Questões de Português - Substantivos para Concurso

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Q1997614 Português
Leia o texto para responder à questão.


Atenção ao sábado
 
    Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço: sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas. No sábado é que as formigas subiam pela pedra. Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho. De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana. Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não? No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, de súbito, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde. Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais. Então eu não digo nada, aparentemente submissa. Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã. Domingo de manhã também é a rosa da semana. Não é propriamente rosa que eu quero dizer. 

(Clarice Lispector, “Atenção ao sábado”.
Os melhores contos [seleção Walnice Nogueira Galvão], 1996
Na passagem –... vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão... –, os termos destacados fazem o plural, respectivamente, da mesma forma que:
Alternativas
Q1997289 Português

Em relação à flexão de número dos substantivos, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


(---) O plural de “cidadão” é “cidadãos”.

(---) O plural de “têxtil” é “têxteis”.

Alternativas
Q1997288 Português
Como os insetos ficam de ponta-cabeça no teto sem cair?


        A pergunta que muitas pessoas já se fizeram tem uma resposta: o segredo são pelinhos. Milhares de pelinhos ________________ – chamados pelos biólogos de cerdas – na “sola do pé” desses animais é a explicação. Superfícies que parecem lisas na escala humana, como as paredes da sua casa, na verdade são bastante rugosas se você der um zoom: possuem reentrâncias em que as cerdas podem se encaixar como nossas mãos nas pedras de uma parede de escalada.
      Outra opção é ter patinhas lisas, mas que liberam óleos e açúcares com função adesiva para colar de leve no teto. Por fim, alguns insetos misturam as táticas: usam tanto cerdas quanto secreção. Fonte: Abril - adaptado.
As palavras “patinhas” e “pelinhos” estão no grau diminutivo. Nesse sentido, assinalar a alternativa cuja palavra está no diminutivo.
Alternativas
Q1997152 Português
Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o diminutivo destacado perdeu o valor de diminutivo, designando uma outra realidade.
Alternativas
Q1996437 Português
     Todo mundo na cidade andava animado com a presença deles, dizia-se que eram mineralogistas e que tinham vindo fazer estudos para montar uma fábrica e dar trabalho para muita gente, houve até quem fizesse planos para o dinheiro que iria ganhar na fábrica; mas o tempo passava e nada de fábrica, eram só aqueles passeios todos os dias pelos campos, pelos morros, pela beira do rio. Que queriam eles, que faziam afinal? [...]
      O que me preocupou desde o início foi eles nunca rirem. Entravam e saíam da pensão de cara amarrada, e o máximo que concediam a D. Elisa, só a ela, era um cumprimento mudo, batendo a cabeça como lagartixas. Aprendi com minha vó que gente que ri demais, e gente que nunca ri, dos primeiros queira paz, dos segundos desconfie; assim, eu tinha uma boa razão para ficar desconfiado.
     Com o tempo, e vendo que a tal fábrica não aparecia – e não sendo possível indagar diretamente, porque eles não aceitavam conversa com ninguém – cada um foi se acostumando com aquela gente esquisita e voltando a suas obrigações, mas sem perdê-los de vista. Não sabendo o que eles faziam ou tramavam no sigilo de seu quarto ou no mistério de suas excursões, tínhamos medo que o resultado, quando viesse, pudesse não ser bom. Vivíamos em permanente sobressalto. Meu pai pensou em formar uma comissão de vigilância, consultou uns e outros, chegaram a fazer uma reunião na chácara de Seu Aurélio Gomes, do outro lado do rio, mas Padre Santana pediu que não continuassem. Achava ele que a vigilância ativa seria um erro perigoso; supondo-se que os tais descobrissem que estava havendo articulações contra eles, o que seria de nós que nada sabíamos de seus planos? Era melhor esperar. [...]
    Estêvão Carapina achou que um bom passo seria interceptar as cartas deles e lê-las antes de serem entregues, mas isso só podia ser feito com a ajuda do agente André Góis. Consultado, André ficou cheio de escrúpulos, disse que o sigilo da correspondência estava garantido na Constituição, e que um agente do correio seria a última pessoa a violar esse sigilo; e para matar de vez a sugestão falou em duas dificuldades em que ninguém havia pensado: a primeira era que, nos dias de correio, só um dos dois saía em excursão, o outro ficava de sobreaviso para ir correndo à agência quando o carro do correio passasse; a segunda dificuldade era que as cartas com toda certeza vinham em língua que ninguém na cidade entenderia. Que adiantava, portanto, abrir as cartas? Era mais um plano que ia por água abaixo.

(Veiga, José J. A usina atrás do morro. In: Os cavalinhos de Platiplanto.
São Paulo: Editora Schwarcz, 2015. Adaptado).

Analise a frase abaixo.


“... falou em duas dificuldades em queninguém havia pensado”.


De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto às classes gramaticais, assinale a alternativa em que a palavra destacada pertence à mesma classe gramatical da palavra “ninguém” na frase.

Alternativas
Respostas
1651: C
1652: A
1653: C
1654: B
1655: A