Questões de Concurso
Comentadas sobre uso da vírgula em português
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Açaí é bom, mas engorda.
Sabe aquele grupo de antocianinas que auxiliaria o corpo a expulsar as gordurinhas a mais? Ele também está presente no açaí, uma das frutas tipicamente brasileiras, riquíssima no pigmento. Mas, calma lá, você provavelmente já ouviu falar que açaí engorda. E é preciso botar isso em preto no branco. Ele é calórico porque possui um elevado teor de lipídios, justifica o pesquisador Evaldo Silva, da Universidade Federal do Pará. O que se deve ressaltar, no entanto, é que a fruta contém ácidos graxos insaturados, gorduras de perfil semelhante às do azeite de oliva. Ou seja, para o coração, consumido sem exagero, é um coquetel maravilhoso de gordura benéfica com antocianina. Numa tigela você também garante fibras e proteínas. Mas, se o ponteiro da balança já incomoda, o melhor é escolher outros ingredientes cheios do pigmento. Diogo Sponchiato/Editora Abril. Analise as afirmativas feitas sobre o texto. 1. O título é formado por duas orações coordenadas que estabelecem entre si uma relação de oposição. 2. O trecho sublinhado no texto ressalta características positivas do açaí. Para conseguir isso, o autor vale-se da conjunção coordenada “no entanto” que traz sentido de conclusão do que foi dito na frase imediatamente anterior.
3. A conjunção “no entanto” está posta entre vírgulas porque está deslocada no período.
4. Pela leitura do texto, conclui-se que seu autor indica açaí para todas as pessoas.
5. Pela leitura do texto, pode-se concluir – mesmo sendo leigo no assunto – que antocianinas é um pigmento.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha. Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto, embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e pastéis, só em momentos especiais.
Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e, glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que batatas fritas?
Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa. Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.
Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha mais. Voltei aos antigos.
Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente. Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre será dela.
(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.
Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)
Os Incríveis Poderes de Odin
O maior dos deuses vikings ajudou a criar o mundo, era capaz de
mudar de aparência e tinha uma lança que nunca errava o alvo.
Por Da Redação 30 set 2006, 22h00 - Atualizado em 31 out 2016, 18h23
Odin está para a mitologia nórdica assim como Zeus para o panteão grego – e, por que não, como Deus para o cristianismo moderno. Cultuado como entidade suprema por antigas tribos do norte da Germânia (atual Alemanha) e toda a população escandinava medieval (sobretudo onde hoje estão Noruega, Suécia e Dinamarca, incluindo também os povos que se estabeleceram na Islândia), possuía o dom da onisciência, tendo o conhecimento de tudo o que acontecia tanto no mundo dos vivos quanto dos mortos, além de dominar a arte das magias.
Segundo a crença pré-cristã dos escandinavos, no início havia somente o mundo do gelo (Niflheim) e o mundo do fogo (Musphelhein). Entre eles, uma abertura completamente vazia, chamada Ginungagap, onde nada havia e nada vivia. E foi justamente ali, no vácuo, que, num belo dia, se encontraram o fogo e o gelo. O fogo lambeu o gelo até este tomar a forma de um gigante, batizado de Ymir, e de uma enorme vaca, Audumbla, cujo leite alimentava Ymir. A vaca também lambeu o gelo e criou o primeiro deus, Buri, que foi pai de Bor, que por sua vez gerou Odin e seus dois irmãos, Vili e Vé.
Ymir era hermafrodita e procriou sozinho a raça dos gigantes. Mas foi morto por Odin e seus irmãos. Da carne do gigante, o trio formou a terra. De seu sangue, o mar. Dos ossos, as montanhas. Dos cabelos, as árvores, e de seu crânio, a abóbada celeste. Fizeram, ainda, de dois troncos de árvores, o primeiro par de humanos: Ak e Embla.
Fonte de Sabedoria
Além de criar o mundo, Odin era venerado como
deus da sabedoria. O que nem sempre foi assim. Reza a
lenda que ele, ávido por conhecer todas as coisas da
vida, feriu-se com a própria lança e suspendeu-se de cabeça para baixo na árvore Igdrasil, um freixo gigante que se eleva por cima dos nove mundos da mitologia
nórdica, estendendo suas raízes por todos eles. Foi
assim, oferecendo a si mesmo como sacrifício, que Odin
recebeu a sabedoria das runas, símbolos mágicos do
antigo alfabeto germânico, com os quais os homens podem prever o futuro. Depois, quis beber da “fonte da
sabedoria”, mas houve um novo preço a pagar: seu tio
Mimir, guardião da fonte, exigiu que Odin atirasse um
de seus olhos no poço para ter direito a um gole. Feito
isso, ele obteve tanto conhecimento que trouxe Mimir de volta à vida, após este ser morto na guerra entre os Aesir
e os Vanir, duas famílias rivais dentro do panteão
nórdico. Mas somente a cabeça de Mimir foi revivida.
Embalsamada, ela continuou na fonte do conhecimento,
sendo capaz de responder a qualquer pergunta que lhe
fizessem.
Odin mantinha-se informado dos acontecimentos graças aos dois corvos que levava nos ombros, Hugin (pensamento) e Munin (memória), que viajavam por toda a parte e lhe sussurravam o que se passava no mundo. Tornou-se deus da poesia, após ter roubado o hidromel, bebida favorita dos deuses, feito de mel e do sangue do sábio Kvasir. Seu cavalo de pêlo cinza, Sleipnir, tem oito pata e anda pela terra, pelo ar e pelos infernos.
Dependendo do dialeto, Odin pode aparecer com diferentes nomes, sendo o principal deles Wotan. Sua esposa, a deusa Friga, algumas vezes é confundida com Freia, deusa guerreira, a primeira das Valquírias - que significa, nas primitivas línguas germânicas, as que escolhem os mortos. Na mitologia, eram virgens armadas e formosas. Seu número habitual era três. Escolhiam os mortos em combate e levavam suas almas ao épico paraíso de Odin, chamado Valhala, cujo teto era de ouro e iluminado não por lâmpadas, mas espadas. Sob a crescente influência do cristianismo, o nome Valquíria degenerou. Um juiz na Inglaterra medieval mandou queimar uma pobre mulher acusada de ser uma Valquíria; ou seja, uma bruxa.
Embora possuísse a lança Gungnir, que jamais errava o alvo e em cujo cabo havia runas que ditavam a preservação da lei, a figura de Odin não era exatamente a de um guerreiro, mas inspirava combatentes a se lançarem freneticamente na batalha, sem nenhum sentimento ou temor. Nos últimos séculos pagãos, os vikings, povos nórdicos dados a luta e guerras, foram os derradeiros a combater invocando o nome de Odin. Os abatidos nesses confrontos, chamados de einherjars (mortos gloriosos), eram reunidos no salão da Valhala, a grande fortaleza do deus. Os rituais de enforcamento também faziam parte da veneração a Odin, sendo que o suicídio por essa prática era considerado um atalho para Valhala. Loucura? Não se fizermos um paralelo com a atual Jihad islâmica e seus homens-bomba...
Disponível em http://super.abril.com.br/historia/os-incriveis-poderes-de-odin/. Texto
adaptado para uso nesta avaliação.
Leia as seguintes passagens do texto:
“(...) Odin recebeu a sabedoria das runas, símbolos mágicos do antigo alfabeto germânico, com os quais os homens podem prever o futuro.
“(...) após ter roubado o hidromel, bebida favorita dos deuses, feito de mel e do sangue do sábio Kvasir”.
Sobre o uso da vírgula presentes nos trechos acima, pode-se afirmar que:
Uma estranha descoberta
Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava.
“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos.
O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava.
– Ora essa! Parecem ramos de árvores!
Só então viu que havia uma luz em frente, não a dois palmos do nariz, onde deveria estar o fundo do guarda-roupa, mas lá longe. Caía-lhe em cima uma coisa leve e macia. Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar. Sentiu-se um pouco assustada, mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído. Naturalmente, deixara a porta aberta, porque bem sabia que é uma estupidez uma pessoa fechar-se num guarda-roupa. Lá longe ainda parecia divisar a luz do dia.
- Se alguma coisa não correr bem, posso perfeitamente voltar.
E ela começou a avançar devagar sobre a neve, na direção da luz distante.
Dez minutos depois, chegou lá e viu que se tratava de um lampião. O que estaria fazendo um lampião no meio de um bosque? Lúcia pensava no que deveria fazer, quando ouviu uns pulinhos ligeiros e leves que vinham na sua direção. De repente, à luz do lampião, surgiu um tipo muito estranho.
Era um pouquinho mais alto do que Lúcia e levava uma sombrinha branca. Da cintura para cima parecia um homem, mas as pernas eram de bode (com pelos pretos e acetinados) e, em vez de pés, tinha cascos de bode. Tinha também cauda, mas a princípio Lúcia não notou, pois ela descansava elegantemente sobre o braço que segurava a sombrinha, para não se arrastar pela neve.
Trazia um cachecol vermelho de lã enrolado no pescoço. Sua pele também era meio avermelhada. A cara era estranha, mas simpática, com uma barbicha pontuda e cabelos frisados, de onde lhe saíam dois chifres, um de cada lado da testa. Na outra mão carregava vários embrulhos de papel pardo. Com todos aqueles pacotes e coberto de neve, parecia que acabava de fazer suas compras de Natal.
Era um fauno. Quando viu Lúcia, ficou tão espantado que deixou cair os embrulhos.
– Ora bolas! - exclamou o fauno.
[...]
LEWIS, C.S.Uma estranha descoberta.In: As Crônicas de
Nárnia.Tradução de Paulo Mendes Campos. São Paulo: Martins
Fontes, 2005. p.105-6. Volume único.
A inclusão da vírgula provocará, de acordo com a norma culta, um equívoco gramatical:
I. “De repente, notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés.”
II. “Lá longe, ainda parecia divisar a luz do dia.”
III. “E ela, começou a avançar devagar sobre a neve”
IV. Na outra mão, carregava vários embrulhos de papel pardo.
O equívoco será provocado apenas em:
Manchetes
Sírio Possenti
[1] Ler manchetes é uma aventura. Jornais têm um contrato com seus leitores, dizem estudiosos do discurso. O fundamental é o da veracidade: o leitor deveria poder acreditar que o que lê no jornal é verdadeiro. Trata-se de uma "verdade" precária, de fato. Não sei o que seria dos historiadores se sua única fonte fosse a mídia. Ainda bem que podem analisar as guias de importação e de exportação e outros documentos.
[2] Além de acharem que sustentam esse contrato, jornalistas são levados a crer que as línguas podem ser exatas: bastaria alguma competência e um pouco de caráter para tornar as notícias objetivas. Ledo engano. É claro que línguas, às vezes, podem ser objetivas. Melhor dizendo: alguns textos podem até ser objetivos, considerado um contexto histórico e um conjunto de pressupostos.
[3] Mas os jornais parecem fazer um esforço especial para dar trabalho aos leitores. Uma das manchetes da Folha de 8/11/2011, por exemplo, é "DILMA NOMEIA PARA VAGA DO SUPREMO GAÚCHA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO". Um estudioso de processamento mental de sequências mais ou menos "simples" testaria esta manchete contra esta outra: DILMA NOMEIA GAÚCHA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA VAGA DO SUPREMO. Creio que obteria resultados interessantes sobre maiores ou menores dificuldades de interpretação de estruturas mais ou menos "diretas".
[4] Mas uma manchete desse tamanho é um escândalo - quase não é manchete. Um chefe [de redação] poderia propor DILMA NOMEIA GAÚCHA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA O SUPREMO, deixando para o leitor a "descoberta" de que se trata de preencher uma vaga.
[5] Parênteses: ritmo e relevância deveriam ser os traços fundamentais da manchete: MORRE AOS 67 ANOS JOE FRAZER, LENDA DO BOXE MUNDIAL, na Folha do dia 9/11/2011, é o fim da picada! Por que não "MORRE JOE FRAZER, LENDA DO BOXE"? Alguém vai achar que é brasileiro? E por que informar a idade na manchete, a não ser que fosse de relevância extrema?
[6] O jornal gosta de correr riscos. Em outro caderno, cravou EMBRAER É ALVO DE PROTECIONISMO NOS EUA. A xícara parou a meio caminho. Me perguntei se era isso mesmo: o que poderia significar "alvo de protecionismo"? Os EUA estariam protegendo a Embraer? Não podia ser isso, não porque esse não pudesse ser o sentido da manchete. Simplesmente, achei que o fato seria incompatível com posições americanas típicas.
[7] Ser alvo de protecionismo significa, considerado o texto, que a Embraer é atacada para que empresas americanas sejam protegidas. Ou seja, empresas americanas são objeto de protecionismo. A Embraer ser alvo significa que é combatida com medidas de proteção (protecionistas) a suas concorrentes?
[8] O texto informa que a Embraer está sendo combatida nos EUA para que não vença uma licitação. Ou seja, os EUA estão protegendo companhias americanas (na verdade, atacando a Embraer). O protecionismo dos EUA é a proteção de suas empresas.
[9] Peço ajuda aos universitários...
Disponível em <http://terramagazine.terra.com.br>
Aprenda a escolher o corte certo da carne
Coxão mole, patinho, alcatra... O boi se divide em 21 cortes e, na hora do preparo, a escolha certa faz toda a diferença! Entenda quais são as carnes de "primeira" e de "segunda" para seus pratos.
Você vai ao açougue e encontra uma vitrine repleta de peças de carne. À primeira vista, qualquer uma delas parece servir perfeitamente para aquele suculento picadinho… Só que não! O boi é dividido em 21 partes e seus cortes são classificados como “de primeira” (macios e mais caros) e “de segunda” (mais duros e baratos), e cada tipo é indicado para uma receita específica. “O valor nutritivo dos diferentes tipos de carne é praticamente o mesmo. A diferença está na maciez e na quantidade de nervo e gordura”, afirma a nutricionista Clorisana Abreu. O músculo, por exemplo, fica numa parte do corpo do animal que exige mais esforço. Daí, as fibras enrijecem e deixam o corte endurecido. Já o filé-mignon está localizado numa parte menos usada do boi – por isso é o tipo mais macio. [...]
Disponível em: <http://claudia.abril.com.br/gastronomia/aprenda-a-escolher-o-corte-certo-da-carne/>.Acesso em: 17 fev. 2017.
No período destacado O músculo, por exemplo, fica numa parte
do corpo do animal que exige mais esforço, justifica-se o
emprego das vírgulas por
Dadas as afirmativas sobre os aspectos morfossintáticos dos quadrinhos,
I. O pronome demonstrativo ESTA, 1º quadrinho, foi corretamente empregado, já que expressa proximidade de quem se manifesta com o objeto referente.
II. A linguagem verbal do 2º quadrinho foi constituída por apenas um período simples.
III. A vírgula, que aparece no 2º quadrinho, está de acordo com as orientações gramaticais, uma vez que aparece isolando um termo explicativo.
IV. O termo TODA A PROVA, presente no 3º quadrinho, apresenta idêntica classificação sintática que AS QUESTÕES, no 3º quadrinho.
verifica-se que está(ão) correta(s)
MICHAEL STIVELMAN
Empresário, 84 anos. É presidente do banco Cédula. Sobrevivente
do Holocausto, escreveu os livros A marca dos genocídios e A marcha.
“Eu não só vi o Holocausto: eu o vivi. E sobrevivi para contar. Fui um dos poucos de uma família de 79 pessoas. Foi em julho de 1941 que os soldados alemães chegaram ao nosso povoado: Secureni, que ficava na então Bessarábia (hoje território da Ucrânia). Não demorou a vir pelos altofalantes a ordem para que todos os judeus se reunissem na manhã seguinte, na praça próxima ao cemitério judaico. Devíamos levar nossos pertences e mantimentos. Quem não obedecesse seria fuzilado. Começou ali nossa marcha de 1.500 quilômetros - que fizemos sujos, doentes e famintos. Marchar longas distâncias era uma das formas que os nazistas usavam para exterminar os judeus. Aprendemos a aceitar a morte, de tão corriqueira.
Como sobrevivi? Graças aos valentes do povo ucraniano, que correram risco para salvar inocentes. Já em outubro daquele ano, na Ucrânia, minha mãe perdeu as forças em decorrência do tifo, uma doença comum durante a guerra. Conseguimos nos esconder numa vala. Com medo de que fôssemos descobertos, ela me pediu para abandoná-la. A decisão era complicada - me salvar, abandonando-a, ou ficar e correr o risco de ser capturado e morto. Eu fiquei. Ao anoitecer, vimos luzes em um povoado. Batemos numa porta, que foi aberta por uma mulher e sua filha, as duas cristãs. Comovidas com nossa história, elas nos acolheram e ficamos escondidos.
Em setembro de 1941, eu, minha mãe e meu pai passávamos perto de uma floresta. Lembro ainda das trincheiras cavadas e do cheiro de corpos em decomposição. Soldados convocavam homens mais velhos para ajudar na limpeza da estrada. Era mentira. Meu pai foi. Estava magro, com semblante abatido - lembro ainda que conversou alguns minutos com minha mãe. Beijou-me várias vezes e pediu que cuidasse dela. Nunca mais o vi. Foi fuzilado e jogado numa vala comum. Em 1944, depois de o Exército russo libertar os judeus, voltei ao lugar onde ele tinha morrido. Era primavera e tudo florescia na floresta - mas eu só me lembrava do dia cinza de anos atrás. Disse então um kadish, a prece milenar dos órfãos e enlutados judeus, com três anos de atraso.
Mas este não é um depoimento só de tristeza. Hitler quis construir um império de 1.000 anos. Não durou nem 15. Eu pude reconstruir minha vida no Brasil, esta terra abençoada. Minha história é prova de que é possível seguir em frente, mesmo que tenha lembranças tão terríveis como a do Holocausto. Como se faz isso? Vivendo um dia de cada vez, apoiando-se no amor que sentimos por nossa família. Não me esqueci do que passei. Ainda tenho pesadelos. Mas isso não encerrou minha vida. Encontrei o amor, tive meus filhos e reencontrei a alegria. Vim para o Brasil com minha mãe, quando eu tinha 20 anos. Parte de minha família já tinha se estabelecido no Recife e no Rio de Janeiro desde 1906. Escolhi o Rio. Quando cheguei, trabalhei como vendedor ambulante, batendo de porta em porta. Ainda me lembro da primeira venda: um cordão de ouro com uma medalha e um relógio. A dívida era registrada num cartão, com a data da cobrança.
Passei 50 anos sem falar nesse assunto. Hoje, penso que tenho obrigação de divulgar as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, ciganos e outros povos. Histórias como a que vivi são uma bandeira para lutarmos por um mundo que respeite as diferenças.”
Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2012/01/vivi-depois-do-holocausto.html
BOLO DE LIQUIDIFICADOR
Ingredientes
• 3 ovos grandes
• 1 xícara (chá) de açúcar
• 2 xícaras (chá) farinha de trigo
• 1 xícara (chá) de chocolate em pó ou achocolatado
• 1/2 xícara (chá) de óleo
• 1 colher (sopa) de fermento em pó cheia
• 1 colher (chá) de bicarbonato
• 1 pitada de sal
• 2 xícara (chá) de água quente
Cobertura
• 1 lata de leite condensado
• 3 colheres de Nescau
• 1/2 caixinha de creme de leite
• Coco ralado ou chocolate granulado
Como fazer
No liquidificador, coloque os ovos, açúcar e óleo.
Bata um pouco, acrescente a água aos poucos até ficar bem clarinho, uns 2 minutos.
À parte, coloque em uma vasilha a farinha, o chocolate em pó e o sal, misture bem e reserve.
De volta ao liquidificador, depois que ficou branquinho, coloque aos poucos a mistura da farinha e chocolate, bata bem.
Depois de bem batido, coloque a colher de fermento em pó e a colher de bicarbonato, bata o mínimo no liquidificador, só para misturar.
Desligue e coloque essa mistura numa forma média untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo.
Coloque o bolo para assar em temperatura de 180°, por mais ou menos 40 minutos, dependendo de cada forno.
Esse bolo cresce e não murcha, quando sentir o cheirinho de bolo assado está quase pronto, espete um garfo, se sair limpo, está assado.
Esse bolo fica super macio e bem cozido por dentro.
Cobertura
Coloque o leite condensado em uma panela, junte o achocolatado, mexa bem até dar o ponto de brigadeiro, depois coloque o creme de leite, vai ficar bem líquido.
Continue mexendo até o ponto de brigadeiro de novo.
Depois de pronto, jogue em cima do bolo.
Polvilhe o coco hidratado por cima (opcional).
Adaptado de http://tvg.globo.com/receitas/bolo-de-liquidificador
Você é um fisioterapeuta que faz parte do GRUPO dos 5%?
(1º§) Durante os meus 10 anos em sala de aula ensinando futuros fisioterapeutas percebo que Max Geringher está coberto de razão. Segue abaixo um texto muito importante aos fisioterapeutas. Este texto é muito interessante e por isso resolvi compartilhar ele com você. Ele fala sobre a lição dos 5%.
(2º§) Vamos ao ensinamento: Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula pedindo um pouco mais de silêncio, mas ninguém daquela turma se preocupou em atendê-lo.
(3º§) Com certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou muito, pois os alunos ignoraram a solicitação e continuaram firmes com a animada conversa dentro da sala de aula. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e decidiu tomar uma atitude mais drástica.
(4º§) - Agora prestem atenção, porque eu vou falar isso uma única vez - disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
(5º§) - Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
(6º§) - O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
(7º§) - É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo, sabendo ter investido nos melhores.
(8º§) - Mas, infelizmente, não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo, será capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês, sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.
(9º§) - Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje.
(10º§) Não é preciso dizer que o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu, após aquele discurso, foi devastador. Aliás, essa observação tocou fundo em todos aqueles alunos, pois a partir dali, aquela turma teve um comportamento exemplar, em todas as aulas.
(11º§) Hoje, certamente, há muitos que não lembram muita coisa destas aulas, mas a observação do professor, essa nunca mais esquecerão. Aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença na vida de muitos. De fato, podemos perceber que ele tinha razão e desde então, a maioria de seus alunos, fizeram de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não haveria como saber quem estava indo bem ou não; só o tempo mostraria a qual grupo cada um pertenceria no futuro próximo.
(12º§) A pergunta persiste: Você é um fisioterapeuta que faz parte do grupo dos 5%?
Max Gehringer é administrador de empresas e escritor, autor de diversos
livros sobre carreiras e gestão empresarial.
Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro, sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).
“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo”.
O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra inclinada. Sobre o emprego das vírgulas nessas duas partes, é correto afirmar que: