Questões de Concurso Comentadas sobre travessão em português

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Q2186595 Português
Assinale a alternativa que está corretamente pontuada, de acordo com a norma escrita padrão. 
Alternativas
Q2166227 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Uma língua de ‘étes’ e ‘êtes’

Outro dia, na televisão, alguém falou de uma pancadaria envolvendo pessoas munidas de cassetete. [...] O apresentador pronunciou-o “cassetête”, com o “e” fechado. Embatuquei: não se diz “cassetete”, com o “e” aberto? Fui ao Aurélio e li: “Cassetete [téte]. Cacete curto, de madeira ou de borracha, usado pela polícia”. Como oAurélio não falha, temos então que é “cassetéte”, não “cassetête”. Mas, se você quiser aproveitar o dicionário para conferir a pronúncia de “cacete”, lá está: “Cacete [ê]. Pedaço de pau com uma ponta mais grossa do que a outra”. [...]

Toda língua comporta essas discrepâncias, que se explicam pela origem ou índole de certas palavras. Certa vez, um amigo meu, o jornalista Fernando Pessoa Ferreira, disse que precisava passar na farmácia para comprar cotonete — que ele pronunciou “cotonete”. Corrigi-o: “É ‘cotonéte’, Fernando”. Mas ele não deixou a bola cair: “E você também fala ‘sabonéte’?”.

Se dois falantes da mesma língua se confundem com a pronúncia de certas palavras, como fica um pobre estrangeiro aprendendo a falar português? Como explicar-lhe que tapete se pronuncia “tapête”, mas topete é “topéte”? E que canivete é “canivéte”, mas estilete é “estilête”? E que sorvete é “sorvête”, mas chiclete é “chicléte”?

É frete, mas é “bilhête”, “pivéte” e “foguête”, “vedéte” e “lembrête”, “dezesséte” e “gabinête”, “giléte” e “macête”, “enquéte” e “balancête”, “patinéte” e “alfinête”, “trompéte” e “tamborête”, “boféte” e “rabanête”. E são “banquête”, “paquête” e “joanête”, não “banquéte”, “paquéte” e “joanéte”. Mas vá dizer isso ao gringo. [...]

CASTRO, Ruy. Uma língua de ‘étes’ e ‘êtes’. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2023/01/umalingua-de-etes-e-etes.shtml. Acesso em: 25 jan.2023.
Leia este trecho.
Certa vez, um amigo meu, o jornalista Fernando Pessoa Ferreira, disse que precisava passar na farmácia para comprar cotonete — que ele pronunciou “cotonête”. Corrigi-o: “É ‘cotonéte’, Fernando”. Mas ele não deixou a bola cair: “E você também fala ‘sabonéte’?”.
Em relação à pontuação, é correto afirmar que, nesse trecho, se emprega(m)
Alternativas
Q2164497 Português

A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


As vantagens da preferência pela arquitetura sustentável

Por Alessandra Barassi


(Disponível em: https://www.wwf.org.br/?56242/Artigo---Arquitetura-sustentavel-o-que-e-para-que-serve-ecomo-fazer – texto adaptado especialmente para esta prova).

Os parênteses em destaque na linha 27 podem ser substituídos, sem haver prejuízo para a compreensão da mensagem original, por:
I. Asteriscos. II. Aspas. III. Travessões.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2156820 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Texto 01 



Disponível em: https://vidasimples.com. Acesso em: 28 jan. 2023. Adaptado.

Considere o trecho “Assim, estar em contato com um esporte ou atividade física regular nos traz bons resultados – físicos e psicológicos – e também nos conecta com o mundo e com a gente mesmo. Isso acaba se tornando um caminho para alinhar seus objetivos ao seu planejamento do cotidiano.” (Linhas 4-6 )
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática e semântica do referido trecho.
I - Os dois usos do pronome “nos” comprovam que esse pronome pode exercer tanto a função de objeto direto como de objeto indireto a depender da regência dos verbos.
II - A próclise no trecho “e também nos conecta” é facultativa e poderia ser substituída, com igual correção, pela ênclise.
III - O termo “Assim” está funcionando como o elemento de coesão e insere no trecho uma ideia de conclusão.
IV - O pronome “isso” funciona como um termo anafórico, uma vez que retoma o que foi referido anteriormente.
V - Os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses com igual correção, sem que houvesse alteração de sentido do trecho.
Estão CORRETAS as alternativas
Alternativas
Q2156451 Português

Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere. 


Considere o trecho “Assim, estar em contato com um esporte ou atividade física regular nos traz bons resultados – físicos e psicológicos – e também nos conecta com o mundo e com a gente mesmo. Isso acaba se tornando um caminho para alinhar seus objetivos ao seu planejamento do cotidiano.” (Linhas 4-6 )
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática e semântica do referido trecho.
I - Os dois usos do pronome “nos” comprovam que esse pronome pode exercer tanto a função de objeto direto como de objeto indireto a depender da regência dos verbos. II - A próclise no trecho “e também nos conecta” é facultativa e poderia ser substituída, com igual correção, pela ênclise. III - O termo “Assim” está funcionando como o elemento de coesão e insere no trecho uma ideia de conclusão. IV - O pronome “isso” funciona como um termo anafórico, uma vez que retoma o que foi referido anteriormente. V - Os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses com igual correção, sem que houvesse alteração de sentido do trecho.
Estão CORRETAS as alternativas 
Alternativas
Q2155108 Português
Crônica da vida que passa

       Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.
       A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muitogrosseiro para se poder ser célebre à vontade.
    Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.
       E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.
      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.) 
Em “O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia.” (2º§), o duplo travessão tem como propósito: 
Alternativas
Q2154106 Português

Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Disponível em: https://vidasimples.com. Acesso em: 28 jan. 2023. Adaptado.

Considere o trecho “Assim, estar em contato com um esporte ou atividade física regular nos traz bons resultados – físicos e psicológicos – e também nos conecta com o mundo e com a gente mesmo. Isso acaba se tornando um caminho para alinhar seus objetivos ao seu planejamento do cotidiano.” (Linhas 4-6 )
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática e semântica do referido trecho.
I - Os dois usos do pronome “nos” comprovam que esse pronome pode exercer tanto a função de objeto direto como de objeto indireto a depender da regência dos verbos.
II - A próclise no trecho “e também nos conecta” é facultativa e poderia ser substituída, com igual correção, pela ênclise.
III - O termo “Assim” está funcionando como o elemento de coesão e insere no trecho uma ideia de conclusão.
IV - O pronome “isso” funciona como um termo anafórico, uma vez que retoma o que foi referido anteriormente.
V - Os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses com igual correção, sem que houvesse alteração de sentido do trecho.

Estão CORRETAS as alternativas
Alternativas
Q2143819 Português
Maior incidência de demência em mulheres pode
estar relacionada à desigualdade

    Um estudo envolvendo quase 30 mil indivíduos de 18 países, nos seis continentes, sugere que a desigualdade social e econômica pode explicar a maior incidência de demências em mulheres – no caso do Alzheimer, elas respondem por dois terços dos pacientes. Como os fatores de risco não diferem no que diz respeito ao gênero, o fato de a expectativa de vida feminina ser superior à masculina vinha sendo apontado como uma das principais causas para o surgimento da doença, tese que Jessica Gong, pesquisadora do The George Institute for Global Health e principal autora do trabalho, questiona:
    O número de pessoas vivendo com algum tipo de demência deve ultrapassar 150 milhões em 2050, com um crescimento significativo nos países menos abastados, sem meios de intervir nos indicadores sociais e econômicos associados à doença. Em 2020, artigo publicado pelo “Lancet Commission Report” estimou que 12 fatores de risco modificáveis – todos atrelados a políticas públicas de qualidade – são responsáveis por quase metade dos casos de demência. Segue a lista: baixo nível educacional; hipertensão; obesidade; diabetes; depressão; problemas de audição; consumo excessivo de álcool; fumo; sedentarismo; relações sociais limitadas; poluição atmosférica; e, traumas no cérebro.
    Os pesquisadores estão particularmente interessados na questão da educação, considerada um fator de proteção contra o declínio cognitivo. Em países de renda média ou baixa, as mulheres ainda enfrentam desafios não só para estudar como para conseguir oportunidades profissionais. A epidemiologista Sanne Peters, que integrou o time responsável pelo levantamento, acrescentou a violência doméstica como outro problema cujos efeitos vão se refletir na saúde cognitiva na velhice.
     O Women´s Brain Project (Projeto Cérebro da Mulher), misto de movimento e instituição criado em 2016, quer aprofundar a discussão sobre as diferenças de gênero e sua relação com problemas neurológicos e psiquiátricos. É o que defende sua criadora, a médica Antonella Santuccione Chadha: “temos que investigar para distinguir o que é biológico e o que é social, e se temos uma combinação dos dois fatores”. Historicamente, o nível educacional das mulheres é menor e, em várias partes do mundo, há barreiras para impedir seu acesso à instrução. Além da questão hormonal, cuja produção declina a partir da meia-idade, há aspectos socioculturais que representam um risco extra –um deles seria o estresse de ser cuidadora, função quase sempre feminina.

(Mariza Tavares — Rio de Janeiro. Disponível em: https://g1.globo. com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2023/02/23/ maior-incidencia-de-demencia-em-mulheres-pode-estar-relacionada-adesigualdade.ghtml. Acesso em: 23/02/2023.)
No 1º§, o uso do travessão tem como justificativa separar: 
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Q2143695 Português
A alma dos diferentes

      Diferente não é quem o pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, mas nunca um ser diferente.
     Diferente é quem foi dotado de alguns “mais” e alguns “menos” em hora, no momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não aguentar, caso um dia venham a ser.
     O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição. O diferente nunca é um chato. Mas sempre é confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas.
    Um diferente medroso, este sim acaba transformando- -se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
    Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
     O diferente paga sempre o preço de estar – mesmo sem querer – alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que sempre está certo.
    O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde todos os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em “– Puxa, fulano, como você é complicado”. O que é embrião de um estilo próprio em “– Você está vendo como é que todo mundo faz?”.
    O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
     Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham. Diferente é o que: engorda mais um pouco; chora, onde outros xingam; estuda, onde outros burram. Quer, onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas; concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria, onde o hábito rotiniza; sofre, onde outros ganham.
     Diferente é o que: fica doente onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer gol, porque gosta mais de jogar do que ganhar. Ele aprendeu a suportar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual. Os diferentes aí estão: doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais. 
     A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

(Artur da Távola. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/ diferentes#a4. Acesso em: janeiro de 2023.)
Em “O diferente paga sempre o preço de estar – mesmo sem querer – alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores.” (6º§), o duplo travessão tem como finalidade: 
Alternativas
Q2135358 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vacina contra Meningite ACWY está disponível para adolescentes de 11 a 15 anos nas unidades de saúde

Das 19 salas de vacinação do município, três delas possuem horário estendido até 18h30: Belo Vale, Luxemburgo e Cidade de Deus

A Prefeitura de Sete Lagoas informa que a vacina da Meningite ACWY para adolescentes de 11 a 15 anos está disponível nas 19 salas de vacina do município. Das 08h às 16h30, nos ESFs Alvorada, Barreiro, Eldorado, Fazenda Velha, Catarina, CDI I, Esperança e Itapuã; UBS Orozimbo Macedo e N. S. das Graças; e C. S. Montreal, Progresso, Santa Luzia, Santo Antônio, São João, Manoa e Várzea. E das 08h às 18h30, em horário estendido, nas unidades de saúde do Belo Vale, Luxemburgo e Cidade de Deus. Documentos: cartão SUS, documento com foto e cartão de vacina.

Recentemente, alguns municípios vêm tendo um considerável aumento de casos da doença provocada pelo meningococo, principal bactéria por trás da meningite. Em Minas Gerais, os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que o número de casos e mortes pela doença voltou a crescer e já atingiu o maior patamar dos últimos dois anos, mesmo que os registros ainda sejam parciais.

De janeiro a junho deste ano, foram registrados 465 casos no estado. Em todo o ano de 2021, foram 459. Ou seja, a média mensal de 77,5 casos deste ano é quase o dobro dos 38 de 2021. Ainda de acordo com o levantamento, até junho deste ano foram 71 mortes pela doença em Minas Gerais. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 51 óbitos. Entre os números de 2022, o que chama a atenção são as 28 mortes causadas pelos tipos de meningite pneumocócica e meningocócica, que podem ser evitadas graças ao simples ato de se vacinar com o imunizante, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde. Ambos os tipos da doença, totalmente evitáveis, representam cerca de 21% dos casos de meningite no estado – 1 em cada 5 casos.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Marcelo Fernandes, a população precisa se conscientizar sobre a importância da vacinação. “Com a baixa cobertura vacinal, estamos vendo o aumento dos casos e até de mortes evitáveis em várias cidades e não queremos que Sete Lagoas faça parte dessas estatísticas”, diz o secretário. Além de levar a óbito, a meningite pode deixar sequelas como amputações, surdez ou cicatrizes.

Profissionais de Saúde

A Prefeitura também reduziu a idade de vacinação da Meningo C para profissionais da Saúde, agora a partir de 30 anos de idade. “Este imunizante ajuda a proteger contra o tipo C da doença meningocócica, que pode evoluir para meningite e outras doenças graves causadas pelas bactérias meningocócicas”, reforça o responsável técnico de imunização do município, Guilherme Menezes. A Meningo C para profissionais de saúde é aplicada nas mesmas 19 salas de vacinação. 

Em Minas

No município de Extrema, Sul de Minas, a situação não chegou a ser considerada um surto, porém, já são duas mortes por meningite confirmadas até agora. Por conta disso, a prefeitura da cidade está realizando um mutirão de vacinação onde até mesmo quem já foi imunizado está recebendo novas doses. Em Belo Horizonte, até o momento, foram confirmados 58 casos de meningite em 2022. Em todo o estado, já foram registradas 71 mortes e 465 casos da doença este ano. Os números, mesmo parciais, são superiores aos registrados nos últimos dois anos.

Disponível em: https://bit.ly/3z6zPPo. Acesso em: 23 out. 2022 (adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“[...] representam cerca de 21% dos casos de meningite no Estado – 1 em cada 5 casos.”

A alternativa que não apresenta uma substituição possível para o travessão nesse trecho é:

Alternativas
Q2135301 Português
Os idiotas da objetividade

    Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
    Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.
    Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.
    Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
    Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
    Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
    Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria:
— “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer:
— o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
    E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
    Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal (segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
    O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.
    Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.
    Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
    O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra- -me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.
    E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem, falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude copy desk, talvez. 
    Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem.

(RODRIGUES, Nelson. Os idiotas da objetividade. In: __________. A cabra vadia: novas confissões. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 30-33.)
Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias.” (1º§) Considerando a sentença em destaque, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas
Q2134709 Português

Texto para o item. 


1_- 49.png (365×878)


Internet: <www.super.abril.com.br> (com adaptações).

Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item. 


O travessão empregado na linha 20 foi utilizado para assinalar, no meio do período, uma reflexão ou um esclarecimento.

Alternativas
Q2134269 Português
A saúde em primeiro lugar

O pânico criado pela pandemia do novo coronavírus afetou a vida da população mundial. A necessidade de isolamento social adiou projetos, afetou a economia e, infelizmente, fez com que muitos pacientes postergassem os cuidados com a saúde. O diagnóstico e tratamento de muitas doenças como câncer e hipertensão tiveram reduções sensíveis nos últimos meses. Isso também ocorreu com as consultas.

O fenômeno não é exclusividade nossa e ocorre em vários países. Em Portugal, agora em julho, o Sistema Nacional de Vigilância de Mortalidade do país registrou aumento de 24% de mortes não relacionadas com a Covid-19 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nos EUA, os pacientes com câncer, por exemplo, reduziram os cuidados. No Brasil, entre diversos indicadores, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) registrou queda de 30% no número de pacientes novos que procuram a instituição no início da pandemia.

As complicações desse adiamento terão reflexos no curto, médio e longo prazos tanto na saúde pública como no setor privado; entretanto elas serão mais sensíveis para os pacientes que poderiam ter tomado uma decisão capaz de salvar sua vida.

O tempo é um fator importante no tratamento do câncer. Alguns tumores são extremamente agressivos, como é o caso do câncer de pulmão, que tem letalidade de 99% para pacientes de qualquer idade sem diagnóstico e tratamentos adequados. No caso da Covid-19, os índices variam entre 6% a 10% nas pessoas acima de 80 anos.

Para os outros tipos de câncer, os cuidados devem seguir os mesmos critérios. Quanto mais cedo diagnosticado o tumor, maiores são as chances de um resultado positivo para o paciente.

No sistema de saúde, os efeitos dos adiamentos serão igualmente danosos. Podemos enfrentar um crescimento na procura por tratamento – cirurgias e quimioterapias – com o risco de encontrarmos os serviços de saúde sem condições de atender essa alta da demanda no futuro.

Por isso, o paciente não deve adiar sua consulta ao médico. A telemedicina, por exemplo, pode reduzir o número de visitas ao especialista, contribuindo para diminuir a exposição aos riscos da pandemia. Outra boa alternativa vem do sistema de saúde. Os hospitais vêm adotando medidas para reduzir os riscos de contaminação pela Covid-19 separando pacientes desse novo coronavírus dos demais.

Portanto, nesse momento, o maior risco para o paciente é não tratar o câncer. O essencial é procurar um especialista e tirar as dúvidas. Com certeza, ele vai indicar o melhor caminho e ajudar o paciente a superar esse momento tão difícil na vida de qualquer pessoa.

Disponível em: https://bit.ly/3VAahUN. Acesso em: 19 out. 2022 (adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“Podemos enfrentar um crescimento na procura por tratamento – cirurgias e quimioterapias – com o risco de encontrarmos os serviços de saúde sem condições de atender essa alta da demanda no futuro.”


Analise as afirmativas a seguir acerca dos travessões.

I. São sinais de pontuação.

II. Podem, nesse caso, ser substituídos por parênteses.

III. Foram utilizados para intercalar uma informação.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q2131094 Português

Um empecilho na neurociência era a falta de uma visão clara de como as células cerebrais de animais se comportam durante muito tempo. Agora, pesquisadores de Harvard desenvolveram um jeito de acompanhar o que um neurônio faz durante um ano.

Em seu estudo realizado com camundongos, os cientistas contam terem desenvolvido um implante eletrônico capaz de coletar informações detalhadas sobre a atividade de uma única célula pelo período de um ano – sem atrapalhar as funções que ela desempenhava.

Um neurônio é uma célula muito pequena – medindo de 10 a 100 micrômetros –, que é a milionésima parte de um milímetro. Além disso, o seu pico de atividade elétrica é muito curto, durando apenas cerca de dois milissegundos.

Pesquisadores desse campo estão sempre à procura de melhores ferramentas para estudar as células do cérebro. Algumas técnicas, por exemplo, permitem detectar a atividade de células específicas para experimentos rápidos em pequenas regiões cerebrais – tanto em tecido recentemente removido ou por meio de sondas.

Contudo, por serem limitadas, essas condições não representam a realidade com a fidelidade necessária. Restritas a períodos curtos, elas não são capazes de fornecer informações detalhadas o suficiente para entender como a atividade muda com a idade e outras experiências de vida.

Conforme os pesquisadores, grande parte da dificuldade em fazer medições do tipo era consequência da incompatibilidade entre as propriedades mecânicas do tecido cerebral vivo e dos dispositivos eletrônicos de gravação.

“O cérebro é muito macio, como a textura de tofu ou pudim. Em contraste, os eletrônicos são rígidos. Qualquer pequeno movimento do cérebro pode fazer com que os sensores convencionais se desloquem e se movam no tecido cerebral vivo”, conta Jia Liu, líder do estudo. “Essa incompatibilidade na estrutura pode fazer com que células ao redor do local de implantação se degradem.”

Então, como forma de contornar o problema, a equipe de Liu desenvolveu um dispositivo implantável e o introduziu com segurança no cérebro da forma menos invasiva possível.

A implantação dos sensores nos camundongos cobaias resultou em distúrbios mínimos no tecido cerebral. Escolhendo quais neurônios específicos seriam vigiados, estava tudo certo para o início dos registros da atividade elétrica dessas células, acompanhadas ao longo da vida adulta dos roedores.

“Mesmo depois de um ano, não vimos nenhuma degradação dos neurônios que estávamos estudando”, relata Liu. Como constatou Liu, “não há outra tecnologia que possa rastrear o potencial de ação individual de uma dessas células em animais vivos ao longo desse tempo.”

Pensando em futuros experimentos, Liu planeja desenvolver ainda mais a técnica para que a atividade cerebral possa ser transmitida em tempo real do cérebro para análise em uma rede artificial; além de explorar diferentes usos dos sensores nanoeletrônicos.

“Talvez um dia esteja frio e cinzento lá fora, e você se sinta infeliz e de mau humor. Outro dia, está ensolarado e você está na praia e de ótimo humor. Como essas representações mudam no cérebro é algo que não pode ser estudado pela tecnologia atual porque não conseguimos rastrear de forma estável a atividade do mesmo neurônio”, diz ele. “Esta pesquisa supera completamente essa limitação. É o começo de uma nova era da neurociência.”

CAPARROZ, Leo. Cientistas gravam a atividade de um neurônio ao longo de um ano. Disponível em: . Último acesso em 23 fev. 2023. (adaptado)

No excerto “Um neurônio é uma célula muito pequena – medindo de 10 a 100 micrômetros –, que é a milionésima parte de um milímetro”, os travessões indicam:

Alternativas
Q2129760 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Texto 01




Disponível em: https://vidasimples.com. Acesso em: 28 jan. 2023. Adaptado. 

Considere o trecho “Assim, estar em contato com um esporte ou atividade física regular nos traz bons resultados – físicos e psicológicos – e também nos conecta com o mundo e com a gente mesmo. Isso acaba se tornando um caminho para alinhar seus objetivos ao seu planejamento do cotidiano.” (Linhas 4-6 ) Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática e semântica do referido trecho.
I - Os dois usos do pronome “nos” comprovam que esse pronome pode exercer tanto a função de objeto direto como de objeto indireto a depender da regência dos verbos.
II - A próclise no trecho “e também nos conecta” é facultativa e poderia ser substituída, com igual correção, pela ênclise.
III - O termo “Assim” está funcionando como o elemento de coesão e insere no trecho uma ideia de conclusão.
IV - O pronome “isso” funciona como um termo anafórico, uma vez que retoma o que foi referido anteriormente.
V - Os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses com igual correção, sem que houvesse alteração de sentido do trecho.
Estão CORRETAS as alternativas
Alternativas
Q2129058 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Texto 01



Disponível em: https://vidasimples.com. Acesso em: 28 jan. 2023. Adaptado.

Considere o trecho “Assim, estar em contato com um esporte ou atividade física regular nos traz bons resultados – físicos e psicológicos – e também nos conecta com o mundo e com a gente mesmo. Isso acaba se tornando um caminho para alinhar seus objetivos ao seu planejamento do cotidiano.” (Linhas 4-6 )
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática e semântica do referido trecho.
I - Os dois usos do pronome “nos” comprovam que esse pronome pode exercer tanto a função de objeto direto como de objeto indireto a depender da regência dos verbos.
II - A próclise no trecho “e também nos conecta” é facultativa e poderia ser substituída, com igual correção, pela ênclise.
III - O termo “Assim” está funcionando como o elemento de coesão e insere no trecho uma ideia de conclusão.
IV - O pronome “isso” funciona como um termo anafórico, uma vez que retoma o que foi referido anteriormente.
V - Os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses com igual correção, sem que houvesse alteração de sentido do trecho.
Estão CORRETAS as alternativas
Alternativas
Q2125011 Português
Texto 1:

Por que temos boas ideias no chuveiro? A ciência explica
Você se sente mais criativo no banho? É lá que surgem as respostas para os seus problemas? Entenda o que há por trás desses momentos de epifania.

Por Leo Caparroz
7 out 2022

        O matemático grego Arquimedes talvez seja o primeiro e mais famoso exemplo do chamado “shower effect” – “efeito banho” ou “efeito do chuveiro”, nome dado àquela criatividade que parece surgir naturalmente assim que abrimos o shampoo e a água quente começa a cair.
          A história: Arquimedes teria recebido uma difícil tarefa de um rei – atestar se a sua coroa tinha realmente a quantidade de ouro que foi dada ao artesão. Sem ideia de como fazer isso, o matemático teria entrado em uma banheira e percebido que o volume de água que subia era igual ao volume de seu corpo. Eureca: para descobrir o volume (e, consequentemente, a densidade) da coroa, bastava reproduzir o processo e jogá-la n'água. Problema resolvido.
          Milhares de anos depois do banho de Arquimedes, um grupo de pesquisadores resolveu destrinchar o “efeito do chuveiro” e para entender se ele existe, de fato, e como funciona. Em seu estudo, publicado na revista Psychology of Aesthetics, Creativity, and the Arts, da Associação Americana de Psicologia, eles explicam o que o efeito significa para nossa mente, o que provavelmente o ativa – e como podemos usá-lo a nosso favor.
             A epifania vivenciada sob o chuveiro é consequência da natureza despretensiosa da tarefa. Segundo a pesquisa, o “shower effect” acontece quando nos engajamos em algo que não demanda muito da nossa cognição – como caminhar, praticar jardinagem e, claro, tomar banho. Ao deixarmos nossa mente vagar livremente (mas não tão livre a ponto de ficar distraída), estaríamos mais propensos a pensar em algo inovador e criativo.
              [...]
          “Imagine que você está empacado em um problema. O que você faz?”, questiona Irving. “Provavelmente não será algo absurdamente chato como ver tinta secar. Em vez disso, você faz algo que te deixa ocupado, como caminhar ou tomar banho. Atividades que sejam moderadamente envolventes.” Então, fica o conselho: se estiver precisando de uma dose extra de criatividade, caminhar até a padaria ou tomar um banho pode, realmente, te ajudar na epifania que você precisa.  

Fonte: https://super.abril.com.br/.

O Texto 1 elucida a importância da pontuação para o seu funcionamento textual e discursivo. Isto ocorre pela interface entra a pontuação e a composição da sintaxe, da significação e do encadeamento linguístico-pragmático. Desse processo, avalie os seguintes excertos e assinale a alternativa CORRETA, acerca do sinal de travessão.

Imagem associada para resolução da questão

Os travessões utilizados evidenciam a função de, respectivamente:

Alternativas
Q2120887 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

IBGE: doenças crônicas são um dos maiores problemas de saúde pública

A Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada em 18 de novembro de 2020 pelo IBGE, revela que as doenças crônicas são um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo. A pesquisa estimou que – no ano passado – mais da metade da população (52,0%) adulta do país recebeu diagnóstico de pelo menos uma doença crônica, como diabetes, depressão e obesidade. Ao mesmo tempo, o estudo mostrou que duas em cada três pessoas no país consideravam sua saúde boa ou ótima, sendo que os homens tiveram uma tendência a fazer uma autoavaliação mais positiva da própria saúde. Alguns hábitos, pelo que o levantamento mostrou podem melhorar. De 2013 para 2019, a proporção de brasileiros que beberam álcool, pelo menos uma vez por semana, aumentou (de 23,9% para 26,4%). Em relação aos hábitos alimentares, 13% da população consumiu no ano passado a quantidade recomendada de frutas e hortaliças. Segundo a organização mundial da saúde, o ideal é comer quatrocentas gramas de frutas e hortaliças por dia, para prevenir as doenças crônicas que afetam mais da metade da população. Além disso, pessoas que vivem em cidades comem duas vezes mais alimentos processados do que quem vive em área rural. A prática de exercícios físicos também ajuda a prevenir as doenças crônicas, mas segundo a pesquisa quarenta por cento dos brasileiros (40,3%) foram classificados como insuficientemente ativos. Para terminar uma boa notícia: em sete anos a quantidade de fumantes no país, diminuiu (de 14,9% em 2013 para 12,8% em 2019).

Disponível em: https://bityli.com/vHizEI.
Acesso em: 1 maio 2022 (adaptado).
Releia este trecho.
“A pesquisa estimou que – no ano passado – mais da metade da população (52,0%) adulta do país recebeu diagnóstico de pelo menos uma doença crônica, como diabetes, depressão e obesidade.”
Considere as afirmativas a seguir sobre o uso dos travessões nesse trecho.
I. Intercalam uma informação. II. Podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido original, por vírgulas. III. Podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido original, por parênteses.
Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Q2120743 Português

Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


O perigo das vacinas caseiras contra o coronavírus


Vários pesquisadores vinculados à Universidade Harvard promovem uma imunização sem aval para que os cidadãos a fabriquem e administrem em casa


Um grupo de cientistas, profissionais da biotecnologia e cidadãos que nem sequer querem ser identificados está testando na própria carne uma suposta vacina contra o coronavírus que eles mesmos desenvolveram. Trata-se de um coquetel de proteínas sem eficácia comprovada, cuja primeira versão foi preparada por Preston Estep, um cientista que já esteve ligado à Universidade Harvard e cuja principal motivação é conseguir uma imunização antes que sejam lançadas as vacinas oficiais promovidas por governos e empresas farmacêuticas. Este projeto, chamado Radvac – sigla em inglês de “vacina colaborativa de implantação rápida” – se define como “um necessário ato de compaixão”.

Esta é uma das várias vacinas caseiras que estão circulando pelo mundo. Algumas não têm fins lucrativos, como a Radvac, e outras chegam a custar o equivalente a R$ 1.900. Nos EUA são conhecidas como vacinas DIY (sigla em inglês de “faça você mesmo”).

Muitos especialistas mostram preocupação com um fenômeno que pode causar danos e dinamitar a confiança nas vacinas convencionais. O mais inquietante talvez seja que, com a lei na mão, é impossível proibir alguém de obter e inocular esses preparados. Na prática pode ser muito complicado inclusive impedir que sejam distribuídas ou que seus adeptos causem infecções por Covid-19, de forma deliberada ou acidental, por se julgarem imunizados.

Muitos de seus promotores iniciais estavam vinculados à prestigiosa Universidade Harvard (EUA). Um dos principais é o conhecido geneticista George Church, um dos pesquisadores mais respeitados em seu campo. Church admitiu ter usado em si mesmo a suposta vacina, e inclusive tirou uma foto enquanto a administrava, conforme revelou o veículo especializado Technology Review.

A suposta vacina defendida por Church é uma mistura de peptídeos, proteínas sintéticas que imitam as proteínas que compõem o SARS-CoV-2, como a característica espícula pontiaguda que usa para se unir às células humanas, penetrá-las e sequestrar seu maquinário biológico para se multiplicar. Em um documento de 59 páginas, Estep, Church e seus colegas explicam como misturar esses peptídeos com os outros quatro ingredientes básicos do preparado. Todos eles podem ser adquiridos de “distribuidores comerciais”, afirmam.


O produto final é um vapor inalável, administrado pelo nariz. O documento também detalha como usá-lo corretamente e recomenda fazer exames de anticorpos e linfócitos para comprovar seu efeito, como se os participantes fossem cobaias humanas. “Somos os animais”, disse Estep, ex-orientando de Church, ao The New York Times. Há 30 pessoas dos EUA, Alemanha, Reino Unido, China e Suécia que já se autoinocularam, afirma.

O próprio Estep afirma ter dado a vacina caseira a seu filho de 23 anos, e outros promotores também as administraram a familiares, segundo o jornal nova-iorquino.

O documento científico da Radvac adverte que a vacina não tem nenhuma eficácia demonstrada, não foi aprovada pelas autoridades e pode causar efeitos secundários, embora não descreva uma forma de controlar as reações adversas. Os promotores a definem como “ciência cidadã” e fornecem toda a informação sobre seu preparado com uma licença aberta. O EL PAÍS tentou contato com Estep e Church sem sucesso. “Este projeto não tem nenhuma filiação à Universidade Harvard”, declarou a instituição por sua vez. “A urgência em conseguir uma vacina efetiva para a Covid-19 é enorme, mas isso não pode acarretar um relaxamento dos padrões dos ensaios clínicos, que devem fornecer provas concludentes da eficácia dessa vacina para proteger a saúde pública”, acrescenta.

[...] Se as autoridades não frearem este tipo de experimentação caseira, “estas vacinas de efetividade e segurança duvidosa porão a saúde pública em risco”, alertam. Além disso, “pode derrubar a confiança da sociedade nas verdadeiras vacinas” contra a Covid-19, escrevem. Em sua carta, especialistas pedem que as autoridades federais dos EUA tomem as rédeas do assunto, como já fizeram para impedir a difusão de exames caseiros do novo coronavírus que não tinham aval científico. “Parte do interesse nestas vacinas caseiras surge aparentemente da crença de que a experimentação consigo mesmo não precisa respeitar as normas e os critérios éticos. É uma crença totalmente falsa”, disparam.

[...]

“Promover este tipo de produto como uma possível solução sem ter provas viola o método científico, é reprovável”, ressalta Federico de Montalvo Jääskeläinen, presidente do Comitê de Bioética da Espanha. “Mesmo se funcionasse, só significaria que dispararam no ar e acertaram no prato por acaso”, acrescenta.


O especialista concorda com seus colegas norte-americanos sobre o perigo que estes cientistas representam na luta contra a pior pandemia deste século. “Que a vacina demore não é o nosso maior problema. Onde arriscamos a saída desta pandemia é na confiança da população em relação às vacinas. Esta gente está minando essa confiança com uma narrativa antissistema. Se uma parte da população comprar estas mensagens, pode haver um enorme dano à saúde pública”, conclui. 

Disponível em: https://bityli.com/dt36e. Acesso em: 18 set.
2020 (adaptado).
Releia o trecho a seguir.
]“Este projeto, chamado Radvac – sigla em inglês de ‘vacina colaborativa de implantação rápida’ – se define como ‘um necessário ato de compaixão’.” ] ]Nesse trecho, os travessões foram utilizados para
Alternativas
Q2117750 Português
Leia o texto para responder à questão.

   Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar.
  Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome, enquanto a seca durasse.
   Depois, o mundo é grande e no Amazonas sempre há borracha...
  Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou com a mulher o plano de partida.
   Ela ouvia chorando, enxugando, na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de lágrimas.
   Chico Bento, na confiança do seu sonho, procurou animá-la, contando-lhe os mil casos de retirantes enriquecidos no Norte.
  A voz lenta e cansada vibrava, erguia-se, parecia outra, abarcando projetos e ambições. E a imaginação esperançosa aplanava as estradas difíceis, esquecia saudades, fome e angústias, penetrava na sombra verde do Amazonas, vencia a natureza bruta, dominava as feras e as visagens, fazia dele rico e vencedor.
   Cordulina ouvia, e abria o coração àquela esperança; mas correndo os olhos pelas paredes de taipa, pelo canto onde na redinha remendada o filho pequenino dormia, novamente sentiu um aperto de saudade, e lastimou-se:
   — Mas, Chico, eu tenho tanta pena da minha barraquinha! Onde é que a gente vai viver, por esse mundão de meu Deus?

(Rachel de Queiroz, O Quinze)
Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma-padrão quanto à pontuação.
Alternativas
Respostas
101: B
102: A
103: C
104: B
105: B
106: A
107: B
108: B
109: A
110: D
111: B
112: C
113: D
114: A
115: B
116: B
117: B
118: D
119: B
120: D