Questões de Português - Substantivos para Concurso

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Q1679953 Português
TEXTO 01

O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

 O BRASILEIRO E A LEITURA NA ATUALIDADE

(1º§) O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado hoje. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Atualmente, com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.

(2º§) Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez enfim eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.

(3º§) O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.

(4º§) O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.

(5º§) O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.

(6º§) O brasileiro não lê - e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.

(7º§) O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes - que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.

(8º§) O brasileiro não lê - e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia Toda poesia, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem. (...)

(Danilo Venticinque escreve às terças-feiras para a Revista EPOCA. 04.06.2014) - (Texto Adaptado) (http://revistaepoca.globo.com/cultura/danilo-venticinque/noticia/2013/06/o-brasilei ro-nao-le.html) - Disponível 05.01.2021ponível 05.01.2021
Julgue as assertivas com V (Verdadeiro) ou F (Falso).

(__)A frase que dá título ao texto está construída com: artigo definido seguido de substantivo formado por derivação imprópria, ambos concordam em gênero e em número, conjunção coordenativa com ideia aditiva, artigo definido seguido de substantivo comum, contração prepositiva seguida de substantivo formado por derivação sufixal.

(__)Na composição textual, temos exemplos de frases em primeira pessoa, comprovando uso do discurso direto, trechos que comprovam defesa de ponto de vista.

(__)No texto, podemos comprovar, entre outros: numerais cardinais, exemplos cronológicos e dados percentuais.

(__)Orações construídas com sujeito desinencial ou elíptico, a exemplo de: "costumo conversar muito sobre livros".

Em seguida, marque a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1679675 Português
TEXTO
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A EDUCAÇÃO POSSÍVEL

(1º§) Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.

(2º§) Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa também fala disso: além do fator religião, milhares foram em busca de uma figura paternal admirável, que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade, ainda existem.
(3º§) Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
(4º§) É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
(5º§) Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
(6º§) No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: "cidadania".
(7º§) O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.
(...)
(8º§) Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós, que os escolhemos e sustentamos.


(Lya Luft é escritora. Texto da VEJA - Edição 2009) - (Adaptado)
Julgue as assertivas com V(Verdadeiro) ou F(Falso). Em seguida, marque a alternativa correta.
(__)O (2º§) inicia com sujeito elíptico, identificado pelo verbo de primeira conjugação seguido de advérbio que modifica o adjetivo com função sintática de predicativo.
(__)Nos termos sublinhados no trecho: "que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade, ainda existem". - identificamos, respectivamente: pronome oblíquo com função sintática de objeto indireto, preposição imposta pela regência nominal, substantivo abstrato trissílabo paroxítono sem acento gráfico que justifique a tonicidade.
(__)O primeiro período do (3º§) inicia com elemento coesivo adversativo, contém uso de crase imposta pela regência do verbo de terceira conjugação, apresenta dois pontos antes de oração interrogativa.
(__)O primeiro período do (4º§) está escrito com elementos coesivos que enunciam ideia comparativa.
(__)A oração do (4º§): "Projetos inúteis que se nos apresentam". - pode ser reescrita sem alterar o sentido semântico contextual, assim: "Projetos inúteis que são apresentados a nós".
Alternativas
Q1679376 Português
TEXTO
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A EDUCAÇÃO POSSÍVEL

(1º§) Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.

(2º§) Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa também fala disso: além do fator religião, milhares foram em busca de uma figura paternal admirável, que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade, ainda existem.

(3º§) Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de construir sua vida e desenvolver sua personalidade?

(4º§) É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.

(5º§) Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.

(6º§) No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: "cidadania".

(7º§) O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.
(...)
(8º§) Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós, que os escolhemos e sustentamos.

(Lya Luft é escritora. Texto da VEJA - Edição 2009) - (Adaptado)
Marque a alternativa com informação INCORRETA.
Alternativas
Q1679373 Português
TEXTO
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A EDUCAÇÃO POSSÍVEL

(1º§) Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.

(2º§) Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa também fala disso: além do fator religião, milhares foram em busca de uma figura paternal admirável, que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade, ainda existem.

(3º§) Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de construir sua vida e desenvolver sua personalidade?

(4º§) É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.

(5º§) Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar, ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento, é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.

(6º§) No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: "cidadania".

(7º§) O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.
(...)
(8º§) Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós, que os escolhemos e sustentamos.

(Lya Luft é escritora. Texto da VEJA - Edição 2009) - (Adaptado)
Julgue as assertivas com V(Verdadeiro) ou F(Falso). Em seguida, marque a alternativa com a série correta.
(__)Sublinhamos no período, respectivamente: "O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados , tem seu fundamento eficaz nos dois primeiros". - numeral ordinal, substantivo e adjetivo polissílabos paroxítonos, concordando em gênero e em número, contração prepositiva. (__)O período: "Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa também fala disso : ..." - a primeira oração inicia com sujeito elíptico e destaca contração prepositiva imposta pela regência verbal. (__)A oração: "Dizem que nossa economia floresce" - inicia com exemplo de sujeito indeterminado e destaca conjunção subordinativa integrante. (__)Todos os termos sublinhados no período: "Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar". - pertencem à mesma classe gramatical e são invariáveis. 
Alternativas
Q1679017 Português
Emissão de NF-e


A Receita Federal divulgou um levantamento que aponta que a média diária de vendas com nota fiscal eletrônica (NF-e) atingiu R$ 23,9 bilhões em junho de 2020. O percentual é o maior registrado até então no ano.

Uma nota fiscal eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital, originalmente. Ele é emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Atualmente, ela é um dos mais importantes instrumentos de fiscalização tributária.

De acordo com os dados, as vendas em junho de 2020 aumentaram 15,6% em relação ao mês de maio de 2020 e 10,3% superior ao de junho de 2019, segundo o órgão. Entre abril e maio de 2020, por sua vez, houve um aumento de 9,1%.

De acordo com a Receita Federal, a alta emissão de NF-e reflete o movimento, principalmente, das vendas de empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.

As empresas de médio porte são aquelas cujo faturamento é maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões por ano. As empresas de grande porte, por sua vez, são aquelas que possuem um faturamento anual superior a R$ 300 milhões.

De acordo com a Receita Federal, os dados das vendas semanais permitem interpretar uma recuperação gradual da economia.

No total, após o pico de R$ 180 bilhões na última semana de maio de 2020, no mês de junho de 2020, as vendas semanais mostraram movimento superior a R$ 150 bilhões, exceto a semana do feriado de Corpus Christi (R$ 137 bilhões).

A última semana de junho de 2020 registrou vendas de R$ 177 bilhões.

O órgão também informou que, em 2020, o comércio eletrônico teve vendas crescentes em quantidade e em volume, com tendência de elevação intensificada a partir de março de 2020.

Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas apuradas com a NF-e cresceu 20,6% em março de 2020, 17,5% em abril de 2020, 37,4% em maio de 2020 e 73,0% em junho de 2020.

Por Ananda Santos, em 2020 (disponível em: https://bit.ly/2WmQieW). Com adaptações.
Leia o texto 'Emissão de NF-e' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. As informações presentes no texto permitem concluir que o percentual de vendas com nota fiscal eletrônica apontado pela Receita Federal referente ao mês de junho é o maior registrado até então no ano de 2020.

II. Na semana do feriado de Corpus Christi, em 2009, as vendas com nota fiscal eletrônica no Brasil representaram R$ 137 bilhões, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto. Nesse período, o aumento do volume de vendas é diretamente influenciado pela movimentação de turistas em direção às praias.

III. No trecho "a Receita Federal afirma que houve um pico de R$ 280 bilhões nas vendas com nota fiscal eletrônica na última semana de maio de 2020", o substantivo biforme "pico" assume um gênero neutro para designar um valor numérico que, posteriormente no texto, será comparado aos resultados de vendas em outras regiões ou períodos a fim de enfatizar o argumento principal da autora de que a economia pode estar se recuperando.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1678948 Português

De acordo com o gênero do substantivo, marque a alternativa incorreta.

Alternativas
Q1678908 Português
Para a formação do plural dos substantivos, coloque (C) correto ou (I) incorreto e marque a alternativa verdadeira.
( ) Plural dos substantivos simples: (regra geral), acrescenta-se –s ao singular dos substantivos terminados em vogal e dos substantivos terminados em ditongo oral e ditongo nasal –ãe.
( ) Plural dos substantivos terminados em –r e –z: acréscimo de –es.
( ) Plural dos substantivos terminados em –m: substituição do –m por –ns.
( ) Plural dos substantivos terminados em –n: acréscimo de s ou de –es (conforme o caso).
( ) Plural dos substantivos terminados em –al, -el, -ol e ul: substituição do –l por –is.
( ) Plural dos substantivos terminados em –il (oxítonos,substituição do –l por s), (paroxítonos, substituição do –il por -eis).
Alternativas
Q1678905 Português
Assinale a alternativa, onde temos apenas substantivos abstratos.
Alternativas
Q1678901 Português
Marque a alternativa, onde todos os substantivos são masculinos
Alternativas
Q1678894 Português
Leia o poema para responder às próximas quatro questões.

Soneto de separação. (Vinícius de Moraes).

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente,
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho, o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo, o distante,
Fez-se da vida, uma aventura errante,
De repente, não mais que de repente.
As palavras do texto (de repente, mãos, silencioso, não, e) sequencialmente são:
Alternativas
Q1678694 Português
Leia o poema para responder às próximas três questões.

POEMA DE SETE FACES. (Carlos Drummond de Andrade).

Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
Que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
Não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
Pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
Não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
É sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
O homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
Se sabias que eu não era Deus
Se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
Mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
Mas essa lua
Mas esse conhaque
Botam a gente comovido como o diabo.
Assinale a alternativa correta, quanto a classe de palavras.
Alternativas
Q1678638 Português
Minha mãe nunca me explicou direito o porquê de tantas exigências, de tantas reclamações, de tantas impaciências comigo.
O termo destacado é um
Alternativas
Q1678554 Português
Coronavírus tem origem natural e não foi feito em laboratório, mostra estudo


Teorias da conspiração falavam em manipulação do vírus pela China por vantagens econômicas

Ana Carolina Amaral


Uma análise de cientistas de universidades dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália conclui que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi originado naturalmente, através de seleção natural, e não em um laboratório, como diziam algumas teorias da conspiração que circularam recentemente. O estudo, publicado nesta terça (17) na revista científica Nature Medicine, contribui para esclarecer especulações sobre uma suposta manipulação do coronavírus pela China, que teria objetivo de obter vantagens econômicas em um cenário de crise mundial.

“Nossas análises claramente mostram que o SARS-CoV-2 não é uma construção de laboratório ou um vírus manipulado propositalmente”, diz o artigo.

A partir do estudo da estrutura do novo coronavírus e de experimentos bioquímicos, os cientistas perceberam duas características que não poderiam ser produzidas em laboratório.

Uma delas é a estrutura central do organismo, que é distinta de outros vírus. Segundo os cientistas, a manipulação de um vírus em laboratório partiria da estrutura de outro vírus com efeito conhecido.

A segunda novidade deste coronavírus é o seu domínio de ligação ao receptor (RBD, na sigla em inglês). Ele tem alta afinidade com as células receptoras humanas —assim como células de gatos, furões e outras espécies. Ou seja, sua transmissão é altamente eficiente. Segundo o estudo, a evolução que permitiu ao coronavírus se conectar mais facilmente com seus hospedeiros se deve à seleção natural, em que a espécie passa por diversas mutações espontâneas, de forma que vão sobreviver as versões que melhor se adaptarem ao ambiente.

Na sua versão mais bem-sucedida, o novo coronavírus ganhou a capacidade de se conectar facilmente com o corpo do seu hospedeiro.

Ainda não há uma determinação da origem do vírus, mas o estudo trabalha com dois cenários: ele pode ter se desenvolvido a partir de hospedeiros humanos ou de outras espécies, como o morcego e o pangolim. 

(Fonte:https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/20coronavirus-tem-origem-natural-e-nao-foi-feito-em-laboratorio-mostraestudo.shtml)
No parágrafo: “A partir do estudo da estrutura do novo coronavírus e de experimentos bioquímicos, os cientistas perceberam duas características que não poderiam ser produzidas em laboratório.”, os termos em destaque pertencem a classe dos:
Alternativas
Q1675909 Português

COTIDIANO

Chico Buarque 


Todo dia ela faz tudo sempre igual

Me sacode às seis horas da manhã

Me sorri um sorriso pontual

E me beija com a boca de hortelã 


Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar

E essas coisas que diz toda mulher

Diz que está me esperando pr'o jantar

E me beija com a boca de café 


Todo dia eu só penso em poder parar

Meio-dia eu só penso em dizer não

Depois penso na vida pra levar

E me calo com a boca de feijão 


Seis da tarde como era de se esperar

Ela pega e me espera no portão

Diz que está muito louca pra beijar

E me beija com a boca de paixão 


Toda noite ela diz pr'eu não me afastar

Meia-noite ela jura eterno amor

E me aperta pr'eu quase sufocar

E me morde com a boca de pavor 

“Luíza comprou um carro. Agora, ela chega mais rapidamente aos lugares.”

Na frase acima, exercem respectivamente papel de substantivo e de pronome, as seguintes palavras:

Alternativas
Q1673460 Português
Prever para prover


Ricardo Essinger

Presidente da Fiepe


Ano passado, economistas e futurólogos faziam previsões otimistas do que estava por vir. O respeitado Ipea, por exemplo, indicava aceleração de crescimento do PIB, em 2,3%. Entretanto, ninguém previu a tragédia que vem se abatendo sobre a humanidade, ceifando vidas, tolhendo o esforço dos empreendedores, aqui e em todo o mundo. Em 2021, não deve ser muito diferente. A recessão global vai continuar e a extrema cautela deve prosperar entre investidores internos e externos. Cabe, portanto, a todos os nossos segmentos produtivos, trabalhar ativamente para superar as perdas e danos. É exatamente essa a atitude que está sendo tomada pela indústria pernambucana e, nesse contexto, o Sistema Fiepe vem participando, particularmente, no atendimento à crescente demanda tecnológica, que gera um avanço indispensável para se reinventar produtos e serviços. Assim, o Sistema Fiepe oferece cursos profissionalizantes, nas modalidades de ensino a distância ou presencial com segurança, para garantir a competitividade das empresas do estado.

A boa notícia é que a produção industrial de Pernambuco voltou a crescer. Em julho deste ano, se comparado ao ano anterior, o aumento foi de 17%, levando o estado a ter o maior crescimento entre as 14 federações pesquisadas. O resultado também foi superior à média nacional (-3,0%) e à do Nordeste (0,9%), em julho de 2020. 

Os números podem oscilar neste final de ano, mas vários fatores contribuíram para esses resultados positivos alcançados em Pernambuco. O papel agregador que o Sistema Fiepe vem fazendo há anos, integrando sindicatos e pequenas e grandes empresas; e a formação de profissionais altamente qualificados, pelo Senai, tiveram participação relevante. Por isso, a satisfação dos clientes dos nossos serviços de tecnologia e inovação (consultorias, laboratórios etc.) tem 85% de aprovação; e a preferência das indústrias pelos concluintes dos cursos técnicos do Senai atinge o extraordinário índice de 100%.

O Sesi matriculou mais de 6,6 mil alunos nos cursos básicos, em Pernambuco, sendo um quarto deles, ou 1.530, de forma gratuita, mantendo os cuidados ampliados com a saúde, com foco nos cuidados preventivos com a pandemia. Saúde e economia devem seguir vencendo os desafios, saindo desta crise com a certeza de que todos os setores do desenvolvimento devem atuar em permanente sintonia.

Tudo isso vai contribuir para enfrentar a gravidade do momento. Vamos trabalhar para a superação. Senai, Sesi e IEL formam o triângulo de atuação da Fiepe, e o número de vagas deve permanecer o mesmo em 2021. Estamos trabalhando e muito para isso. Vamos prever para prover.


(Adaptado. Revisão linguística. Disponível em: https://bit.ly/3mqoNw1. Acesso em 20 nov. 2020)
Leia o texto 'Prever para prover' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. Entender o funcionamento das categorias gramaticais na construção dos textos é importante, pois, muitas vezes, semanticamente, uma pode equivaler à outra. A seguir, por exemplo, um verbo (oração) tem valor de substantivo: “E a boa notícia é que a produção industrial de Pernambuco voltou a crescer.”.

II. No trecho “Senai, Sesi e IEL formam o triângulo de atuação da Fiepe, e o número de vagas deve permanecer o mesmo em 2021”, a vírgula utilizada antes da palavra “e” (e o número) foi empregada pelo mesmo motivo que em “João da Silva, presidente da associação, e Maria da Paz fizeram visitas aos idosos da comunidade”.

III. A seleção de termos que sintetizam pensamentos ou retomam ideias em um texto é muito importante para evitar repetições desnecessárias. Para os que “dominam” as palavras, os substantivos, adjetivos e pronomes têm fundamental importância. A expressão “esses resultados positivos” pode ser utilizada como exemplo de comprovação dessa tese.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1673373 Português

TEXTO II


O menino está fora da paisagem

                                                                                                                                Arnaldo Jabor

    O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu preferia que ele não viesse. A miséria nos lembra que a desgraça existe e a morte também. Como quero esquecer a morte, prefiro não olhar o menino. Mas não me contenho e fico observando os movimentos do menino na rua. Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.

     Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. O menino mendigo vê tudo de baixo. Está na altura dos cachorros, dos sapatos, das pernas expostas dos aleijados. O ponto de vista do menino de rua é muito aguçado, pois ele percebe tudo que lhe possa ser útil ou perigoso. Ele não gosta de ideias abstratas. Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...” 

    Se pudéssemos traçar uma linha reta de cada olhar do menino mendigo, teríamos bilhões de linhas para o lado, para baixo, para cima, para dentro, para fora, teríamos um grande painel de imagens. E todas ao rés-do-chão: uma latinha, um riozinho na sarjeta, um palitinho de sorvete, um passarinho na árvore, uma pipa, um urubu circulando no céu. Ele é um espectador em 360 graus. O menino de rua é em cinemascope. O mundo é todo seu, o filme é todo seu, só que não dá para entrar na tela. Ou seja, ele assiste a um filme “dentro” da ação. Só que não consta do elenco. Ele é um penetra; é uma espécie de turista marginal. Visto de fora, seria melhor apagá-lo. Às vezes, apagam.

    Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.

    Antigamente não o víamos, mas ele sempre nos viu. Depois que começou o medo da violência, ele ficou mais visível. Ninguém fica insensível a ele. Mesmo em quem não o olha, ele nota um fremir quase imperceptível à sua presença. Ele percebe que provoca inquietação (medo, culpa, desgosto, ódio). Todos preferiam que ele não estivesse ali. Por quê? Ele não sabe.

    Evitamos olhá-lo; mas ele tenta atrair nossa atenção, pois também quer ser desejado. Mas os olhares que recebe são fugidios, nervosos, de esguelha.

    Vejo que o menino se aproxima de um grupo de mulheres com sacolas de lojas. Ele avança lentamente dando passos largos e batendo com uma varinha no chão. Abre-se um vazio de luz por onde ele passa, entre as mulheres – mães e filhas. É uma maneira de pertencer, de existir naquela família ali, mesmo que “de fora”, como uma curiosidade. Assim, ele entra na família, um anti-irmãozinho que chega. As mães não têm como explicar aos filhos quem ele é, “por que” eles não são como “ele” (análise social) ou por que “ele” não é como nós (analise política). Porém, normalmente, mães e pais evitam explicações, para não despertar uma curiosidade infantil que poderia descer até as bases da sociedade – que os pais não conhecem, mas que se lhes afigura como algo sagrado, em que não se deve mexer.

    O menino de rua nos ameaça justamente pela fragilidade. Isso enlouquece as pessoas: têm medo do que atrai. Mais tarde, ele vai crescer... e aí?

    O menino de rua tem mais coragem que seus lamentadores; ele não se acha símbolo de nada, nem prenúncio, nem ameaça. Está em casa, ali, na rua. Olhamos o pobrezinho parado no sinal fazendo um tristíssimo malabarismo com três bolinhas e sentimos culpa, pena, indignação.

    Então, ou damos uma esmola que nos absolva ou pensamos que um dia poderá nos assaltar. Ele nos obriga ao raríssimo sentimento da solidariedade, que vai contra todos os hábitos de nossa vida egoísta de hoje. E não podemos reclamar dele. É tão pequeno... O mendigo velho, tudo bem: “Bebeu, vai ver a culpa é dele, não soube se organizar, é vagabundo”. Tudo bem. Mas o mendigo menino não nos desculpa porque ele não tem piedade de si mesmo.

    Todas nossas melhores recordações costumam ser da infância. Saudades da aurora da vida. O menino de rua estraga nossas memórias. Ele estraga a aurora de nossas vidas. Por isso, tentamos ignorá-lo ou o exterminamos. Antes, todos fingiam que ele não existia. Depois das campanhas da fome, surgiram olhares novos. Já sabemos que ele é um absurdo dentro da sociedade e que de alguma forma a culpa é nossa.

    Ele tem ao menos uma utilidade: estragando nossa paisagem presente, pode melhorar nosso futuro. O menino de rua denuncia o ridículo do pensamento – genérico-crítico –, mostra-nos que uma crítica à injustiça tem de apontar soluções positivas. Ele nos ensina que a crítica e o lamento pelas contradições (como estou fazendo agora) só servem para nos “enobrecer” e “absolver”. Para ele, nossos sentimentos não valem nada. E não valem mesmo. Mesmo não sabendo nada, ele sabe das coisas.

    Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/arnaldo-jabor/omenino-esta-fora-da-paisagem-1.887105

Em relação a aspectos do texto II, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1673126 Português
TEXTO II
“Imensas noites de inverno, Com frias montanhas mudas, E o mar negro, mais eterno, Mais terrível, mais profundo.” (Cecília Meireles)
As palavras destacadas são classificadas morfologicamente como:
Alternativas
Q1671871 Português

FLEMING DESCOBRE A PENICILINA 


O bacteriologista Alexander Fleming descobriu a penicilina no Hospital St, Mary’s de Londres, e publicou seu achado em setembro de 1929 no “British Journal of Experimental Pathology”. Desde a década de 1920, ele havia mostrado grande interesse pelo tratamento das infecções produzidas pelas feridas. Em 1929, depois de voltar de férias, percebeu que em uma pilha de placas esquecidas antes de sua partida, onde estivera cultivando uma bactéria – Staphylococcus aureus”-, havia crescido também um fungo num lugar em que havia se inibido o crescimento da bactéria. É que esse fungo fabricava uma substância que produzia a morte da bactéria; como o fungo pertencia à espécie Penicillium, Fleming nomeou a substância produzida por ele de “penicilina”. Como pôde provar em experimentos posteriores, na “descoberta” de Fleming interveio uma série de fatores para que se produzissem os resultados que todos conhecemos: a placa não foi colocada para incubar em estufa de 37°C – o crescimento da bactéria teria ultrapassado o do fungo – e, além disso, a temperatura do laboratório não foi superior a 12°C. Parece que houve uma onda de frio em Londres naquele verão de 1929. A molécula de penicilina era muito instável e, depois de muito tempo tentando purificá-la – embora mais tarde se tenha provado que era muito efetiva só parcialmente purificada –, Fleming desistiu de continuar trabalhando nisso. Foi só em 1938 que um grupo de cientistas liderados por Ernst b. Chain e pelo professor Howard Florey na Universidade de Oxford deu continuidade a esses trabalhos com pesquisas posteriores. Os ensaios clínicos efetuados com o material parcialmente purificado tiveram um sucesso espetacular. Naquela época, em plena Guerra na Europa, a molécula foi levada para os Estados Unidos, onde foi desenvolvida e produzida em grande escala. O primeiro ensaio clínico foi feito em janeiro de 1941 e dois anos depois começou a produção comercial de antibióticos nos Estados Unidos. Acabada a Segunda Guerra Mundial, as empresas farmacêuticas entraram na produção de penicilina de forma competitiva e começaram a buscar outros antibióticos. Fleming havia lhes mostrado a direção correta. Apesar dessa grande descoberta, os antibióticos não foram difundidos de maneira igual no planeta. Além disso, nas sociedades mais industrializadas existe uma prescrição muito alta de antibióticos, de maneira que com frequência eles perdem a eficácia por causa do uso continuado que fazemos deles. (365 Dias que Mudaram o Mundo. Planeta. São Paulo: 2014, p. 550).

No que se refere aos substantivos coletivos, assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: OMNI Órgão: Prefeitura de São João Batista - SC Provas: OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Psicólogo | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Educação Física - Pré ao 9º ano - Não habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de História - 6º ao 9º ano - Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Nutricionista | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Geografia - 6º ao 9º ano - Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Geografia - 6º ao 9º ano - Não Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de História - 6º ao 9º ano - Não Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Educação Física - Pré ao 9º ano - Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Inglês - 1º ao 9º ano - Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Inglês - 1º ao 9º ano - Não Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Língua Portuguesa - 6º ao 9º ano - Não Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Matemática - 6º ao 9º ano - Não Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Matemática - 6º ao 9º ano - Habilitado | OMNI - 2021 - Prefeitura de São João Batista - SC - Professor de Língua Portuguesa - 6º ao 9º ano - Habilitado |
Q1671616 Português

Leia o texto abaixo e responda a questão.


“Uma vez três irmãos estavam viajando por uma rua deserta no crepúsculo”

- Mamãe disse que era meia noite - disse Rony, que tinha se esticado e colocado as mãos atrás da cabeça para ouvir. Hermione lhe deu um olhar de irritação.

- Desculpe, eu só pensei que ia ser melhor se fosse a meia noite! - disse Rony.

- Sim, porque nós realmente precisamos de mais terror em nossas vidas, - disse Harry antes que pudesse evitar. Xenófilo que não parecia estar prestando muita atenção disse - Vamos, continue Hermione.

“Em tempo os irmãos acharam um rio muito fundo para atravessar e muito perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos haviam aprendido as artes mágicas, e quando eles simplesmente acenaram suas varinhas, uma ponte apareceu acima da água em revolta. Eles estavam na metade do caminho quando perceberam que a ponte estava bloqueada por uma figura encapuzada.

- Desculpe, interrompeu Harry, - mas a Morte falou com eles?

- É um conto de fadas Harry!

- Certo, desculpe, continue.

“E a Morte falou com eles. Ela estava brava, pois tinha sido enganada por suas três novas vítimas, que tiraram dela os viajantes que morriam no rio. Mas a Morte, que era traiçoeira resolveu presentear os três irmãos por sua mágica e disse que cada um deveria pedir um prêmio por ser mais esperto que ela.

Assim, o irmão mais velho pediu a varinha mais poderosa que existisse, uma varinha que sempre ganhasse os duelos para seu dono, uma varinha digna do bruxo que derrotou a Morte. Então a Morte foi até uma árvore, voltou e entregou a varinha para o irmão mais velho.

O segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que ele ia humilhar a Morte até onde pudesse, e então pediu o poder de trazer pessoas de volta à vida. A Morte pegou uma pedra próxima ao rio e disse que com ela ele teria o poder de trazer pessoas da morte para a vida.

E então a Morte perguntou ao irmão mais novo o que ele queria, e ele que era o mais sábio e humilde, não confiava na Morte. Então ele pediu alguma coisa que o fizesse deixar o lugar sem ser seguido pela morte. E ela, contra a sua vontade, deu a ele sua própria capa de invisibilidade.”

- A Morte tinha uma capa de invisibilidade? - Harry interrompeu novamente.

- Assim ela pode espiar as pessoas, - disse Rony. - Às vezes ela se cansa de correr atrás deles balançando seus braços e fazendo ruídos aterrorizantes. Desculpe Hermione.

“Então a Morte ficou parada e deixou os três irmãos continuarem seus caminhos, e eles seguiram conversando sobre a aventura e os presentes da Morte. Então eles se separaram e cada um foi por um lado.

(Harry Potter, em: https://aminoapps.com/c/potter-amino-em-portugues/page/blog/os-melhores-trechos-dos-livros/DD0r_8mFPumLvp38kVGx3Neoma3dKoNw1j)

Na oração, “que era um homem arrogante”, temos a seguinte composição:
Alternativas
Q1669619 Português

O ANJO DA NOITE


    O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não assustar, para não acordar ninguém. Lá vão seus passos vagarosos, cadenciados, cosendo a sua sombra com a pedra da calçada. Vagos rumores de bondes, de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios. O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança, um resto de conversa, alguma risada. Mas vai andando. A noite é serena, a rua está em paz, o luar põe uma névoa azulada nos jardins, nos terraços, nas fachadas: o guarda-noturno para e contempla.

     À noite, o mundo é bonito, como se não houvesse desacordos, aflições, ameaças. Mesmo os doentes parecem que são mais felizes: esperam dormir um pouco à suavidade da sombra e do silêncio. Há muitos sonhos em cada casa. É bom ter uma casa, dormir, sonhar. O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece; ele também tem o seu cantinho para descansar. O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua...

     E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar da esquina, o guarda-noturno torna a trilar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro. E recomeça a andar, passo a passo, firme e cauteloso, dissipando ladrões e fantasmas. É a hora muito profunda em que os insetos do jardim estão completamente extasiados, ao perfume da gardênia e à brancura da lua. E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado.

Cecília Meireles 

No trecho “O mundo podia ser tranquilo. As pessoas podiam ser amáveis.”, os termos que traduzem que esses fatos NÃO ocorrem são os:
Alternativas
Respostas
2301: E
2302: B
2303: B
2304: E
2305: B
2306: C
2307: E
2308: B
2309: B
2310: A
2311: B
2312: C
2313: D
2314: D
2315: C
2316: D
2317: E
2318: C
2319: C
2320: D