Questões de Concurso Comentadas sobre sintaxe em português

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Q1685285 Português

O Outro


Ele queria muito ser eleito. Não: ele precisava muito ser eleito. Estava atrás de um emprego que lhe desse um bom salário, mordomias e verbas para gastar na contratação de assessores – além, claro, das múltiplas oportunidades que, como vereador, teria.


O problema era arrumar votos. Não tinha amigos, não era conhecido, nem sequer recebera um apelido pitoresco que pudesse usar na propaganda. Mas o pior não era isso. O pior que combinava um visual péssimo – baixinho, gordinho, careca – com uma congênita inabilidade para falar em público. Em desespero, resolveu procurar um marqueteiro. Estava disposto a gastar uma boa grana nisso, desde que pudesse adquirir uma nova imagem, uma imagem capaz de garantir a eleição.


O marqueteiro, famoso, exigiu honorários salgados, mas garantiu resultados. Que, de fato, não se fizeram esperar. Em poucas semanas o candidato era outro. Mais magro, mais alto (saltos especiais) com uma bela peruca, parecia agora um galã de novela. Além disso, transformara-se num fantástico orador, um orador capaz de galvanizar o público com uma única frase.


Se foi eleito? Foi eleito com uma avalanche de votos. O que representou um duplo alívio: de um lado, conquistava o cargo tão sonhado. De outro, podia deixar de lado a peruca, os sapatos com saltos especiais e a dieta. E também podia falar normalmente, no tom meio fanhoso que o caracterizava.


E aí começaram as surpresas desagradáveis. Quando foi tomar posse, ninguém o reconheceu. Mas como? Então era aquele tipo charmoso, magnético, da tevê e dos cartazes? Era ele sim, como o comprovou, mostrando a identidade.


Não foi a única contrariedade. Logo descobriu que, como vereador, era péssimo: não sabia falar, não convencia ninguém, sequer era procurado por lobistas. Bom mesmo, concluiu com amargura, era o Outro, aquele que o marqueteiro tinha inventado. Aquele sim podia fazer uma grande carreira, chegando quem sabe à Presidência.


Mas onde estava o Outro? Só uma pessoa poderia ajudá-lo nessa busca, o marqueteiro. Só que o marqueteiro tinha sumido. Com o dinheiro ganho nas eleições resolvera passar dois anos em alguma praia do Caribe.


Todas as noites o vereador sonha com o Outro. Vê-o na Câmara, discursando, empolgando multidões. Mas não sabe o que fazer para encontrá-lo. Sabe, sim, o que dirá se isso um dia acontecer. E o que dirá, numa voz fanhosa e emocionada, será: o senhor pode contar com meu voto - para sempre.

(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo, Gaia, 2006)

Considere o trecho retirado do texto.


“Não foi a única contrariedade. Logo descobriu que, como vereador, era péssimo: não sabia falar, não convencia ninguém, sequer era procurado por lobistas. Bom mesmo, concluiu com amargura, era o Outro, aquele que o marqueteiro tinha inventado”.


Avalie as afirmativas abaixo:


1. A palavra “não” em todos os seus usos tem a mesma classificação morfológica e desempenha a mesma função sintática.

2. A palavra sublinhada exerce a mesma função sintática desta sublinhada na frase: “Não foi recebido, ninguém o atendeu”.

3. A frase “Logo descobriu” denota tempo; é, pois, subordinada substantiva temporal.

4. A expressão “com amargura” é composta – morfologicamente – por uma preposição e um substantivo e exerce a função de adjunto adverbial.

5. Nas duas vezes em que aparece, a palavra “que” tem funções sintáticas diferentes, já que em uma delas é pronome relativo.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q1685209 Português

    [...] Hannah Arendt foi a pensadora responsável por sua formulação – vazio do pensamento – em um livro chamado Eichmann em Jerusalém, de 1962, no qual ela faz um relato filosófico sobre o julgamento de um alto funcionário do regime nazista alemão que, no entanto, não chegava a ser um dos seus principais mentores. Adolf Eichmann que foi capturado na Argentina e julgado em Jerusalém por seus crimes contra a humanidade, estarreceu o mundo ao se apresentar como um cidadão de bem que pretendia apenas subir na carreira alegando cumprir ordens. No livro ela afirma que Eichmann não demostrava refletir sobre o que havia feito como funcionário. É como se sua capacidade de pensar estivesse interrompida. Questionado ele respondia por clichês e, ao mesmo tempo, não era um sujeito perverso que estivesse utilizando algum tipo de inteligência para fazer o mal conscientemente.

    Foi por analisar a figura de Eichman que Arendt lançou a questão do vazio do pensamento. A característica dessa forma de vazio é a ausência de reflexão, de crítica, de questionamento e até mesmo de discernimento. Podemos dizer que, em nossa época, isso se torna cada vez mais comum. O número de pessoas que abdicam da capacidade de pensar é cada vez maior.

    No entanto, parece absurdo que possamos viver sem pensamento e é justamente por isso que o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais funcional como já acontecia com Eichmann. Hoje, as redes sociais sobrevivem principalmente pelo fluxo das ideias prontas. Pessoas se tornam a cada dia transmissoras de ideias não questionadas. Ideias que são como mercadorias compradas para viagem sem perguntar que sentido podem ter na vida de quem as leva consigo.

    No campo da publicidade e propaganda, os profissionais especializam-se em apresentar as ideias rarefeitas, não apenas como coisas superficiais, mas como algo que está ao alcance da mão, algo cuja complexidade não importa. As próprias ideias são consumidas. Há um consumismo das coisas, mas há também um consumismo das ideias e, nesse sentido, também da linguagem por meio da qual as ideias circulam. Ora, o estatuto das coisas em um mundo voltado ao hiperconsumo é o do descarte. Seriam as ideias descartáveis como as coisas junto às quais elas são vendidas? Ou as ideias que seriam primeiramente abstratas serviriam apenas para dar uma “aura” às coisas que, em si mesmas, as coisas não têm? 

    A partir disso, podemos falar de uma segunda forma de vazio que caracteriza o nosso mundo cada vez mais carente de reflexão. Ele diz respeito ao que sentimos. Vivemos em um mundo cada vez mais anestesiado, no qual as pessoas se tornam incapazes de sentir e cada vez mais insensíveis. A sociedade na qual vivemos parece cada vez mais excitada, angustiada e fadada ao desespero. Podemos falar de um vazio da emoção justamente no contexto em que as pessoas buscam, de modo ensandecido, uma emoção qualquer. Paga-se caro pela falta de sentimentos que podemos definir em um sentido genérico como uma frieza generalizada. A incapacidade de sentir torna o campo da sensibilidade em nós, um lugar de desespero. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, os filmes, as drogas, os esportes radicais e até mesmo a alimentação provoque mais do que sentimentos. Deseja-se o êxtase. A emoção também virou uma mercadoria e o que não emociona radicalmente parece não valer o esforço de se viver. O ódio é uma emoção fundamental em nossa época. Para quem não consegue sentir nada, a sua radicalidade é uma estranha redenção. 

    Nesse contexto, as mercadorias surgem com a promessa de garantir êxtase. Espera-se hoje que as experiências humanas sejam sempre e cada vez mais intensas, cinematográficas, impressionantes e espetaculares mesmo que se trate apenas de uma roupa nova, um telefone celular, um brinquedo ou um lugar para comer, tudo é vendido como se não fosse apenas o que de fato é. É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra o tempo natural das coisas, da festividade contra a tranquilidade, da ebriedade contra a sobriedade. 

    Ora, quando falamos de emoções tendemos a considerar que elas são espontâneas. Mas nada é realmente espontâneo no mundo da sociedade publicitária. Tudo isso é contrabalançado por programações do pensar e do sentir. As emoções também são programadas. E a questão que está em jogo é a do esvaziamento afetivo em um cenário de frieza humana e expressão histérica. Mas se as pessoas estão cada vez mais frias, isso quer dizer também que elas estão necessariamente cada vez mais “robotizadas” por pensamentos e sentimentos programados. [...]

(TIBURI, Márcia. 23 de julho de 2019. Disponível em: https:// revistacult.uol.com.br/home/nos-e-o-vazio-sobre-o-pensamento-emocao-e-acao/. Adaptado.)

Considerando o emprego da norma padrão da língua, a correção do trecho destacado seria mantida de acordo com a sugestão expressa em:
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Q1684053 Português

A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto, julgue o item.


A inserção do elemento que imediatamente antes de “mostra” (linha 23) mantém a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

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Q1683977 Português

    Como é sabido, a infância não é algo que tenha existido desde sempre. Crianças sempre existiram, obviamente, mas o que entendemos por infância é um conceito recente em termos históricos. Basta lembrar que muitos de nós tiveram avós que trabalhavam na roça desde cedo e que se casavam aos 12, 13 anos. E só não se casavam antes porque o ato de casar estava ligado ao ato de engravidar. Assim, era necessário esperar a primeira menstruação não da menina, mas da mulher.

    É comum pessoas que visitam povos indígenas ou comunidades ribeirinhas da Amazônia se espantarem com a diferença do que é ser uma criança para esses povos e comunidades. O primeiro espanto costuma ser o fato de que meninos e meninas mexem com facas, em geral bem grandes, no cotidiano. Fazem quase tudo o que um adulto faz. Nadam sozinhas no rio, escalam árvores altas, cozinham, caçam e pescam. Aprendem com os adultos e com as crianças mais velhas.

    Não é que não se tenha cuidado com as crianças, mas o cuidado tem outras expressões e significados, obedece a outro entendimento da vida, variando de povo a povo. Dias atrás um amigo estava numa aldeia indígena e viu um menino pequeno ligando um motor de barco. Ele de imediato avisou ao pai que o filho estava mexendo com algo que poderia ser perigoso. O pai limitou-se a dizer, devolvendo o espanto: “Mas este é o motor dele”.

    É possível concluir que, nesta aldeia, para este povo, assim como para outras comunidades que vivem uma experiência diversa de ser e de estar no mundo, ser criança é outra coisa. O que quero sublinhar aqui é que nada é dado e determinado no campo da cultura. A infância foi inventada pela sociedade ocidental e continua sendo inventada dia após dia. Não existe nenhuma determinação acima da experiência de uma sociedade – e dos vários conflitos e interesses que determinam essa experiência – sobre o que é ser uma criança.

    Nesta época, na sociedade ocidental, a criança deve ser protegida de tudo. Mas não só. Há um esforço de apagamento de que a criança tem um corpo. Não um corpo para o sexo. Mas um corpo erotizado, no sentido de que meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta.

    Esse apagamento do corpo da criança se entranha na vida cotidiana e também na linguagem. Eu mesma costumava escrever nos meus textos: “homens, mulheres e crianças fizeram tal coisa ou estão sofrendo tal coisa”, ou qualquer outro verbo. Até que uma amiga me chamou a atenção de que crianças têm sexo, e eu as estava castrando no meu texto. Então, passei a escrever: “homens e mulheres, adultos e crianças...”. Conto isso apenas para mostrar que rapidamente internalisamos uma percepção geral como se fosse um dado da natureza e, na medida que a assumimos como fato, paramos de questioná-la.

    Quando os adultos tentam apagar o corpo das crianças, criam um grande problema para as crianças. E para si mesmos. É um fato que as crianças têm sexualidade. Não é uma escolha ideológica. Essa experiência é parte da nossa espécie e de várias outras. Qualquer pessoa que tenha filhos saudáveis ou acompanhe crianças pequenas próximas sabe que elas se tocam e descobrem que seus pequenos corpos podem lhes dar prazer. E esta já se mostrou uma experiência fundamental para uma vida adulta responsável e prazerosa no campo da sexualidade, que respeite o corpo e o desejo do outro, assim como o próprio corpo e o próprio desejo.

    Qualquer adulto que não recalcou sua memória destas experiências com o corpo se vai lembrar delas se for honesto consigo mesmo. Quem tem corpo, tem sexualidade. O que não pode ter é violência contra esses corpos.


(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/opinion/1520873905_5719 40.html. Acesso em: 12/12/2019.)

No excerto “(...) meninos e meninas têm prazer com seu próprio corpo, têm um corpo que se experimenta.” (5º§), se o fragmento “meninos e meninas” fosse substituído por “uma criança”, quantas outras palavras (ou seja, sem incluir na contagem as duas que fazem parte da alteração proposta pelo enunciado) precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo- -nominal?
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Q1683821 Português
No período “Não tinham cidades com bonitos edifícios, não falavam grego e não tinham escrita”, a oração destacada se classifica como;
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Q1683238 Português

Universidade pública paga?


Pesquisa realizada pelo Datafolha mostrou que a maioria da população brasileira quer educação gratuita para todos, da creche à universidade.

Educação deve ser pública e gratuita, da primeira infância ao ensino médio. Por exemplo, uma menina que passar por esse ciclo gerará um retorno social maior que o privado: a produtividade da economia aumenta com trabalhadores qualificados.

Há justificativa moral para a gratuidade: ela confere liberdade às pessoas. No processo educacional, funcionalidades são apropriadas pelos indivíduos, conferindo-lhes a possibilidade de serem livres e agentes, não dependentes e passivos.

No ensino superior, o retorno privado é maior do que o social. Por exemplo, mais médicos e administradores graduados geram ganhos sociais, mas os salários desses profissionais indicam que os ganhos privados são substantivos: não seria razoável oferecer-lhes educação superior gratuita.

Há aspectos morais que justificariam ensino superior pago, mas somente para quem tem condições de fazê-lo. O Brasil é um país consideravelmente desigual. Logo, desiguais deveriam ser tratados desigualmente. E há dois fundamentos filosóficos para tal posição.

O primeiro advém do conceito de progressividade de impostos e gastos públicos. Logo na graduação, economistas aprendem um princípio de justiça: de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um de acordo com sua necessidade. O segundo é derivado da visão do filósofo John Ralws: por vezes, é mais justo tratar desiguais de forma desigual.

Logo, seria mais razoável, do ponto de vista econômico e moral, considerar que alunos do ensino superior que possam pagar por este o façam.

(Marcos Fernandes G. da Silva. https://www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2020/08/universidade-publica-paga.shtml. 31.08.2020. Adaptado)

Na frase “... mas somente para quem tem condições de fazê-lo.”, o termo “mas” introduz, em relação ao que é enunciado no início do trecho, uma
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Q1683233 Português
Na frase do penúltimo quadrinho “Eu quis dizer uma pergunta sobre o que estamos estudando.”, a expressão destacada estará corretamente substituída, em conformidade com a norma-padrão da língua, por:
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Q1682796 Português

    Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra no último Quarto de Badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção” — do verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário. O certo é “varrição”, e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário. Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção”, quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.


Rubem Alves. Internet: (com adaptações).


A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o seguinte item. 

Em “Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em ‘varreção’ — do verbo ‘varrer’”, o sujeito da oração iniciada com “Acontece” é indeterminado
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Q1682792 Português

    Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava: “Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!” Mas eu ouvia o mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os alegres incômodos e duvidosos encantos de uma coletividade democrática. Pois lá pelas tantas da noite, como eu pressentisse, em meu entredormir, um vulto junto à minha cama, sentei-me estremunhado e olhei atônito para um tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:

— Pois é! Não vê que eu sou o sereno...

Mário Quintana. In: As cem melhores crônicas brasileiras. São Paulo: Objetiva, 2007.

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item. 
Em “Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava: ‘Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!’“, os termos “Tia Tula” e “menino” desempenham a mesma função sintática nas orações em que ocorrem, o que justifica o fato de serem isolados por vírgulas.
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Q1682787 Português
    A diferenciação entre zonas centrais e regiões marginais — centros e periferias — encontra-se hoje em várias ordens de grandeza em comunidades, distritos, países e grupos inteiros de países. Numa cidade, a atividade comercial concentra-se geralmente numa zona determinada; em cada país há regiões nas quais se concentra mais fortemente a atividade econômica, do que em outras.

    A diferença entre regiões centrais e regiões periféricas está baseada em uma multiplicidade de contrastes — geográficos, econômicos e sociais — que, em toda a sua diversidade, também apresentam, em seu contexto, elementos comuns essenciais.

     Os centros são primariamente grandes cidades ou cidades de dimensão média, sendo periferias as zonas de economia rural. As aldeias constituem centros menores na periferia.

     Diante das periferias, os centros são, sob alguns aspectos, privilegiados. Sob perspectiva geométrica, a soma das distâncias entre o ponto central e quaisquer pontos do interior é menor do que entre um ponto da periferia (qualquer que seja esse ponto) e qualquer ponto no interior. Em torno de uma grande cidade (de uma megalópole), encontram-se as maiores artérias de circulação ordenadas de forma radial e não em círculos concêntricos. As vias de uma periferia à outra conduzem, por isso, com frequência através do centro — também quando isso exige maiores desvios.

     Para cada tipo de troca (como trânsito, comércio, turismo, transmissão de conhecimentos), os centros oferecem especiais vantagens. Eles dispõem de uma infraestrutura mais rica do que as regiões marginais, e os contatos sociais são mais densos. Hospitais, universidades, institutos de pesquisa, instituições culturais, museus, teatros, salas de concerto etc. encontram-se predominante ou exclusivamente em centros. As possibilidades de formação são mais diversificadas e de melhor qualidade. Mercados de centro se destacam por ofertas mais ricas do que os mercados das periferias. O nível de vida é mais alto, os salários são mais altos, mas também os custos de manutenção da vida são mais altos.

     Nos centros, com relação à vida social, vigora uma cultura pluralista, as pessoas são mais individualistas, mas também mais flexíveis do que nas periferias. No interior a cultura é mais fortemente presa à tradição, a mobilidade social é menor, a vida decorre mais calma e vagarosamente, e as pessoas se movimentam menos apressadamente. Quanto às atitudes mentais e intelectuais, elas também são, em geral, menos ágeis e, com frequência, mais conservadoras.

Thomas Kelssering. Dentro e fora. Centro e periferia. In: Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização. Trad. Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: Educs, 2007, p. 171-2.

Julgue o item subsequente, relativo às ideias e às construções linguísticas do texto precedente. 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das ideias nele expressas, o período “O nível de vida é mais alto, os salários são mais altos, mas também os custos de manutenção da vida são mais altos”, ao final do quinto parágrafo, poderia ser reescrito da seguinte forma: O nível de vida e os salários, assim como os custos de manutenção da vida, são mais altos.
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Q1682783 Português
    A diferenciação entre zonas centrais e regiões marginais — centros e periferias — encontra-se hoje em várias ordens de grandeza em comunidades, distritos, países e grupos inteiros de países. Numa cidade, a atividade comercial concentra-se geralmente numa zona determinada; em cada país há regiões nas quais se concentra mais fortemente a atividade econômica, do que em outras.

    A diferença entre regiões centrais e regiões periféricas está baseada em uma multiplicidade de contrastes — geográficos, econômicos e sociais — que, em toda a sua diversidade, também apresentam, em seu contexto, elementos comuns essenciais.

     Os centros são primariamente grandes cidades ou cidades de dimensão média, sendo periferias as zonas de economia rural. As aldeias constituem centros menores na periferia.

     Diante das periferias, os centros são, sob alguns aspectos, privilegiados. Sob perspectiva geométrica, a soma das distâncias entre o ponto central e quaisquer pontos do interior é menor do que entre um ponto da periferia (qualquer que seja esse ponto) e qualquer ponto no interior. Em torno de uma grande cidade (de uma megalópole), encontram-se as maiores artérias de circulação ordenadas de forma radial e não em círculos concêntricos. As vias de uma periferia à outra conduzem, por isso, com frequência através do centro — também quando isso exige maiores desvios.

     Para cada tipo de troca (como trânsito, comércio, turismo, transmissão de conhecimentos), os centros oferecem especiais vantagens. Eles dispõem de uma infraestrutura mais rica do que as regiões marginais, e os contatos sociais são mais densos. Hospitais, universidades, institutos de pesquisa, instituições culturais, museus, teatros, salas de concerto etc. encontram-se predominante ou exclusivamente em centros. As possibilidades de formação são mais diversificadas e de melhor qualidade. Mercados de centro se destacam por ofertas mais ricas do que os mercados das periferias. O nível de vida é mais alto, os salários são mais altos, mas também os custos de manutenção da vida são mais altos.

     Nos centros, com relação à vida social, vigora uma cultura pluralista, as pessoas são mais individualistas, mas também mais flexíveis do que nas periferias. No interior a cultura é mais fortemente presa à tradição, a mobilidade social é menor, a vida decorre mais calma e vagarosamente, e as pessoas se movimentam menos apressadamente. Quanto às atitudes mentais e intelectuais, elas também são, em geral, menos ágeis e, com frequência, mais conservadoras.

Thomas Kelssering. Dentro e fora. Centro e periferia. In: Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização. Trad. Benno Dischinger. Caxias do Sul, RS: Educs, 2007, p. 171-2.

Julgue o item subsequente, relativo às ideias e às construções linguísticas do texto precedente. 
A correção gramatical do texto seria mantida se o vocábulo “que” (segundo parágrafo), fosse substituído por onde.
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Q1682489 Português
O verão da inteligência artificial

     Panaceia ou armadilha diabólica são as posições extremas no espectro de quem discute Inteligência Artificial (IA) e as consequências de sua aplicação. Provavelmente a verdade (mas, o que é “verdade?”) deve localizar-se em algum ponto intermediário. E tanto os apologéticos como os apocalípticos obtém apoio de peso: o próprio Stephen Hawking teria declarado que “conseguir sucesso na criação real de IA poderá ser o maior evento da história da nossa civilização. Ou o pior. Não sabemos...”
      O que ajuda a carrear tanta atenção à IA é que, talvez levianamente, grudamos o rótulo de IA em muitas coisas que seriam, apenas, sofisticada tecnologia, tratamentos estatísticos e exame de correlação de dados.
       Reconhecimento facial, por exemplo, é um tema de pesquisa desde os anos 60, e até recentemente não relacionado a IA. O mesmo se pode dizer das eficientíssimas máquinas de busca de que dispomos da internet de hoje. Foi o rápido e contínuo desenvolvimento do poder computacional que, aplicado a algoritmos, permitiu que usássemos a impressão digital, ou imagem da íris, ou reconhecimento facial como identificadores pessoais de acesso. Processamento, associado a capacidade quase ilimitada de armazenamento e intercomunicação em rede, gerou ferramentas de busca e de localização.
       Parece vontade de “dourar a pílula” da IA – por si já muito poderosa – colocar tudo sob o mesmo guarda-chuva. Aliás, cunha-se a sigla IA (Inteligência Artificial) para designar essa simplificação matreira e oportunista.
     Os exemplos citados podem ser muito potencializados com a introdução da IA. Algoritmos fixos usados tornam-se dinâmicos: “aprendem” com seus próprios erros e resultados e buscam refinar sua ação. Não se trata mais, apenas, de identificar uma face, mas de detectar o estado de espírito do indivíduo e, se possível, inferir suas intenções. Não estamos simplesmente encontrando coisas na rede, mas recebendo resultados personalizados que, além de ter maior sintonia com o que procuramos, procuram causar mais impacto no que faremos depois. O céu (ou o inferno...) é o limite do que se pode conseguir quando sistemas evoluem a partir da sua própria experiência, afastam-se do seu funcionamento original e chegam a obter autonomia de difícil predição ou controle.
        Há, assim, um efeito “moda” sobreposto a um real e afetivo progresso rumo a uma IA exuberante. Se previsões alarmantes, como 1984, de George Orwell ou Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, parecem estar se concretizando rapidamente, outras mais otimistas e animadoras, como robôs domésticos, viagens interplanetárias e carros totalmente autônomos ainda situam-se no campo das possibilidades. A história da IA começa nos anos 60 e apresenta uma “ciclotimia”: passa-se de momentos de euforia para momentos de retração, que ficaram conhecidos como os “invernos da IA”.
      Estamos claramente num pleno verão, um pouco forçado, mas indiscutível. Há também alguns indícios de reconhecimento: levantam-se dúvidas sobre “carros automáticos”, se chegaremos mesmo à singularidade de Ray Kurzweil etc.. Há quem prenuncie um novo inverno pela frente. Se esse inverno vier, que seja na forma de oportunidades para avaliar riscos e benefícios, o uso ética e controle de tecnologias críticas que representam a ameaças à civilização.
        Ou seja, que esse inverno traga um renascimento auspicioso como Shakespeare coloca na boca de Ricardo III: “... o inverno do nosso descontentamento converte-se agora em glorioso verão... e todas as nuvens que ameaçavam nossa casa estão enterradas no mais profundo dos oceanos”.

(Disponível em: https://link.estadao.com.br/noticias/geral,o-verao-dainteligencia-artificial,70003166362. Demi Getschko.)
Analise as afirmativas a seguir.

I. Em “[...] até recentemente não relacionado a IA” e “[...] associado a capacidade quase ilimitada de armazenamento”, há incorreção gramatical.

II. As palavras destacadas em “o mesmo se pode dizer” ese previsões alarmantes” desempenham a mesma função sintática, por isso recebem a mesma classificação.

III. Em “A história da IA começa nos anos 60 e apresenta uma ‘ciclotimia’: passa-se de momentos de euforia para momentos de retração, [...]”, os dois-pontos poderiam ser substituídos por “ou seja” sem prejudicar o sentido do trecho.

Está correto o que se afirma apenas em
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Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Agente Comunitário de Saúde (Áreas de 1 a 10) | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Auxiliar de Biblioteca | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Auxiliar de Arquivo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Assistente Administrativo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Agente de Trânsito | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Agente de Endemias | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Técnico em Nutrição | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Técnico em Informática | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Técnico em Edificações | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Técnico de Enfermagem | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Salva Vidas | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Técnico de Enfermagem - ESF | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Técnico de Enfermagem - Urgência | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Auxiliar de Creche | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Operador Retroescavadeira | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Operador Patrol | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Motorista de Transporte Escolar | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Monitor de Transporte Escolar | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Mecânico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Guarda Civil Municipal | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fiscal de Tributos | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fiscal da Vigilância Sanitária | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Eletricista | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Cuidador Escolar | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Condutor de Ambulância |
Q1682377 Português
Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto CG2A1-I se o termo “Portanto” (R.40) fosse substituído por
Alternativas
Q1681876 Português
Assinale a alternativa que todas as palavras exigem a preposição “a”:
Alternativas
Q1681873 Português

Leia o quadro e responda a questão abaixo:


Imagem associada para resolução da questão


O verbo “visar” não está de acordo com a norma gramatical, regência do verbo em questão é justificada como:

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Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Enfermeiro | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Engenheiro Civil | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Farmacêutico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fisioterapeuta | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fonoaudiólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Médico Veterinário | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Nutricionista | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Artes | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Ciências | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Psicopedagogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Psicólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor - Educação Infantil e Ensino Fundamental | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Português | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Matemática | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Libras | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Inglês | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - História | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Geografia | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Ensino Religioso | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Educador Social | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Profissional de Educação Física | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Biomédico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Biólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Bibliotecário | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Auditor Fiscal | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Profissional - Educação Física |
Q1681846 Português
No texto CG1A2-I, a expressão ‘a ponto de’ (R.8) foi empregada com o mesmo sentido de
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Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Enfermeiro | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Engenheiro Civil | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Farmacêutico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fisioterapeuta | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fonoaudiólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Médico Veterinário | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Nutricionista | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Artes | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Ciências | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Psicopedagogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Psicólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor - Educação Infantil e Ensino Fundamental | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Português | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Matemática | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Libras | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Inglês | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - História | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Geografia | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Ensino Religioso | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Educador Social | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Profissional de Educação Física | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Biomédico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Biólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Bibliotecário | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Auditor Fiscal | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Profissional - Educação Física |
Q1681844 Português
No trecho ‘Assim como podemos treinar os bíceps na academia, e ficar mais fortes, podemos ser cada vez mais empáticos com a prática’ (R. 15 a 17), do texto CG1A2-I,
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Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Enfermeiro | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Engenheiro Civil | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Farmacêutico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fisioterapeuta | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Fonoaudiólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Médico Veterinário | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Nutricionista | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Artes | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Ciências | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Psicopedagogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Psicólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor - Educação Infantil e Ensino Fundamental | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Português | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Matemática | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Libras | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Inglês | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - História | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Geografia | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Professor de Educação Básica - Ensino Religioso | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Educador Social | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Profissional de Educação Física | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Biomédico | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Biólogo | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Bibliotecário | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Auditor Fiscal | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2020 - Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE - Profissional - Educação Física |
Q1681842 Português
No trecho “Tal sentimento é uma via de mão dupla: beneficia não só quem o desenvolve, mas também o emissor” (R. 30 e 31), do texto CG1A2-I, a expressão “não só ... mas também” exprime uma relação de
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Q1681781 Português
No princípio era o caderno


    Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d’alma (em prosa e verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia a dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou uma confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
    Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera à minha avó Belmira. Me lembro da capa dura, recoberta com um tecido de algodão preto. A letrinha vacilante, bem desenhada, era menina quando via minha mãe recorrer a esse caderno para conferir uma receita de doce ou a receita de um gargarejo. “Como mamãe escrevia bem! – Observou ela mais de uma vez. – Que pensamentos e que poesias, como era inspirada!”.
    Vejo nas tímidas inspirações desse cadernão (que se perdeu num incêndio) um marco das primeiras arremetidas da mulher brasileira na chamada carreira de letras – um ofício de homem.

(A disciplina do amor. Rocco, 1998.)
Assinale a alternativa correta a respeito do termo destacado no trecho do texto.
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Q1681777 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal estabelecida pela norma-padrão.
Alternativas
Respostas
4821: D
4822: D
4823: C
4824: B
4825: B
4826: D
4827: C
4828: E
4829: E
4830: C
4831: E
4832: D
4833: C
4834: C
4835: D
4836: E
4837: C
4838: E
4839: B
4840: E