Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q580603 Português
Texto III
                        Desinteresse de jovens por carros
                                 preocupa montadora

 

CAVALCANTI, M. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/1838/desinteresse-dos-jovens-por-carros-preocupa-montadora.html?print=s>. 9 abr. 2012. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado.
No trecho do Texto III “hoje Facebook, Twitter, Orkut e mensagens de texto permitem que os adolescentes e jovens de 20 e poucos anos se conectem sem rodas." (L. 15-18), as vírgulas são empregadas para separar elementos de uma enumeração, assim como em:
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Q580595 Português
Texto I

                               Viver com menos

 

       

VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção Comportamento. Adaptado
De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos empregos da vírgula é a separação de uma expressão ou oração adverbial antecipada.
O trecho do Texto I que exemplifica esse tipo de uso é:
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Q580541 Português

            Aumentar idade mínima para compra de cigarro evita vício

                                               em jovens

                                                                                                    UOL, 03/04/2015

      Aumentar a idade mínima permitida para comprar legalmente cigarros pode ter um efeito drástico no uso do tabaco por adolescentes, especialmente de 15 a 17 anos, segundo um estudo da Universidade de Michigan, divulgado pelo Institute of Medicine. O impacto na saúde pública também seria relevante.

      O levantamento aponta que usuários mais jovens são, geralmente, mais suscetíveis a pegar carona nos hábitos dos amigos e conseguir cigarros com eles, sendo que poucos compram cigarros ilegalmente. Apenas quando atingem a idade adulta, por volta dos 25 anos, é que passam a fazer mais escolhas por conta própria.

      “Embora o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas seja atingido aos 16 anos, as partes do cérebro mais responsáveis pela tomada de decisão, controle de impulsos e susceptibilidade dos colegas e conformidade continuam a desenvolver-se até os 25”, explicou o professor Richard Bonnie, responsável pela pesquisa.

      Dos fumantes pesquisados, 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos. A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26, o que sugere que dificilmente uma pessoa se tornará fumante após os 25 anos.

      Segundo simulações apresentadas no relatório, se o aumento na idade mínima ocorresse hoje nos Estados Unidos, haveria mudanças significativas na quantidade de jovens fumantes em 2100. Mais precisamente, se a idade mínima passasse para 19 anos, haveria uma diminuição de 3% no total de fumantes. Se passasse para 21, cairia 12%. E, caso fosse para 25 anos, o número de fumantes diminuiria 16%.

      Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, a maioria dos Estados permite a compra do cigarro a partir dos 18 anos. Alguns (Alabama, Alasca, Nova Jersey e Utah) permitem a partir dos 19, e a cidade de Nova York aumentou a idade mínima para 21 anos.

      Considerando, portanto, que o aumento da idade mínima diminui a taxa de iniciação no vício, os pesquisadores concluem que a medida resultaria em queda nas doenças e mortes relacionadas ao tabaco.

      Se a idade mínima aumentasse para 21 anos nos Estados Unidos, haveria menos 249 mil mortes prematuras entre pessoas nascidas entre 2000 e 2019 e pelo menos 45 mil mortes a menos por câncer de pulmão no período, segundo o relatório.

      “Ao avaliar as implicações na saúde pública pelo aumento da idade mínima para acessar os produtos do tabaco, este relatório tem como objetivo fornecer a orientação científica de que Estados e municípios precisam ao avaliar novas políticas para atingir o objetivo final, que é a redução e a eventual eliminação do uso de tabaco por crianças e pelos jovens “, disse Victor Dzau, presidente do Institute of Medicine.

                                                    Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-

noticias/redacao/2015/04/03/permitir-cigarro-depois-dos-21-anos-evita-vicio-em-

                                                                                 adolescentes-diz-estudo.htm

Em “Se passasse para 21, cairia 12%", a vírgula foi empregada para separar
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Q580386 Português
      Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria livros.
      Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem, há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam como uma espécie de “detox", uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato, parecem esquecer os problemas do dia.
      Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e tranquilidade.
     Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen Nogueira e Alexandre Almeida. “Na arteterapia, há um assunto específico a ser trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração", afirmam. Ou seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse, mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e ansiedade.

                                                                             (Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula.
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Q580017 Português

                  

No que se refere às estruturas linguísticas e às ideias do texto A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil, julgue o item seguinte.

A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se, no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas e a forma verbal “prestava” (l.5) fosse substituída por prestavam.

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Q579914 Português

 


O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações. In: O desempenho do setor de telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15. 

Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9. Internet: <www.telebrasil.org.br > (com adaptações).

Com relação às estruturas linguísticas do texto O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações, julgue o seguinte item.
No final do primeiro parágrafo, caso se substituíssem o sinal de dois-pontos por vírgula e a palavra “melhorou” por que passou, a correção gramatical do período seria mantida.
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Q579864 Português

                  

Julgue o próximo item, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto Os territórios inteligentes

No primeiro parágrafo do texto, os travessões foram utilizados para separar informação de caráter explicativo e, sem prejuízo da correção gramatical, podem ser substituídos por parênteses, desde que suprimida a vírgula empregada logo após o segundo travessão.
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Q579852 Português

                  

Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto Tecnologia gera emprego, julgue o item subsequente.

A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos caso, no início do segundo parágrafo, fosse inserida uma vírgula imediatamente após “coletados” (l.15) e suprimida a utilizada logo após “Reino Unido” (l.16).

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Q579434 Português
Assinale a alternativa em que o emprego dos sinais de pontuação e do sinal indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão.
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Q578264 Português
                                 A formação do Brasil - LYA LUFT  

A gente quer a sensação não apenas de ser brasileiro, amar este país complicado, e lutar por ele, mas de ter isso reconhecido de uma forma mais clara e melhor". 

Sempre me preocupam posições aleatórias ou radicais, com ou sem fundo ideológico, com respeito à formação étnica e cultural do Brasil (ainda existe realmente o ideológico, ou tudo é jogo do grande partido do PIP, o Partido do Interesse Próprio, que às vezes parece ser o preponderante neste país?). Temos oficialmente o Dia do Índio e o Dia do Negro. Divulgam-se e se promovem programas, disciplinas, mil atividades quase sempre relacionadas ao índio e ao negro. Mais do que justo. O primeiro, porque foi o morador desta terra, quando aqui chegamos e o destruímos. O segundo, porque com seu sangue, sofrimento e trabalho duro construiu parte disso que somos e provou que não somos nada santos, pois tínhamos escravos - como boa parte do mundo tinha, incluindo tribos africanas e povos dos mais variados que, vergonha, opróbrio, escravizavam grupos vencidos em guerras.  

Porém, eu gostaria que houvesse mais disciplinas, festejos, ensinamentos, referências aos outros povos e raças que nos fizeram. Os portugueses, italianos, alemães, japoneses, árabes, poloneses, judeus, e tantos mais, sobretudo aqueles que nos povoaram, fizeram crescer, que nos civilizaram e ainda sustentam com suor, trabalho - e às vezes lágrimas - até o dia de hoje. Que nos tornam esse país vasto e, contraditório, problemático, pré-adolescente, que ainda somos - com todos os encantos e disparates que essa fase da vida costuma oferecer.

E gostaria que não só pequenas comunidades em cidades grandes ou no interior comemorassem a cultura de determinados grupos, mas que isso fizesse parte da agenda oficial. Por que não o Dia do Alemão, do Judeu, do Árabe, do Italiano, por exemplo? Do Polonês ou do Português, por exemplo? Pois todos merecem todos contribuem igualmente, todos à sua maneira foram sacrificados, às vezes vilipendiados, não entendidos. Todos sofreram. Meus antepassados, já escrevi isso mais de uma vez, vieram da Alemanha há quase 100 anos, passaram privações inimagináveis em navios, embora não acorrentados.  

Foram convocados para povoar, no meu caso, uma região bem aqui no sul do Brasil, onde foram largados de mãos vazias de recursos e ouvidos cheios de promessas não cumpridas. Receberam umas poucas ferramentas, nada mais. Enfrentaram tribos hostis, animais ferozes, natureza e clima estranhos, doenças desconhecidas e isolamento devido ao idioma. As criancinhas morriam em quantidades assustadoras, os doentes eram tratados com chás e orações, pequenos cemitérios cresciam como cogumelos. Aos poucos mandaram buscar mais pessoas, médico, pastor, padre, professor, e foram-se construindo casas, povoados, vilas, hoje florescentes cidades de todos os tamanhos. Apesar das dificuldades da língua, foram-se aclimatando, e se consideram tão brasileiros quanto eu, de cinco ou mais gerações nesta terra amada. Isso deve merecer consideração especial.

Escrevo isso como poderia escrever se tivesse antepassados japoneses ou árabes, judeus ou italianos. A gente quer a sensação não apenas de ser brasileiro, amar este país complicado, e lutar por ele, mas de ter isso reconhecido de uma forma mais clara e melhor. Vamos aprender danças e rituais indígenas, comidas e cultos e palavras africanas, mais do que certo: pois somos resultado e mistura de tudo isso. Mas vamos, então, ter outras datas, referências, homenagens e aprendizados mais amplo e mais justos sobre as culturas e etnias que igualmente nos formaram como somos hoje, e vão continuar, cada uma do seu jeito e no seu ritmo, promovendo o país com que tanto sonhamos, onde todos têm hora, voz e vez garantidas e apreciadas.

FONTE: LUFT, Lya. In: VEJA, nº 2264 de 11 de abril de 2012. (Com adaptações).  
Na passagem: “Sempre me preocupam posições aleatórias ou radicais, com ou sem fundo ideológico, com respeito à formação étnica e cultural do Brasil (ainda existe realmente o ideológico, ou tudo é jogo do grande partido do PIP, o Partido do Interesse Próprio, que às vezes parece ser o preponderante neste país?)". A expressão em destaque aparece entre vírgulas para: 
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Q578140 Português
Polo Médico do Recife
O Recife dispõe de um polo médico, que é considerado o primeiro de todo o Norte/Nordeste e o segundo do Brasil em qualidade, modernidade e avanço tecnológico, ficando atrás apenas do polo da cidade de São Paulo. Formado por 417 hospitais, clínicas, laboratórios e centros de diagnósticos por imagem, esse polo médico oferece um total de 8,2 mil leitos e atende a uma clientela de cerca de 20 mil pessoas/dia, a maioria usuários dos planos de saúde.
Grande gerador de empregos no Recife, o polo médico absorvia em 2002, segundo estudo do Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas (IPSA) da Universidade Federal de Pernambuco, a mão de obra de 20,8 mil pessoas na cidade. Considerando-se, também, a mão de obra de outras empresas diretamente ligadas ao polo, esse total chega a 34,7 mil empregos formais em três mil estabelecimentos nas áreas de hotelaria, transporte, escritórios, informática, entre outras.
Além de sua importância para a economia do Estado, o polo médico do Recife se destaca, sobretudo, pela oferta de serviços médico-hospitalares com alto padrão de especialização. Tanto isso é verdade que é graças ao polo que Pernambuco dispõe, hoje, de mais aparelhos de tomografia computadorizada do que países como o Canadá ou a França. Os hospitais recifenses são dotados de instalações e equipamentos dos mais avançados, e muitos deles têm até helipontos.
Boa parte dos hospitais e clínicas médicas que integram o polo médico do Recife está localizada entre os bairros do Derby e Ilha do Leite. Entre os serviços prestados, destaque para as especialidades de cardiologia, patologia clínica, oftalmologia e hepatologia. Os clientes do polo se situam nas faixas de renda A, B e C, associados aos planos ou seguros saúde. A maioria dos hospitais e unidades instalados no local não atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Polo Médico do Recife surgiu entre o final dos anos de 1970 e início dos 1980, quando os primeiros médicos decidiram instalar suas clínicas no bairro da Ilha do Leite. A escolha do local teve, entre outros, um decisivo motivo: a proximidade com o Hospital Pedro II, unidade integrante da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. As clínicas foram-se multiplicando, vieram os primeiros hospitais (como o Albert Sabin e João XXIII) e a consolidação do polo.
Além dos serviços diretamente ligados à área de atendimento hospitalar, o Polo Médico do Recife agrega outras atividades complementares, como as de informática e software, vendas de  produtos farmacêuticos, manutenção de equipamentos, organizações educacionais e de  pesquisa, associações profissionais, empresariais e de classe.

Disponível em: http://www.pe-az.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=442:polo-medico-do-recife&catid=26&Itemid=184. (Adaptado)
Analisando-se o texto “Polo Médico do Recife",
I. encontra-se, no trecho “Grande gerador de empregos no Recife, o polo médico absorvia...", a vírgula que foi empregada para separar o aposto. II. no trecho “Entre os serviços prestados, destaque para as especialidades de cardiologia, patologia clínica, oftalmologia e hepatologia...", as duas últimas vírgulas foram empregadas para separar elementos de mesma função sintática. III. registra-se, no trecho “A escolha do local teve, entre outros, um decisivo motivo: a proximidade com o Hospital Pedro II, unidade integrante da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco.", o uso dos dois-pontos para introduzir palavras que esclarecem o que se afirmou anteriormente.

Está CORRETO o que se afirma em
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Q577222 Português
Marque a opção que apresenta o provérbio com a pontuação adequado, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
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Q577220 Português

                                                      Um apólogo

      Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

      – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

      – Deixe-me, senhora.

      – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Por que lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

      – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

      – Mas você é orgulhosa.

      – Decerto que sou.

      – Mas por quê?

      – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

      – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

      – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

      – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

      – Também os batedores vão adiante do imperador.

      – Você é imperador?

      – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

      [...]

      – Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

      Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

      – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

      Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

                                                                                                              (Machado de Assis)

Assinale a alínea que apresenta pontuação correta.
Alternativas
Q576942 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo. 


Assinale a alternativa que contenha uma afirmação correta a respeito da pontuação empregada na tirinha.
Alternativas
Q576881 Português

      Recém-chegado a Roma em 1505, Michelangelo Buonarroti foi contratado para fazer aquela que vislumbrava como a obra de sua vida. O jovem que acabara de se consagrar como escultor do Davi recebeu a incumbência de criar o futuro túmulo do papa Júlio II. O projeto consistia no maior conjunto de esculturas desde a antiguidade. Mas Júlio II mudou de ideia: antes de fazer o túmulo, resolveu reconstruir a Catedral de São Pedro. Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado que se encontrava em estado deplorável.


     Michelangelo resistiu a pintar a capela não apenas por julgar que seria um projeto menor. Relatos indicam que, na raiz disso, havia uma forte insegurança. O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória quando lhe pediam uma pintura: “não é minha profissão”. Hoje, é curioso imaginar que o criador do teto da Capela Sistina possa ter resistido a seu destino.


     Michelangelo fez fortuna servindo a sete papas e a outros tantos notáveis, como o clã florentino dos Medici. Nem sempre, porém, entregava o que prometia. Para sobreviver, enfim, Michelangelo teve de enfrentar questões que afligem os seres humanos em qualquer tempo. Como no caso de sua resistência a trocar a escultura pela pintura, quem nunca tremeu nas bases ao ser forçado a sair de sua zona de conforto? Em matéria de pressão competitiva, a arte renascentista não diferia tanto do ambiente de busca pelo alto desempenho das corporações modernas. O jovem Michelangelo penou para demonstrar o valor de seu gênio numa Florença dominada por estrelas veteranas como Leonardo da Vinci.


      O corpo humano foi o campo de batalha artística de Michelangelo. Como definiu o pintor futurista Umberto Boccioni (1882-1916), essa era sua “matéria arquitetônica para a construção dos sonhos”. Michelangelo criou corpos perfeitos, mas irreais: o Davi tem musculatura de homem adulto, mas compleição de menino. Com isso, o artista resgatava a imagem juvenil dos deuses gregos.

                                                         (Adaptado de Revista VEJA. Edição 2445, 30/09/2015) 

Atente para o que se afirma abaixo.

I. No segmento Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado..., os dois-pontos introduzem um esclarecimento.

II. Sem prejuízo do sentido, podem ser suprimidas as vírgulas do segmento: O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória...

III. No terceiro parágrafo, o sinal de interrogação pode ser suprimido por se tratar de uma pergunta retórica.

Está correto o que se afirma APENAS em: 

Alternativas
Q576058 Português
Assinale a opção correta quanto ao uso da pontuação.
Alternativas
Q576057 Português
Assinale a opção que contém erro gramatical.
Alternativas
Q576055 Português
Leia atentamente o texto abaixo.


                          .Imagem associada para resolução da questão

 Sobre o uso da pontuação, assinale a opção incorreta.


Alternativas
Q576046 Português

Leia com atenção o texto abaixo.

Imagem associada para resolução da questão

Assinale a opção incorreta a respeito do uso das estruturas linguísticas do texto.

Alternativas
Q575901 Português

                                                       MINHA CALÇADA

                                           

      Morreu na semana passada, atropelado pela multidão que vinha na direção oposta, o último cronista andarilho. Ele insistia em fazer como seus antepassados, João do Rio, Lima Barreto, Benjamim Costallat, Antônio Maria, Carlinhos Oliveira, e flanava em busca de assuntos. Descanse em paz, pobre coitado.

      O cronista andarilho estava na calçada par da Avenida Rio Branco, em frente à Galeria dos Empregados no Comércio, às 13h15m de quarta-feira, quando foi abalroado por um pelotão de transeuntes que marchava apressado no contrafluxo. Caiu, bateu com a cabeça num fradinho. Morreu constrangido por estar atrapalhando o tráfego de pedestres, categoria à qual sempre se orgulhou de pertencer.

      A perícia encontrou em seu bolso um caderno com a anotação “escrever sobre as mulheres executivas que caminham de salto alto sobre as pedras portuguesas do Centro, o que lhes aumenta ainda mais a sensualidade do rebolado”. O documento, entregue ao museu da Associação Brasileira de Imprensa, já está numa vitrine de relíquias cariocas.

      O cronista que ora se pranteia era um nostálgico das calçadas e tinha como livro de cabeceira “Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro”. Nele, Joaquim Manuel de Macedo descreve uma caminhada pela Rua do Ouvidor como um dos grandes prazeres da vida. No apartamento do cronista, de quem no momento se faz este funéreo, foi encontrada também a gravura de J. Carlos em que um grupo de almofadinhas observa, deslumbrado, a passagem de uma melindrosa de vestido curto e perna grossa pela Avenida Central dos anos 1920.

      As calçadas inspiravam o morto. Fez dezenas de crônicas sobre a poesia do flanar sem rumo, às vezes lambendo uma casquinha de sorvete. Numa delas chegou a falar da perda de tempo que era subir até o Corcovado para admirar o Rio. O cronista andarilho, agora de saudosa memória, dizia não haver melhor jeito e lugar para se entender a cidade do que bater perna descompromissadamente, mas em passos mais curtos do que essa palavra imensa, pelas calçadas.

      Ele ia assim como quem não quer nada, na terapia gratuita de atravessar de um lado para o outro e não estar focado em nada — enfim, na exata contramão do que recomenda o odioso estresse moderno que o atropelou próximo ao turbilhão da Galeria.

      O cronista andarilho gostava de ouvir os torcedores discutindo futebol na banca do botafoguense Tolito, na esquina com a Sete de Setembro. Também podia rir da pregação moralista do profeta Gentileza no Largo da Carioca, ou dar uma parada no Cineac Trianon, na Rio Branco 181, e avaliar as fotos das strippers que naquele momento estariam tirando a roupa lá dentro, na tela do cinema.

      A vida era o que lhe ia pelas calçadas do Rio, um espaço historicamente sem entraves para se analisar como caminhava a Humanidade. O cronista andarilho, desde já saudoso como o frapê de coco do Bar Simpatia, não percebeu o fim das calçadas — e, na distração habitual, foi vítima da confusão que se estabeleceu sobre elas, uma combinação criminosa das novas multidões apressadas com fradinho, anotador do jogo do bicho, bicicleta, burro sem rabo, mesa de botequim, gola de árvore acimentada, esgoto, banca de jornal, segurança de loja sentado no meio do caminho e o escambau a quatro.

      Calçadas não há mais. Eram passarelas onde os vizinhos se encontravam, perpetuavam os hábitos do bairro e tocavam a vida em frente com certa intimidade pública — no subúrbio chegava-se a colocar as cadeiras para curtir com mais conforto o mundo que passava. O cronista andarilho acreditava que na calçada pulsava a alma carioca. Com o caderno sempre à mão, anotava os modismos, os pequenos acontecimentos. No dia seguinte publicava o que achava ser a história afetiva da cidade, aquela em que as pessoas se reconhecem, pois são as obreiras.

      O homem gastava sola de sapato. Uma outra inspiração para o seu ofício era o livro “A arte de caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro”, escrito pelo contista e pedestre Rubem Fonseca nos anos 1990. Ainda havia calçada suficiente para o protagonista descer andando das ladeiras do Morro da Conceição, se esgueirar pelos becos nos fundos da Rua Larga e, sem GPS, chegar à Rua Senador Dantas. Não há mais.

      O cronista peripatético costumava cruzar na vida real com Rubem Fonseca, os dois flanando pelas calçadas do Leblon. As meninas do Leblon não olhavam para eles, não tinha importância. O mestre seguia em aparente calma, enquanto a mente elucubrava cenas cruéis de sexo e violência para um próximo conto. Mas, como sabem todos os que têm passado por ali, as calçadas do Leblon também desapareceram embaixo de tapume do metrô e da multidão trazida pelo shopping center. O engarrafamento agora é de gente — e foi aí que se deu o passamento do último cronista andarilho, vítima da absoluta impossibilidade de se caminhar pelas agressivas calçadas da sua cidade.

                                                                                        (SANTOS, J. Ferreira dos. O Globo, 17/03/2014.)

“e foi aí que se deu o passamento do último cronista andarilho, vítima da absoluta impossibilidade de se caminhar pelas agressivas calçadas da sua cidade.” (§ 11)

Dos trechos transcritos abaixo, aquele em que a vírgula justifica-se por norma de pontuação distinta da que justifica a vírgula no trecho transcrito acima é:

Alternativas
Respostas
3561: C
3562: B
3563: C
3564: D
3565: E
3566: C
3567: C
3568: E
3569: D
3570: C
3571: A
3572: D
3573: B
3574: E
3575: C
3576: A
3577: E
3578: B
3579: B
3580: C