Questões de Concurso Sobre termos essenciais da oração: sujeito e predicado em português

Foram encontradas 3.998 questões

Q3114042 Português
Visitante noturno

        O inseto apareceu sobre a mesa como todos os insetos: sem se fazer anunciar. E sem que se atinasse por que motivo escolhera aquele pouso. Não parecia bicho da noite, desses que não podem ver lâmpada acesa, e logo se aproximam, fascinados. Era uma coisinha insignificante, encolhida sobre o papel e ali disposta, aparentemente, a passar o resto de sua vida mínima, sem explicação, sem sentido para ninguém.
        Ninguém? O homem, que tem o hábito de ficar altas horas entre papéis e livros, sentiu-lhe a presença e pensou imediatamente em esmagar o intruso. Chegou a mover a mão. Não o mataria com os dedos, mas com outra folha de papel.
        Deteve-se. Não seria humano liquidar aquele bichinho só porque estava em lugar indevido, sem fazer mal algum. Inseto nocivo? Talvez. Mas sua ignorância em entomologia não lhe dava chance de decidir entre a segurança e a injustiça. E na dúvida, era melhor deixar viver aquilo, que nem nome tinha para ele. Com que direito aplicaria pena de morte a um desconhecido infinitamente desprovido de meios sequer para reagir, quanto mais para explicar-se?
        O inseto parecia pouco ligar para ele, juiz autonomeado e algoz em perspectiva. Dormia ou modorrava, sobre a mesa literária, indiferente, simplesmente. Chegara por acaso, sumiria daí a pouco; deixá-lo viver a seu modo, que era um viver anônimo, desligado de inquietações humanas, invariável dentro da natureza; curto e pobre.
        Uma ternura imprevista brotou no homem pelo animáculo que momentos antes pensara em destruir. Como se alguém viesse de longe para vê-lo, fazer-lhe companhia, em sua noite de trabalho. Não conversava, não incomodava, era uma questão apenas de estar à sua frente, imóvel, em secreta comunhão. Ele fora o escolhido de um inseto, que poderia ter voado para outro apartamento, onde houvesse outra vigília de escrevedor de coisas, mas fora aquela a casa de sua preferência.
        A menos que o acaso determinasse aquele encontro? Era possível. O inseto voara a esmo. O homem quis aferrar-se a essa hipótese, bem plausível. Já se envergonhava de ter envolvido o estranho numa aura de sensibilidade, e talvez voltasse ao impulso inicial de eliminação. A essa altura, espantou-se com a mobilidade de suas reações. Passava de verdugo a sentimentalão, depois a observador cético e crítico, finalmente perdia-se na confusão das várias atitudes que podemos assumir diante de um inseto instalado na mesa de um escritório, a uma hora que ainda não é madrugada, mas já é noite alta e de sono profundo.
        Aquietou-se, afinal, na contemplação do “bicho da terra tão pequeno”. Era alguma coisa parecida com um botão marrom rombudo, que tivesse olhos e um projeto de asas – o suficiente para deslocar-se no espaço em aventuras breves. Aquela não era uma aventura simples: a altura do edifício exigia esforço grande para chegar da árvore até o décimo primeiro andar. Entretanto, o botão vivo o fizera, e ali estava, tranquilo ou cansado, à mercê do gigante indeciso, que procurava entender, não propriamente sua presença, mas a turbação íntima que essa presença despertava no gigante.
        O homem não pensou em recorrer às enciclopédias para identificar o visitante. Ainda que chegasse a identificá-lo como espécie, não avançaria muito no conhecimento do indivíduo, que era único por ser entre todos o que o visitava. E na multidão de insetos, imagináveis e inimagináveis, só lhe interessava aquele, companheiro noturno vindo de não se sabe onde, a caminho de ignorado rumo.
        Já não escrevia. Olhava. Mirava. Sentia-se também olhado e mirado, quando o inseto fez ligeiro movimento que o colocou diretamente sob o foco de luz. Seria exagero encontrar expressão naqueles dois pontinhos negros e reluzentes, mas o fato é que deles parecia vir para os olhos do homem um sinal de atenção ou curiosidade. E os dois, homem e inseto, assim ficaram longo tempo, na muda inspeção, ou conversa, que não conduzia a nada.
        A nada? Muitas conversas entre homens também não levam a resultado algum, mas há sempre a esperança de um entendimento que pode vir das palavras ou de uma troca desprevenida de olhares. E o olhar pode penetrar mais fundo que as palavras. O homem sabia disso. Mas aí notou que, sabendo falar alguma coisa, não era perito em ver diretamente o real. A figura do inseto dizia-lhe pouco. Dos dois, talvez fosse ele, homem, o que menos habilitado se achava para uma forma de comunicação, aquém – ou além – dos códigos tradicionais.
        Distraiu-se avaliando essas limitações e, ao voltar à observação do visitante, este havia desaparecido, decepcionado talvez com a incomunicabilidade dos gigantes. Não é todas as noites que um inseto nos visita. E, se consegue insinuar-nos alguma coisa, nunca jamais foi captada para os homens que merecem crédito; só os ficcionistas é que costumam registrá-la, mas quem leva a sério ficcionistas?

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boca de luar. Brasil, Editora Record, 1984.) 
Nas alternativas a seguir constam verbos sublinhados cujo sujeito pode ser corretamente identificado como desinencial, EXCETO em: 
Alternativas
Q3113166 Português
Analise e assinale a alternativa que apresenta a classificação correta das palavras em destaque:
“O menino é dedicado.” 
Alternativas
Q3113165 Português
Analise a oração:
“Choveu a semana toda.”
Assinale a opção que possui o tipo de sujeito presente acima: 
Alternativas
Q3111316 Português
Amor com cabeça de oito

   Seu Manéu era o carroceiro da nossa rua e também o único carroceiro que eu conhecia. Quando eu tinha oito, não entendia que quando um pai de família é carroceiro isso quer dizer que ele não tem muita escolha de sustento. Na minha cabeça de oito, ser carroceiro era algo incrível, uma profissão de controle, um ser dono de uma carruagem própria, mas é claro que eu também não pensava na malvadeza que era pro coitado do jumento, que puxava no espinhaço um monte de tijolo, de mudança, de terra, de qualquer coisa empilhada que obrigassem o jumento a puxar.

   Feito um pai de família sem opção de sustento, o jumento era condenado a sustentar um peso que não era seu. Mas eu, com minha cabeça de oito, achava a carroça maravilhosa, rangendo rua acima e rua abaixo, contando histórias de onde vinha. [...]

(ARRAES, Jarid. Redemoinho em dia quente. 1ª ed. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2019)
Em “é claro que eu também não pensava na malvadeza” (1º§), tem-se um período composto, em que a segunda oração exerce a função sintática de ______. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
Alternativas
Q3110024 Português
Assinale a alternativa em que o sujeito é indeterminado:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TSE Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário - Área: Administrativa - Especialidade: Contabilidade | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Enfermagem | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Serviço Social | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Medicina (Clínica Médica) | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Medicina (Psiquiatra) | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Medicina do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Odontologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Tecnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Engenharia Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Estatística | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Arquivologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Biblioteconomia |
Q3109603 Português
Texto CB1A1-I


      O aforismo “o cliente sempre tem razão” é bastante conhecido e muito citado como argumento econômico. Justifica-se para manter a fidelidade dos consumidores a marcas e a lojas a fim de evitar que a insatisfação individual se torne uma indesejada propaganda negativa.

     Será que, sob a ótica jurídica, a afirmativa corresponde à realidade? Não! O cliente (consumidor) só tem razão quando o direito, a lei, lhe dá amparo. Invariavelmente, baseando-se em critério pessoal do que seria justo como solução para problema de consumo, o consumidor realmente acredita que possui o direito que alega e, dentro da sua lógica, passa a exigir determinado comportamento do fornecedor.

        A expressão direito do consumidor tem sentido de conjunto de normas que regulam as relações entre consumidores e fornecedores; não significa necessariamente que o consumidor tem sempre direito de exigir a satisfação dos seus interesses.

     Para ilustrar, cite-se o exemplo, recorrente, de uma pessoa que acredita poder, em qualquer circunstância, trocar um produto que acabou de adquirir simplesmente porque, chegando em casa, percebeu que não era exatamente aquilo que queria, preferia de outra cor ou até haver gastado o dinheiro com algo mais interessante. Para a lei, a troca ou devolução do dinheiro pago só é possível em situações bem concretas: promessa do vendedor de trocar ou devolver o dinheiro (art. 30 do Código de Defesa do Consumidor); vício do produto (art. 18); compra fora do estabelecimento físico (art. 49).

       Daí a importância de que toda pessoa tenha uma noção básica de quais são os seus direitos e de como exigir a sua observância. Como é possível exigir respeito a sua condição de consumidor se não houver uma consciência mínima dos direitos?



Leonardo Bessa. O cliente – nem sempre – tem razão! In: Metrópoles. 20/06/2024.
Internet: <www.metropoles.com> (com adaptações).FimDoTexto

Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue  o item a seguir.

As formas verbais “acabou”, “queria” e “preferia” (primeiro período do quinto parágrafo) são núcleos de orações cujos sujeitos são elípticos e referem-se ao termo “uma pessoa”.
Alternativas
Q3109431 Português
Texto CB4A1


       Não se sabe exatamente se a primeira eleição a que Rui Barbosa concorreu foi para deputado provincial, na Bahia, em 1875. Vagou-se um cargo na Assembleia Provincial, em razão da morte de um de seus membros, João Victor de Carvalho. As províncias do Império foram divididas em distritos eleitorais de três deputados cada um, eleitos por maioria relativa de votos.
        A eleição dos membros das Assembleias Provinciais far-se-ia da mesma maneira que a dos deputados à Assembleia Geral, não havendo suplentes: no caso de “morte do deputado, opção por outro distrito, ou perda do seu lugar por qualquer motivo”, proceder-se-ia a uma nova eleição no mesmo distrito.
         Luiz Vianna Filho — que é, reconhecidamente, junto com João Mangabeira, um dos mais completos biógrafos de Rui — nega essa candidatura. E diz:
         “No prestimoso volume Correspondência, em que reuniu cartas e documentos de Rui Barbosa, publica o Sr. Homero Pires uma circular de Rui dirigida aos eleitores do 3.º Distrito, datada de 4 de outubro de 1875, e à qual pôs o Dr. Homero Pires a seguinte nota: ‘Somente em 1878 Rui Barbosa teve ingresso na Assembleia Legislativa Provincial da Bahia’. De fato, a circular existe em facsímile no arquivo da Fundação Casa Rui Barbosa. Entretanto, uma vez que essa nota pode suscitar equívoco, deve ser esclarecido que, na realidade, Rui, candidato em 1878, o foi nesse ano pela primeira vez. Até porque, em 1875, estava o Partido Liberal afastado das lides eleitorais, atitude que só foi modificada em 19 de março de 1876.”
      Vianna alega, ainda, que o próprio Rui, “ao responder à comissão promotora da candidatura dele pelo 1.º Distrito da Corte, em 1889, declara expressamente: ‘Nos cinco escrutínios em que corri os azares da luta eleitoral...’. Ora, os cinco escrutínios são o de 1878, o de 1881, o de 1884, o de 1886 e o de 1888”.
           Mas, se a circular é de 4 de outubro de 1875, não se sabendo se teria sido distribuída, a eleição, a que parece Rui ter concorrido, foi em 10 de janeiro daquele ano. E há um parecer da Comissão de Poderes da Assembleia, lido em 3 de março de 1875, que indica o resultado do pleito: Francisco José da Costa – 182 votos; Tenente Coronel Manuel Jerônimo Ferreira – 39 votos; Rui Barbosa – 6 votos; Cícero Emiliano Alcamim – 1 voto.
       O parecer conclui: “[...] considerando que se acha regular a referida eleição, contra a qual não houve reclamação, é de parecer que seja declarado deputado à Assembleia Provincial pelo 1.º Distrito o Dr. Francisco José da Costa, que obteve maior soma de votos”. 


Walter Costa Porto. Rui Barbosa e o voto. In: Estudos Eleitorais na História. v. 11, n.º 3, setembro/dezembro 2016. Brasília: Escola Judiciária eleitoral, 2017. Internet: <bibliotecadigital.tse.jus.br> (com adaptações).
A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB4A1, julgue o item seguinte.

O texto apresenta, em diferentes trechos, orações invertidas, em que o sujeito aparece posposto ao verbo, como é o caso dos exemplos a seguir: ‘publica o Sr. Homero Pires uma circular’ e ‘pôs o Dr. Homero Pires a seguinte nota’ no primeiro período do quarto parágrafo, e ‘não houve reclamação’, no sétimo parágrafo.
Alternativas
Q3108635 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Crescente impacto econômico da obesidade no Brasil

Uma pesquisa mostrou que, em uma análise do impacto econômico da obesidade em mais de cento e sessenta países, mantidas as tendências atuais, em 2060 o Brasil será a sétima economia do mundo com maiores gastos relacionados a essa condição.

Segundo as projeções, divulgadas em um estudo publicado na revista científica BMJ Global Health, o percentual de pessoas obesas ou com sobrepeso no Brasil chegará a 88,1% em 2060, resultando em um impacto econômico de US$ 218,2 bilhões (cerca de R$ 1,3 trilhão). 

O cálculo leva em conta tanto gastos médicos diretos quanto os resultantes do processo de cuidados de saúde, como o custo de viagens para pacientes e acompanhantes. Também inclui perdas econômicas resultantes de mortes prematuras, dias de trabalho perdidos e queda de produtividade devido a problemas de saúde relacionados ao excesso de peso.

De acordo com o estudo, em 2019 a prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil era de 53,8% da população e gerava impacto econômico de US$ 37,1 bilhões (cerca de R$ 190,5 bilhões), o décimo maior entre os 161 países.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0v38dy8vygo.adaptado 
De acordo com o estudo, em 2019 a prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil era de 53,8% da população.
Sintaticamente, é correto afirmar que, nesta frase,
Alternativas
Q3107048 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.



A descoberta suíça e a produção de chocolate com cacau inteiro e sem açúcar


Imagine pegar uma maçã suculenta, mas em vez de comê-la, você guarda as sementes e joga o resto fora.


É o que os produtores de chocolate tradicionalmente fazem com o cacau: usam as sementes e descartam o resto.


Agora, cientistas de alimentos na Suíça descobriram uma maneira de fazer chocolate usando todo o fruto do cacaueiro, em vez de apenas as sementes, e sem usar açúcar.


O chocolate, desenvolvido no renomado Instituto Federal de Tecnologia de Zurique pelo cientista Kim Mishra e sua equipe, inclui a polpa do cacau, o sumo e a casca, ou endocarpo.


O processo já chamou a atenção de empresas de alimentos sustentáveis.


Elas dizem que a produção tradicional de chocolate, usando apenas as sementes, também chamadas de amêndoas, envolve deixar o restante da fruta — do tamanho de um mamão papaia e repleto de valor nutritivo — apodrecendo nos campos.


O segredo para o novo chocolate está em seu sumo bastante doce, tendo um gosto "bem frutado, um pouco como o abacaxi", explica Mishra.


Esse sumo, que tem 14% de açúcar, é destilado para formar um xarope altamente concentrado, combinado com a polpa e, na sequência, misturado com a casca seca, ou endocarpo, para formar um gel de cacau bem doce, levando a sustentabilidade a um novo patamar. Este gel, quando adicionado às amêndoas de cacau para fazer o chocolate, elimina a necessidade de açúcar.


Mishra vê sua invenção como a mais recente de uma longa linha de inovações dos fabricantes de chocolate suíços.


No século 19, Rudolf Lindt, da família que fundou os chocolates Lindt, acidentalmente inventou a etapa crucial da conchagem do chocolate — processo de mistura, agitação e arejamento da massa de cacau aquecida para torná-la suave e reduzir sua acidez —, deixando a máquina de mixagem de cacau funcionando durante a noite. O resultado pela manhã? Um chocolate doce e deliciosamente suave.



https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjw3y59g66vo.adaptado.

O chocolate, 'desenvolvido no renomado Instituto Federal de Tecnologia de Zurique pelo cientista Kim Mishra e sua equipe', inclui a polpa do cacau, o sumo e a casca, ou endocarpo.
Sintaticamente, o termo destacado nesta frase trata-se de: 
Alternativas
Q3106818 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Alasca quer receber mais imigrantes: mexicanos sustentam a economia

Em uma fábrica de processamento de peixes em Cordova, uma pequena e isolada cidade pesqueira no Golfo do Alasca, a maioria dos trabalhadores é mexicana e isso determina o cardápio.

A vida passa a maior parte do ano encurralada pelo gelo, com temperaturas abaixo de zero, chuva ou neve em mais de duzentos dias por ano, e em noites de inverno que duram semanas.

Mas, no verão, o clima dá alguns meses de descanso e muitos dos seus pouco mais de dois mil habitantes pescam salmão selvagem e outras espécies.

Os pescadores capturam tudo o que é possível no curto espaço de tempo que o clima permite. Essa corrida desencadeia uma enxurrada de atividades cruciais para uma cidade onde, segundo dados do Departamento do Trabalho, mais da metade dos empregos depende da pesca.

Mesmo no verão, há pouco mais a fazer em Cordova além de pescar e trabalhar. Não há cinemas ou centros comerciais, e nos dias em que o tempo os impede de pescar − o que acontece com frequência − os pescadores bebem e jogam sinuca no único bar da cidade, um lugar com ares de pub londrino que, por algum motivo, ninguém lembra que a placa da fachada está de cabeça para baixo.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/crkd5djee0lo.adaptado. 
Essa corrida desencadeia uma enxurrada de atividades cruciais para uma cidade.
Sintaticamente, é correto afirmar que, nesta frase, o 
Alternativas
Q3106789 Português
Leia o trecho e analise as afirmativas propostas após o período, tendo em vista a análise sintática.

"A Enel também costuma culpar as árvores. A empresa já havia sido multada neste ano pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em R$ 165,8 milhões em fevereiro de 2024 por causa de outro apagão, em novembro de 2023."

I.'Pela Aneel' é agente da passiva.
II.'as árvores' é objeto direto.
III.'em novembro de 2013' é adjunto adverbial de tempo.
IV.A oração "A empresa já havia sido multada neste ano..." é uma oração sem sujeito, uma vez que o verbo 'haver', nesse caso, é impessoal.
V.O verbo 'culpar' está como transitivo indireto.

As afirmativas corretas são:
Alternativas
Q3106615 Português
Dom Quixote



       Com suas voltas e reviravoltas, as aventuras de Dom Quixote traçam o limite: nelas terminam os jogos antigos da semelhança e dos signos; nelas já se travam novas relações. Dom Quixote não é o homem da extravagância, mas antes o peregrino meticuloso que se detém diante de todas as marcas da similitude. Ele é o herói do Mesmo. Assim como de sua estreita província, não chega a afastar-se da planície familiar que se estende em torno do Análogo. Percorre-a indefinidamente, sem transpor jamais as fronteiras nítidas da diferença, nem alcançar o coração da identidade. Ora, ele próprio é semelhante a signos. Longo grafismo magro como uma letra, acaba de escapar diretamente da fresta dos livros.

       Seu ser inteiro é só linguagem, texto, folhas impressas, história já transcrita. É feito de palavras entrecruzadas; é escrita errante no mundo em meio à semelhança das coisas. Não porém inteiramente: pois, em sua realidade de pobre fidalgo, só pode tornar-se cavaleiro, escutando de longe a epopeia secular que formula a Lei.

      O livro é menos sua existência que seu dever. Deve incessantemente consultá-lo, a fim de saber o que fazer e dizer, e quais signos dar a si próprio e aos outros para mostrar que ele é realmente da mesma natureza que o texto donde saiu. Os romances de cavalaria escreveram de uma vez por todas a prescrição de sua aventura. E cada episódio, cada decisão, cada façanha serão signos de que Dom Quixote é de fato semelhante a todos esses signos que ele decalcou.

     Mas se ele quer ser-lhes semelhante é porque deve prová-los, é porque os signos (legíveis) já não são semelhantes a seres (visíveis). Todos esses textos escritos, todos esses romances extravagantes são justamente incomparáveis: nada no mundo jamais se lhes assemelhou; sua linguagem infinita fica em suspenso, sem que qualquer similitude venha jamais preenchê-la; podem ser queimados todos e inteiramente, mas a figura do mundo não será por isso alterada.

     Assemelhando-se aos textos de que é o testemunho, o representante, o real análogo, Dom Quixote deve fornecer a demonstração e trazer a marca indubitável de que eles dizem a verdade, de que são realmente a linguagem do mundo. Compete-lhe preencher a promessa dos livros. Cabe-lhes refazer a epopeia, mas em sentido inverso: esta narrava (pretendia narrar) façanhas reais prometidas à memória; já Dom Quixote deve preencher com realidade os signos sem conteúdo da narrativa.

        Sua aventura será uma decifração do mundo: um percurso minucioso para recolher em toda a superfície da terra as figuras que mostram que os livros dizem a verdade.

      A façanha deve ser prova: consiste não em triunfar realmente - é por isso que a vitória não importa no fundo -, mas em transformar a realidade em signo. Em signo de que os signos da linguagem são realmente conformes às próprias coisas.

      Dom Quixote lê o mundo para demonstrar os livros. E não concede a si outras provas senão o espelhamento das semelhanças. Seu caminho todo é uma busca das similitudes: as menores analogias são solicitadas como signos adormecidos que cumprisse despertar para que se pusessem de novo a falar. Os rebanhos, as criadas, as estalagens tornam a ser a linguagem dos livros, na medida imperceptível em que se assemelham aos castelos, às damas e aos exércitos. Semelhança sempre frustrada, que transforma a prova buscada em irrisão e deixa indefinidamente vazia a palavra dos livros. Mas a própria não-similitude tem seu modelo que ela imita servilmente: encontra-o na metamorfose dos encantadores.

      De sorte que todos os indícios da não-semelhança, todos os signos que mostram que os textos escritos não dizem a verdade assemelham-se a esse jogo de enfeitiçamento que introduz, por ardil, a diferença no indubitável da similitude.

     E, como essa magia foi prevista e descrita nos livros, a diferença ilusória que ela introduz nunca será mais que uma similitude encantada. Um signo suplementar, portanto, de que os signos realmente se assemelham à verdade.


Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
O mesmo tipo de sujeito de “Os romances de cavalaria escreveram de uma vez por todas a prescrição de sua aventura” (linha 23 e 24) é o mesmo que e encontra em: 
Alternativas
Q3106098 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão..


Os cenotes mexicanos são um complexo sistema de cavernas e cursos d'água, de beleza única.

Eles abrigam flora e fauna em abundância. Algumas espécies não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta.

São mais de 7 mil poços de calcário que se formaram há milhões de anos na península de Yucatán, no sudeste do país. Elas datam do impacto do asteroide Chicxulub, que praticamente dizimou os dinossauros.

Os cenotes vêm sendo reverenciados ao longo da história humana. Há mais de 2,5 mil anos, os maias utilizaram alguns deles como poços de água e outros, como locais sagrados.

Eles acreditavam que os cenotes seriam os portais para Xibalba, o submundo maia, para onde vão os humanos depois da morte.

Muitos moradores locais ainda acreditam nos mitos e praticam os rituais dos seus ancestrais. E, hoje, os cenotes são a única fonte natural de água doce da região de Yucatán. 

Turistas nacionais e estrangeiros também apreciam os cenotes de outras formas. Sua configuração faz com que eles sejam poços ideais para natação e um refúgio muito apreciado contra o intenso calor da região.

Alguns cenotes chegam a oferecer tirolesas, decks para banho de sol, plataformas de mergulho e lanchonetes.

Um grupo específico de visitantes é especialmente atraído pelos cenotes. São os mergulhadores.

Os poços são um paraíso para o mergulho em apneia.

Cada um deles tem uma configuração específica e eles ficam isolados dos efeitos das correntes, das ondas e do vento.

Como o mergulho em apneia exige equipamento mínimo e seus praticantes não estão sujeitos às regras do mergulho com escafandro (como limites de tempo, intervalos de segurança e subida lenta à superfície), eles podem passear pela água, contornar obstáculos e encontrar criaturas marinhas.

Estas experiências e locais únicos são inspiradores, não só para os mergulhadores, mas também para os observadores que veem as fotos e vídeos produzidos por eles.

Os cenotes estão ameaçados pela má gestão da terra, pelo desenvolvimento excessivo e pela falta de tratamento de lixo e esgoto. E, como os poços são interligado, pode ser questão de tempo para que todos eles fiquem poluídos ou acabem destruídos.

Felizmente, existe cada vez mais consciência ecológica entre as empresas, turistas e ativistas. Eles fazem a sua parte para proteger os cenotes sagrados do México.

Os mergulhadores, particularmente, divulgam a grandiosidade dos cenotes com meios visuais. Eles criaram uma comunidade forte e ativa e alguns até se tornaram embaixadores e defensores da sua proteção.


(https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2024/10/6962508-as-maravilhas-ocultas-dos-cenotes-o-mundo-subaquatico-sagrado-do-mexico. html)
O termo destacado que é considerado termo essencial da oração está na alternativa: 
Alternativas
Q3105959 Português
Festa de aniversário


Leonora chegou-se para mim, a carinha mais limpa deste mundo:
– Engoli uma tampa de Coca-Cola.
Levantei as mãos para o céu: mais esta, agora! Era uma festa de aniversário, o aniversário dela própria, que completava seis anos de idade. Convoquei imediatamente a família:
– Disse que engoliu uma tampa de Coca-Cola.
A mãe, os tios, os avós, todos a cercavam, nervosos e inquietos.
– Abra a boca, minha filha. Agora não adianta: já engoliu. Deve ter arranhado. Mas engoliu como? Quem é que engole uma tampa de cerveja? De cerveja não: de Coca-Cola. Pode ter ficado na garganta – urgia que déssemos uma providência, não ficássemos ali, feito idiotas. Tomei-a ao colo: – Vem cá, minha filhinha, conta só para mim. Você engoliu coisa nenhuma, não é isso mesmo?
– Engoli sim, papai – ela afirmava com decisão.
Consultei o tio, baixinho:
– O que é que você acha?
Ele foi buscar uma tampa de garrafa, separou a cortiça do metal:
– O que você engoliu: isto... ou isto?
– Cuidado que ela engole outra – adverti.
– Isto – e ela apontou com firmeza a parte de metal.
Não tinha dúvida: pronto-socorro. Dispus-me a carregá-la, mas alguém sugeriu que era melhor que ela fosse andando: auxiliava a digestão.
No hospital, o médico limitou-se a apalpar-lhe a barriguinha, cético:
– Dói aqui, minha filha?
Quando falamos em radiografia, revelou-nos que o aparelho estava com defeito: só no pronto-socorro da cidade.
Batemos para o pronto-socorro da cidade. Outro médico nos atendeu com solicitude.
– Vamos já ver isto.
Tirada a chapa, ficamos aguardando ansiosos a revelação. Em pouco o médico regressava:
– Engoliu foi a garrafa.
– A garrafa?! – exclamei. Mas era uma gracinha dele, cujo espírito passava ao largo da minha aflição: eu não estava para graças. Uma tampa de garrafa! Certamente precisaria operar – não haveria de sair por si mesma.
O médico pôs-se a rir de mim:
– Não engoliu coisa nenhuma. O senhor pode ir descansado.
– Engoli – afirmou a menininha.
Voltei-me para ela:
– Como é que você ainda insiste, minha filha?
– Que eu engoli, engoli.
– Pensa que engoliu – emendei.
– Isso acontece – sorriu o médico – até com gente grande. Aqui já teve um guarda que pensou ter engolido o apito.
– Pois eu engoli mesmo – comentou ela, intransigente.
– Você não pode ter engolido – arrematei, já impaciente. – Quer saber mais que o médico?
– Quero. Eu engoli, e depois desengoli – esclareceu ela.
Nada mais havendo a fazer, engoli em seco, despedi-me do médico e bati em retirada com toda a comitiva.

(SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro, RJ. 1962. Adaptado.) 
Em “– Engoli uma tampa de Coca-Cola.” (2º§), é possível identificar o mesmo tipo de sujeito presente em, EXCETO: 
Alternativas
Q3105351 Português
Real digital se chamará Drex, confirma Banco Central

Nova tecnologia deverá chegar a correntistas apenas no fim de 2024.


        Moeda virtual que equivalerá ao dinheiro em circulação, o real digital se chamará Drex, confirmou nesta segunda-feira (7) o Banco Central (BC). O nome foi confirmado pelo economista do BC Fabio Araujo, coordenador da iniciativa, em live semanal da autoridade monetária no YouTube.

        Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representa a palavra digital; o “R” representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

    O Drex, informou o BC, facilitará a vida dos brasileiros. “A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, destacou o órgão.

    Diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real. Cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central, enquanto as criptomoedas não têm garantia de nenhuma autoridade monetária.

    Moeda de atacado, não de varejo, o Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, mas por meio de carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.

    Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos. 

        Em testes desde o início do ano, o real digital deve estar disponível para a população só no fim de 2024. Em março, o BC escolheu a plataforma a ser usada nas transações. Nos últimos meses, a autoridade monetária habilitou 16 consórcios para desenvolverem ferramentas e instrumentos financeiros que serão testados no novo sistema.

    Previstos para começarem em setembro, os testes com os consórcios ocorrerão com operações simuladas e testarão a segurança e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados (ativos reais convertidos em digitais) das instituições financeiras.

    Os ativos a serem usados no projeto-piloto serão os seguintes: depósitos de contas de reservas bancárias, de contas de liquidação e da conta única do Tesouro Nacional; depósitos bancários à vista; contas de pagamento de instituições de pagamento; e títulos públicos federais. Os testes serão feitos em etapas, com as transações simuladas com títulos do Tesouro Nacional sendo feitas apenas em fevereiro do próximo ano.

(Conselho Federal dos Representantes Comerciais – CONFERE. Acesso em: 09/09/2023.)
Sobre o trecho “O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.” (5º§), em relação aos aspectos gramaticais, assinale a afirmativa INCORRETA. 
Alternativas
Q3100378 Português
No trecho “Os alunos concluíram suas tarefas com atenção”, o sujeito da frase é:
Alternativas
Q3099525 Português
Feliz por nada

        Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
        Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou.
        Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
         Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
       Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
        “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
      Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.
     Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
        Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
        Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
        Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
        A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
        Ser feliz por nada talvez seja isso.
(MEDEIROS, Martha. Feliz por nada, 2011. Ediora L&PM., 216 p.)
No trecho “[...] é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo.” (1º§), é possível afirmar que as palavras em destaque exprimem ideias de: 
Alternativas
Q3099440 Português

Uma breve história da expectativa de vida


    No início do século 20, quando a expectativa de vida era de 47 anos nos países industrializados e de 33 no nosso, o que mais matava eram as doenças infecciosas: pneumonia, tuberculose, gastroenterite.
A pandemia, ao tirar 5,5 milhões de vidas nos últimos dois anos, trouxe as infecções de volta aos holofotes. O caminho natural, porém, é a ciência vencer essa luta novamente, como fez antes. O desenvolvimento de vacinas e antibióticos, além de condições mais humanas de saneamento básico, foi diminuindo as doenças infecciosas ao longo do século passado. E em 1960 a expectativa de vida tinha saltado para 52 anos por aqui (e 69 anos nos países ricos).
    Foi aí que as doenças cardiovasculares e os vários tipos de câncer passaram a ser os grandes desafios de longo prazo da medicina. Mas essa é outra guerra que está sendo vencida.
    Nos EUA, que mantêm dados históricos precisos, o número de mortes por doenças cardiovasculares caiu de 800 para cada 100 mil habitantes na década de 1960 para 200 hoje.
    As batalhas contra o câncer são mais complexas, contudo, não faltam vitórias. Uma das principais é o sucesso das imunoterapias no combate ao melanoma (o mais agressivo dos cânceres de pele). Desde o boom na criação de novos medicamentos, a mortalidade por melanoma passou a cair 5% ao ano.
    Tudo isso levou a mais avanços na expectativa de vida. Hoje ela está próxima dos 80 anos, seja no Brasil, seja nos países do topo da pirâmide. Por aqui, sempre vale lembrar, boa parte disso se deve a um fato central: sermos o único país com mais de 200 milhões de habitantes a contar com um sistema universal de assistência médica gratuita, o SUS.
    E hoje há 22 milhões de pessoas com 65 anos ou mais no país. Uma vitória. Mas o aumento na longevidade traz outro desafio para a medicina: as enfermidades mentais que surgem nas fases mais avançadas da vida – principalmente o Alzheimer, que atinge 1,2 milhão de brasileiros.

(Disponível em: uper.abril.com.br/coluna/. Acesso em: 10/07/2024. Adaptado.) 

Assinale a afirmativa INCORRETA sobre o seguinte trecho: “Uma das principais é o sucesso das imunoterapias no combate ao melanoma […]” (5º§) 
Alternativas
Q3099435 Português

Uma breve história da expectativa de vida


    No início do século 20, quando a expectativa de vida era de 47 anos nos países industrializados e de 33 no nosso, o que mais matava eram as doenças infecciosas: pneumonia, tuberculose, gastroenterite.
A pandemia, ao tirar 5,5 milhões de vidas nos últimos dois anos, trouxe as infecções de volta aos holofotes. O caminho natural, porém, é a ciência vencer essa luta novamente, como fez antes. O desenvolvimento de vacinas e antibióticos, além de condições mais humanas de saneamento básico, foi diminuindo as doenças infecciosas ao longo do século passado. E em 1960 a expectativa de vida tinha saltado para 52 anos por aqui (e 69 anos nos países ricos).
    Foi aí que as doenças cardiovasculares e os vários tipos de câncer passaram a ser os grandes desafios de longo prazo da medicina. Mas essa é outra guerra que está sendo vencida.
    Nos EUA, que mantêm dados históricos precisos, o número de mortes por doenças cardiovasculares caiu de 800 para cada 100 mil habitantes na década de 1960 para 200 hoje.
    As batalhas contra o câncer são mais complexas, contudo, não faltam vitórias. Uma das principais é o sucesso das imunoterapias no combate ao melanoma (o mais agressivo dos cânceres de pele). Desde o boom na criação de novos medicamentos, a mortalidade por melanoma passou a cair 5% ao ano.
    Tudo isso levou a mais avanços na expectativa de vida. Hoje ela está próxima dos 80 anos, seja no Brasil, seja nos países do topo da pirâmide. Por aqui, sempre vale lembrar, boa parte disso se deve a um fato central: sermos o único país com mais de 200 milhões de habitantes a contar com um sistema universal de assistência médica gratuita, o SUS.
    E hoje há 22 milhões de pessoas com 65 anos ou mais no país. Uma vitória. Mas o aumento na longevidade traz outro desafio para a medicina: as enfermidades mentais que surgem nas fases mais avançadas da vida – principalmente o Alzheimer, que atinge 1,2 milhão de brasileiros.

(Disponível em: uper.abril.com.br/coluna/. Acesso em: 10/07/2024. Adaptado.) 

Sobre o sujeito do verbo “fazer” no excerto “O caminho natural, porém, é a ciência vencer essa luta novamente, como fez antes.” (2º§), é correto afirmar que é: 
Alternativas
Q3099422 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Por que furacões e ciclones têm nomes de pessoa — e por que o atual é chamado Milton


Os furacões e ciclones recebem nomes para facilitar a comunicação entre meteorologistas e o público.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) diz que dar nomes aos furacões é a forma mais eficiente de comunicar alertas para a população. Ela também facilita a comunicação marítima sobre tempestades.

"A prática de nomear tempestades (ciclones tropicais) começou anos atrás para ajudar na rápida identificação de tempestades em mensagens de alerta porque nomes são muito mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos", afirma a OMM em seu site.

"Muitos concordam que dar nomes a tempestades facilita que a mídia noticie sobre ciclones tropicais, aumenta o interesse em alertas e aumenta a preparação da comunidade."

Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.

Regiões diferentes adotam padrões diferentes.

Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas.

Mas, no oeste do Pacífico Norte e no norte do oceano Índico, a maioria dos nomes usados não são de pessoas. Lá, a maioria das tempestades recebem nomes de flores, animais, pássaros, árvores, alimentos ou adjetivos.

Para a região do Caribe e da América do Norte, a Organização Meteorológica Mundial possui seis listas diferentes de nomes, que vão de A a Z.

Os furacões recebem nomes por ordem alfabética, que são dados por ordem cronológica ao longo do ano. O primeiro furacão deste ano foi chamado de Alberto, que começa com a letra "A". O segundo foi chamado de Beryl, o seguinte Chris. E assim por diante.

Muitos sequer tiveram destaque na imprensa. Os mais perigosos até agora foram o Helene — que provocou 255 mortes há duas semanas — e o Milton.

As seis listas de nomes são recicladas a cada ano. Ou seja, em 2030, daqui a seis anos, os furacões voltarão a ser chamados de Alberto, Beryl, Chris, etc. E esses mesmos nomes já foram usados há seis anos atrás, em 2019.

Até 1979, só havia nomes femininos na lista. Mas desde então, há tanto nomes masculinos como femininos.

Quando um furacão ou ciclone é devastador demais e entra para história, seu nome é "aposentado" da lista, e outro nome é escolhido com aquela mesma inicial. É o que aconteceu nos casos das tempestades Mangkhut (Filipinas, 2018), Irma e Maria (Caribe, 2017), Haiyan (Filipinas, 2013), Sandy (EUA, 2012), Katrina (EUA, 2005), Mitch (Honduras, 1998) e Tracy (Darwin, 1974). 

Furacões e ciclones possuem temporadas fixas — que é quando eles costumam acontecer.

No Atlântico Norte e Caribe, essa temporada vai de 1º de junho a 30 de novembro, período em que os nomes da lista são usados. No Pacífico Norte Oriental, a temporada vai de 15 de maio a 30 de novembro. 

Por que 'Milton'?

Mas quem é ou foi Milton? Ou Katrina? 

Antigamente, as tempestades recebiam nomes arbitrário, dados de acordo com as circunstâncias histórica. Por exemplo, uma tempestade no Atlântico em 1842 arrancou o mastro de um barco chamado Antje. Essa tempestade ficou então conhecida como furacão de Antje.

Mas hoje em dia, os nomes não têm mais significado.

Eles são selecionados por serem familiares às pessoas em cada região. A principal função do nome é que ele seja facilmente lembrado pelas pessoas que precisam se preparar para lidar com as tempestades.

Os nomes usados em 2024 para o Atlântico Norte, Golfo do México e Caribe são: Alberto, Beryl, Chris, Debby, Ernesto, Francine, Gordon, Helene, Isaac, Joyce, Kirk, Leslie, Milton, Nadine, Oscar, Patty, Rafael, Sara, Tony, Valerie e William.

Outras regiões não usam nomes como Alberto, Helene e Milton. Ciclones que surgiram no Pacífico Norte Oriental este ano nessa mesma ordem cronológica receberam outros nomes: Aletta, Hector e Miriam.


(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgey0zq2qwwo adaptado)

As seis listas de nomes são recicladas a cada ano."


Em relação ao período e ao termo destacado, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: D
4: D
5: C
6: C
7: E
8: D
9: B
10: D
11: A
12: C
13: B
14: C
15: C
16: A
17: C
18: B
19: D
20: D