Quino, Mafalda 2. São Paulo: Martins Fontes, 2002).
Assinale a alternativa cuja reescrita da frase emprega o verbo na voz passiva. 
Alternativas
Q2125900 Português
Leia a matéria que se apresenta na sequência de modo a responder à questão.


PENSAR MUITO REALMENTE CANSA O CÉREBRO


Não é frescura ou impressão; é um fenômeno fisiológico real. E acontece porque, quando fazemos muito esforço cognitivo, há um acúmulo do neurotransmissor glutamato no córtex pré-frontal, a região cerebral responsável pelo raciocínio. Foi o que descobriu um grupo de cientistas franceses, que monitorou os cérebros de 40 voluntários enquanto eles realizavam versões fáceis ou difíceis do mesmo teste (o voluntário via uma sequência de letras exibidas em uma tela, e tinha de dizer se cada uma era vogal ou consoante, maiúscula ou minúscula e se estava na cor verde ou vermelha). Os pesquisadores usaram uma técnica chamada espectroscopia por ressonância magnética para observar o fluxo do glutamato – e constataram que, quando as pessoas faziam muitas tarefas difíceis, esse neurotransmissor acabava saturando as sinapses (conexões entre os neurônios) (Bruno Garattoni/ Superinteressante, set/22)
No fragmento textual: “O voluntário via uma sequência de letras exibidas em uma tela, e tinha de dizer se cada uma era vogal ou consoante, maiúscula ou minúscula e se estava na cor verde ou vermelha”, as duas orações subordinadas introduzidas pela conjunção SE classificam-se, respectivamente, como: 
Alternativas
Q2125899 Português
Leia a matéria que se apresenta na sequência de modo a responder à questão.


PENSAR MUITO REALMENTE CANSA O CÉREBRO


Não é frescura ou impressão; é um fenômeno fisiológico real. E acontece porque, quando fazemos muito esforço cognitivo, há um acúmulo do neurotransmissor glutamato no córtex pré-frontal, a região cerebral responsável pelo raciocínio. Foi o que descobriu um grupo de cientistas franceses, que monitorou os cérebros de 40 voluntários enquanto eles realizavam versões fáceis ou difíceis do mesmo teste (o voluntário via uma sequência de letras exibidas em uma tela, e tinha de dizer se cada uma era vogal ou consoante, maiúscula ou minúscula e se estava na cor verde ou vermelha). Os pesquisadores usaram uma técnica chamada espectroscopia por ressonância magnética para observar o fluxo do glutamato – e constataram que, quando as pessoas faziam muitas tarefas difíceis, esse neurotransmissor acabava saturando as sinapses (conexões entre os neurônios) (Bruno Garattoni/ Superinteressante, set/22)
Avalie as proposições abaixo, que abordam o emprego de alguns elementos linguísticos no texto e sinalize (V) verdadeiro ou (F) falso:

( ) O advérbio de intensidade MUITO, se deslocado para junto do verbo “cansar” (cansa muito), altera a informação expressa no título, enfatizando a ideia de que “Pensar” é, em si, uma atividade cansativa.
( ) Em: “Foi o que descobriu um grupo de cientistas franceses, que monitorou os cerébros de 40 voluntários enquanto eles realizavam versões fáceis ou difíceis do mesmo teste”, o pronome ELES tem como referente a expressão “um grupo de cientistas franceses.”
( ) No título, a posição em que ocorre o advérbio REALMENTE pode gerar ambiguidade estrutural e semântica, admitindo ser considerado um adjunto/focalizador, cujo escopo é o verbo “cansar”; ou um adjunto oracional/modalizador, denotando uma opinião, leitura mais provável.
( ) Nas duas orações que iniciam o texto, os termos FRESCURA, IMPRESSÃO e REAL, usados como predicativo, na caracterização do fenômeno descrito pertencem todos à mesma classe – a dos adjetivos.

A sequência de avaliação CORRETA é:
Alternativas
Q2125890 Português
Tendo como suporte o texto que se apresenta na sequência, responda ao que se pede.

95% DOS PLANTADORES de maconha na Califórnia fecharam o ano passado com prejuízo, segundo levantamento da empresa New Leaf Data Services, que monitora o mercado da cannabis. Depois que esse estado americano legalizou o uso recreativo da erva, em 2016, houve uma corrida para explorá-la comercialmente: e, devido ao excesso de oferta, o preço do produto despencou (só em 2022, a queda foi de 35%). (BG)

Indique a alternativa em que a explicação fornecida na proposição NÃO se aplica ao recurso em foco.
Alternativas
Q2125646 Português
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Assinale a alternativa que preenche adequadamente a lacuna do primeiro quadrinho. 
Alternativas
Q2125017 Português
Texto 3: 

Ciência

Há milhões de anos, existiam vulcões no Nordeste brasileiro
O cenário bem diferente do atual existiu antes (e até após) a separação dos continentes da América do Sul e África.

Por João Marinho e Marcos Nascimento
4 out 2022


      Durante sua evolução geológica, a região Nordeste do país já passou por diversos episódios de vulcanismo. Essa atividade magmática começou quando os territórios da África e América do Sul ainda estavam conectados, formando o Supercontinente Gondwana, e continuou intensa após a separação desses territórios.
     Alguns exemplos dessa atividade vulcânica podem ser observados nas rochas que afloram na porção terrestre da Bacia do Pernambuco, no estado do mesmo nome. Essas rochas datam de aproximadamente 104 milhões de anos atrás e registram as últimas etapas da quebra do Gondwana.


       Após esse episódio, a atividade vulcânica cenozóica, entre aproximadamente 72,1 e 6,6 milhões de anos atrás, ficou registrada em diversos complexos vulcânicos e rochas intrusivas associadas que se encontram espalhados pelo atual território nordestino. [...].
     Nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará identificam-se inúmeros corpos vulcânicos e subvulcânicos sob a forma de diques (feição tabular), necks e plugs (formato de cone). [...].



      Esse vulcanismo ascendeu à superfície cortando as rochas sedimentares de idade cretácea da bacia sedimentar Potiguar e rochas metamórficas mais antigas, com mais de 550 milhões de anos.
     Uma parte desses corpos vulcânicos está relacionada ao evento conhecido como “Magmatismo Macau”, que representa a extrusão de derrames basálticos entre 31 e 14 milhões de anos.
     Essas rochas vulcânicas se destacam na paisagem, formando um relevo típico, e apresentam estruturas características de resfriamento magmático como disjunções colunares. [...].
Relações de independência sintática entre orações de um período são estabelecidas em coordenação. Com base nisso, analise o período a seguir: “Essas rochas datam de aproximadamente 104 milhões de anos atrás e registram as últimas etapas da quebra do Gondwana.”.
Assinale a resposta INCORRETA, acerca da relação entre as orações desse período.
Alternativas
Q2124680 Português
Leia o texto a seguir:

As crianças precisam voltar a brincar mais

Um estudo recente, realizado no Reino Unido, mostrou o impacto que a pandemia causou na saúde das crianças. Por lá, as restrições para tentar combater a contaminação por Covid-19 foram bastante severas e implicaram o fechamento de parques e escolas.

Isso fez com que as crianças se tornassem mais sedentárias, já que não havia espaços adequados para a prática de atividades onde elas pudessem gastar toda energia.

O estudo em questão, que mostrou como ficou a saúde das crianças após o isolamento, foi realizado por quatro universidades britânicas que avaliaram crianças na faixa etária entre 8 e 10 anos de idade.

Durante as avaliações os pesquisadores descobriram que 51% das crianças foram classificadas como “inaptas” (em comparação com 35% esperado) e 47% estavam acima do peso ou obesas (em comparação com os 33% usuais).

Os pesquisadores verificaram também que a massa corporal das crianças aumentou em média 6,8 kg, o que corresponde a aproximadamente duas vezes a quantidade esperada neste período de tempo. Logo, podemos observar claramente como o sedentarismo é prejudicial para a saúde das crianças.

A verdade é que a pandemia veio reforçar algo que já é fato há muito tempo. A atividade física é uma necessidade real para as crianças, e os pais devem ficar atentos a isso.

Várias pesquisas já mostraram outros dados alarmantes sobre isso.

Para que você tenha uma ideia, além do estudo realizado no Reino Unido atestando a necessidade urgente das crianças realizarem atividades físicas, uma revisão de mais de 50 estudos científicos, que avaliaram 22 mil crianças em todo o planeta, mostrou que vem reduzindo a quantidade de exercícios feitos por crianças na faixa de quatro e cinco anos de idade.

A revisão mostrou também que essas crianças vêm fazendo, em média, 4 a 5 minutos a menos de exercícios por ano (o que pode até parecer pouco, mas na média, não é).

Além disso, a Organização Mundial da Saúde estima que 80% das crianças entre 11 e 17 anos não cumprem a recomendação diária de 1 hora de exercícios.

Não é segredo para ninguém o quanto os exercícios físicos são fundamentais para o bom funcionamento do nosso organismo. Mas, no caso específico das crianças, sabe-se que mesmo os exercícios das mais novas – de 3 a 5 anos de idade – já é suficiente para melhorar o condicionamento cardiovascular, rigidez arterial e pressão arterial.

            Mas afinal, qual exercício as crianças devem fazer?

A resposta é simples… Aqueles que elas sempre fizeram!

Correr, pular, brincar e praticar esportes é o suficiente para que seus filhos fiquem mais saudáveis agora e no futuro.

Afinal, se exercitar agora não apenas ajuda a ter mais saúde depois... Também cria hábitos saudáveis que podem durar a vida toda!

Então, tente ao máximo estimular que as crianças sob sua responsabilidade não fiquem sedentárias. Promova atividades em que elas possam se movimentar, gastar energia e, acima de tudo, se divertir!

Esse é um caminho importante para uma Supersaúde!


Fonte: https://www.jb.com.br/colunistas/saude-e-alimentacao/2022/12/1041406- as-criancas-precisam-voltar-a-brincar-mais.html. Acesso em 02/01/2023. Adaptação
No trecho “Os pesquisadores verificaram também que a massa corporal das crianças aumentou em média 6,8 kg, o que corresponde a aproximadamente duas vezes a quantidade esperada neste período de tempo. Logo, podemos observar claramente como o sedentarismo é prejudicial para a saúde das crianças” (5º parágrafo), o conectivo destacado expressa a noção de: 
Alternativas
Q2124579 Português
Quanto aos termos acessórios da oração, assinale (V) verdadeiro ou (F) falso e marque a alternativa correta.
( ) Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja, a de caracterizar um ser, determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. ( ) São quatro os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo. ( ) Adjunto adverbial é o termo que caracteriza, ou determina os substantivos. ( ) Adjunto adnominal é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc), ou em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo, ou advérbio. ( ) Aposto é uma palavra, ou expressão que explica, esclarece, desenvolve, resume outro termo da oração. 
Alternativas
Q2124211 Português
Um slogan de cerveja tem provocado algumas dúvidas acerca de sua correção gramatical – “A cerveja que desce redondo”. Usando-se um recurso de análise linguística, é possível chegar à conclusão de que há correção nele. Com base numa relação paradigmática, observa-se que o termo “redondo” orbita no universo do sintagma verbal, logo é um advérbio de modo ou um adjunto adverbial, uma vez que o verbo é intransitivo. Tal análise é baseada: Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q2123668 Português
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2123491 Português
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2123488 Português
Assinale a frase correta quanto à concordância verbal e nominal.
Alternativas
Q2122478 Português
O gigolô das palavras


        Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
       Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com gramática.) A gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em gramática pura.
       Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas —isto eu disse —vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo à custa delas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo de roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
       Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. 8. ed. Porto Alegre:
L&PM, 1982. Fragmento.)
Na frase “[...] eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.” (3º§), o verbo “ganhar” está na forma correta de concordância com o sujeito. Assinale a alternativa que apresenta uma frase com erro de concordância verbal.
Alternativas
Q2122363 Português
A mulher ramada

      Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto entalhado, e de novo verde claro, verde escuro, imenso lençol do gramado; lá longe o palácio. Assim o jardineiro via o mundo, toda vez que levantava a cabeça do trabalho.
      E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os mantos nas aleias, cavaleiros partindo para a caça.
       Mas a ele, no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados cabia, ninguém via. Plantando, podando, cuidando do chão, confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com as estações. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, sua voz não se entrelaçava à música distante que vinha dos salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que ninguém a viesse colher.
        Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim, quando uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito. E passados dias, e passados meses, só não passando a dor, disse o jardineiro a si mesmo que era tempo de ter uma companheira.
        No dia seguinte, trazidas num saco duas belas mudas de rosa, o homem escolheu o lugar, ajoelhou-se, cavou cuidadoso a primeira cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um pouco a terra, para que a água de chuva e rega mantivesse sempre molhados os pés da rosa.
        Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto esperava, não tinha pressa. E quando os primeiros, tênues galhos despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a esperar novamente, até que outra brotação se fizesse mais forte.
       Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os espigões teimosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua. Por último, cuidado maior, a cabeça levemente inclinada para o lado.
       O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da tesoura. Ajeitou o cabelo, arredondou a curva de um joelho. Depois, afastando-se para olhar, murmurou encantado:
        – Bom dia, Rosamulher.
      Agora levantando a cabeça do trabalho, não procurava mais a distância. Voltava-se para ela, sorria, contava o longo silêncio da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os braços verdes, movendo a cintura, ele todo se sentia vergar de amor, como se o vento o agitasse por dentro.
      Acabou o verão, fez-se inverno. A neve envolveu com seu mármore a mulher ramada. Sem plantas para cuidar, agora que todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os dias visitá-la. Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se em gotas. E um dia em que o sol parecia mais morno do que de costume, viu de repente, na ponta dos dedos esgalhados, surgir a primeira brotação na primavera.
      Em pouco, o jardim vestiu o cetim das folhas novas. Em cada tronco, em cada haste, em cada pedúnculo, a seiva empurrou para fora pétalas e pistilos. E mesmo no escuro da terra os bulbos acordaram, espreguiçando-se em pequenas pontas verdes.
    Mas enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores, nem uma só gota de vermelho brilhava no corpo da roseira. Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro que, temendo que viesse a floração a romper tanta beleza, cortava rente todos os botões.
     De tanto contrariar a primavera, adoeceu porém o jardineiro. E ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.
    Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao jardim. Quando afinal conseguiu se levantar para procurá-la, percebeu de longe a marca da sua ausência. Embaralhando- -se aos cabelos, desfazendo a curva da testa, uma rosa embabadava suas pétalas entre os olhos da mulher. E já outra no seio despontava.
      Parado diante dela, ele olhava e olhava. Perdida estava a perfeição do rosto, perdida a expressão do olhar. Mas do seu amor nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda. Nunca Rosamulher fora tão rosa. E seu coração de jardineiro soube que jamais teria coragem de podá-la. Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho.
       Então docemente a abraçou descansando a cabeça no seu ombro. E esperou.
     E sentindo sua espera, a mulher-rosa começou a brotar, lançando galhos, abrindo folhas, envolvendo-o em botões, casulo de flores e perfumes.
    Ao longe, raras damas surpreenderam-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos. Depois voltaram a cabeça e a atenção, retomando seus caminhos. Sem perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes.

(COLASANTI, Marina. A mulher ramada. In: ________. Doze reis e a moça no labirinto do vento. São Paulo: Global, 2006. p. 22-28.)
Analise as afirmativas; marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Na sentença “E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, [...]” (3º§), o sinal indicativo de crase em “às vezes” se justifica porque se trata de uma expressão temporal. ( ) Em “Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro [...]” (13º§) há erro de regência verbal. ( ) Ao se reescrever, no plural, a frase “Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim,[...]” (4º§), o verbo auxiliar de “havia plantado” deve permanecer no singular, respeitando as normas de concordância verbal. ( ) Na frase “E ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.” (14º§), a preposição “por” pode ser suprimida, sem que haja prejuízo de sentido. ( ) Em “Nunca Rosamulher fora tão rosa.” (16º§), o pretérito mais-que-perfeito foi usado para fazer referência a uma ação que aconteceu em um passado distante.
A sequência está correta em 
Alternativas
Q2122123 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

 Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
No que se refere à concordância e à morfossintaxe de períodos simples e compostos no texto 10A1-I, julgue o item subsequente.

O primeiro período do quarto parágrafo é formado por uma oração sem sujeito, cujo verbo é transitivo direto. Caso se substituísse a forma verbal “havia” por existiam, a correção gramatical seria mantida e, nesse caso, a oração passaria a ser constituída por verbo intransitivo seguido do sujeito da oração.
Alternativas
Q2122122 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

 Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
No que se refere à concordância e à morfossintaxe de períodos simples e compostos no texto 10A1-I, julgue o item subsequente.
No primeiro período do último parágrafo, que é composto por coordenação e subordinação, as três orações introduzidas por “que” são coordenadas entre si e classificadas, em relação à oração principal, como orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
Alternativas
Q2122120 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

 Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
No que se refere à concordância e à morfossintaxe de períodos simples e compostos no texto 10A1-I, julgue o item subsequente.
No trecho “a interpretação sexista do masculino genérico” (segundo período do terceiro parágrafo), os vocábulos “a” e “sexista” classificam-se, sintaticamente, como adjuntos adnominais do termo “interpretação”, e a expressão “do masculino genérico” classifica-se como complemento nominal desse mesmo termo.
Alternativas
Q2122119 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

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No que se refere à concordância e à morfossintaxe de períodos simples e compostos no texto 10A1-I, julgue o item subsequente.
As orações presentes no trecho “priorizando o homem e invisibilizando a mulher” (segundo período do segundo parágrafo) são classificadas como subordinadas adjetivas explicativas reduzidas de gerúndio, e, em sua forma desenvolvida, poderiam ser reescritas, mantendo-se a correção gramatical, da seguinte forma: que priorizam o homem e invisibilizam a mulher. 
Alternativas
Q2122108 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

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Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.


Dadas as possibilidades de interpretação e de regência do verbo “pensar” (segundo período do segundo parágrafo), a coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se retirasse a preposição em da contração “nas”, deixando-se, portanto, só o artigo definido feminino plural nesse caso.  


Alternativas
Q2121901 Português
Assinale a alternativa correta em relação ao período “posso até repetir de ano, mas eu não quero colocar quem eu amo em risco”.
Alternativas
Respostas
2241: D
2242: B
2243: A
2244: E
2245: B
2246: E
2247: D
2248: C
2249: B
2250: E
2251: D
2252: E
2253: C
2254: B
2255: C
2256: E
2257: C
2258: E
2259: C
2260: A