Questões de Concurso
Sobre uso da vírgula em português
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Julgue o próximo item, referente ao emprego dos sinais de pontuação no texto CB1A1.
No terceiro período do primeiro parágrafo, a vírgula empregada após “sentido” sinaliza que a oração “que as inestimáveis riquezas naturais do Brasil despertassem a cobiça internacional” tem função adjetiva e sentido explicativo.
Julgue o próximo item, referente ao emprego dos sinais de pontuação no texto CB1A1.
A eliminação da vírgula empregada após ‘tal monta’ (último período do segundo parágrafo) preservaria a correção e a coesão textuais.
Julgue o próximo item, referente ao emprego dos sinais de pontuação no texto CB1A1.
A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo ‘desenvolvimento’ (último período do segundo parágrafo) prejudicaria a correção textual.
A vírgula foi empregada corretamente no trecho para separar termos da mesma função sintática.
Nos enunciados a seguir, a vírgula também está empregada corretamente, EXCETO:
Analise a seguinte frase e identifique o erro de pontuação:
"Os funcionários dedicados, trabalham melhor e entregam resultados superiores."
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0lg061w184o.adaptado)
Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.
AS QUESTÕES SE REFEREM AO TEXTO A SEGUIR.
Sobre pizzas e vacas
Comer é uma atividade social que vai muito além de saciar o apetite e tem provocado observações nem sempre sólidas sobre o caráter dos povos
Jaime Pinsky — Historiador e escritor, professor titular aposentado da Unicamp | 05/01/2025
Fim de ano é aquele período em que a roupa começa a encolher, dizia minha mãe, rindo de suas amigas ao ouvi-las reclamar que não era justo existir um mês em que se come muito (dezembro), seguido de outro (janeiro, férias escolares) em que se coloca roupa de banho e os quilos adquiridos se revelam de modo inequívoco. Comer é uma atividade social que vai muito além de saciar o apetite e tem provocado observações nem sempre sólidas sobre o caráter dos povos. A cultura da pizza, comida encarregada de resolver o problema de grande parte dos habitantes deste planeta, é um exemplo de como uma generalização superficial pode estar equivocada. Claro, pois a pizza, ao que tudo indica, não é a melhor representação gastronômica da Itália, mesmo porque sua origem está na Índia ou no Oriente Médio, já que é nessas regiões do planeta em que o pão tem esse formato, redondo e chato, provável inspiração dos inventores da pizza.
O mais fascinante, contudo, é a hipótese de um sociólogo brasileiro, já falecido, Gabriel Bolaffi, para o qual a pizza era um produto consumido apenas no sul da península, e sua expansão pela Itália toda teve a ver com a invasão dos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Os soldados ianques, à medida que avançavam para o norte, solicitavam aqueles discos práticos e saborosos, mas que não eram produzidos em outras regiões. Como os soldados tinham apetite, dólares e armas, donos de bares e pequenos restaurantes trataram de preparar as próprias pizzas, para alegria dos americanos. Assim, graças aos soldados estrangeiros, a pizza deixou de ser uma comida regional e tornou-se um verdadeiro símbolo nacional. Com a volta dos exércitos vencedores ao continente americano, a pizza tornou-se uma necessidade gastronômica também nos Estados Unidos, devidamente adaptada ao duvidoso gosto dos "gringos", que a devoram em pé, na rua, sem o uso de talheres, acompanhada de refrigerante em vez de vinho e preparada com queijo com sabor de plástico... Mas, de qualquer forma, baseada naquela encontrada pelos soldados em solo italiano.
O fato é que "comidas típicas" não são tão típicas assim, mas, por se apresentarem como tal, representam com dignidade, maior ou menor, seus supostos criadores. As famosas alheiras portuguesas, por exemplo, foram criadas por necessidade, não por prazer, alegria ou fome. Conta-se que o governo português, aliado da Igreja, desconfiava das pessoas que não comiam linguiça — provável indício de que mantinham clandestinamente práticas judaicas ou muçulmanas. Portugal, é importante ressaltar, estava preocupado em fazer uma espécie de "limpeza religiosa", acabando com resquícios não cristãos na sua população (século 16). E o governo morria de medo de avanços econômicos que pudessem ameaçar a estrutura de poder arcaica existente. Os judeus consumiam as alheiras e ostentavam fileiras de carne de aves e legumes temperados com alho para mostrar sua suposta adesão ao cristianismo quando, na verdade, não passavam de cristãos novos mal resolvidos, que tinham nojo da carne de porco, mas fingiam comê-la para não serem executados nas fogueiras da Inquisição e do retrógrado governo lusitano após terríveis torturas. Assim teria surgido essa linguiça sem carne de porco …
Vindo para o nosso continente, vale a pena recordar a história que o jornalista Ariel Palácios nos conta sobre a carne de vaca, símbolo gastronômico dos nossos vizinhos, em seu delicioso livro “Os argentinos”. Para início de conversa, Ariel nos lembra que a vaca não é argentina, nem sequer americana, mas foi trazida para a Argentina, via Brasil, várias décadas após a chegada de Cabral. Durante anos, os bovinos passearam sossegados entre os Andes e o Atlântico, sem que suas virtudes alimentícias fossem percebidas. Só então a vaca se tornaria um verdadeiro símbolo nacional. Segundo Palacios, os argentinos estão dispostos até a discutir se Pelé foi melhor do que Maradona, mas não admitem colocar em questão a superioridade de suas vacas. Para dizer a verdade, e que me perdoem os ótimos criadores que temos no Brasil, muitos brasileiros, como eu, concordam com eles.
PINSKY, Jaime. Sobre pizzas e vacas. Correio Braziliense, 05 de janeiro de 2025. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7026305-sobrepizzas-e-vacas.html. Acesso em: 05 jan. 2025. Adaptado.
Observe as vírgulas sinalizadas nos excertos a seguir.
I. Vindo para o nosso continente, vale a pena recordar a história que o jornalista Ariel Palácios nos conta sobre a carne de vaca [,] símbolo gastronômico dos nossos vizinhos [,] em seu delicioso livro “Os argentinos”.
II. Segundo Palácios, os argentinos estão dispostos até a discutir se Pelé foi melhor do que Maradona [,] mas não admitem colocar em questão a superioridade de suas vacas.
Assinale a alternativa que apresenta a justificativa correta para o uso das vírgulas destacadas em cada um dos excertos.
Texto CB1A1
O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky e outros dois especialistas em linguística, Ian Roberts e Jeffrey Watumull, escreveram um artigo para o jornal The New York Times, em março de 2023, compartilhando sua visão sobre os avanços que vêm ocorrendo no campo da inteligência artificial (IA).
Para os intelectuais, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.
No primeiro caso, porque as ferramentas de IA podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que, no segundo, “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e do conhecimento”.
Embora os linguistas reconheçam que as IA são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, elas não possuem uma “inteligência” como a das pessoas. “Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, que pode ser codificado com falhas inerradicáveis”.
Nesse sentido, os autores detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.
Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.
Internet: <ihu.unisinos.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
No último período do texto, o emprego de vírgula após os segmentos ‘o que é’ e ‘o que será’ justifica-se por separar elementos em uma enumeração.
Texto CB1A1
O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky e outros dois especialistas em linguística, Ian Roberts e Jeffrey Watumull, escreveram um artigo para o jornal The New York Times, em março de 2023, compartilhando sua visão sobre os avanços que vêm ocorrendo no campo da inteligência artificial (IA).
Para os intelectuais, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.
No primeiro caso, porque as ferramentas de IA podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que, no segundo, “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e do conhecimento”.
Embora os linguistas reconheçam que as IA são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, elas não possuem uma “inteligência” como a das pessoas. “Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, que pode ser codificado com falhas inerradicáveis”.
Nesse sentido, os autores detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.
Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.
Internet: <ihu.unisinos.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
No primeiro parágrafo, a correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse ponto no lugar da vírgula logo após “2023”, com a devida alteração da inicial minúscula para maiúscula na palavra “compartilhando”.
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0q0188yzq7o. adaptado)
Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.
[1] “É ele que conta, hoje, adulto [...]” (linha 3)
[2] “O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas [...]” (linha 13)
[3] “[...] a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade [...]” (linha 15)
Considera-se corretamente que
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Carlos Chagas: há 90 anos morria o único cientista a descrever completamente uma doença
Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas foi a primeira e até hoje única pessoa a descrever completamente uma doença infecciosa.
Ele, com suas pesquisas, detalhou o patógeno, o vetor, os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia da tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas — em sua homenagem.
Nesse processo de pesquisa, ele descobriu o protozoário causador da patologia e o batizou de Trypanosoma cruzi — em alusão laudatória ao seu amigo, o também médico Oswaldo Cruz.
"Ao longo de sua vida, tornou-se membro de prestigiadas instituições médicas e científicas de vários países, especialmente no campo da medicina tropical, e foi agraciado com importantes prêmios e honrarias."
Mas o não recebimento do Nobel, para o qual foi indicado em 1913 e 1921, ainda é visto por muitos como uma injustiça histórica. "Acho que foi uma fratura, uma mágoa para a ciência do Brasil. Porque ele tinha chance de conseguir, mas uma série de conflitos internos, invejas e algumas coisas nesse sentido fez com que seu nome não fosse o escolhido", comenta à BBC News Brasil a historiadora Rita de Cássia Marques, professora titular na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
"Ele tinha chances de ganhar porque é muito difícil fazer o que ele fez: a identificação de uma doença em todo o seu ciclo, desde o animal até o seu desenvolvimento. Isso é muito raro e uma coisa muito importante", completa Marques.
"A descoberta dele foi única e mereceria um prêmio Nobel, obviamente", diz à BBC News Brasil a historiadora Ana Nemi, professora na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ela atribui ao contexto hierárquico consolidado entre o norte global e o sul global o fato de ele jamais ter sido laureado com o prêmio.
"Na época eram outros termos, eram países modernos versus países atrasados. O fato é que existe essa hierarquia de produção de saberes e conhecimentos e é muito difícil quebrar esta barreira sendo pesquisadores do sul global", analisa.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5yp9re49m8o.adaptado.
Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.