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Recentemente, a população mundial excedeu a marca de 8 bilhões, o que representa um aumento de mais um
1 bilhão de seres humanos em pouco mais de uma década.
Mas o relatório recente da ONU alertou que o crescimento
populacional seria uma das maiores causas do aumento das
emissões de gases causadores do efeito estufa e da destruição ecológica. Cada pessoa a mais aumenta o desgaste dos
recursos biológicos exauríveis do planeta.
“Perda de biodiversidade, mudanças climáticas, desmatamento, escassez de água e alimentos – tudo isso é exacerbado pelos nossos números enormes, que aumentam continuadamente”, avalia a ONG Population Matters, com sede no
Reino Unido.
Sara Hertog, especialista em populações das Nações
Unidas, afirmou que não é difícil atribuir o consumo não sustentável e os hábitos de produção à explosão populacional,
especialmente nos países em desenvolvimento no hemisfério
sul. No entanto, ela considera um erro esperar que a desaceleração do crescimento populacional possa ser a única solução para esses problemas.
“O aumento da renda tem sido muito mais importante do
que o aumento das populações para impulsionar o consumo
e a poluição a ele associada”, observou, destacando que os
países mais ricos, onde o crescimento populacional foi desacelerado ou até revertido, são os que utilizam mais recursos
per capita.
Os países mais pobres e em desenvolvimento na África
Subsaariana e em partes da Ásia, que deverão ter o maior
incremento populacional nas próximas décadas, são responsáveis por apenas uma fração das emissões e da utilização
dos recursos globais.
Segundo a ONG ambientalista Global Footprint Network,
se todos no mundo vivessem como os cidadãos dos Estados
Unidos, seriam necessários os recursos de pelo menos cinco
planetas Terra. Já o modo de vida de um cidadão na Nigéria,
por exemplo, requereria somente 70% dos recursos anuais
do planeta.
(Martin Kuebler. Como 8 bilhões podem dividir um planeta de modo
sustentável? Adaptado)