Questões de Português - Substantivos para Concurso

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Q2577599 Português

Qual opção indica corretamente a forma feminina do substantivo "ator"?

Alternativas
Q2577597 Português

TEXTO


Qual porcentagem da população da Terra está acima do peso?


Trinta e nove por cento dos humanos adultos têm índice de massa corporal (IMC) maior que 25, o parâmetro para sobrepeso. 13% são obesos, com IMC maior que 30. O IMC é impreciso – considera apenas peso e altura e ignora indicadores de saúde mais precisos. Mas é a única maneira viável de fazer essa conta para tanta gente.

É evidente que esse dado tem uma correlação altíssima com as condições socioeconômicas de cada país: quanto mais rica a população, maior o acesso a alimento. Mas não dá para resumir a interpretação do mapa a essa observação.

O primeiro ponto é que o acesso a alimentos ultraprocessados – que são, de longe, os piores à saúde – é cada vez mais fácil e barato em países pobres. Enquanto isso, a população de países ricos, que é mais educada e têm mais acesso à mídia, está cada vez mais consciente do perigo de viver de comida congelada e salgadinho.

O acesso cada vez maior à tecnologia – hoje, já existem mais pessoas com celulares do que com privadas no mundo – diminui a frequência com que as crianças se exercitam e piora os casos de obesidade infantil: calcula-se que os casos no Brasil vão quadruplicar até 2030 em relação ao patamar dos anos 2010.

Enquanto isso, os empregos de remuneração baixa saem cada vez mais da agropecuária e indústria (por causa da automação) e se multiplicam no setor de serviços, em que o sedentarismo é quase sempre regra. Em suma: caminhamos para um mundo cada vez mais sobrepeso, e isso é um problema de saúde pública.


Fonte: Adaptado em 15/01/2024 de: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/qual-porcentagem-da-populacao-da-terra-esta-acima-do-peso/

No trecho “a população de países ricos”, a palavra destacada é um:

Alternativas
Q2576718 Português
Qual é a classe gramatical da palavra “azul” na frase: "Ela comprou um vestido azul"? 
Alternativas
Q2576194 Português
Julgue o item subsequente. 

Em "Pronúncia e vocabulário perfeito", a concordância nominal é correta quando o adjetivo "perfeito" é utilizado para qualificar apenas o substantivo mais próximo, neste caso, "vocabulário". 
Alternativas
Q2575682 Português

Texto: O relógio


Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas… De dia, tudo era luminoso. Mas quando vinha a noite e as luzes se apagavam, tudo mergulhava no sono: pessoas, paredes, espaços. Menos o relógio… De dia, ele estava lá também. Só que era diferente. Manso, tocando o carrilhão a cada quarto de hora, ignorado pelas pessoas, absorvidas por suas rotinas. Acho que era porque durante o dia ele dormia. Seu pêndulo regular era seu coração que batia, seu ressonar, e suas músicas eram seus sonhos, iguais aos de todos os outros relógios. De noite, ao contrário, quando todos dormiam, ele acordava, e começava a contar estórias. Só muito mais tarde vim a entender o que ele dizia: “Tempus fugit“. E eu ficava na cama, incapaz de dormir, ouvindo sua marcação sem pressa, esperando a música do próximo quarto de hora. Eu tinha medo. Hoje, acho que sei por quê: ele batia a Morte. Seu ritmo sem pressa não era coisa daquele tempo da minha insônia de menino. Vinha de muito longe. Tempo de musgos crescidos em paredes húmidas, de tábuas largas de assoalho que envelheciam, de ferrugem que aparecia nas chaves enormes e negras, da senzala abandonada, dos escravos que ensinaram para as crianças estórias de além-mar “dinguele-dingue que eu vou para Angola, dingueledingue que eu vou para Angola“ de grandes festas e grandes tristezas, nascimentos, casamentos, sepultamentos, de riqueza e decadência… O relógio batera aquelas horas – e se sofrera, não se podia dizer, porque ninguém jamais notara mudança alguma em sua indiferença pendular. Exceto quando a corda chegava ao fim e o seu carrilhão excessivamente lento se tomava num pedido de socorro: “Não quero morrer…“ Aí, aquele que tinha a missão de lhe dar corda – (pois este não era privilégio de qualquer um. Só podia tocar no coração do relógio aquele que já, por muito tempo, conhecesse os seus segredos) – subia numa cadeira e, de forma segura e contada, dava voltas na chave mágica. O tempo continuaria a fugir… Todas aquelas horas vividas e morridas estavam guardadas. De noite, quando todos dormiam, elas saíam. O passado só sai quando o silêncio é grande, memória do sobrado. E o meu medo era por isto: por sentir que o relógio, com seu pêndulo e carrilhão, me chamava para si e me incorporava naquela estória que eu não conhecia, mas só imaginava. Já havia visto alguns dos seus sinais imobilizados, fosse na própria magia do espaço da casa, fosse nos velhos álbuns de fotografia, homens solenes de colarinho engomado e bigode, famílias paradigmáticas, maridos assentados de pernas cruzadas, e fiéis esposas de pé, ao seu lado, mão docemente pousada no ombro do companheiro. Mas nada mais eram que fantasmas, desaparecidos no passado, deles, não se sabendo nem mesmo o nome. “Tempus fugit“. O relógio toca de novo. Mais um quarto de hora. Mais uma hora no quarto, sem dormir… Sentia que o relógio me chamava para o seu tempo, que era o tempo de todos aqueles fantasmas, o tempo da vida que passou. Depois o sobradão pegou fogo. Ficaram os gigantescos barrotes de pau-bálsamo fumegando por mais de uma semana, enchendo o ar com seu perfume de tristeza. Salvaram-se algumas coisas. Entre elas, o relógio. Dali saiu para uma casa pequena. Pelas noites adentro ele continuou a fazer a mesma coisa. E uma vizinha que não suportou a melodia do “Tempus fugit“ pediu que ele fosse reduzido ao silêncio. E a alma do relógio teve de ser desligada.


Tenho saudades dele. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, “Tempus fugit“. Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso, que marca a hora sem dizer nada, que não tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr, para não me atrasar. Com ele, sinto-me tolo como o Coelho da estória da Alice, que olhava para seu relógio, corria esbaforido, e dizia: “Estou atrasado, estou atrasado…“


Não é curioso que o grande evento que marca a passagem do ano seja uma corrida, corrida de São Silvestre?


Correr para chegar, aonde?


Passagem de ano é o velho relógio que toca o seu carrilhão.


O sol e as estrelas entoam a melodia eterna: “Tempus fugit“.


E porque temos medo da verdade que só aparece no silêncio solitário da noite, reunimo-nos para espantar o tenor, e abafamos o ruído tranquilo do pêndulo com enormes gritarias. Contra a música suave da nossa verdade, o barulho dos rojões…


Pela manhã, seremos, de novo, o tolo Coelho da Alice: “Estou atrasado, estou atrasado…“ 


Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria:


Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será…


Rubem Alves

Leia o fragmento extraído do texto para responder a questão que se refere a compreensão de Morfologia (Classe de Palavras):
“ Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas…”.
O termo caixilhos, destacado no fragmento tem a CORRETA classificação em classes de palavras como:
Alternativas
Respostas
521: B
522: D
523: B
524: C
525: D