O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Rússia provoca queda do índice de liberdade global
na internet
A liberdade global na internet retrocedeu pelo 12º ano
consecutivo, em particular devido à situação na Rússia,
afirma um estudo divulgado pelo grupo americano
Freedom House.
O relatório da organização de defesa e pesquisa da
democracia atribui o retrocesso ao agravamento das
liberdades digitais na Rússia, Mianmar, Sudão e Líbia.
Ao mesmo tempo, o estudo destaca que 26 nações,
como Gâmbia ou Zimbábue, registraram avanços neste
campo, o que representa um recorde.
Allie Funk, coautora do relatório, explica que a sociedade
civil começou a observar os frutos das políticas de
defesa da liberdade na internet ao redor do mundo.
"Nos últimos três a cinco anos, foi observada uma
grande ênfase nos direitos humanos online, de governos
democráticos investindo muito dinheiro em programas
para a liberdade na internet e em empresas de
tecnologia - algumas delas - que começam a prestar
atenção nestes temas", afirmou Funk, diretora de
pesquisa para Tecnologia e Democracia na Freedom
House.
Mas a "invasão da Ucrânia pela Rússia minou a
liberdade na internet, não apenas na Rússia e na
Ucrânia, mas globalmente", disse, antes de destacar, no
entanto, que a perspectiva geral é, "na verdade, muito
mais positiva do que o que tínhamos antes".
A Freedom House atribui uma pontuação de 0 a 100
para vários indicadores vinculados à questão, como o
acesso à internet, os limites ao conteúdo ou as violações
aos direitos dos usuários.
A avaliação da Rússia perdeu sete pontos e atingiu o
menor índice depois que Moscou bloqueou sites e redes
sociais para eliminar a divulgação de pontos de vistas
diferentes aos do governo sobre a guerra.
A China recebeu novamente a pior nota do estudo, que
destaca uma grande censura em informações sobre a
pandemia, os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim ou
o desaparecimento temporário da tenista Peng Shuai.
O relatório afirma, ainda, que o futuro da internet será
decidido por "Estados pendulares": grandes países como
Brasil, Índia ou Nigéria com um balanço desigual.
"O progresso destes países pode garantir a
sobrevivência de uma internet livre e aberta. Ou pode
unir forças com poderes autoritários para promover um
modelo mais fechado de soberania cibernética", aponta o
estudo.
Entre junho e maio de 2021, o estudo registrou controles
sobre a internet nos 70 países avaliados, com exceção de Canadá, Costa Rica, Islândia e Japão.
Rússia provoca queda do índice de liberdade global na internet(msn.com).
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