Questões de Português - Substantivos para Concurso
Foram encontradas 3.754 questões
Para responder as questões 1 a 3, leia com atenção o texto a seguir.
Depressão não é tristeza?
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A teoria tradicional diz que a depressão é uma deficiência de serotonina – um neurotransmissor relacionado a funções como o humor, o sono e o apetite – e, para combatê-la, tudo o que os antidepressivos fazem é aumentar a quantidade dessa substância no cérebro. Mas duas questões nessa teoria intrigam os cientistas há algum tempo. A primeira é que, pouco depois de tomar esses remédios, o cérebro já está cheio de serotonina e, no entanto, nada acontece. O segundo é que os efeitos esperados só vão aparecer um mês depois. Um mês é exatamente o tempo que o cérebro leva para produzir novos neurônios e fazê-los funcionar. Foi daí que se suspeitou que existe uma relação entre a depressão e a queda na produção de novas células no cérebro.
Outros indícios reforçaram a hipótese: o estresse – um dos principais fatores que desencadeiam a depressão – também inibe a neurogênese, como se o cérebro estivesse mais preocupado em sobreviver ao fator estressante que em produzir neurônios para o futuro. Mas a primeira evidência concreta veio em 2000, quando cientistas americanos mostraram que os principais tratamentos antidepressivos aumentam a neurogênese em ratos adultos. No ano seguinte, percebeu-se também que bloquear o nascimento de neurônios em ratos tornava ineficazes os antidepressivos. Agora a esperança é encontrar uma forma de estimular a neurogênese e, com isso, aliviar a depressão. Ao que indicam esses estudos, essa doença pode não ser só um estado de tristeza, mas, sim, o efeito da falta de neurônios novos e da consequente perda da habilidade de se adaptar a mudanças.
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(SUPERINTERESSNATE. São Paulo:
Abril, v. 229. ago. 2006.p.50.)
Observe os trechos presentes no texto e marque a alternativa CORRETA em relação a classificação morfológica dos termos em negrito.
“... tudo o que os antidepressivos fazem é aumentar a quantidade dessas substâncias no cérebro...”
“.... cientistas americanos mostraram que os principais tratamentos antidepressivos aumentam a neurogênese em ratos adultos.
Analise as palavras sublinhadas nas frases e coloque ( S ) se for substantivo e ( A ) se for adjetivo.
( ) A velha continuava a rir sem parar.
( ) Aquele velho senhor estava necessitando de ajuda.
( ) O homem mortal sempre pede ajuda.
( ) Dei um mortal para trás que quase me espatifei no chão.
( ) A beleza das praias deve ser preservada.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Assinale a alternativa cuja frase apresente um substantivo coletivo usado corretamente.
Assinale a alternativa que contém o plural correto da frase “O cidadão acordou cedo e foi buscar pão e pão de ló para seu café da manhã.”
Assinale a alternativa em que todos os substantivos são femininos.
Leia o texto.
Abismo azul
Chovera toda a noite. O peso da água sobre o nosso telhado fazia com que uma poeira úmida baixasse sobre minha rede, borrifando-me levemente o rosto. Assim adormeci sob o troar* do aguaceiro, como se viajasse num mar tempestuoso.
O dia, porém, amanheceu límpido. Tomei café e saí descalço caminhando pela rua de barro, onde ainda se viam restos de chuva da noite.
Ao chegar ao Campo do Ourique, onde o chão era de areia firme, deparei-me com uma grande poça d’água transparente. Quis entrar nela, mas, ao ensaiar o passo, detive-me em pânico: tinha diante de mim um abismo tão fundo quanto o céu azul sem nuvens que a água refletia.
Logo me refiz do susto e entrei na poça. Meus pés levantaram o barro do fundo que turvou a água e apagou a imagem vertiginosa daquele céu de verão.
(Ferreira Gullar)
* soar
Assinale a alternativa em que os dois substantivos estão no masculino plural.
Em Terra de Cego
Nenhum ditado popular explica tão bem os problemas do Brasil e do mundo como “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Ele mostra por que existe tanta gente incompetente dirigindo nossas empresas e nossas instituições.
Mostra também por que é tão fácil chegar ao topo da pirâmide social sem muita visão ou competência. Basta ter um mínimo de conhecimento para sair pontificando soluções. Todo mundo palpita em economia e futebol como se fosse Ph.D. no assunto.
Se nossos técnicos de futebol tivessem ouvido os palpiteiros, jamais seríamos pentacampeões mundiais de futebol.
Por isso temos tantos acadêmicos para lá de arrogantes, que se acham predestinados a dirigir nossa vida com muita teoria e pouca informação. Existe um corolário desse ditado que me preocupa por suas consequências.
“Em terra de cego, quem tem um olho é rei, e quem tem dois olhos é muito malvisto.” Indivíduos inteligentes e capazes são encarados como uma enorme ameaça e precisam ser rapidamente eliminados pelos que estão no poder. Por essa razão, pessoas com mérito e competência dificilmente são promovidas no Brasil. Promovidos são os bajuladores e puxa-sacos.
Quando aparece alguém com dois olhos, os reizinhos tratam de eliminá-lo, quanto antes melhor. Já cansei de ver gente competente que, de um momento para o outro, deixou de ser ouvida pela diretoria.
Já vi muito jornalista que, de repente, caiu em desgraça. Já vi muito jovem comentar algo brilhante na aula e ser duramente criticado pelo professor, sem saber o motivo. Todos cometeram o erro fatal de mostrar que tinham dois olhos. Por favor, não deixe que isso aconteça com você.
Se você é dos milhares de brasileiros que possuem dois olhos, tome cuidado. Em terra de cego, você corre perigo. Nunca mostre a seu chefe, professor ou colega de trabalho os olhos que tem. Lamento não poder dar nenhum bom conselho, eu sou dos que tem um olho só. A maioria dos dois-olhos que conheço já desistiu de lutar e optou pelo anonimato.
Quando eles têm uma ideia brilhante, colocam a solução na mesa de seus chefes e deixam que a ideia seja descaradamente roubada.
Eles se fingem de mortos, pois sabem que, se agirem de modo diferente, poderão tornar-se vítimas. Mas há saídas melhores.
Se seu chefe tem um olho só, mude de emprego e procure companhias que valorizem o talento, que tenham critérios de avaliação claros e baseados em meritocracia. São poucas, mas elas existem e precisam ser prestigiadas. Ou, então, procure um chefe que tenha dois olhos e grude nele. Ele é o único que irá entendê-lo. Ajude-o a formar uma grande equipe. Se ele mudar de empresa, mude com ele.
Seja diferente, procure os melhores chefes para trabalhar, não as melhores companhias. Normalmente, as grandes empresas já são dominadas por reizinhos de um olho só. Por isso, considere criar um negócio com outros como você. Vocês terão sucesso garantido, pois vão concorrer com milhares de executivos e empresários de um olho só.
Nosso erro como nação é justamente não identificar aqueles que enxergam com dois olhos, para poder segui-los pelos caminhos que trilham.
Eles deveriam ser valorizados, e não perseguidos, como o são. O Brasil precisa desesperadamente de gente que pense de forma clara e coerente, gente que observe com os próprios olhos aquilo que está a sua volta, em vez de ler em livros que nem foram escritos neste país.
Se você for um desses, tenha mais coragem e lute. Junte-se a eles para combater essa mediocridade mundial que está por aí. Vocês não se encontram sozinhos. Nosso povo tem dois olhos, sim, e é muito mais esperto do que se imagina.
Ele está é sendo enganado há tempos, enganado por gente com um olho só. Foi-se o tempo de uma elite pensante comandar a massa ignara.
Hoje, a maioria do povo tem acesso à internet e a home pages com mais informação do que essa intelligentsia tinha quando fez seu doutorado. Se informação é poder, ela não é mais restrita a um pequeno grupo de bem formados. Nosso povo só precisa acreditar mais em si mesmo e perceber que cegos são os outros, aqueles com um olho só.
Disponível em: https://blog.kanitz.com.br/terra-cego/
“Foi-se o tempo de uma elite pensante comandar a massa ignara.” Nesta passagem do texto é correto afirmar que:
Por que gandula chama gandula?
Em viagem de férias pelo Ceará, eu e meu filho caçula fomos acompanhar uma partida do Campeonato Brasileiro na Arena Castelão. No intervalo, ficamos falando sobre o trabalho dos gandulas (ou das gandulas), que veem os jogos de um local privilegiadíssimo.
Contei então a ele a história da origem do nome do "pegador de bolas".
Sim, no mundo inteiro, nas diferentes línguas, a função é tratada como um pegador de bolas: apanha-bolas (português de Portugal), recogepelotas (espanhol), ball boy ou ball girl (inglês), ramasseur de balles (francês) e raccattapalle (italiano), só para citar alguns exemplos.
Aqui, há uma versão envolvendo o argentino Bernardo Gandulla, ponta do time do Vasco da Gama no ano de 1939.
O jogador veio do Ferro Carril Oeste, de Buenos Aires, para disputar o Campeonato Carioca. Mas ficou um mês impossibilitado de jogar por causa de problemas com sua transferência.
Mesmo sem atuar, ele ficava na beirada do campo, repondo a bola rapidamente para os companheiros e adversários. Daí, quando a Liga Carioca de Futebol resolveu oficializar a função, em 1940, o nome de Gandulla foi lembrado. E assim ela foi batizada.
Gandulla era um bom jogador? Era, sim, embora sua passagem pelo Vasco não tenha sido tão incrível. Ele disputou 29 partidas (dez vitórias, oito empates e onze derrotas).
Gandulla foi campeão argentino duas vezes pelo Boca Juniors, clube que também treinou no final da década de 1950. Falecido em 1999, aos 83 anos, ele foi sepultado no Mausoléu do Boca Juniors, que fica dentro do Cemitério de Chacarita.
O cantor mais famoso da Argentina, Carlos Gardel, está enterrado lá também.
Por que você diz que essa é uma versão?
Em 2011, eu entrevistei um dos netos de Bernardo Gandulla em Buenos Aires. Ele confirmou a história, que disse ter ouvido do próprio avô. O dicionário Houaiss também traz essa versão.
Respeitados pesquisadores brasileiros, no entanto, garantem que o termo já era utilizado desde o início da década de 30 — antes de Gandulla defender o Vasco.
A palavra teria vindo de "gandulo", que significa garoto vadio, sem ocupação. Ela se referia aos meninos que ficavam vendo jogos de futebol em volta dos campos.
Ah, sim, o jogo que fomos ver no Castelão foi Fortaleza 0 x Santos 0. Foram muitos chutes errados o tempo todo. Os gandulas tiveram trabalho naquela noite!
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/o-curioso/2022/08/por-que-gandula-chama-gandula.shtml
“Gandulla era um bom jogador?” A correta classificação do termo destacado na oração é:
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 3.
O dentista tenor
Deu-se um fato interessante em minha vida. Mais um. Fui indicado por amigos a um dentista.
Alguns dias depois, com a gengiva irritada, marquei consulta com o meu novo odontólogo. Notei que era um jovem, muito simpático, asseado e bem-humorado. Sentei-me em sua cadeira modernosa e ficamos naquela zona fantasma entre o silêncio e o início da carnificina.
Talvez querendo quebrar o gelo, o cirurgião-dentista me perguntou sobre a vida. Falei que era compositor. Poderia ter me alongado mais, mas ficava difícil mover os maxilares com um punho enfiado no meu palato.
– Como se chama o seu grupo? – ele quis saber, enquanto afiava a ameaçadora ponta da broca.
– “Inga i tapo” – respondi, já quase engasgando.
Nesse instante, sem maiores explicações, o homem sumiu da sala para logo depois retornar com o pai, o dentista-sênior. Era um senhor septuagenário, espigado e bastante encurvado naquela indefectível roupa branca dos profissionais da saúde.
– Então o senhor é compositor! Qual é o seu grupo, hein? – perguntou ele com interesse.
Apesar da dificuldade em abrir os lábios – agora com aquele objeto de plástico curvo metido na cavidade bucal – repeti ao velho o que dissera antes ao filho.
– “Inga i tapo”.
Ele ficou encantadíssimo pelo meu trânsito no meio musical, por pertencer a um conjunto – apesar de eu não ser lá muito enfronhado com o show business. Sou letrista e minha categoria, todos sabem, não costuma subir aos palcos. Ou seja, não é vista como um cantor, um executante virtuoso. Esses, sim, vão lá, dão a cara pra bater e são reconhecidos na rua, no shopping, no aeroporto e também no dentista. Não eu.
Resumindo a narrativa, o dentista-pai começou a cantar pra mim. O odontólogo-filho me explicava que o genitor era chegado numa boemia, saía do consultório e ia cantar amadoristicamente num clubinho de veteranos do samba. Sua voz de tenor, à capela, retumbava na sala. E eu, de boca escancarada, tendo que ouvir boa parte do repertório de Noel Rosa, outras muitas canções de Assis Valente, Carmen Miranda, Quatro Ases e um Coringa.
Queria ser gentil, mas se aplaudisse derrubaria o copinho de colutório na roupa. Então, ao final de cada canção, reagia dizendo assim:
– Eeeeeee! “Ughshhhh, uuuuuughshhhhh!”
Em seguida, o dentista-tenor engatava mais uma.
O recital durou até a profilaxia do derradeiro pré-molar. Nunca uma limpeza de tártaro foi tão musical.
(Carlos Castelo. https://emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo/o-dentista-tenor/. Adaptado).
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que apresenta o correto plural do título do texto “O dentista tenor”.
Leia o texto II e responda às questões de 4 a 10.
Pela primeira vez, o Brasil comemora o ‘Dia dos Povos Indígenas’ com este nome. Até 2022, a data era celebrada como ‘Dia do Índio’. No entanto, em julho do ano passado, a lei mudou como a data deveria ser chamada.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA conversou com o multi artista e pesquisador Topázio Gabriel (Karirí Aramurú), que falou sobre as diferenças entre as expressões ‘indígenas’ e ‘índio’, além da importância na mudança da lei para celebração da data no Brasil, levando em consideração a luta dos povos originários pelas próprias causas.
Topázio explica que a nomenclatura surgiu no litoral brasileiro, com a chegada de Pedro Álvares Cabral. “Foi um termo imposto a nós”, ressaltou. Ele explica que, quando os colonizadores chegaram no litoral do Brasil e tiveram o primeiro contato com os povos originários, identificaram esses povos como pertencentes à Índia, por isso o termo “índio” passou a ser utilizado. “E daí vem a primeira gafe, já que quem pertence à Índia é indiano”, acrescentou.
O pesquisador continuou explicando que a segunda gafe dos colonizadores foi quando pensaram que os povos indígenas faziam parte de uma única etnia e grupo social, sendo o contrário. “Existiam e existem vários povos, com diferentes costumes, línguas e tradições culturais”.
“A palavra índio não tem a mínima condição de nos representar dentro de um território e de representar tanta diversidade dentro de vários grupos étnicos que existiram e existem nos dias de hoje. Sabendo disso, o termo índio é uma expressão preconceituosa que traz um tom pejorativo”, disse Topázio.
“Indígena fala sobre um indivíduo que é filho da terra, pertencente a um território”, pontuou o pesquisador. No entanto, o pesquisador ressalta a importância de se atentar que, dentro do território brasileiro existem vários indígenas, porém, cada um pertencente a um grupo étnico. “Utilizando a Paraíba como exemplo, temos no Litoral Sul, o povo Tabajara, no Norte, o Povo Potiguara e, dentro do estado, temos o povo Karirí, entre outras etnias”.
“Assim podemos perceber como é importante essa mudança do dia 19 de abril, Dia do Índio, para o Dia dos Povos Indígenas. Agora, a data abraça todos os povos existentes dentro do território de Pindorama (primeiro nome dado pelos povos originários ao Brasil)”.
Topázio Gabriel finaliza a entrevista ressaltando que o dia 19 de abril não é só uma data comemorativa, mas um momento para fortalecer os povos indígenas. “E também para lembrar aos não-indígenas, que hoje vivem dentro do nosso território, dentro de nossa casa, que estamos aqui, que continuamos existindo e que vamos continuar lutando pelos nossos direitos”.
Fonte: https://jornaldaparaiba.com.br (texto adaptado)
“Indígena fala sobre um indivíduo que é filho da terra, pertencente a um território”, pontuou o pesquisador.
Analise as assertivas a seguir:
'Empresas já leem nossas mentes e vão saber ainda mais com neurotecnologia', diz pesquisadora
Alguns anos atrás, a ideia de "ameaça à privacidade de pensamento" estava mais para 1984, de George Orwell, e para o terreno da ficção científica distópica. Para Nita Farahany, professora da Universidade Duke (EUA) que se especializou em pesquisar as consequências das novas tecnologias e suas implicações éticas, essa ameaça já é presente hoje e deve ser levada a sério.
A iraniana-americana lançou neste ano o livro The Battle for your Brain: Defending the Right to Think Freely in the Age of Neurotechnology ("A Batalha pelo seu Cérebro: Defendendo o Direito de Pensar Livremente na Era da Neurotecnologia", em tradução livre, sem edição brasileira). Mas como é possível ler o nosso cérebro? Bem, de fato ainda não existe — como na ficção — uma supermáquina que entra na cabeça de uma pessoa e entrega uma lista completa de ideias e conceitos. Na verdade, explica Farahany, as defesas da nossa privacidade de pensamento começaram a ser derrubadas sem a necessidade de examinar diretamente o cérebro. Isso foi possível com a vasta quantidade de dados pessoais compartilhada em redes sociais e outros apps, que é analisada por algoritmos e depois monetizada.
Hoje as companhias de tecnologia detêm informações importantes sobre nós: quem são nossos amigos, qual conteúdo gera emoção (e, importante, que tipo de emoção), as preferências políticas, em quais produtos clicamos, por onde circulamos ao longo do dia e algumas das transações financeiras. "Tudo isso está sendo usado por empresas para criar perfis muito precisos sobre quem somos e assim entender nossas preferências e nossos desejos", diz Farahany em entrevista à BBC News Brasil. "É importante as pessoas entenderem que elas já estão em um mundo onde mentes são lidas."
Outra fronteira do nosso funcionamento interno começa a ser explorada com a popularização de smartwatches (relógios inteligentes), que reúnem dados sobre batimento cardíaco, níveis de estresse, qualidade do sono e muito mais. Mas o avanço da neurotecnologia, com equipamentos em contato direto com a cabeça, leva tudo isso a um novo patamar, com mais dados e mais precisão. Ela explica que sensores cerebrais são justamente parecidos com sensores de frequência cardíaca encontrados nos smartwatches ou em anéis que medem a temperatura do corpo quando captam a atividade elétrica no cérebro. "E toda vez que você pensa, ou toda vez que sente algo, os neurônios disparam em seu cérebro, emitindo pequenas descargas elétricas. Padrões característicos podem ser usados para tirar conclusões", afirma. "Por exemplo, se você vê uma propaganda e sente alegria ou estresse ou raiva, tédio, envolvimento... todas essas reações podem ser captadas por meio da atividade elétrica em seu cérebro e decodificadas com a inteligência artificial mais avançada." Ou seja, esses sinais cerebrais transmitem o que sentimos, observamos, imaginamos ou pensamos. Farahany afirma que as pessoas precisam compreender e aceitar que o cérebro "não é inteiramente delas".
Essa situação leva a própria filosofia a questionar o conceito de livre arbítrio, ou seja, o poder de um indivíduo de optar por suas ações. "Imagine que você se proponha no começo da semana a não passar mais de uma hora por dia nas redes sociais. Aí você descobre no final que você gastou quatro horas por dia. O que aconteceu?", pondera a professora de Direito e Filosofia na Duke. "Se existem algoritmos projetados para te capturar quando você quer se desconectar, se existem notificações quando você fica muito tempo fora do celular, se você quer assistir a só um episódio da série e o próximo começa automaticamente, você usou seu livre arbítrio? São ferramentas e técnicas projetadas para prejudicar aquilo com que você se comprometeu."
Farahany, ao contrário do que se possa pensar, é uma grande entusiasta dos avanços da neurotecnologia. Ela enumera ao longo de The Battle for Your Brain uma longa lista de contextos em que o monitoramento cerebral poderia melhorar a humanidade e salvar vidas. "O que eu proponho é um equilíbrio. É tanto uma forma de as pessoas enxergarem os aspectos positivos da tecnologia, mas também de estarem protegidas contra os riscos mais significativos", diz. "Para chegar lá, é necessário mudar a forma como pensamos a nossa relação com a tecnologia. A tecnologia raramente é o problema. Quase sempre é o mau uso."
"Não se trata de encampar posições absolutas do tipo 'tudo isso é ruim' ou 'tudo isso é ótimo', mas tentar definir quais são as funcionalidades dessa tecnologia para o bem comum e quais são os riscos de uso indevido." (...)
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c88jmpl902lo (Adaptado).
A flexão de número do substantivo composto “iraniana-americana” (2º parágrafo) exige que ambos os elementos fiquem no plural. Da mesma forma, o substantivo composto das opções abaixo que exige os dois elementos no plural encontra-se na alternativa:
Risco de morte por calor extremo pode quintuplicar até 2050
- O número de pessoas que correm o risco de morrer devido aos efeitos do calor extremo
- pode quintuplicar nas próximas décadas, alertam cientistas em um relatório publicado nesta
- quarta-feira (15/11/2023). “A saúde da humanidade está em grave perigo”, afirmam os autores
- da edição de 2023 do documento de referência publicado anualmente pela revista médica The
- Lancet.
- O trabalho afirma que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2°C na
- comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor
- podem aumentar em 4,7 vezes até 2050. O relatório é publicado .... poucos dias do início, em
- 30 de novembro, da reunião da ONU sobre o clima, a COP28 de Dubai, que pela primeira vez
- terá _______ dedicadas .... saúde.
- A análise destaca que, em média, os habitantes do planeta foram _______ a 86 dias de
- temperaturas potencialmente fatais em 2022. Também indica que o número de pessoas com
- mais de 65 anos que faleceram vítimas do calor aumentou 85% entre os períodos de 1991-2000
- e de 2013-2022.
- Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história. “Os efeitos
- observados atualmente podem ser apenas um sintoma precoce de um futuro muito perigoso”,
- disse Marina Romanello, diretora-executiva do estudo.
- No documento, os cientistas destacam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que
- podem contribuir para o aumento da mortalidade. Quase 520 milhões de pessoas a mais
- enfrentarão uma situação de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século,
- segundo as _______. E as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em
- propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.
- Diante dos muitos impactos, mais de 25% das cidades analisadas pelos cientistas podem
- ver seus sistemas de saúde em colapso. O secretário-geral da ONU, António Guterres, comentou
- o relatório e afirmou que “a humanidade enfrenta um futuro intolerável”.
- “Já estamos vendo .... catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de
- pessoas ao redor do mundo, ameaçados por ondas de calor recordes, secas devastadoras para
- as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades
- e inundações fatais”, afirmou em um comunicado.
(Disponível em: https://exame.com/esg/risco-de-morte-por-calor-extremo-pode-quintuplicar-ate-2050/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o fragmento “A saúde da humanidade está em grave perigo”, assinale a alternativa que apresenta a única classe gramatical que não aparece no trecho.
O prazer e o risco de emprestar um livro
“Empresto até dinheiro, mas não me peça meus livros.” Perdi a conta de quantas vezes ouvi amigos repetirem essa frase e muitas de suas variações. Alguns diziam o mesmo sobre os CDs, quando o CD ainda existia. O mundo mudou. As coleções de CDs acumulam poeira e, hoje em dia, é difícil achar alguém que queira pegar um deles emprestado. Para os leitores, a vida mudou pouco. Nunca vi alguém pedir um Kindle emprestado. Mas enquanto tivermos livros impressos – e os temos aos montes –, nos veremos frequentemente diante dessa questão: emprestar ou não emprestar? A decisão de emprestar um livro é em sua natureza um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente ainda são minoria.
Quem é contra o empréstimo de livros costuma ter um argumento forte para justificar sua postura: por mais que confiemos em quem pediu o livro emprestado, há uma enorme chance de que o livro não seja devolvido. O mundo fora da estante é perigoso. Mesmo ambientes aparentemente seguros escondem armadilhas. Já fui vítima de uma delas. Pouco depois do lançamento de “A visita cruel do tempo”, de Jennifer Egan, deixei meu exemplar com um colega de trabalho. Ele gostou tanto do romance quanto eu. Animados com a nossa conversa, outros colegas se interessaram pela obra. O livro passou de mão em mãos e o perdi de vista. Não posso dizer que o revés foi inesperado. Outros livros tiveram um destino parecido. Continuo a emprestar livros, mesmo correndo o risco de perdê-los. Gosto de saber que meu exemplar de “A visita cruel do tempo” foi parar nas mãos de um leitor misterioso, em vez de acumular poeira em minha estante. (…)
VENTICINQUE, Danilo. Disponível em:
<https://epoca.oglobo.globo.com/colunas-e-blogs/daniloventicinque/noticia/2014/04/o-prazer-e-o-risco-de-bemprestar-umlivrob.html>. (adaptado).
Em relação ao aumentativo, assinalar a alternativa CORRETA:
Em relação ao plural, assinalar a alternativa CORRETA:
Benefícios de uma viagem para a saúde
- Você gosta de viajar? Então já deve ter percebido que esse hábito promove uma série de
- melhorias na qualidade de vida, seja para a alma ou para ganhar conhecimento, visitar novos
- lugares, ter acesso a culturas diferentes e fazer novas amizades é muito bom. Além disso, esse
- hábito também traz muitas vantagens à saúde, como falaremos a seguir.
- Fuga da rotina: o primeiro e talvez mais importante benefício de uma viagem é a fuga da
- rotina, que por muitas vezes se torna pesada e altamente estressante. Afastar-se dessa rotina,
- mesmo que apenas por uns dias, e esquecer dos problemas focando apenas em descansar
- promove um bem-estar imenso.
- Maior criatividade: as viagens sempre aguçam a criatividade, e o motivo para isso acontecer
- é simples. Quando nos mantemos presos a uma rotina, nossa visão do mundo acaba sendo
- reduzida. Logo, ao viajarmos mais, nos mantemos sempre em contato com coisas novas, o que
- aumenta a criatividade.
- Maior confiança e autoestima: por mais que uma viagem seja cuidadosamente planejada,
- sempre podem acontecer imprevistos e, ao conseguir superá-los, sua confiança e autoestima
- serão elevadas.
- Aumento da habilidade social: pessoas tímidas e com problemas de socialização se tornam
- capazes de superar essas condições quando criam o hábito de viajar, porque durante uma viagem
- é praticamente impossível evitar o contato social.
- Criação de boas lembranças: ter boas memórias é fundamental para se manter feliz nos
- períodos em que não se está viajando e evitar problemas como a depressão, por exemplo. Isso
- acontece porque boas lembranças aumentam a produção de serotonina e de outros hormônios,
- como a endorfina, que é um poderoso analgésico natural do organismo humano
(Disponível em: www.catracalivre.com.br/viagem-livre/8-beneficios-de-uma-viagem-para-a-saude/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Qual das palavras abaixo é masculina?
Benefícios de uma viagem para a saúde
- Você gosta de viajar? Então já deve ter percebido que esse hábito promove uma série de
- melhorias na qualidade de vida, seja para a alma ou para ganhar conhecimento, visitar novos
- lugares, ter acesso a culturas diferentes e fazer novas amizades é muito bom. Além disso, esse
- hábito também traz muitas vantagens à saúde, como falaremos a seguir.
- Fuga da rotina: o primeiro e talvez mais importante benefício de uma viagem é a fuga da
- rotina, que por muitas vezes se torna pesada e altamente estressante. Afastar-se dessa rotina,
- mesmo que apenas por uns dias, e esquecer dos problemas focando apenas em descansar
- promove um bem-estar imenso.
- Maior criatividade: as viagens sempre aguçam a criatividade, e o motivo para isso acontecer
- é simples. Quando nos mantemos presos a uma rotina, nossa visão do mundo acaba sendo
- reduzida. Logo, ao viajarmos mais, nos mantemos sempre em contato com coisas novas, o que
- aumenta a criatividade.
- Maior confiança e autoestima: por mais que uma viagem seja cuidadosamente planejada,
- sempre podem acontecer imprevistos e, ao conseguir superá-los, sua confiança e autoestima
- serão elevadas.
- Aumento da habilidade social: pessoas tímidas e com problemas de socialização se tornam
- capazes de superar essas condições quando criam o hábito de viajar, porque durante uma viagem
- é praticamente impossível evitar o contato social.
- Criação de boas lembranças: ter boas memórias é fundamental para se manter feliz nos
- períodos em que não se está viajando e evitar problemas como a depressão, por exemplo. Isso
- acontece porque boas lembranças aumentam a produção de serotonina e de outros hormônios,
- como a endorfina, que é um poderoso analgésico natural do organismo humano
(Disponível em: www.catracalivre.com.br/viagem-livre/8-beneficios-de-uma-viagem-para-a-saude/– texto adaptado especialmente para esta prova).
O plural das palavras “feliz” e “natural” é:
Origem da aporofobia.
A origem desse novo conceito é a unrao das palavras gregas áporos (pobre) e phobos (medo). Ele apareceu em uma série de textos publicados pela escritora e filósofa espanhola Adela Cortina desde os anos 1990. Segundo a professora espanhola, a repugnância aos pobres é a verdadeira atitude comportamentos subjacente supostamente a racistas xenofóbicos.
Em 2017 esse nome foi eleito a palavra do ano pela Fundación dei Espãnol Urgente (Fundéu BBVA), sendo usado em vários artigos jornalísticos e em livros. A filósofa Adela Cortina criou o termo para dar visibilidade a essa patologia social que existe no mundo todo. O rechaço aos grupos, raças e etnias que habitualmente não têm recursos e, portanto, não podem oferecer nada, ou parece que não o podem.
https://brasilescola. uol. com. br/sociologia/aporofobia. htm
É incorreto afirmar sobre o vocábulo "aporofobia":