Questões de Concurso
Sobre sintaxe em português
Foram encontradas 36.815 questões
Considerando as placas, abaixo, assinale a alternativa correta, quanto à concordância nomina e verbal:
Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal:
Leia o texto para responder às próximas três questões.
Orgulho. (Waldir Rocha/Nelson Wederkind).
Tu me mandaste embora, eu irei,
Mas comigo também levarei
O orgulho de não mais voltar.
Mesmo que a vida se torne cruel,
Se transforme numa taça de fel,
Este trapo tu não mais verás.
Eu seguirei com o meu dissabor,
Com a alma partida de dor
Procurando esquecer.
Deus sabe bem quem errou de nós dois
E dará o castigo depois,
O castigo a quem merecer.
No período “Deus sabe bem quem errou de nós dois e dará o castigo depois”. A oração grifada é:
'Empresas já leem nossas mentes e vão saber ainda mais com neurotecnologia', diz pesquisadora
Alguns anos atrás, a ideia de "ameaça à privacidade de pensamento" estava mais para 1984, de George Orwell, e para o terreno da ficção científica distópica. Para Nita Farahany, professora da Universidade Duke (EUA) que se especializou em pesquisar as consequências das novas tecnologias e suas implicações éticas, essa ameaça já é presente hoje e deve ser levada a sério.
A iraniana-americana lançou neste ano o livro The Battle for your Brain: Defending the Right to Think Freely in the Age of Neurotechnology ("A Batalha pelo seu Cérebro: Defendendo o Direito de Pensar Livremente na Era da Neurotecnologia", em tradução livre, sem edição brasileira). Mas como é possível ler o nosso cérebro? Bem, de fato ainda não existe — como na ficção — uma supermáquina que entra na cabeça de uma pessoa e entrega uma lista completa de ideias e conceitos. Na verdade, explica Farahany, as defesas da nossa privacidade de pensamento começaram a ser derrubadas sem a necessidade de examinar diretamente o cérebro. Isso foi possível com a vasta quantidade de dados pessoais compartilhada em redes sociais e outros apps, que é analisada por algoritmos e depois monetizada.
Hoje as companhias de tecnologia detêm informações importantes sobre nós: quem são nossos amigos, qual conteúdo gera emoção (e, importante, que tipo de emoção), as preferências políticas, em quais produtos clicamos, por onde circulamos ao longo do dia e algumas das transações financeiras. "Tudo isso está sendo usado por empresas para criar perfis muito precisos sobre quem somos e assim entender nossas preferências e nossos desejos", diz Farahany em entrevista à BBC News Brasil. "É importante as pessoas entenderem que elas já estão em um mundo onde mentes são lidas."
Outra fronteira do nosso funcionamento interno começa a ser explorada com a popularização de smartwatches (relógios inteligentes), que reúnem dados sobre batimento cardíaco, níveis de estresse, qualidade do sono e muito mais. Mas o avanço da neurotecnologia, com equipamentos em contato direto com a cabeça, leva tudo isso a um novo patamar, com mais dados e mais precisão. Ela explica que sensores cerebrais são justamente parecidos com sensores de frequência cardíaca encontrados nos smartwatches ou em anéis que medem a temperatura do corpo quando captam a atividade elétrica no cérebro. "E toda vez que você pensa, ou toda vez que sente algo, os neurônios disparam em seu cérebro, emitindo pequenas descargas elétricas. Padrões característicos podem ser usados para tirar conclusões", afirma. "Por exemplo, se você vê uma propaganda e sente alegria ou estresse ou raiva, tédio, envolvimento... todas essas reações podem ser captadas por meio da atividade elétrica em seu cérebro e decodificadas com a inteligência artificial mais avançada." Ou seja, esses sinais cerebrais transmitem o que sentimos, observamos, imaginamos ou pensamos. Farahany afirma que as pessoas precisam compreender e aceitar que o cérebro "não é inteiramente delas".
Essa situação leva a própria filosofia a questionar o conceito de livre arbítrio, ou seja, o poder de um indivíduo de optar por suas ações. "Imagine que você se proponha no começo da semana a não passar mais de uma hora por dia nas redes sociais. Aí você descobre no final que você gastou quatro horas por dia. O que aconteceu?", pondera a professora de Direito e Filosofia na Duke. "Se existem algoritmos projetados para te capturar quando você quer se desconectar, se existem notificações quando você fica muito tempo fora do celular, se você quer assistir a só um episódio da série e o próximo começa automaticamente, você usou seu livre arbítrio? São ferramentas e técnicas projetadas para prejudicar aquilo com que você se comprometeu."
Farahany, ao contrário do que se possa pensar, é uma grande entusiasta dos avanços da neurotecnologia. Ela enumera ao longo de The Battle for Your Brain uma longa lista de contextos em que o monitoramento cerebral poderia melhorar a humanidade e salvar vidas. "O que eu proponho é um equilíbrio. É tanto uma forma de as pessoas enxergarem os aspectos positivos da tecnologia, mas também de estarem protegidas contra os riscos mais significativos", diz. "Para chegar lá, é necessário mudar a forma como pensamos a nossa relação com a tecnologia. A tecnologia raramente é o problema. Quase sempre é o mau uso."
"Não se trata de encampar posições absolutas do tipo 'tudo isso é ruim' ou 'tudo isso é ótimo', mas tentar definir quais são as funcionalidades dessa tecnologia para o bem comum e quais são os riscos de uso indevido." (...)
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c88jmpl902lo (Adaptado).
A classificação correta da oração destacada no fragmento “Mas como é possível ler o nosso cérebro?” (2º parágrafo) encontra-se na alternativa:
Analisando o período “Roberto falou que, caso não chova, ele e seus amigos irão à praia após o almoço.”, é CORRETO afirmar que a oração isolada por vírgulas estabelece com o restante do período uma relação de:
Os “novos quilombos” e os desafios da “velha escola”
Para fugir da exploração, das violências e do sofrimento impostos pela estrutura socioeconômica escravista do Brasil colonial, grupos de africanos escravizados estabeleciam esconderijos no meio da floresta: os quilombos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, que, segundo alguns historiadores, chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes, sob a liderança de Zumbi, morto numa emboscada em 1695 e contemporaneamente alçado ao panteão dos heróis nacionais. Durante os mais de 300 anos de escravidão no Brasil, inúmeros quilombos foram iniciados e dissolvidos.
Com a lei que aboliu a escravatura, em 1888, os quilombos deixaram de se caracterizar como comunidades clandestinas. Sem escravidão oficial, não havia como se falar em “escravos fugidos”. Em decorrência do esfacelamento da sociedade colonial escravista, a categoria quilombo não definia mais as situações daquelas comunidades, mas as pessoas que as formaram, bem como as gerações de seus descendentes não deixaram de existir e de habitar aqueles territórios.
Durante boa parte do século 20, historiadores e antropólogos entraram em contato e pesquisaram aquilo que denominaram “comunidades negras rurais” ou “terras de preto”, como eram chamados os grupos que, julgava-se, descendiam diretamente dos quilombos, tais como Kalunga (Goiás) e Conceição das Crioulas (Pernambuco), para citar algumas das mais conhecidas. Em comum, essas coletividades eram compostas de lavradores com práticas econômicas rurais de subsistência ou atividades econômicas de baixa intensidade. As populações apresentavam baixa escolaridade e acesso reduzido a serviços e bens públicos, como educação, saúde e saneamento.
Muitas conservavam manifestações culturais antigas e tradicionais, como jongo e capoeira, em geral associadas ao patrimônio cultural de origem africana. Outra característica comum era a luta pela manutenção de suas famílias nas terras que habitavam e onde trabalhavam. Durante boa parte do século 20, essas terras foram objeto de conflitos e violações, gerando, em muitos casos, litígios judiciais, uma vez que, em sua maioria, essas pessoas não possuíam titulação das propriedades [...].
(Fonte: Ciência Hoje — adaptado.)
No fragmento “Durante boa parte do século 20, essas terras foram objeto de conflitos e violações [...]”, a vírgula foi empregada para:
Cartão vermelho contra o preconceito
Por Ernesto Neves
- O mais popular esporte do planeta, o futebol tem o poder de unir povos e culturas,
- superando diferenças de credo, raça e classe. A linguagem dos campos é universal e pode até
- dar pausa a uma guerra, como ocorreu lá atrás, nos anos 1960, quando lados antagônicos do
- conflito de Biafra pararam para assistir ao genial Pelé. Os estádios, porém, jamais estiveram
- livres de um dos males que ainda assombram a humanidade: o racismo, um nó duro de desatar
- até hoje, em pleno século XXI. Nem mesmo as grandes estrelas do gramado escapam às
- execráveis manifestações de preconceito que resistem ao tempo. Foi assim em 21 de maio,
- quando Vinícius Jr., 22 anos, jogador do Real Madrid, enfrentava o Valência pela La Liga, o
- campeonato da Espanha, e ouviu gritos de “macaco”, “macaco”.
- Ele não se calou e acabou virando um potente símbolo da luta contra esta desumana
- exibição de intolerância. Indignado, interrompeu a partida e se dirigiu aos torcedores que o
- atacavam, pedindo respeito. Nas redes, Vini frisou que era a décima vez em que fora alvo de
- discriminação por ser preto, triste histórico que nunca contou com qualquer reação das
- autoridades, algo comum na trajetória de tanta gente. Sua atitude, de expor a questão sem
- desvios, escancarou uma ferida que, nos últimos anos, vem ganhando maior visibilidade não só
- na Europa, como também no Rio de Janeiro. Segundo dados do Observatório da Discriminação
- Racial no Futebol, entre 2021 e 2022, registrou-se um aumento de 40% nas denúncias de casos
- de racismo. Tamanho crescimento dá os contornos da elevada incidência desse crime e, ao
- mesmo tempo, embute um avanço: como as pessoas estão mais conscientes da aberração que
- o racismo representa, elas _______ cada vez mais levantando a voz contra ele. “Historicamente
- atacadas, pessoas pretas não aceitam mais sofrer discriminação e, por isso, estão levando o
- problema aos holofotes”, afirma o advogado Fabiano Machado da Rocha, especialista em
- compliance antidiscriminatório.
- A reação de Vini Jr. desatou uma onda sem precedentes no mundo do futebol, que começou
- a se mexer. Autoridades, entidades, clubes e atletas se mobilizaram, e ações contra a
- intolerância nos times cariocas, algumas engavetadas, receberam um bem-vindo empurrão. O
- Flamengo abriu oficinas internas conduzidas por integrantes do movimento negro e tem
- promovido visitas a escolas da rede pública e projetos sociais. A diretoria do Fluminense trabalha
- na criação de um comitê da diversidade e promove a campanha antipreconceito Time de Todos.
- Já o Botafogo busca perfis no mercado de modo que equipare as oportunidades profissionais no
- clube, enquanto o Vasco firmou um código de conduta com as torcidas organizadas proibindo
- cânticos embalados pela intolerância.
- Em um salutar sinal de avanço, as iniciativas chegaram até o poder público. A Assembleia
- Legislativa fluminense recém aprovou o Projeto de Lei nº 1.112/2023, que cria a Política Estadual
- Vini Jr. de Combate ao Racismo nos Estádios do Rio. Com a medida, as partidas podem ser
- interrompidas diante de qualquer denúncia ou manifestação racista. O jogo ficará paralisado pelo
- tempo que se julgar necessário ou enquanto não cessarem as ofensas.
- Adequar os estádios às normas de civilidade deste século envolve uma questão financeira
- — quem não o faz pode perder dinheiro, um sinal dos novos ventos. O escrutínio parte dos
- próprios patrocinadores, que não mais toleram investir em clubes ou atletas problemáticos, e
- dos consumidores, que rejeitam gastar com produtos e serviços nocivos à sociedade. Além disso,
- as federações esportivas compreenderam que o ambiente fair play é fundamental ____
- sobrevivência do esporte e que ir a uma partida deve ser uma experiência acolhedora a todos.
- “Racismo, machismo e homofobia são construções culturais que, até pouco tempo atrás, eram
- aceitáveis nos estádios. Felizmente, isso acabou”, ressalta Kwadjo Adjepong, especialista em
- governança esportiva da ONG Sport Resolutions, de Londres.
(Disponível em: VejaRio, junho de 2023 – texto adaptado especialmente para esta prova).
Em “O mais popular esporte do planeta, o futebol tem o poder de unir povos e culturas, superando diferenças de credo, raça e classe”, o trecho destacado da oração cumpre, sintaticamente, a função de:
Cartão vermelho contra o preconceito
Por Ernesto Neves
- O mais popular esporte do planeta, o futebol tem o poder de unir povos e culturas,
- superando diferenças de credo, raça e classe. A linguagem dos campos é universal e pode até
- dar pausa a uma guerra, como ocorreu lá atrás, nos anos 1960, quando lados antagônicos do
- conflito de Biafra pararam para assistir ao genial Pelé. Os estádios, porém, jamais estiveram
- livres de um dos males que ainda assombram a humanidade: o racismo, um nó duro de desatar
- até hoje, em pleno século XXI. Nem mesmo as grandes estrelas do gramado escapam às
- execráveis manifestações de preconceito que resistem ao tempo. Foi assim em 21 de maio,
- quando Vinícius Jr., 22 anos, jogador do Real Madrid, enfrentava o Valência pela La Liga, o
- campeonato da Espanha, e ouviu gritos de “macaco”, “macaco”.
- Ele não se calou e acabou virando um potente símbolo da luta contra esta desumana
- exibição de intolerância. Indignado, interrompeu a partida e se dirigiu aos torcedores que o
- atacavam, pedindo respeito. Nas redes, Vini frisou que era a décima vez em que fora alvo de
- discriminação por ser preto, triste histórico que nunca contou com qualquer reação das
- autoridades, algo comum na trajetória de tanta gente. Sua atitude, de expor a questão sem
- desvios, escancarou uma ferida que, nos últimos anos, vem ganhando maior visibilidade não só
- na Europa, como também no Rio de Janeiro. Segundo dados do Observatório da Discriminação
- Racial no Futebol, entre 2021 e 2022, registrou-se um aumento de 40% nas denúncias de casos
- de racismo. Tamanho crescimento dá os contornos da elevada incidência desse crime e, ao
- mesmo tempo, embute um avanço: como as pessoas estão mais conscientes da aberração que
- o racismo representa, elas _______ cada vez mais levantando a voz contra ele. “Historicamente
- atacadas, pessoas pretas não aceitam mais sofrer discriminação e, por isso, estão levando o
- problema aos holofotes”, afirma o advogado Fabiano Machado da Rocha, especialista em
- compliance antidiscriminatório.
- A reação de Vini Jr. desatou uma onda sem precedentes no mundo do futebol, que começou
- a se mexer. Autoridades, entidades, clubes e atletas se mobilizaram, e ações contra a
- intolerância nos times cariocas, algumas engavetadas, receberam um bem-vindo empurrão. O
- Flamengo abriu oficinas internas conduzidas por integrantes do movimento negro e tem
- promovido visitas a escolas da rede pública e projetos sociais. A diretoria do Fluminense trabalha
- na criação de um comitê da diversidade e promove a campanha antipreconceito Time de Todos.
- Já o Botafogo busca perfis no mercado de modo que equipare as oportunidades profissionais no
- clube, enquanto o Vasco firmou um código de conduta com as torcidas organizadas proibindo
- cânticos embalados pela intolerância.
- Em um salutar sinal de avanço, as iniciativas chegaram até o poder público. A Assembleia
- Legislativa fluminense recém aprovou o Projeto de Lei nº 1.112/2023, que cria a Política Estadual
- Vini Jr. de Combate ao Racismo nos Estádios do Rio. Com a medida, as partidas podem ser
- interrompidas diante de qualquer denúncia ou manifestação racista. O jogo ficará paralisado pelo
- tempo que se julgar necessário ou enquanto não cessarem as ofensas.
- Adequar os estádios às normas de civilidade deste século envolve uma questão financeira
- — quem não o faz pode perder dinheiro, um sinal dos novos ventos. O escrutínio parte dos
- próprios patrocinadores, que não mais toleram investir em clubes ou atletas problemáticos, e
- dos consumidores, que rejeitam gastar com produtos e serviços nocivos à sociedade. Além disso,
- as federações esportivas compreenderam que o ambiente fair play é fundamental ____
- sobrevivência do esporte e que ir a uma partida deve ser uma experiência acolhedora a todos.
- “Racismo, machismo e homofobia são construções culturais que, até pouco tempo atrás, eram
- aceitáveis nos estádios. Felizmente, isso acabou”, ressalta Kwadjo Adjepong, especialista em
- governança esportiva da ONG Sport Resolutions, de Londres.
(Disponível em: VejaRio, junho de 2023 – texto adaptado especialmente para esta prova).
Sobre a oração “Segundo dados do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, entre 2021 e 2022, registrou-se um aumento de 40% nas denúncias de casos de racismo”, analise as assertivas abaixo:
I. Trata-se de uma oração com sujeito indeterminado.
II. O verbo empregado está na voz passiva.
III. O sujeito da oração é “um aumento de 40% nas denúncias de casos de racismo”.
Quais estão corretas?
Cartão vermelho contra o preconceito
Por Ernesto Neves
- O mais popular esporte do planeta, o futebol tem o poder de unir povos e culturas,
- superando diferenças de credo, raça e classe. A linguagem dos campos é universal e pode até
- dar pausa a uma guerra, como ocorreu lá atrás, nos anos 1960, quando lados antagônicos do
- conflito de Biafra pararam para assistir ao genial Pelé. Os estádios, porém, jamais estiveram
- livres de um dos males que ainda assombram a humanidade: o racismo, um nó duro de desatar
- até hoje, em pleno século XXI. Nem mesmo as grandes estrelas do gramado escapam às
- execráveis manifestações de preconceito que resistem ao tempo. Foi assim em 21 de maio,
- quando Vinícius Jr., 22 anos, jogador do Real Madrid, enfrentava o Valência pela La Liga, o
- campeonato da Espanha, e ouviu gritos de “macaco”, “macaco”.
- Ele não se calou e acabou virando um potente símbolo da luta contra esta desumana
- exibição de intolerância. Indignado, interrompeu a partida e se dirigiu aos torcedores que o
- atacavam, pedindo respeito. Nas redes, Vini frisou que era a décima vez em que fora alvo de
- discriminação por ser preto, triste histórico que nunca contou com qualquer reação das
- autoridades, algo comum na trajetória de tanta gente. Sua atitude, de expor a questão sem
- desvios, escancarou uma ferida que, nos últimos anos, vem ganhando maior visibilidade não só
- na Europa, como também no Rio de Janeiro. Segundo dados do Observatório da Discriminação
- Racial no Futebol, entre 2021 e 2022, registrou-se um aumento de 40% nas denúncias de casos
- de racismo. Tamanho crescimento dá os contornos da elevada incidência desse crime e, ao
- mesmo tempo, embute um avanço: como as pessoas estão mais conscientes da aberração que
- o racismo representa, elas _______ cada vez mais levantando a voz contra ele. “Historicamente
- atacadas, pessoas pretas não aceitam mais sofrer discriminação e, por isso, estão levando o
- problema aos holofotes”, afirma o advogado Fabiano Machado da Rocha, especialista em
- compliance antidiscriminatório.
- A reação de Vini Jr. desatou uma onda sem precedentes no mundo do futebol, que começou
- a se mexer. Autoridades, entidades, clubes e atletas se mobilizaram, e ações contra a
- intolerância nos times cariocas, algumas engavetadas, receberam um bem-vindo empurrão. O
- Flamengo abriu oficinas internas conduzidas por integrantes do movimento negro e tem
- promovido visitas a escolas da rede pública e projetos sociais. A diretoria do Fluminense trabalha
- na criação de um comitê da diversidade e promove a campanha antipreconceito Time de Todos.
- Já o Botafogo busca perfis no mercado de modo que equipare as oportunidades profissionais no
- clube, enquanto o Vasco firmou um código de conduta com as torcidas organizadas proibindo
- cânticos embalados pela intolerância.
- Em um salutar sinal de avanço, as iniciativas chegaram até o poder público. A Assembleia
- Legislativa fluminense recém aprovou o Projeto de Lei nº 1.112/2023, que cria a Política Estadual
- Vini Jr. de Combate ao Racismo nos Estádios do Rio. Com a medida, as partidas podem ser
- interrompidas diante de qualquer denúncia ou manifestação racista. O jogo ficará paralisado pelo
- tempo que se julgar necessário ou enquanto não cessarem as ofensas.
- Adequar os estádios às normas de civilidade deste século envolve uma questão financeira
- — quem não o faz pode perder dinheiro, um sinal dos novos ventos. O escrutínio parte dos
- próprios patrocinadores, que não mais toleram investir em clubes ou atletas problemáticos, e
- dos consumidores, que rejeitam gastar com produtos e serviços nocivos à sociedade. Além disso,
- as federações esportivas compreenderam que o ambiente fair play é fundamental ____
- sobrevivência do esporte e que ir a uma partida deve ser uma experiência acolhedora a todos.
- “Racismo, machismo e homofobia são construções culturais que, até pouco tempo atrás, eram
- aceitáveis nos estádios. Felizmente, isso acabou”, ressalta Kwadjo Adjepong, especialista em
- governança esportiva da ONG Sport Resolutions, de Londres.
(Disponível em: VejaRio, junho de 2023 – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 20 e 42.
Risco de morte por calor extremo pode quintuplicar até 2050
- O número de pessoas que correm o risco de morrer devido aos efeitos do calor extremo
- pode quintuplicar nas próximas décadas, alertam cientistas em um relatório publicado nesta
- quarta-feira (15/11/2023). “A saúde da humanidade está em grave perigo”, afirmam os autores
- da edição de 2023 do documento de referência publicado anualmente pela revista médica The
- Lancet.
- O trabalho afirma que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2°C na
- comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor
- podem aumentar em 4,7 vezes até 2050. O relatório é publicado .... poucos dias do início, em
- 30 de novembro, da reunião da ONU sobre o clima, a COP28 de Dubai, que pela primeira vez
- terá _______ dedicadas .... saúde.
- A análise destaca que, em média, os habitantes do planeta foram _______ a 86 dias de
- temperaturas potencialmente fatais em 2022. Também indica que o número de pessoas com
- mais de 65 anos que faleceram vítimas do calor aumentou 85% entre os períodos de 1991-2000
- e de 2013-2022.
- Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história. “Os efeitos
- observados atualmente podem ser apenas um sintoma precoce de um futuro muito perigoso”,
- disse Marina Romanello, diretora-executiva do estudo.
- No documento, os cientistas destacam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que
- podem contribuir para o aumento da mortalidade. Quase 520 milhões de pessoas a mais
- enfrentarão uma situação de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século,
- segundo as _______. E as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em
- propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.
- Diante dos muitos impactos, mais de 25% das cidades analisadas pelos cientistas podem
- ver seus sistemas de saúde em colapso. O secretário-geral da ONU, António Guterres, comentou
- o relatório e afirmou que “a humanidade enfrenta um futuro intolerável”.
- “Já estamos vendo .... catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de
- pessoas ao redor do mundo, ameaçados por ondas de calor recordes, secas devastadoras para
- as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades
- e inundações fatais”, afirmou em um comunicado.
(Disponível em: https://exame.com/esg/risco-de-morte-por-calor-extremo-pode-quintuplicar-ate-2050/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o fragmento “A humanidade enfrenta um futuro intolerável”, assinale a alternativa que apresenta a correta classificação do sujeito.
Risco de morte por calor extremo pode quintuplicar até 2050
- O número de pessoas que correm o risco de morrer devido aos efeitos do calor extremo
- pode quintuplicar nas próximas décadas, alertam cientistas em um relatório publicado nesta
- quarta-feira (15/11/2023). “A saúde da humanidade está em grave perigo”, afirmam os autores
- da edição de 2023 do documento de referência publicado anualmente pela revista médica The
- Lancet.
- O trabalho afirma que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2°C na
- comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor
- podem aumentar em 4,7 vezes até 2050. O relatório é publicado .... poucos dias do início, em
- 30 de novembro, da reunião da ONU sobre o clima, a COP28 de Dubai, que pela primeira vez
- terá _______ dedicadas .... saúde.
- A análise destaca que, em média, os habitantes do planeta foram _______ a 86 dias de
- temperaturas potencialmente fatais em 2022. Também indica que o número de pessoas com
- mais de 65 anos que faleceram vítimas do calor aumentou 85% entre os períodos de 1991-2000
- e de 2013-2022.
- Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história. “Os efeitos
- observados atualmente podem ser apenas um sintoma precoce de um futuro muito perigoso”,
- disse Marina Romanello, diretora-executiva do estudo.
- No documento, os cientistas destacam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que
- podem contribuir para o aumento da mortalidade. Quase 520 milhões de pessoas a mais
- enfrentarão uma situação de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século,
- segundo as _______. E as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em
- propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.
- Diante dos muitos impactos, mais de 25% das cidades analisadas pelos cientistas podem
- ver seus sistemas de saúde em colapso. O secretário-geral da ONU, António Guterres, comentou
- o relatório e afirmou que “a humanidade enfrenta um futuro intolerável”.
- “Já estamos vendo .... catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de
- pessoas ao redor do mundo, ameaçados por ondas de calor recordes, secas devastadoras para
- as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades
- e inundações fatais”, afirmou em um comunicado.
(Disponível em: https://exame.com/esg/risco-de-morte-por-calor-extremo-pode-quintuplicar-ate-2050/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o fragmento “A humanidade enfrenta um futuro intolerável”, analise as assertivas a seguir:
I. A oração apresenta adjunto adnominal do sujeito.
II. A expressão “um futuro intolerável” é classificada como objeto direto.
III. Há predicativo do sujeito na oração.
Quais estão corretas?
O Texto I serve de base para responder às questões de 1 a 3.
TEXTO 1
PRÁTICA DE ESPORTES E ATIVIDADES FÍSICAS
Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São mais de 100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudo Práticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015, realizado pelo I8GE.
A falta de tempo e de interesse são os principais motivos apontados para o sedentarismo. Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o poder público deveria investir em esporte ou atividades físicas. Observou-se algumas relações diretas na realização de esportes ou atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não tinham instrução realizavam diversas práticas corporais. esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31, 1 %, na classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais. Entre as mulheres, apenas 33,4% responderam que haviam praticado esportes ou atividades físicas. Já entre os homens, esse total foi de 42,7%.
A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem.Já o principal motivo para praticar esporte, declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou o bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando que a não prática estaria menos associada à infraestrutura disponível.
Disponível em: www.esporte.gov.br (Adaptado). Acesso em: 17 jul. 2023.
Acerca do trecho "Entre as pessoas que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31, 1 %, na classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais", é CORRETO afirmar que:
Selecione a alternativa que apresenta uma oração com a mesma classificação sintática do período "À noite, no mais íntimo do seu ser, é importante conhecer-te a ti mesmo".
(Para facilitar a leitura: Dizem que publicitário gosta de aparecer. Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido do Estado. 1º de fevereiro | Dia do Publicitário).
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/939141328532165568/. Acesso em: 13 jun. 2024.
I- Os caracteres maiores em “Dizem que” reforçam uma pretensa reputação dos publicitários de serem conhecidos por gostarem de aparecer.
II- Publicar o anúncio num jornal de renome é uma estratégia que confirma o texto em letras garrafais: “Dizem que publicitário gosta de aparecer”.
III- O período “Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido do Estado”, escrito em letras muito menores, é subordinado ao período “Dizem que publicitário gosta de aparecer”.
IV- A palavra que em “Dizem que publicitário gosta de aparecer” é um pronome relativo.
V- A oração “Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido do Estado” é subordinada adjetiva restritiva.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Veja a propaganda abaixo e analise as assertivas:
I- Mediante o texto verbal da propaganda, é válida a pressuposição de que os designers são pressionados pelo pouco tempo para criar um projeto.
II- No período composto “Não somos panela para trabalhar sob pressão”, temos um período composto por coordenação.
III- No período composto “Não somos panela para trabalhar sob pressão”, a oração em destaque é uma oração subordinada adverbial final.
IV- O enunciado “Respeite o tempo de um designer” visa a persuadir o interlocutor.
V- No período composto “Ideias levam tempo para serem desenvolvidas”, a oração em destaque se classifica como uma oração coordenada sindética conclusiva.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Considerando os três períodos compostos descritos acima, assinale a alternativa CORRETA:
Observe o outdoor abaixo e analise as assertivas que se seguem:
Disponível em: https://www.sopa.ag/blog/2011/07/anuncio-criativo-da-freeport-testa-sua-supersticao/freeport/. Acesso em: 13 jun. 2024.
I- O que torna o outdoor interessante é que a sua mensagem ultrapassa os limites do suporte.
II- Ao analisar o enunciado destacado do outdoor- você é supersticioso? -, constatamos que o predicado é verbal.
III- Ainda de acordo com o dizer - Você é supersticioso? -, o termo supersticioso exerce a função sintática de predicativo do sujeito.
É CORRETO o que se afirma em:
Leia a tira abaixo e analise as assertivas:
Disponível em: https://www.instagram.com/p/CChIdErAMw9/. Acesso em: 12 jun. 2024.
I- Atira não faz nenhuma crítica à sociedade brasileira.
II- A crítica à sociedade brasileira está no último quadrinho, que alerta sobre os malefícios à saúde causados pelo uso de agrotóxicos.
III- No primeiro quadrinho, o termo entre vírgulas se classifica sintaticamente como um aposto e se presta a oferecer uma explicação.
IV- No primeiro quadrinho, o verbo oferecer é bitransitivo.
V- No segundo quadrinho, a oração introduzida pelo conectivo e é uma oração coordenada sindética adversativa.
É CORRETO o que se afirma apenas em: