Questões de Português - Sintaxe para Concurso
Foram encontradas 36.793 questões
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Os processos decisórios do ser
01---------Ana acorda todos os dias às 7 horas da manhã, toma seu café acompanhado de algumas
02--torradas com requeijão, checa a previsão do tempo, se veste de acordo com a temperatura, olha
03--como está o trânsito – se a avenida principal de sua cidade está parada, não é uma boa ir de
04--carro hoje. Pega o metrô, para em um restaurante para o seu segundo café do dia, entra no
05--prédio onde trabalha, sobe pela escada porque hoje não vai dar tempo de ir ____ academia,
06--senta ao computador, abre a página de notícias, se desespera com a violência na cidade (talvez
07--seja melhor se mudar para um lugar mais tranquilo). Envia alguns e-mails, responde alguns
08--outros. Chega a hora do almoço, hoje ela está com vontade de comida japonesa. Vai ao
09--restaurante mais gostoso, porque o vale-refeição caiu nessa mesma semana. Parte para o terceiro
10--café do dia. Tem reunião ___ tarde, é melhor reservar alguns minutos antes para se preparar. A
11--reunião corre sonolenta, mas alguns pontos são resolvidos. Ana vê as redes sociais e faz alguns
12--testes do Buzzfeed. Ela volta ___ responder alguns e-mails e depois foca na grande apresentação
13--que tem de fazer na próxima semana. Os amigos da faculdade mandam mensagens no WhatsApp,
14--ela responde na hora. O que vão fazer neste fim de semana? Chega o final do dia, o trânsito está
15--mais tranquilo, Ana pede um Uber para casa, já que o metrô está caótico. Chega, alimenta os
16--gatos, liga a televisão, fica 30 minutos procurando o que assistir na Netflix, vê alguns episódios
17--daquela série que a chefe recomendou. Não gosta muito, mas é bom ter assunto com a chefia. É
18--melhor ir dormir para não perder a hora amanhã. Corre a mão pelo feed do Facebook. Sua prima
19--se casou. Agora é melhor ir dormir mesmo. Bota o celular para despertar às 7 horas.
20---------Identificou-se com Ana? Provavelmente há vários pontos em seu dia que são comuns aos
21--dela. Mas tem uma coisa que se repete durante toda a rotina de Ana, assim como na sua e na
22--minha, e que de tão intrínseco nem todos percebem: a necessidade constante de tomar decisões.
23--Sim, desde o acordar até a hora de ir dormir, desde o seu nascimento até o fim de sua vida. Tudo
24--isso é feito e construído por meio das suas decisões, sejam elas grandes ou pequenas,
25--conscientes ou inconscientes. Mas não se assuste ou se deixe levar pela ansiedade. “Cada vez,
26--cada dia, nós tomamos decisões. E em nossa mente acontece um verdadeiro conflito entre lógica,
27--intuição e racionalidade. Todas as nossas ações são distintas, caracterizadas por esse
28--acontecimento”, revela o psiquiatra e filósofo italiano Mauro Maldonato.
29---------Claro que, senão todas, muitas dessas decisões do cotidiano acontecem no âmbito de
30--nosso inconsciente, ou seja, não estamos o tempo inteiro refletindo sobre cada ação que devemos
31--tomar, o que acarretaria um fluxo insano de informações ___ mente. “Quando tomamos uma
32--decisão, muitas vezes acreditamos que estamos fazendo algo consciente, quando na verdade é
33--totalmente inconsciente. Todo esse processo ocorre numa camada abaixo do consciente. O que
34--acontece é que nesse momento o seu cérebro começa a calcular muitas coisas e possibilidades e
35--você não está nem ciente de toda essa atividade que está acontecendo nele”, descreve o
36--neurocientista argentino Mariano Sigman.
37---------Segundo ele, apesar de não acompanharmos esse processo na íntegra, nosso corpo nos
38--comunica sobre o momento decisório: “Toda essa atividade de nossa mente, tudo isso manda um
39--sinal para o seu corpo, o batimento cardíaco aumenta, a pele começa a suar. Enfim, é como se o
40--seu cérebro estivesse preparando o seu corpo para alguma coisa, algum acontecimento”.
41---------É interessante notar, como atesta o professor de filosofia da USP Roberto Bolzani Filho,
42--que as “deliberações que preparam tomadas de decisões resultam da maneira como vemos o
43--mundo e os valores que encontramos nele, ao mesmo tempo em que, inevitavelmente, levamos
44--em conta, de forma prioritária, nossos interesses pessoais”.
45---------É nessa conjuntura que formamos uma bagagem emocional e psíquica acerca de nossas
46--escolhas, as quais se acumulam e crescem, dando sentido à trajetória de vida. Assim como nos
47--conhecermos como indivíduos frente aos problemas e questões que a vida nos propõe. “A tomada
48--de decisões faz com que entendamos o modo como lidamos com situações cotidianas. Se somos
49--mais impulsivos e tomamos decisões mais rapidamente, somos considerados mais ativos perante
50--a vida, do contrário, somos mais conservadores em nosso modo de reagir e considerados mais
51--passivos. No entanto, essas características não são estanques e podem mudar de acordo com as
52--situações que passamos. O ser humano é sempre capaz de se adaptar e se transformar, e os
53--processos decisórios nos indicam o quanto podemos ser diferentes em cada situação”, finaliza
54--Clarice Paulon, psicologa membro do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.
(Fonte: Renata Volmério – Revista da C+ultura – disponível em:
https://www.livrariacultura.com.br/revistadacultura/reportagens/decisoes – adaptação)
Considere a oração: “É melhor ir dormir para não perder a hora amanhã”, retirada do texto, e seus conhecimentos sobre orações subordinadas.
( ) A oração introduzida por “para” é uma oração reduzida final e sua forma expandida é “para que não perca a hora amanha”.
( ) O trecho “ir dormir para não perder a hora amanhã” tem a função de predicativo do sujeito.
( ) Ir dormir é uma oração subordinada substantiva expandida.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Os processos decisórios do ser
01---------Ana acorda todos os dias às 7 horas da manhã, toma seu café acompanhado de algumas
02--torradas com requeijão, checa a previsão do tempo, se veste de acordo com a temperatura, olha
03--como está o trânsito – se a avenida principal de sua cidade está parada, não é uma boa ir de
04--carro hoje. Pega o metrô, para em um restaurante para o seu segundo café do dia, entra no
05--prédio onde trabalha, sobe pela escada porque hoje não vai dar tempo de ir ____ academia,
06--senta ao computador, abre a página de notícias, se desespera com a violência na cidade (talvez
07--seja melhor se mudar para um lugar mais tranquilo). Envia alguns e-mails, responde alguns
08--outros. Chega a hora do almoço, hoje ela está com vontade de comida japonesa. Vai ao
09--restaurante mais gostoso, porque o vale-refeição caiu nessa mesma semana. Parte para o terceiro
10--café do dia. Tem reunião ___ tarde, é melhor reservar alguns minutos antes para se preparar. A
11--reunião corre sonolenta, mas alguns pontos são resolvidos. Ana vê as redes sociais e faz alguns
12--testes do Buzzfeed. Ela volta ___ responder alguns e-mails e depois foca na grande apresentação
13--que tem de fazer na próxima semana. Os amigos da faculdade mandam mensagens no WhatsApp,
14--ela responde na hora. O que vão fazer neste fim de semana? Chega o final do dia, o trânsito está
15--mais tranquilo, Ana pede um Uber para casa, já que o metrô está caótico. Chega, alimenta os
16--gatos, liga a televisão, fica 30 minutos procurando o que assistir na Netflix, vê alguns episódios
17--daquela série que a chefe recomendou. Não gosta muito, mas é bom ter assunto com a chefia. É
18--melhor ir dormir para não perder a hora amanhã. Corre a mão pelo feed do Facebook. Sua prima
19--se casou. Agora é melhor ir dormir mesmo. Bota o celular para despertar às 7 horas.
20---------Identificou-se com Ana? Provavelmente há vários pontos em seu dia que são comuns aos
21--dela. Mas tem uma coisa que se repete durante toda a rotina de Ana, assim como na sua e na
22--minha, e que de tão intrínseco nem todos percebem: a necessidade constante de tomar decisões.
23--Sim, desde o acordar até a hora de ir dormir, desde o seu nascimento até o fim de sua vida. Tudo
24--isso é feito e construído por meio das suas decisões, sejam elas grandes ou pequenas,
25--conscientes ou inconscientes. Mas não se assuste ou se deixe levar pela ansiedade. “Cada vez,
26--cada dia, nós tomamos decisões. E em nossa mente acontece um verdadeiro conflito entre lógica,
27--intuição e racionalidade. Todas as nossas ações são distintas, caracterizadas por esse
28--acontecimento”, revela o psiquiatra e filósofo italiano Mauro Maldonato.
29---------Claro que, senão todas, muitas dessas decisões do cotidiano acontecem no âmbito de
30--nosso inconsciente, ou seja, não estamos o tempo inteiro refletindo sobre cada ação que devemos
31--tomar, o que acarretaria um fluxo insano de informações ___ mente. “Quando tomamos uma
32--decisão, muitas vezes acreditamos que estamos fazendo algo consciente, quando na verdade é
33--totalmente inconsciente. Todo esse processo ocorre numa camada abaixo do consciente. O que
34--acontece é que nesse momento o seu cérebro começa a calcular muitas coisas e possibilidades e
35--você não está nem ciente de toda essa atividade que está acontecendo nele”, descreve o
36--neurocientista argentino Mariano Sigman.
37---------Segundo ele, apesar de não acompanharmos esse processo na íntegra, nosso corpo nos
38--comunica sobre o momento decisório: “Toda essa atividade de nossa mente, tudo isso manda um
39--sinal para o seu corpo, o batimento cardíaco aumenta, a pele começa a suar. Enfim, é como se o
40--seu cérebro estivesse preparando o seu corpo para alguma coisa, algum acontecimento”.
41---------É interessante notar, como atesta o professor de filosofia da USP Roberto Bolzani Filho,
42--que as “deliberações que preparam tomadas de decisões resultam da maneira como vemos o
43--mundo e os valores que encontramos nele, ao mesmo tempo em que, inevitavelmente, levamos
44--em conta, de forma prioritária, nossos interesses pessoais”.
45---------É nessa conjuntura que formamos uma bagagem emocional e psíquica acerca de nossas
46--escolhas, as quais se acumulam e crescem, dando sentido à trajetória de vida. Assim como nos
47--conhecermos como indivíduos frente aos problemas e questões que a vida nos propõe. “A tomada
48--de decisões faz com que entendamos o modo como lidamos com situações cotidianas. Se somos
49--mais impulsivos e tomamos decisões mais rapidamente, somos considerados mais ativos perante
50--a vida, do contrário, somos mais conservadores em nosso modo de reagir e considerados mais
51--passivos. No entanto, essas características não são estanques e podem mudar de acordo com as
52--situações que passamos. O ser humano é sempre capaz de se adaptar e se transformar, e os
53--processos decisórios nos indicam o quanto podemos ser diferentes em cada situação”, finaliza
54--Clarice Paulon, psicologa membro do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.
(Fonte: Renata Volmério – Revista da C+ultura – disponível em:
https://www.livrariacultura.com.br/revistadacultura/reportagens/decisoes – adaptação)
Considere o vocábulo “intrínseco” (l. 22) e analise as assertivas a seguir:
( ) No contexto em que é empregado, o vocábulo refere-se àquilo que é parte da natureza de alguém, característico ou próprio.
( ) Tal palavra poderia ser substituída por “inerente”, desconsiderando alterações estruturais no período, sem prejuízo do significado.
( ) “Intrínseco” é um sinônimo perfeito de “inato”, pois as duas palavras possuem o prefixo –in em seu radical.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Os processos decisórios do ser
01---------Ana acorda todos os dias às 7 horas da manhã, toma seu café acompanhado de algumas
02--torradas com requeijão, checa a previsão do tempo, se veste de acordo com a temperatura, olha
03--como está o trânsito – se a avenida principal de sua cidade está parada, não é uma boa ir de
04--carro hoje. Pega o metrô, para em um restaurante para o seu segundo café do dia, entra no
05--prédio onde trabalha, sobe pela escada porque hoje não vai dar tempo de ir ____ academia,
06--senta ao computador, abre a página de notícias, se desespera com a violência na cidade (talvez
07--seja melhor se mudar para um lugar mais tranquilo). Envia alguns e-mails, responde alguns
08--outros. Chega a hora do almoço, hoje ela está com vontade de comida japonesa. Vai ao
09--restaurante mais gostoso, porque o vale-refeição caiu nessa mesma semana. Parte para o terceiro
10--café do dia. Tem reunião ___ tarde, é melhor reservar alguns minutos antes para se preparar. A
11--reunião corre sonolenta, mas alguns pontos são resolvidos. Ana vê as redes sociais e faz alguns
12--testes do Buzzfeed. Ela volta ___ responder alguns e-mails e depois foca na grande apresentação
13--que tem de fazer na próxima semana. Os amigos da faculdade mandam mensagens no WhatsApp,
14--ela responde na hora. O que vão fazer neste fim de semana? Chega o final do dia, o trânsito está
15--mais tranquilo, Ana pede um Uber para casa, já que o metrô está caótico. Chega, alimenta os
16--gatos, liga a televisão, fica 30 minutos procurando o que assistir na Netflix, vê alguns episódios
17--daquela série que a chefe recomendou. Não gosta muito, mas é bom ter assunto com a chefia. É
18--melhor ir dormir para não perder a hora amanhã. Corre a mão pelo feed do Facebook. Sua prima
19--se casou. Agora é melhor ir dormir mesmo. Bota o celular para despertar às 7 horas.
20---------Identificou-se com Ana? Provavelmente há vários pontos em seu dia que são comuns aos
21--dela. Mas tem uma coisa que se repete durante toda a rotina de Ana, assim como na sua e na
22--minha, e que de tão intrínseco nem todos percebem: a necessidade constante de tomar decisões.
23--Sim, desde o acordar até a hora de ir dormir, desde o seu nascimento até o fim de sua vida. Tudo
24--isso é feito e construído por meio das suas decisões, sejam elas grandes ou pequenas,
25--conscientes ou inconscientes. Mas não se assuste ou se deixe levar pela ansiedade. “Cada vez,
26--cada dia, nós tomamos decisões. E em nossa mente acontece um verdadeiro conflito entre lógica,
27--intuição e racionalidade. Todas as nossas ações são distintas, caracterizadas por esse
28--acontecimento”, revela o psiquiatra e filósofo italiano Mauro Maldonato.
29---------Claro que, senão todas, muitas dessas decisões do cotidiano acontecem no âmbito de
30--nosso inconsciente, ou seja, não estamos o tempo inteiro refletindo sobre cada ação que devemos
31--tomar, o que acarretaria um fluxo insano de informações ___ mente. “Quando tomamos uma
32--decisão, muitas vezes acreditamos que estamos fazendo algo consciente, quando na verdade é
33--totalmente inconsciente. Todo esse processo ocorre numa camada abaixo do consciente. O que
34--acontece é que nesse momento o seu cérebro começa a calcular muitas coisas e possibilidades e
35--você não está nem ciente de toda essa atividade que está acontecendo nele”, descreve o
36--neurocientista argentino Mariano Sigman.
37---------Segundo ele, apesar de não acompanharmos esse processo na íntegra, nosso corpo nos
38--comunica sobre o momento decisório: “Toda essa atividade de nossa mente, tudo isso manda um
39--sinal para o seu corpo, o batimento cardíaco aumenta, a pele começa a suar. Enfim, é como se o
40--seu cérebro estivesse preparando o seu corpo para alguma coisa, algum acontecimento”.
41---------É interessante notar, como atesta o professor de filosofia da USP Roberto Bolzani Filho,
42--que as “deliberações que preparam tomadas de decisões resultam da maneira como vemos o
43--mundo e os valores que encontramos nele, ao mesmo tempo em que, inevitavelmente, levamos
44--em conta, de forma prioritária, nossos interesses pessoais”.
45---------É nessa conjuntura que formamos uma bagagem emocional e psíquica acerca de nossas
46--escolhas, as quais se acumulam e crescem, dando sentido à trajetória de vida. Assim como nos
47--conhecermos como indivíduos frente aos problemas e questões que a vida nos propõe. “A tomada
48--de decisões faz com que entendamos o modo como lidamos com situações cotidianas. Se somos
49--mais impulsivos e tomamos decisões mais rapidamente, somos considerados mais ativos perante
50--a vida, do contrário, somos mais conservadores em nosso modo de reagir e considerados mais
51--passivos. No entanto, essas características não são estanques e podem mudar de acordo com as
52--situações que passamos. O ser humano é sempre capaz de se adaptar e se transformar, e os
53--processos decisórios nos indicam o quanto podemos ser diferentes em cada situação”, finaliza
54--Clarice Paulon, psicologa membro do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.
(Fonte: Renata Volmério – Revista da C+ultura – disponível em:
https://www.livrariacultura.com.br/revistadacultura/reportagens/decisoes – adaptação)
Considerando o emprego do vocábulo “que”, analise as assertivas a seguir:
I. Na linha 20, a ocorrência do vocábulo “que” pode ser classificada como pronome relativo cujo antecedente é a palavra “pontos”.
II. Na linha 42, a palavra “que” é uma conjunção integrante e introduz a oração subordinada que tem a função de objeto direto do verbo “notar” (l. 41).
III. Na linha 46, poderíamos substituir a expressão “as quais” por “que” sem que isso resulte em alteração do sentido da oração ou em incorreção gramatical.
Quais estão corretas?
TEXTO 1
O Colapso do Enem
Se restava alguma dúvida quanto à credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ela foi desfeita depois que a Justiça Federal concedeu liminar prorrogando por seis dias o prazo de inscrições somente nas universidades federais situadas no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, a confusão aumentou ainda mais, pois o sistema de informática do Ministério da Educação (MEC) não está preparado para "isolar" os estudantes fluminenses. O término das inscrições estava previsto para as 23h59 da última terça-feira e já havia sido prorrogado até o último minuto de quinta-feira pelo Ministério da Educação.
Além das trapalhadas administrativas e eletrônicas, as inscrições agora estão marcadas por indefinições e incertezas na área jurídica. Como a disputa pelas 83.125 vagas oferecidas pelo Sisu envolve um concurso de amplitude nacional, o adiamento das inscrições somente no Estado do Rio de Janeiro fere o princípio da isonomia - e isso poderá levar para o âmbito da Justiça o processo seletivo das 83 universidades públicas que aceitaram a proposta do MEC de substituir o vestibular tradicional pelas notas do Enem.
Depois de todas as trapalhadas ocorridas em 2009, esperava-se que o MEC tivesse tomado as medidas necessárias para evitar que elas se repetissem. Infelizmente, isso não aconteceu. Entre outros tropeços, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - o órgão encarregado do Enem e do Sisu - não conseguiu explicar por que vestibulandos que se inscreveram para determinados cursos de determinadas instituições tiveram seus nomes registrados em cursos diferentes oferecidos por outras universidades - com uma distância superior a mil quilômetros entre elas.
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011. Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três presidentes.
Os dois primeiros assumiram o cargo prometendo resolver as trapalhadas administrativas na condução do Enem. E a terceira - a pedagoga Malvina Tuttman -, assim que foi nomeada, esta semana, propôs a criação de uma Concursobrás - uma estatal para gerir o Enem e fazer avaliações. A ideia já havia sido discutida pelo MEC com o Ministério do Planejamento, em 2009, mas não prosperou.
Em vez de cobrar eficiência e corrigir os problemas de gestão da máquina do MEC, uma das maiores da administração pública federal, a presidente do Inep - seguindo uma triste tradição do serviço público brasileiro - quer ampliar ainda mais a burocracia. E isso pode resultar em mais contratações e gastos, sem qualquer garantia de que sejam sanadas as deficiências que levaram à desmoralização do Enem.
Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos, mas requalificar a burocracia do MEC, reestruturar o sistema de avaliação desfigurado pelo último governo e rever o Sisu - esse gigantesco vestibular das universidades federais que a União não consegue gerir.
É o caso de discutir a possibilidade de voltar ao esquema em que cada universidade federal tinha autonomia para definir seu vestibular, sem qualquer interferência dos ineptos burocratas de Brasília.
O Estado de S.Paulo, 22 de janeiro de 2011. A3.
“Além disso, mais uma vez o Inep não conseguiu evitar o vazamento de informações...”
A expressão destacada funciona, no contexto, como
TEXTO 1
O Colapso do Enem
Se restava alguma dúvida quanto à credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ela foi desfeita depois que a Justiça Federal concedeu liminar prorrogando por seis dias o prazo de inscrições somente nas universidades federais situadas no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, a confusão aumentou ainda mais, pois o sistema de informática do Ministério da Educação (MEC) não está preparado para "isolar" os estudantes fluminenses. O término das inscrições estava previsto para as 23h59 da última terça-feira e já havia sido prorrogado até o último minuto de quinta-feira pelo Ministério da Educação.
Além das trapalhadas administrativas e eletrônicas, as inscrições agora estão marcadas por indefinições e incertezas na área jurídica. Como a disputa pelas 83.125 vagas oferecidas pelo Sisu envolve um concurso de amplitude nacional, o adiamento das inscrições somente no Estado do Rio de Janeiro fere o princípio da isonomia - e isso poderá levar para o âmbito da Justiça o processo seletivo das 83 universidades públicas que aceitaram a proposta do MEC de substituir o vestibular tradicional pelas notas do Enem.
Depois de todas as trapalhadas ocorridas em 2009, esperava-se que o MEC tivesse tomado as medidas necessárias para evitar que elas se repetissem. Infelizmente, isso não aconteceu. Entre outros tropeços, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - o órgão encarregado do Enem e do Sisu - não conseguiu explicar por que vestibulandos que se inscreveram para determinados cursos de determinadas instituições tiveram seus nomes registrados em cursos diferentes oferecidos por outras universidades - com uma distância superior a mil quilômetros entre elas.
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011. Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três presidentes.
Os dois primeiros assumiram o cargo prometendo resolver as trapalhadas administrativas na condução do Enem. E a terceira - a pedagoga Malvina Tuttman -, assim que foi nomeada, esta semana, propôs a criação de uma Concursobrás - uma estatal para gerir o Enem e fazer avaliações. A ideia já havia sido discutida pelo MEC com o Ministério do Planejamento, em 2009, mas não prosperou.
Em vez de cobrar eficiência e corrigir os problemas de gestão da máquina do MEC, uma das maiores da administração pública federal, a presidente do Inep - seguindo uma triste tradição do serviço público brasileiro - quer ampliar ainda mais a burocracia. E isso pode resultar em mais contratações e gastos, sem qualquer garantia de que sejam sanadas as deficiências que levaram à desmoralização do Enem.
Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos, mas requalificar a burocracia do MEC, reestruturar o sistema de avaliação desfigurado pelo último governo e rever o Sisu - esse gigantesco vestibular das universidades federais que a União não consegue gerir.
É o caso de discutir a possibilidade de voltar ao esquema em que cada universidade federal tinha autonomia para definir seu vestibular, sem qualquer interferência dos ineptos burocratas de Brasília.
O Estado de S.Paulo, 22 de janeiro de 2011. A3.
TEXTO 1
O Colapso do Enem
Se restava alguma dúvida quanto à credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ela foi desfeita depois que a Justiça Federal concedeu liminar prorrogando por seis dias o prazo de inscrições somente nas universidades federais situadas no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, a confusão aumentou ainda mais, pois o sistema de informática do Ministério da Educação (MEC) não está preparado para "isolar" os estudantes fluminenses. O término das inscrições estava previsto para as 23h59 da última terça-feira e já havia sido prorrogado até o último minuto de quinta-feira pelo Ministério da Educação.
Além das trapalhadas administrativas e eletrônicas, as inscrições agora estão marcadas por indefinições e incertezas na área jurídica. Como a disputa pelas 83.125 vagas oferecidas pelo Sisu envolve um concurso de amplitude nacional, o adiamento das inscrições somente no Estado do Rio de Janeiro fere o princípio da isonomia - e isso poderá levar para o âmbito da Justiça o processo seletivo das 83 universidades públicas que aceitaram a proposta do MEC de substituir o vestibular tradicional pelas notas do Enem.
Depois de todas as trapalhadas ocorridas em 2009, esperava-se que o MEC tivesse tomado as medidas necessárias para evitar que elas se repetissem. Infelizmente, isso não aconteceu. Entre outros tropeços, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - o órgão encarregado do Enem e do Sisu - não conseguiu explicar por que vestibulandos que se inscreveram para determinados cursos de determinadas instituições tiveram seus nomes registrados em cursos diferentes oferecidos por outras universidades - com uma distância superior a mil quilômetros entre elas.
O Inep chegou a reconhecer que o sistema de informática não foi planejado para atender à demanda, mas afirmou que ele estava imune a erros e riscos de manipulação. Com cópias de imagens extraídas do site do MEC, os estudantes desmoralizaram o órgão, mostrando que as opções de curso realizadas entre a manhã de domingo e a tarde de segunda-feira foram alteradas entre a terça e a quarta-feira. Além disso, mais uma vez o Inep não conseguiu evitar o vazamento de informações sigilosas dos vestibulandos e houve até casos de dados que foram modificados com nítida má-fé por concorrentes.
O novo fracasso do MEC pode comprometer o início do ano letivo das instituições que fazem parte do Sisu e pôr em risco o planejamento do ensino superior público para 2011. Os prazos de inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior e no ProUni, por exemplo, já tiveram de ser prorrogados.
Como ocorreu em 2009, para aplacar críticas, a cúpula do MEC substituiu o presidente do Inep. Em pouco mais de um ano, o órgão - que também é responsável pelo Ideb, pelos censos da educação e pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - teve três presidentes.
Os dois primeiros assumiram o cargo prometendo resolver as trapalhadas administrativas na condução do Enem. E a terceira - a pedagoga Malvina Tuttman -, assim que foi nomeada, esta semana, propôs a criação de uma Concursobrás - uma estatal para gerir o Enem e fazer avaliações. A ideia já havia sido discutida pelo MEC com o Ministério do Planejamento, em 2009, mas não prosperou.
Em vez de cobrar eficiência e corrigir os problemas de gestão da máquina do MEC, uma das maiores da administração pública federal, a presidente do Inep - seguindo uma triste tradição do serviço público brasileiro - quer ampliar ainda mais a burocracia. E isso pode resultar em mais contratações e gastos, sem qualquer garantia de que sejam sanadas as deficiências que levaram à desmoralização do Enem.
Na realidade, o desafio não é criar órgãos novos, mas requalificar a burocracia do MEC, reestruturar o sistema de avaliação desfigurado pelo último governo e rever o Sisu - esse gigantesco vestibular das universidades federais que a União não consegue gerir.
É o caso de discutir a possibilidade de voltar ao esquema em que cada universidade federal tinha autonomia para definir seu vestibular, sem qualquer interferência dos ineptos burocratas de Brasília.
O Estado de S.Paulo, 22 de janeiro de 2011. A3.
Está adequada a correlação e a grafia dos tempos e modos verbais em
TEXTO
Olivia
Querida Olivia Schmid, muito obrigado pela carta que você me mandou no hospital Pró−Cardíaco, quando soube que eu estava internado lá, na semana passada. Sua carta me emocionou, bem como as muitas mensagens que recebi de amigos e de desconhecidos como você, desejando meu restabelecimento.
O restabelecimento era garantido, pois eu estava nas mãos dos médicos Claudio Domenico, Marcos Fernandes, Aline Vargas, Felipe Campos e toda a retaguarda de craques do hospital, além do dr. Alberto Rosa e do dr. Eduardo Saad, que instalou no meu peito o marca−passo que, se entendi bem, vai me permitir competir nas próximas Olimpíadas.
Mas, infelizmente, não pude responder sua cartinha, porque você não colocou seu endereço. Só sei que você se chama Olivia (lindo nome), tem 10 anos, mora na Tijuca e cursa o quinto ano da Escola Municipal Friedenreich. E que gosta muito de ler.
Você me fez uma encomenda: pediu que eu escrevesse uma história sobre pessoas que não gostam de acordar cedo de manhã, como você. Vou escrever a história, Olivia, inclusive porque pertenço à mesma irmandade.
Concordo que não existe maldade maior do que tirar a gente do quentinho da cama com o pretexto absurdo de que é preciso ir à escola, trabalhar etc., todas essas coisas que não se comparam com o prazer de ficar na cama só mais um pouquinho.
Acho até que poderíamos formar uma associação de pessoas que pensam como nós, uma Associação dos que Odeiam Sair da Cama de Manhã (AOSCM). Poderíamos até fazer reuniões do nosso grupo — desde que não fossem muito cedo de manhã, claro.
Você me fez um pedido e eu vou fazer um a você, Olivia. Por favor, continue sendo o que você é. Não, não quero dizer leitora dos meus livros, se bem que isto também. Continue sendo uma pessoa que consegue emocionar outra pessoa com um simples ato de bondade, sem qualquer outro pretexto a não ser sua vontade de ser solidária.
Você deve ter notado que o pessoal anda muito mal− humorado, Olivia. Se desentendem e brigam porque um não tolera a opinião do outro. Conversa vira bate−boca, debate vira, às vezes, até troca de tapas.
Uma das crises em que o Brasil está metido é uma crise de civilidade. Não deixe que nada disso mude a sua maneira de ser, Olivia. O seu simples ato de bondade vale mais do que qualquer um desses discursos rancorosos. Animou meu coração mais do que um marca−passo.
O Brasil precisa muito de você, Olivia.
VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Olivia. Disponível em:
http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2016/04/olivia.html.
Acessado em: 10 abr. 2016.
Analise as assertivas a seguir.
I. “em “Mas, infelizmente, não pude responder sua cartinha, porque você não colocou seu endereço.”, a palavra destacada poderia ser substituída por “pois”.
II. Em “O Brasil precisa muito de você, Olivia.”, o vocábulo destacado possui função sintática de aposto.
III. Levando−se em consideração a sílaba tônica do nome da interlocutora, conforme foi escrito pelo autor do texto, é correto afirmar que se trata de palavra paroxítona.
Está CORRETO o que se afirma em:
TEXTO
Olivia
Querida Olivia Schmid, muito obrigado pela carta que você me mandou no hospital Pró−Cardíaco, quando soube que eu estava internado lá, na semana passada. Sua carta me emocionou, bem como as muitas mensagens que recebi de amigos e de desconhecidos como você, desejando meu restabelecimento.
O restabelecimento era garantido, pois eu estava nas mãos dos médicos Claudio Domenico, Marcos Fernandes, Aline Vargas, Felipe Campos e toda a retaguarda de craques do hospital, além do dr. Alberto Rosa e do dr. Eduardo Saad, que instalou no meu peito o marca−passo que, se entendi bem, vai me permitir competir nas próximas Olimpíadas.
Mas, infelizmente, não pude responder sua cartinha, porque você não colocou seu endereço. Só sei que você se chama Olivia (lindo nome), tem 10 anos, mora na Tijuca e cursa o quinto ano da Escola Municipal Friedenreich. E que gosta muito de ler.
Você me fez uma encomenda: pediu que eu escrevesse uma história sobre pessoas que não gostam de acordar cedo de manhã, como você. Vou escrever a história, Olivia, inclusive porque pertenço à mesma irmandade.
Concordo que não existe maldade maior do que tirar a gente do quentinho da cama com o pretexto absurdo de que é preciso ir à escola, trabalhar etc., todas essas coisas que não se comparam com o prazer de ficar na cama só mais um pouquinho.
Acho até que poderíamos formar uma associação de pessoas que pensam como nós, uma Associação dos que Odeiam Sair da Cama de Manhã (AOSCM). Poderíamos até fazer reuniões do nosso grupo — desde que não fossem muito cedo de manhã, claro.
Você me fez um pedido e eu vou fazer um a você, Olivia. Por favor, continue sendo o que você é. Não, não quero dizer leitora dos meus livros, se bem que isto também. Continue sendo uma pessoa que consegue emocionar outra pessoa com um simples ato de bondade, sem qualquer outro pretexto a não ser sua vontade de ser solidária.
Você deve ter notado que o pessoal anda muito mal− humorado, Olivia. Se desentendem e brigam porque um não tolera a opinião do outro. Conversa vira bate−boca, debate vira, às vezes, até troca de tapas.
Uma das crises em que o Brasil está metido é uma crise de civilidade. Não deixe que nada disso mude a sua maneira de ser, Olivia. O seu simples ato de bondade vale mais do que qualquer um desses discursos rancorosos. Animou meu coração mais do que um marca−passo.
O Brasil precisa muito de você, Olivia.
VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Olivia. Disponível em:
http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2016/04/olivia.html.
Acessado em: 10 abr. 2016.
Analise as assertivas a seguir.
I. Em “Se desentendem e brigam porque um não tolera a opinião do outro.”, a estrutura sintática não está de acordo com a norma culta da língua. (8º parágrafo)
II. Em “Mas, infelizmente, não pude responder sua cartinha.”, foi empregada a linguagem informal. (3º parágrafo)
III. O terceiro parágrafo do texto apresenta valor concessivo em relação ao parágrafo anterior.
Está CORRETO o que se afirma em:
Sobre regência verbal marque a opção incorreta:
O seguinte enunciado: "A ministra presidente já esclareceu na nota [de sábado] que qualquer irregularidade vinda de qualquer órgão estatal, de qualquer dos Poderes da República, de seus agentes ou da Procuradoria-Geral da República contra qualquer cidadão brasileiro não será tolerada, por contrariar a Constituição" é:
Leia o enunciado a seguir.
“João conseguiu recuperar todos os seus documentos, contudo alguns deles estavam muito danificados.”
A palavra em destaque estabelece uma:
Indique a função que o pronome SE desempenha na oração a seguir: “Come-se bem naquele restaurante.”:
Em relação à regência verbal a sentença que está em desacordo com a norma culta é:
A concordância nominal está correta em todas as frases abaixo, exceto em:
Pechada
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo
já estava sendo chamado de "Gaúcho". Porque era gaúcho.
Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado.
-Aí, Gaúcho!
-Fala, Gaúcho!
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim.
Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?
-Mas o Gaúcho fala "tu"! -disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
-E fala certo -disse a professora. -Pode-se dizer "tu" e pode-se dizer "você". Os dois estão certos. Os dois são português.
O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.
-O pai atravessou a sinaleira e pechou...
-O que?
-O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.
A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.
-O que foi que ele disse, tia?
-quis saber o gordo Jorge.
-Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
- E o que é isso?
-Gaúcho ... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
-Nós vinha ...
- Nós vínhamos.
-Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.
"Sinaleira", obviamente, era sinal, semáforo. "Auto" era automóvel, carro. Mas " pechar" o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que "pechar" vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada.
-Aí, Pechada!
-Fala, Pechada!
Luis Fernando Veríssimo, Revista Nova Escola.
Assinale a alternativa correta cujo termo destacado seja um exemplo de Conjunção explicativa.
Pechada
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo
já estava sendo chamado de "Gaúcho". Porque era gaúcho.
Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado.
-Aí, Gaúcho!
-Fala, Gaúcho!
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim.
Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?
-Mas o Gaúcho fala "tu"! -disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
-E fala certo -disse a professora. -Pode-se dizer "tu" e pode-se dizer "você". Os dois estão certos. Os dois são português.
O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.
-O pai atravessou a sinaleira e pechou...
-O que?
-O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.
A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.
-O que foi que ele disse, tia?
-quis saber o gordo Jorge.
-Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
- E o que é isso?
-Gaúcho ... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
-Nós vinha ...
- Nós vínhamos.
-Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.
"Sinaleira", obviamente, era sinal, semáforo. "Auto" era automóvel, carro. Mas " pechar" o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que "pechar" vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada.
-Aí, Pechada!
-Fala, Pechada!
Luis Fernando Veríssimo, Revista Nova Escola.
Assinale a alternativa correta que seja um exemplo de aposto.
Leia o texto “Mania de comer bem” e responda às questões de números 01 a 08.
Após perder 27 kg e finalmente conquistar uma barriga “tanquinho”, Thaís, 32, passou a controlar rigidamente a alimentação. O desejo de comer de forma saudável era tanto que passou a prejudicar sua vida pessoal.
“Uma refeição fora de casa, mesmo na casa da minha avó, gerava um estresse enorme. Sentia culpa e ansiedade. Não conseguia fazer concessões”, explica.
Julia, 25, excluiu tantos grupos alimentares que, após dois anos de dieta, viu seu cardápio reduzido praticamente só a proteínas e hortaliças. Desenvolveu pânico de comer na frente de conhecidos e chegou a levar marmita para a festa de casamento da irmã.
Ambas sofreram com a chamada ortorexia: um comportamento obsessivo em relação à comida.
Além de pôr em risco a saúde, com a falta de nutrientes essenciais, a ortorexia ainda atrapalha significativamente as relações sociais e afetivas.
“A preocupação excessiva com a alimentação passa a dominar a vida da pessoa. Torna-se uma obsessão”, explica a médica Sandra Carvalhais, do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico, em São Paulo.
Para os especialistas, a onda de blogs e redes sociais que disseminam informações sobre nutrição e dietas, muitas vezes equivocadas, acaba criando o ambiente ideal para paranoias alimentares.
Ainda que muitas vezes também cause emagrecimento excessivo, a ortorexia é diferente da anorexia. Para a médica nutróloga Maria del Rosario, diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), que tem longa experiência em transtornos alimentares, a principal questão é a autoimagem corporal.
“Quem tem anorexia se olha no espelho e se enxerga gordo, mesmo estando muito magro. O ortoréxico não costuma ter esse problema. Ele se vê magro, mas muda a alimentação por uma questão de saúde.” A ortorexia pode, inclusive, estar associada a outros distúrbios, sobretudo a transtornos compulsivos.
Além disso, a pessoa ortoréxica se impõe tantas restrições que acaba sem conseguir comer com a família e os amigos. Esse isolamento pode levar à ansiedade e à depressão, segundo del Rosario.
Recém-formada em administração, Julia diz que teve dificuldade em participar dos eventos da universidade. “Eu passava horas buscando na internet a maneira mais pura de me alimentar. Depois de um tempo, perdi a capacidade de comer algo que tivesse sido preparado por outra pessoa”, diz ela, que está em tratamento para a ortorexia há quatro meses.
Os especialistas indicam tratamento multidisciplinar, com psicólogo, psiquiatra e acompanhamento nutricional.
Hoje recuperada, Thaís diz que o apoio do marido e da família foram fundamentais. “Tem sido uma batalha em busca do equilíbrio, mas já consigo ir a uma festa e comer normalmente”, conta.
(Giuliana Miranda. Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)
Na frase selecionada do texto, as expressões destacadas introduzem, respectivamente, circunstância adverbial de intensidade e de modo em:
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.
O lugar mais frio da Terra
Bem-vindo à minúscula aldeia da República de Sakha, na Rússia, que ocupa um lugar inquestionável nos livros de recordes
Para a maioria, a cidadezinha de Oimiakon não estaria no alto da lista de destinos turísticos. É a região com povoamento permanente mais fria da Terra, localizada a algumas centenas de quilômetros do Círculo Polar Ártico, na tundra russa. Mas, para o fotógrafo neozelandês Amos Chapple, foi uma oportunidade que ele não podia recusar.
Chapple trabalhava como professor de inglês na Rússia para financiar suas fotografias de viagens, e a ida a Oimiakon seria a oportunidade de embarcar num projeto fotográfico inigualável. Para chegar à aldeia que, em 1933, bateu o recorde de lugar mais frio da Terra, com a temperatura de –67,7 ºC, Chapple teria primeiro de ir a Iakutsk, capital da região, a seis fusos horários de Moscou.
Em Iakutsk, a temperatura em janeiro cai a cerca de –40 ºC, mas a cidade é um lugar com economia vibrante, povoada principalmente graças à abundância de recursos naturais: há diamantes, petróleo e gás. Oimiakon fica a 927 quilômetros de Iakutsk. Para chegar lá, Chapple teve de viajar dois dias, com uma combinação de caronas e vans.
Em certo momento, ele se viu perdido num posto de gasolina. “Passei dois dias comendo carne de rena”, diz Chapple, recordando a pequena casa de chá, ironicamente chamada Café Cuba, que nesse período só servia essa única opção de prato. “Rena é a carne mais comum da tundra.”
Os habitantes da região mais fria da Terra não comem só rena, mas sua dieta inclui muita carne. Chapple também comeu um prato de macarrão e nacos congelados de sangue de cavalo, além de uma especialidade de Iakutsk: peixe congelado raspado em lascas finíssimas. “Lembra sashimi congelado e é divino”, diz ele. “A textura do peixe congelado com as pontinhas quentes é muito especial e deliciosa.”
Quando chegou a Oimiakon, cuja população oscila em torno de 500 habitantes permanentes, Chapple se espantou ao ver que a cidade estava vazia. “Simplesmente não havia ninguém nas ruas. Eu esperava que tivessem se acostumado com o frio e que houvesse uma vida cotidiana em andamento, mas em vez disso todo mundo tratava o frio com muita cautela”, diz ele. “Parecia extremamente desolado. Não era, mas tudo acontecia em ambiente fechado, e eu não era bemvindo nos ambientes fechados.”
Nas horas que Chapple passou perambulando pelas ruas da aldeia, seus principais companheiros foram os cachorros de rua ou os bêbados (o alcoolismo é excessivo em Oimiakon). Ainda assim, a vida na aldeia continua. As escolas só fecham quando a temperatura cai abaixo de –50 ºC. Os fazendeiros levam suas vacas ao bebedouro da aldeia – uma fonte “térmica” que fica pouco acima do ponto de congelamento – e depois voltam com elas para os estábulos protegidos.
A fonte térmica é o coração da aldeia, sua razão de existir: os criadores de renas visitavam a fonte para hidratar os animais, e retornaram várias vezes até que a aldeia se tornou um povoado permanente (o nome Oimiakon significa, literalmente, “água descongelada”).
Mas morar no lugar habitado mais frio da Terra tem algumas desvantagens específicas. Em geral, os banheiros ficam fora de casa, porque encanamentos são problemáticos em caso de congelamento. Os moradores têm carro, mas precisam deixá-los ligados ao ar livre, às vezes a noite inteira, para que as partes mecânicas não congelem. Mesmo assim, às vezes medidas mais extremas são necessárias.
“Um sujeito com o qual viajei deixou o caminhão ligado a noite toda, mas, mesmo assim, pela manhã o eixo de transmissão estava totalmente congelado. Sem nenhuma cerimônia, ele pegou um maçarico, entrou debaixo do veículo e começou a lamber tudo com o fogo”, diz Chapple. “O maçarico faz parte da caixa de ferramentas [de quem mora em Oimiakon]”.
GEILING, Natasha. O lugar mais frio da Terra. Seleções.
29 jan. 2016. Disponível em: <http://zip.net/bhs0B9>.
Acesso em: 9 mar. 2016 (Adaptação).
Assinale a alternativa em que a palavra ou trecho destacado não desempenha uma função adverbial na afirmativa.
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.
O lugar mais frio da Terra
Bem-vindo à minúscula aldeia da República de Sakha, na Rússia, que ocupa um lugar inquestionável nos livros de recordes
Para a maioria, a cidadezinha de Oimiakon não estaria no alto da lista de destinos turísticos. É a região com povoamento permanente mais fria da Terra, localizada a algumas centenas de quilômetros do Círculo Polar Ártico, na tundra russa. Mas, para o fotógrafo neozelandês Amos Chapple, foi uma oportunidade que ele não podia recusar.
Chapple trabalhava como professor de inglês na Rússia para financiar suas fotografias de viagens, e a ida a Oimiakon seria a oportunidade de embarcar num projeto fotográfico inigualável. Para chegar à aldeia que, em 1933, bateu o recorde de lugar mais frio da Terra, com a temperatura de –67,7 ºC, Chapple teria primeiro de ir a Iakutsk, capital da região, a seis fusos horários de Moscou.
Em Iakutsk, a temperatura em janeiro cai a cerca de –40 ºC, mas a cidade é um lugar com economia vibrante, povoada principalmente graças à abundância de recursos naturais: há diamantes, petróleo e gás. Oimiakon fica a 927 quilômetros de Iakutsk. Para chegar lá, Chapple teve de viajar dois dias, com uma combinação de caronas e vans.
Em certo momento, ele se viu perdido num posto de gasolina. “Passei dois dias comendo carne de rena”, diz Chapple, recordando a pequena casa de chá, ironicamente chamada Café Cuba, que nesse período só servia essa única opção de prato. “Rena é a carne mais comum da tundra.”
Os habitantes da região mais fria da Terra não comem só rena, mas sua dieta inclui muita carne. Chapple também comeu um prato de macarrão e nacos congelados de sangue de cavalo, além de uma especialidade de Iakutsk: peixe congelado raspado em lascas finíssimas. “Lembra sashimi congelado e é divino”, diz ele. “A textura do peixe congelado com as pontinhas quentes é muito especial e deliciosa.”
Quando chegou a Oimiakon, cuja população oscila em torno de 500 habitantes permanentes, Chapple se espantou ao ver que a cidade estava vazia. “Simplesmente não havia ninguém nas ruas. Eu esperava que tivessem se acostumado com o frio e que houvesse uma vida cotidiana em andamento, mas em vez disso todo mundo tratava o frio com muita cautela”, diz ele. “Parecia extremamente desolado. Não era, mas tudo acontecia em ambiente fechado, e eu não era bemvindo nos ambientes fechados.”
Nas horas que Chapple passou perambulando pelas ruas da aldeia, seus principais companheiros foram os cachorros de rua ou os bêbados (o alcoolismo é excessivo em Oimiakon). Ainda assim, a vida na aldeia continua. As escolas só fecham quando a temperatura cai abaixo de –50 ºC. Os fazendeiros levam suas vacas ao bebedouro da aldeia – uma fonte “térmica” que fica pouco acima do ponto de congelamento – e depois voltam com elas para os estábulos protegidos.
A fonte térmica é o coração da aldeia, sua razão de existir: os criadores de renas visitavam a fonte para hidratar os animais, e retornaram várias vezes até que a aldeia se tornou um povoado permanente (o nome Oimiakon significa, literalmente, “água descongelada”).
Mas morar no lugar habitado mais frio da Terra tem algumas desvantagens específicas. Em geral, os banheiros ficam fora de casa, porque encanamentos são problemáticos em caso de congelamento. Os moradores têm carro, mas precisam deixá-los ligados ao ar livre, às vezes a noite inteira, para que as partes mecânicas não congelem. Mesmo assim, às vezes medidas mais extremas são necessárias.
“Um sujeito com o qual viajei deixou o caminhão ligado a noite toda, mas, mesmo assim, pela manhã o eixo de transmissão estava totalmente congelado. Sem nenhuma cerimônia, ele pegou um maçarico, entrou debaixo do veículo e começou a lamber tudo com o fogo”, diz Chapple. “O maçarico faz parte da caixa de ferramentas [de quem mora em Oimiakon]”.
GEILING, Natasha. O lugar mais frio da Terra. Seleções.
29 jan. 2016. Disponível em: <http://zip.net/bhs0B9>.
Acesso em: 9 mar. 2016 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
[...] uma fonte “térmica” que fica pouco acima do ponto de congelamento [...]. (7º parágrafo)
Assinale a alternativa que indica o motivo pelo qual o autor do texto utilizou aspas nesse trecho.
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo.
A inclusão de profissionais com deficiência no mercado de trabalho: um panorama positivo para uma mudança necessária
Jaques Haber
01 ___ É indiscutível a importância das contratações de profissionais com deficiência para a
02 economia do Brasil. Além da geração de emprego, a inclusão dessas pessoas no mercado de
03 trabalho contribui para trazer-lhes dignidade. Ao incluí-las, não estamos apenas ofertando um
04 salário, mas também a oportunidade de se reabilitarem socialmente e psicologicamente.
05 ___ É sabido que o exercício profissional traz consigo a interação com outras pessoas, o
06 sentimento de cidadão produtivo, a possibilidade de fazer amigos, de encontrar um amor, de
07 pertencer a um grupo social. Até o status adquirido junto _____ própria família muda para
08 melhor, sem contar que a presença de pessoas com deficiência no mercado de trabalho contribui
09 para humanizar mais a empresa e enriquecer o ambiente corporativo com visões e experiências
10 diversificadas.
11 ___ Ao incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, configura-se um novo grupo de
12 consumidores, até então excluído da economia. Com a geração de renda, esse grupo passa a
13 consumir avidamente, já que apresenta muitas carências, desde elementos essenciais, como o
14 acesso a planos e serviços de saúde, até a concretização de desejos não tão de primeira ordem,
15 como a compra de um tablet ou um smartphones, por exemplo. Com a renda, essas pessoas
16 passam a circular mais, e isso ................. maior convivência com pessoas sem deficiência, o
17 que desperta a atenção para oportunidades de se criarem mais produtos, serviços e ambientes
18 que atendam às necessidades específicas dessa parcela da população.
19 ___ Nessa perspectiva, a inclusão de profissionais com deficiência no ambiente de trabalho cria
20 oportunidades, também, para as empresas gerarem mais negócios. Uma pessoa que está
21 acostumada a enfrentar desafios diários por falta de acessibilidade ou sensibilização da
22 população, em geral, .............. se adapta ao mundo do trabalho. Nesse sentido, essa pessoa
23 está mais preparada para lidar com situações críticas e a resolver problemas, além de trazer uma
24 visão diferente para o grupo, o que contribui para o processo de criação ou tomada de decisões.
25 ___ Em relação _____ qualificação das pessoas com deficiência, podemos afirmar que segue
26 basicamente o mesmo padrão da população brasileira em geral, e é falacioso generalizar a falta
27 de qualificação desse grupo. É fato que, por questões de exclusão histórica, há uma maioria
28 pouco qualificada, mas essa baixa qualificação também incide no restante da população e não
29 significa que não existam pessoas com deficiência qualificadas. Por exemplo: no banco de
30 currículos da i.Social, mais de 80% dos 30.000 profissionais cadastrados têm ao menos ensino
31 médio completo, e há muitos com graduação, mestrado e doutorado.
32 ___ Observamos, então, que o maior empecilho para a inclusão desses profissionais ainda é
33 cultural. Ou seja, as relações interpessoais ainda estão muito calcadas em estereótipos e
34 preconceitos, além do fato de as vagas oferecidas _____ essas pessoas ainda serem muito
35 operacionais e pouco atrativas. Os líderes e gestores das empresas ainda não consideram incluir
36 esses profissionais em cargos mais estratégicos, pois tendem a achar que são menos produtivos
37 ou geram mais custos com acessibilidade, o que não é verdade. Dessa forma, não é exagero
38 afirmar que a questão cultural ainda é o maior desafio. A falta de acessibilidade é reflexo da falta
39 de cultura inclusiva. Enquanto não transformarmos a mentalidade antiga de que as pessoas com
40 deficiência são menos qualificadas, menos produtivas e exigem muitos investimentos, não
41 daremos um salto de qualidade no processo de inclusão.
(Fonte: http://blog.isocial.com.br/a-inclusao-de-profissionais-com-deficiencia-no-mercado-de-trabalho-um- panorama-positivo-para-uma-mudanca-necessaria - Texto adaptado especialmente para esta prova)
Se substituirmos a expressão “dessas pessoas” (l. 02) por “desse profissional”, quantos outros vocábulos, até o final do parágrafo (l. 04), deverão ser flexionados, obrigatoriamente, para ajuste de concordância?