Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q1319909 Português

TEXTO 1


Escravidão remunerada

É do que se trata a reforma da Previdência e o projeto de terceirização ampla e irrestrita

Por Djamila Ribeiro — publicado 03/04/2017



[1] Vivemos inegavelmente tempos difíceis no que diz respeito aos direitos conquistados. A aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto que terceiriza todas as atividades de uma empresa, não somente a atividade meio, como vigorava até então, precariza a vida do trabalhador e da trabalhadora e é um grande retrocesso e uma saída regressiva.

[2] A reforma da Previdência, que caminha no Congresso sob a forma da Proposta de Emenda Constitucional nº 287, também é um acinte, pois aumenta o tempo de contribuição para 25 anos e a idade mínima para 65 anos para as mulheres.

[3] Essa medida não leva em consideração a divisão sexual do trabalho imposta em nossa sociedade. Mulheres ainda são aquelas moldadas para ser responsáveis pela criação dos filhos e pelos trabalhos domésticos. Não se vê que as mulheres partem de pontos diferentes, sobretudo desiguais. Para além dessa constatação, é necessário fazer algumas observações.

[4] Que as duas medidas são configuradas pelo retrocesso, sabemos, porém, questiono: quais os grupos mais afetados e por que existe uma maior comoção a partir do momento em que aqueles mais privilegiados correm o risco de ser atingidos?

[5] Explico: de modo geral, mulheres negras não conseguiam se aposentar antes de a PEC 287 ser proposta. Por conta da informalidade, de uma relação descontínua no mercado de trabalho e da dificuldade das empregadas domésticas terem seus direitos garantidos, esse grupo historicamente sempre se viu à margem. E isso se dá por conta da relação direta entre escravismo e trabalho doméstico.

[6] No processo de industrialização do Brasil, com o incentivo à imigração de trabalhadores europeus, a população negra saiu da condição de escravizada para aquela de “precarizada” ou desempregada. Mulheres negras empreendiam por necessidade ou trabalhavam como domésticas nas casas dos ex-senhores. Essa relação de desigualdade leva esse grupo a uma condição de maior vulnerabilidade.

[7] Para se ter uma ideia, de 2003 a 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o contingente de domésticas sem carteira assinada que contribuíam para o INSS aumentou de 8% para 23% no período.

[8] Ainda assim, a categoria tem dificuldade de se aposentar por tempo de contribuição, pois o setor é marcado por grande informalidade. No último trimestre do ano passado, 68,1% das trabalhadoras domésticas não tinham carteira assinada. O mesmo raciocínio se aplica em relação ao trabalho terceirizado para atividades meio.

[9] Existe um grande contingente de negras nessa relação de trabalho, sobretudo em funções de limpeza. Essas medidas vão dificultar ainda mais a vida dessas trabalhadoras, que já viviam em uma realidade precária. Antes essa condição não gerava muita comoção, justamente por se tratar de grupos historicamente “invisibilizados”.

[10] Por conta desses atentados, propagou-se a ideia de que viveríamos uma relação de escravidão moderna, o que, a meu ver, é equivocado.

[11] A escravidão moderna refere-se à comercialização de seres humanos que legitimou a dominação europeia. Ela fez parte da história de muitos povos. Quem perdia a guerra tornava-se propriedade do outro e existem vários exemplos de como esse processo se dava.

[12] O que entendemos por escravidão moderna foi, porém, a mercantilização de indivíduos, corpos negros como mercadoria a atravessar o Oceano Atlântico e para enriquecer os senhores na base do chicote nos países para os quais foram sequestrados.

[13] Entendo o uso do termo escravidão moderna quando se mencionam os quase 46 milhões de seres humanos a viver em um sistema análogo à escravidão pelo mundo. Nesse caso, falamos de tráfico humano, trabalho forçado, escravidão por endividamento, casamento forçado ou servil e exploração sexual comercial.

[14] Em relação à redução das leis trabalhistas, diria que viveremos uma espécie de “escravidão remunerada”.

[15] Em um país que ainda nega a terrível herança dos mais de 300 anos de escravidão e as violências históricas contra a população negra, apesar do reconhecimento de que a escravidão foi um crime contra a humanidade, como consta no documento final da Conferência de Durban, em 2001, é necessário fazer a historicidade do conceito. Nenhum conceito é “a-histórico”.

[16] Acredito que devemos lutar contra todas as formas de injustiças sociais e não somente contra aquelas que passam a nos atingir. É um dever moral exibir a realidade dos grupos categorizados “como vidas que não importam”, para citar Judith Butler. Dessa forma, poderemos realmente denunciar de maneira mais ampla todas as violências e reivindicar a humanidade verdadeira.


Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/revista/946/escravidao-remunerada Acesso em: 04/05/2017. (Adaptado)

Relacione as explicações para o uso de vírgulas apresentados na COLUNA I com cada um dos trechos da COLUNA II.



COLUNA I 



1- Assinalar inversão de adjuntos adverbiais.

2- Separar orações adjetivas de valor explicativo.

3- Separar orações coordenadas ligadas por algumas conjunções.

4- Separar termos coordenados.



COLUNA II



( ) “A reforma da Previdência, que caminha no Congresso sob a forma da Proposta de Emenda Constitucional no 287, também ...” 

( ) “No processo de industrialização do Brasil, com o incentivo” 

( ) “... a categoria tem dificuldade de se aposentar por tempo de contribuição, pois o setor ...” 

( ) “... falamos de tráfico humano, trabalho forçado, escravidão por endividamento ...”



Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA

Alternativas
Q1319024 Português

    Faz alguns anos que um grupo de amigos se reúne comigo para ler poesia. Numa dessas reuniões nos deparamos com esta afirmação de Gandhi: “Eu nunca acreditei que a sobrevivência fosse um valor último. A vida, para ser bela, deve estar cercada de vontade, de bondade e de liberdade. Essas são coisas pelas quais vale a pena morrer”. Essas palavras provocaram um silêncio meditativo, até que um dos membros do grupo, que se chama Canoeiros, sugeriu que fizéssemos um exercício espiritual. Um joguinho de “faz de conta”. “Vamos fazer de conta que sabemos que temos apenas um ano a mais de vida. Como é que viveremos sabendo que o tempo é curto?”

    A consciência da morte nos dá uma maravilhosa lucidez. D. Juan, o bruxo do livro de Carlos Castañeda, Viagem a Ixtlan, advertia seu discípulo: “Essa bem pode ser a sua última batalha sobre a terra”. Sim, bem pode ser. Somente os tolos pensam de outra forma. E se ela pode ser a última batalha, que seja uma batalha que valha a pena. E, com isso, nos libertamos de uma infinidade de coisas ptolas e mesquinhas que permitimos se aninhem em nossos pensamentos e coração. Resta então a pergunta: “O que é o essencial?”. Um conhecido meu, ao saber que tinha um câncer no cérebro e que lhe restavam não mais que seis meses de vida, começou uma vida nova. As etiquetas sociais não mais faziam sentido. Passou a receber somente as pessoas que desejava receber, os amigos, com quem podia compartilhar seus sentimentos. Eliot se refere a um tempo em que ficamos livres da compulsão prática – fazer, fazer, fazer. Não havia mais nada a fazer. Era hora de se entregar inteiramente ao deleite da vida: ver os cenários que ele amava, ouvir as músicas que lhe davam prazer, ler os textos antigos que o haviam alimentado.

    O fato é que, sem que o saibamos, todos nós estamos enfermos de morte e é preciso viver a vida com sabedoria para que ela, a vida, não seja estragada pela loucura que nos cerca.

(Rubem Alves. Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette. São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011. Adaptado)

Acerca da linguagem empregada no texto, é correto afirmar:
Alternativas
Q1318907 Português
Leia o texto.


Poluição do ar


Poluição do ar é qualquer substância química que pode causar danos às pessoas ou aos outros seres vivos. Alguns problemas comuns são fumaça, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, ozônio e chumbo. Muitos deles prejudicam os animais quando inalados ou penetram na pele. Outros se misturam com substâncias químicas inofensivas na atmosfera para formar a chuva ácida, por exemplo. Até substâncias químicas que não são normalmente tóxicas, como o dióxido de carbono, podem causar problemas ambientais de grande extensão se emitidas em grandes quantidades.

As pessoas estão trabalhando para reduzir a poluição do ar, usando filtros e escovas de chaminés nas usinas e nas centrais elétricas e nos exaustores catalíticos dos carros. Fontes alternativas de energia, materiais ecológicos e novos processos de produção e descarte também estão sendo desenvolvidos. Os governos estão colocando limites e cobrando multas das empresas que poluem. Tratados internacionais, tais como o Protocolo de Quioto, englobam esforços de muitos países para reduzir a emissão desses gases.


Coleção Explore o curioso mundo. São Paulo: Abril, p.142.
Assinale a alternativa que apresenta correto uso da vírgula.
Alternativas
Q1318017 Português
Quanto ao uso da vírgula, a frase correta é:
Alternativas
Q1317951 Português

    Quando veem a própria imagem refletida, os adolescentes se sentem cada vez mais diante daquele brinquedo do espelho mágico, que lhes acentua as bochechas, infla o aro da barriga e expande a curvatura dos braços e coxas, aproximando-os da figura de um pequeno barril. É o que se pode concluir com base nos dados de uma pesquisa conduzida pela psicanalista Mara Cristina de Lucia, diretora de psicologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. De cada dez adolescentes, pelo menos quatro acham que têm excesso de peso e precisam fazer regime, mesmo que a balança registre adequação aos padrões de saúde, revela a pesquisadora.

    Foram entrevistados 588 estudantes de São Paulo, entre 11 e 18 anos, nas diversas faixas de renda, até abril deste ano. Em porcentagens expressivas ainda em fase final de tabulação, esses adolescentes contaram que já fizeram algum tipo de dieta, praticaram exercícios com o objetivo de emagrecer ou se submeteram a tratamento estético. Houve até casos de entrevistados que tomaram remédios sem conhecimento dos pais, experimentaram laxantes e diuréticos ou induziram o vômito, práticas condenadas pelos médicos. Da amostra de estudantes, 10,7% já fizeram de dois a quatro regimes, 13,6% de cinco a oito e nada menos que 47,4% passaram dessa casa e perderam a conta. “É um cenário preocupante porque eles mergulham em dietas radicais, não conseguem manter o ritmo e depois recuperam todo o peso de volta”, avalia Mara Cristina.

    Esses números confirmam para o Brasil uma tendência já cristalizada nos Estados Unidos, conforme estudo apresentado no começo do mês pela epidemiologista Alison Field, da Faculdade de Medicina de Harvard. Ela participou do encontro anual da Associação Americana para o Estudo da Obesidade, na Califórnia, e apresentou um relato sobre um questionário aplicado a pré-adolescentes e adolescentes (de 9 a 14 anos de idade, 5.865 do sexo feminino e 4.322 do masculino, entre 1996 e 1997). Ficou comprovado que as garotas têm uma propensão muito mais acentuada do que os garotos a se considerarem acima do peso, embora a realidade mostre o inverso, isto é, quem aparece realmente com quilinhos a mais é o sexo masculino.

Há uma espécie de novo rito de passagem para as adolescentes, admitiu Alison Field na semana passada. Antes era a menstruação, hoje inclui fazer dieta. “O círculo de amizades e a mídia difundem o modismo de mulheres cada vez mais magras, e as adolescentes querem seguir esses padrões desde cedo.” No sexo masculino, a inclinação pelo regime era menos evidente, mas o comportamento está mudando. Segundo a médica, a imagem negativa associada às pessoas gordas já se sedimentou inclusive na pré-escola. Outro resultado importante do levantamento de Harvard indica que as garotas que faziam regimes frequentes tinham aproximadamente cinco vezes mais probabilidades de ficar com sobrepeso do que as que nunca aderiam a dietas. Poucas pessoas conseguem embarcar em redução da ingestão de alimentos por um longo período, e os dados de Alison Field apontam que a turma que sempre fecha a boca com mais determinação é também a mais propensa a episódios de comilança desenfreada em seguida.

(Os falsos gordos. Veja. Ed. 1679, 13 de dezembro de 2000. Disponível em: Acesso em 7 de junho de 2011.

Entre as frases abaixo transcritas do texto, o emprego da vírgula é optativo em:
Alternativas
Q1317813 Português

Texto: Sobre o óbvio 

A nossa classe dominante conseguiu duas coisas básicas: se assegurou a propriedade monopolística da terra para suas empresas agrárias, e assegurou que a população trabalharia docilmente para ela, porque só podia sair de uma fazenda para cair em outra fazenda igual, uma vez que em lugar nenhum conseguiria terras para ocupar e fazer suas pelo trabalho.

O alto estilo da classe dominante brasileira só se revela, porém, em toda a sua astúcia na questão da escravidão. A Revolução Industrial que vinha desabrochando trazia como novidade maior tornar inútil, obsoleto, o trabalho muscular como fonte energética. A civilização já não precisava mais se basear no músculo de asnos e de homens. Agora tinha o carvão, que podia queimar para dar energia, depois viriam a eletricidade e, mais tarde, o petróleo. Isso é o que a Revolução Industrial deu ao mundo. Mas os senhores brasileiros, sabiamente, ponderaram: - Não! Não é possível, com tanto negro à toa aqui e na África, podendo trabalhar para nós, e assim ser catequizado e salvo, seria uma maldade trocá-los por carvão e petróleo. Dito e feito, o Brasil conseguiu estender tanto o regime escravocrata, que foi o último país do mundo a abolir a escravidão.

O mais assinalável, porém, como demonstração de agudeza senhorial, é que ao extingui-la, o fizemos mais sabiamente que qualquer outro país. Primeiro, libertamos os donos da onerosa obrigação de alimentar os filhos dos escravos que seriam livres. Hoje festejamos este feito com a Lei do Ventre Livre. Depois, libertamos os mesmos donos do encargo inútil de sustentar os negros velhos que sobreviveram ao desgaste no trabalho, comemorando também este feito como uma conquista libertária. Como se vê, estamos diante de uma classe dirigente armada de uma sabedoria atroz.

Com a própria industrialização, no passado e no presente, conseguimos fazer treta. Nisto parecemos deuses gregos. A treta, no caso, consistiu em subverter sua propensão natural, para não desnaturar a sociedade que a acolhia. A industrialização, que é sabidamente um processo de transformação da sociedade de caráter libertário, entre nós se converteu num mecanismo de recolonização. Primeiro, com as empresas inglesas, depois com as ianques e, finalmente, com as ditas multinacionais. O certo é que o processo de industrialização à brasileira consistiu em transformar a classe dominante nacional de uma representação colonial aqui sediada, numa classe dominante gerencial, cuja função agora é recolonizar o país, através das multinacionais. Isto é também uma façanha formidável, que se está levando a cabo com enorme elegância e extraordinária eficácia.

RIBEIRO, Darcy. “Sobre o óbvio”. In: Ensaios insólitos. Rio de Janeiro: Ludens, 2011. 2 ed. Páginas 19 e 20. [Fragmento adaptado] 

“Agora tinha o carvão, que podia queimar para dar energia, depois viriam a eletricidade e, mais tarde, o petróleo.” Não haveria alteração de significado caso se eliminasse a vírgula antes da oração em destaque. Entretanto, cria-se outro sentido para a frase se forem suprimidas as vírgulas em:
Alternativas
Q1317650 Português

Leia o texto para responder à questão.


Esforço integral


    Há consenso de que manter alunos por mais horas no colégio traz ganhos positivos. O tempo extra pode ser empregado para projetos interdisciplinares, aulas de reforço ou atendimento individual daqueles estudantes que se atrasam.

    O Plano Nacional de Educação prevê que pelo menos 25% dos estudantes tenham carga de sete horas diárias até 2024. No estado mais desenvolvido da Federação, a proporção se encontra em 6%.

    Preocupante é o efeito multiplicador da desigualdade em alguns locais. Se a introdução do sistema implica acabar com o período noturno, estudantes que precisam trabalhar se veem forçados a procurar outro estabelecimento, que pode ficar longe da moradia ou do emprego, favorecendo a evasão.

    Há que aprender com os percalços da experiência e, em particular, atentar para a implementação da medida onde ela foi bem-sucedida. Este seria o caso da rede estadual de ensino médio de Pernambuco, que alcançou a terceira posição no ranking de desempenho de alunos em provas padronizadas.

    O estado conta com 57% de matrículas em escolas de período integral no ensino médio. A introdução em larga escala, segundo a Secretaria de Educação, mostrou-se decisiva para evitar o surgimento de ilhas de excelência e privilégio.

    A adoção se fez de maneira paulatina, começando pela primeira série de uma nova turma. Isso evitou que estudantes empregados da segunda e da terceira série precisassem buscar outra escola.

    Cabe ao governo paulista corrigir o rumo do período integral. A resistência não se afigura insuperável, e o benefício esperado justifica o esforço adicional para prosseguir na direção correta.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 31.10.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de pontuação.
Alternativas
Q1317249 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação está usada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q1317147 Português
O uso da vírgula está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:
Alternativas
Q1316626 Português

PERDIDO NA CIDADE (Autor desc.)

Um caipira veio pra cidade grande e ficou completamente perdido.

Então perguntou pra um sujeito que estava sentado na praça, fumando.

— Dia, moço... O sinhô sabe onde é que fica o terminal de Ônibus da Praça da Arve?

— Praça da Árvore? — corrigiu o sujeito.

— Isso, exatamente... Praça da Arve!

— Fica ali, ó! Na primeira rua à esquerda. Qualquer idiota sabe!

— Mais é por isso mesmo qui eu perguntei pro sinhô, uai!

http://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/2012/05/t extos-engracados.html

Para que a comunicação realmente se efetive, seis fatores participam desse processo, são eles: emissor, receptor, mensagem, código, canal e referente, sendo assim assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: SELECON Órgão: IF-RJ Prova: SELECON - 2019 - IF-RJ - Nível Médio |
Q1316500 Português
Combustível para o cérebro, o exercício físico é um importante aliado para a aprendizagem 

Melhora na capacidade de concentração, fixação de conteúdos, raciocínio lógico e memória são alguns dos benefícios da prática regular de atividades físicas. Crianças agitadas, salas de aula lotadas e o professor lutando para prender a atenção dos alunos. Esse cenário frequentemente descrito é fácil de ser imaginado por pais ou qualquer pessoa que conviva com crianças. A quantidade e a diversidade de informações e possibilidades a que elas estão expostas deixam cada vez mais difícil para os professores a missão de ensinar sem se reinventar. 

Há, porém, um aliado não tão convencional. Estudos mostram que a inserção de exercícios físicos em sala de aula, além das aulas de educação física, é um complemento que pode melhorar o processo de aprendizagem dos alunos.

Diversas pesquisas afirmam que o exercício físico regular em idade escolar ajuda na concentração e fixação de conteúdos, desenvolve melhor o raciocínio lógico e a memória, proporciona reflexos mais apurados e maior foco na realização de atividades escolares ou acadêmicas. 

Neurocientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, apresentaram recentemente uma pesquisa mostrando que alunos que se saem bem nos exercícios físicos também têm maior sucesso nas atividades escolares. Segundo o estudo, crianças e adolescentes que praticam esportes com frequência têm desempenho 20% superior ao dos alunos sedentários.

Aexplicação é simples: quando a pessoa se exercita, a produção de sinapses neurais aumenta. Ou seja, a prática de exercícios físicos tem o poder de desenvolver células cerebrais, criando novas conexões interneurais, que mantêm a mente jovem e ativa. 

Pequenos passos
Pode parecer estranho, mas o hábito de se realizar breves interrupções durante a aula para 10 minutos de exercícios físicos nas escolas tem ganhado espaço nas escolas americanas. Isso porque o relatório de 2013 do Instituto de Medicina dos Estados Unidos afirma que “crianças mais ativas prestam mais atenção, possuem velocidade de processamento cognitivo mais rápido e se saem melhor nas provas do que as crianças menos ativas.” 

Já o livro “Corpo Ativo, Mente Desperta: A nova ciência do exercício físico e do cérebro” (2012), escrito por John J. Ratey, neuropsiquiatra e professor da Universidade de Harvard, é baseado em pesquisas inovadoras. O autor explora a conexão entre mente e corpo e defende que o exercício é uma das armas mais eficientes para o bom funcionamento do cérebro humano.

Segundo Ratey, o movimento ativa todas as células cerebrais que as crianças estão usando para aprender despertando o cérebro. “O cérebro funciona exatamente como os músculos: cresce com o uso e atrofia com a inatividade”, defende o autor, destacando a importância de se exercitar com regularidade.

Desafios 
De acordo com a professora de educação física Daniela Souto, a atividade física escolar ajuda no melhor desenvolvimento físico e psíquico infantil.


“Temos diversas ferramentas, como jogos e atividades, que devem ser aplicados de acordo com a idade e desenvolvimento motor dos alunos. Porém, nos deparamos com algumas dificuldades para conseguir desenvolver essas atividades que vão desde a falta de espaço adequado até a ausência de material para a prática de atividades físicas”, diz. 

“Há escolas que não conseguem desenvolver um trabalho ideal com os alunos, deixando de potencializar o aprendizado em muitas outras áreas”, completa a professora.


Segundo Fernanda Spengler, psicóloga e especialista em psicopedagogia, a maioria das crianças experimentará algumas situações de dificuldade para manter a concentração ou o foco. Isso acontece quando elas estão cansadas, sobrecarregadas ou expostas a excesso de estímulos.

A prática da atividade física não deve ficar restrita apenas ao ambiente escolar. Cabe aos pais a busca de uma modalidade de esporte para a criança praticar desde cedo, pois, além de todos os benefícios citados, ainda ajuda no combate ao sedentarismo, que cresceu muito com os avanços tecnológicos. Também é papel dos pais participar, assistir, incentivar, motivar e ensinar aos pequenos que a atividade física é muito mais do que competição, é saúde e bem-estar.

Adaptado de: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/combustivel-para-o-cerebro-exercicio-fisico-eimportante-aliado-para-a-aprendizagem-ahvyohwise2znjuhjyzhdq2o9/. Último acesso em 08/09/2019. 

Releia o trecho a seguir para responder à questão.

Melhora na capacidade de concentração, fixação de conteúdos, raciocínio lógico e memória são alguns dos benefícios da prática regular de atividades físicas.(1º parágrafo)


As vírgulas empregadas nesse trecho servem para:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2019 - IF-MA - Nível Médio |
Q1316035 Português



    Na Serra da Barriga, em sua encosta oriental, viveram, sessenta e sete anos, os negros livres dos Palmares.

    Tinham fugido de várias fazendas, engenhos, cidades e vilas, reunindo-se, agrupando-se derredor dos chefes, fundando uma administração, um Estado autônomo, defendido pelos guerreiros que eram, nas horas de paz, plantadores de roças e criadores de gado.

    Elegiam, vitaliciamente, um Zumbi, o Senhor da força militar e da lei tradicional.
    Não havia ricos, nem pobres, nem furtos, nem injustiças.

(CASCUDO, Luís da Câmara. A morte de Zumbi. In: Lendas brasileiras. 8ed. São Paulo: Global, 2002. P. 45) 
No TEXTO, a expressão “nas horas de paz” aparece entre vírgulas por se tratar de
Alternativas
Q1315402 Português
Quanto à pontuação, analisar os itens abaixo:
I. Quando ele veio para casa, ela ainda estava no trabalho. II. Quero uma dúzia de ovos, duas barras de chocolate dois leites e um pacote de biscoito
Alternativas
Q1313128 Português
Leia o texto e responda a questão.

Fevereiro de 1878

       Assim como as árvores mudam de folhas, as crônicas mudam de título; e não é essa a única semelhança entre a crônica e a árvore. Há muitas outras, que não aponto agora por falta de tempo e de papel.
     O caso é que quando eu cronicava a quinzena tinha diante de mim (ou antes atrás) um espaço limitado, um período cujos limites podia ver com estes olhos que a terra me há de comer. Mas trinta dias! É quase uma eternidade, é pouco menos de um século. Quem se lembra de coisas que sucederam há quatro semanas? Que atenção pode sustentar-se diante de tão vasto período?
       Exemplo:
   Houve no princípio do mês uma mudança ministerial, uma completa alteração na política do governo. Que virei eu dizer de novo trinta dias depois? Quinze dias, vá; ainda parece que a gente vê o sucesso; os acontecimentos não são de primeira frescura, mas ainda estão frescos. Um fato de trinta dias pertence à história, não à crônica. 
      Digo isto, leitor amigo, para que, se alguma vez esta crônica te parecer mofada, fiques sabendo que a culpa não é minha, mas do tempo — esse velho e barbudo Cronos, que a tudo lança o seu manto de gelo. 
        Menos nas minhas costas que neste momento parecem uma encosta do Vesúvio. Lá me escapou um trocadilho... não risco; antes isso que uma injúria.
    Nem há outra utilidade nos trocadilhos.

(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1938. Disponível em: http://machado.mec.gov.br) 
Apesar da gramática normativa exigir que advérbios e locuções adverbiais deslocadas sejam separados por vírgula, é muito comum que diversos autores, mesmo os renomados, não sigam essa norma. Marque a opção em que a vírgula deveria ter sido utilizada.
Alternativas
Q1312997 Português
Considere o enunciado a seguir: “Todas as crianças que leram Alice no País das Maravilhas aprenderam a questionar o mundo que as cerca”.
Sobre este enunciado, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q1311773 Português

Leia o texto e responda a questão.


Óbito do autor

     Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. 

     Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia — peneirava — uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova: ''Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.''

     Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e aborrecido. Viram-me ir umas nove ou dez pessoas, entre elas três senhoras, minha irmã Sabina, casada com o Cotrim, a filha, — um lírio do vale, — e... Tenham paciência! Daqui a pouco lhes direi quem era a terceira senhora. Contentem-se de saber que essa anônima, ainda que não parenta, padeceu mais do que as parentas. É verdade, padeceu mais. Não digo que se carpisse, não digo que se deixasse rolar pelo chão, convulsa. Nem o meu óbito era coisa altamente dramática... Um solteirão que expira aos sessenta e quatro anos, não parece que reúna em si todos os elementos de uma tragédia. E, dado que sim, o que menos convinha a essa anônima era aparentá-lo. De pé, à cabeceira da cama, com os olhos estúpidos, a boca entreaberta, a triste senhora mal podia crer na minha extinção.

       — Morto! Morto! dizia consigo.

   E a imaginação dela, como as cegonhas que um ilustre viajante viu desferirem o vôo desde o Ilisso às ribas africanas, sem embargo das ruínas e dos tempos, a imaginação dessa senhora também voou por sobre os destroços presentes até às ribas de uma África juvenil... Deixá-la ir; lá iremos mais tarde; lá iremos quando eu me restituir aos primeiros anos. Agora, quero morrer tranqüilamente, metodicamente, ouvindo os soluços das damas, as falas baixas dos homens, a chuva que tamborila nas folhas de tinhorão da chácara, e o som estrídulo de uma navalha que um amolador está afiando lá fora, à porta de um correeiro. Juro-lhes que essa orquestra da morte foi muito menos triste do que podia parecer. De certo ponto em diante chegou a ser deliciosa. A vida estrebuchava-me no peito, com uns ímpetos de vaga marinha, esvaía-se-me a consciência, eu descia à imobilidade física e moral, e o corpo fazia-se-me planta, e pedra, e lodo, e coisa nenhuma.

     Morri de uma pneumonia; mas, se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma idéia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo.

(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Editora Moderna, 1994) 

Escolha a opção na qual, de acordo com a norma padrão, a vírgula deveria ter sido utilizada.
Alternativas
Q1309979 Português
Em relação ao emprego da vírgula, assinalar a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1309635 Português

Como combater fake news sem abrir espaço para a censura?



Apesar de boatos não serem, de forma alguma, um fenômeno recente, a dimensão de sua propagação proporcionada pelas redes sociais, especialmente em momentos críticos como [ ] vésperas de eleições, é. O combate [ ] fake news entrou na agenda política e midiática nacional, o que levou [ ] algumas possibilidades distintas de atuação.


Algumas pessoas tendem [ ] preferir soluções institucionais, como a responsabilização dos produtores e a tipificação do crime pela legislação brasileira. No entanto, essa via leva [ ] um outro questionamento ético: como garantir que [ ] pessoas nas instituições responsáveis por punir a propagação de fake news vão agir de forma isenta, sem incorrer em perseguição política contra adversários?


Para Daniel Nascimento, ex-hacker e consultor de Segurança Digital, a reação às notícias falsas deve ser tão “espontânea” quanto a sua propagação. Ele explica que a proliferação dos boatos é facilitada pelo imediatismo que a internet proporciona. “A pessoa só lê a manchete, três linhas, e já compartilha”, exemplifica. Por isso, ele trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta, a “fakenewsautentica”, que mostraria, mediante o uso de um comando, a veracidade das notícias recebidas pelo Whatsapp ou pelo Facebook instantaneamente. Segundo ele, é possível usar os “bots” que propagam notícias falsas para propagar os desmentidos e as notícias bem apuradas, com base no trabalho de jornalistas contratados para esse propósito.


Edgard Matsuki, jornalista responsável pelo site Boatos. org, acredita no poder da conscientização. “Hoje, grande parte das pessoas sabe operar quase que de forma intuitiva um smartphone, mas infelizmente as pessoas não são educadas para checar a informação que chega via redes sociais. Nesse sentido, iniciativas que visem aumentar o senso crítico das pessoas em relação ao que circula na internet são importantes”.


O site Boatos.org apresenta dicas de checagem, dentre as quais se destacam: 1) Quando se deparar com um conteúdo, ler a notícia por completo e não parar apenas no título ou nas primeiras frases. 2) Perguntar-se sobre até que ponto a notícia escrita tem chances de ser falsa. 3) Quando a fonte não está descrita no texto, ver se foi publicado em outras fontes confiáveis. 4) Quando a notícia tem um caráter muito alarmista, desconfiar. 5) Desconfiar também de um pedido de compartilhamento. Essa é uma tática para ajudar na sobrevivência do boato. Exemplo: conteúdos com a mensagem “compartilhe antes que apaguem essa informação”. 6) Verificar os erros de português, pois as notícias falsas não têm muito apreço pela correção gramatical.



CALEGARI, L. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/como-combater-fake-news-sem-abrir-espaco-para-a-censura/>Acesso: 04/julho/2018. [Adaptado]

Analise as afirmativas abaixo, considerando-as em relação ao texto.


1. Os segmentos “ex-hacker e consultor de Segurança Digital” (1a frase do 3o parágrafo) e “jornalista responsável pelo site Boatos.org” (1a  frase do 4o parágrafo) aparecem entre vírgulas por funcionarem como aposto.


2. O termo “fake news” é um vício de linguagem e não deveria estar presente em textos escritos.


3. Trata-se de uma matéria publicitária que divulga produtos gratuitos para alimentar fake news.


4. A expressão “No entanto” (2o parágrafo) introduz uma ideia de contraste, podendo ser substituída por “Entretanto”, sem prejuízo de significado no texto.


5. Em “Verificar os erros de português, pois as notícias falsas não têm muito apreço pela correção gramatical.” (5o parágrafo), o vocábulo sublinhado pode ser substituído por por que, sem prejuízo de sentido e sem ferir a norma culta da língua escrita.



Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q1309521 Português

Leia o texto abaixo e responda a questão.


A Daslu e o shopping-bunker



      A nova Daslu é o assunto preferido das conversas em São Paulo. Os ricos se entusiasmam com a criação de um local tão exclusivo e cheio de roupas e objetos sofisticados e internacionais. Os pequeno-burgueses praguejam contra a iniciativa, indignados com tanta ostentação.

         Antes instalada num conjunto de casas na Vila Nova Conceição, região de classe alta, a loja que vende as grifes mais famosas e caras do mundo passará agora a funcionar num prédio monumental construído no bairro "nouveau riche" da Vila Olímpia e ao lado do infelizmente pútrido e malcheiroso rio Pinheiros.

       A imprensa aproveita a mudança da Daslu para discorrer sobre as vantagens de uma vida luxuosa e exibir fotos exclusivas do interior da megaloja de quatro andares e seus salões labirínticos, onde praticamente não há corredores, pois, como diz a dona da loja, a ideia é que o consumidor se sinta em sua casa. 

        Estranha casa, deve-se dizer. Para entrar nela é preciso fazer uma carteira de sócio, depois de deixar o carro num estacionamento que custa R$ 30,00 (a primeira hora). Obviamente, tudo isso tem por objetivo selecionar os consumidores e intimidar os pouco afortunados – os mesmos que, ao se aventurar na antiga loja, reclamavam da indiferença das vendedoras, as dasluzetes, muito mais solícitas com aqueles que elas já conheciam ou que demonstravam de cara seu poder de compra.

      As complicações na portaria visam também, embora não se diga com clareza, a proteger o local e dar  segurança aos milionários de todo o país que certamente farão da nova Daslu um de seus "points" durante a estada em São Paulo, como já ocorria com a antiga casa. A segurança é um item cada vez mais prioritário nos negócios hoje em dia – antes mesmo da inauguração, a loja teve um de seus caminhões de mudança roubados.

    As formalidades na entrada levam ainda em conta a privacidade do local de quase 20 mil metros quadrados, não muito longe da favela Coliseu (sic). A reportagem de um site calculou, por falar nisso, que a soma da renda mensal de todas as famílias da favela (R$ 10.725, segundo o IBGE) daria para comprar apenas duas calças Dolce & Gabbana na loja. 

     Tais fatores, digamos assim, sinistros da realidade brasileira é que impulsionam o pioneirismo da nova Daslu. Sim, a loja é uma empreitada verdadeiramente inédita. A Daslu, que desenvolveu no Brasil um certo tipo de atendimento exclusivo e personalizado para ricos, agora introduz, pela primeira vez no mundo, o modelo do shopping-bunker.

      Todos sabem como os shopping-centers floresceram em São Paulo e nas capitais brasileiras, tanto pelas facilidades que propiciam para a gente que vive nos centros urbanos congestionados e tumultuados, quanto pela segurança. Ao longo dos anos, eles foram surgindo aqui e ali, alterando a sociabilidade e a paisagem das cidades. Acabaram se transformando em uma espécie de praça (fechada), onde as classes alta e média podiam circular com tranquilidade, sem serem importunadas pela visão e a presença dos numerosos pobres e miseráveis, que, por sua vez, ocuparam as praças públicas (abertas), como a da República e a da Sé, em São Paulo. Dentro dos shoppings, os brasileiros sonhamos um mundo de riqueza, organização, limpeza, segurança, facilidades e sobretudo de distinção que lá fora, nas ruas, está agora longe de existir.


     Mas talvez os shoppings, mesmo os mais sofisticados, como o Iguatemi, tenham se tornado democráticos demais para o gosto da classe alta paulista. A cada pequeno entusiasmo econômico, logo a alvoraçada classe média da cidade resolve se intrometer aos bandos nas searas exclusivas dos muito ricos. (...)



Disponível em: : https://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult682u123.shtml

Sobre as vírgulas empregadas na passagem “A Daslu, que desenvolveu no Brasil um certo tipo de atendimento exclusivo e personalizado para ricos, (...)” (7º parágrafo), pode-se afirmar que:
Alternativas
Q1308233 Português
Assinale a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase: “A casa tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.”
Alternativas
Respostas
2101: B
2102: E
2103: A
2104: A
2105: B
2106: B
2107: E
2108: E
2109: E
2110: A
2111: A
2112: D
2113: B
2114: C
2115: C
2116: B
2117: C
2118: B
2119: B
2120: A