Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

Foram encontradas 4.390 questões

Q2373052 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
Em “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” (1º§), pode-se afirmar sobre a pontuação utilizada que:
Alternativas
Q2372424 Português
Texto para a questão:


Qualidade de vida é destaque da maior feira de tecnologia do mundo


Valéria França


Anteriormente, a Consumer Eletronic Show (CES) era conhecida pela grande quantidade de produtos direcionados ao consumidor, com lançamentos de aparelhos celulares, televisores e carros. No ano passado, a apresentação de robôs domésticos e corporativos transformaram-se em vitrines do evento. Havia um modelo, por exemplo, que ajudava a recolher flores e outro a limpar a neve do solo. Além de funcionais, eram bem bonitinhos. Mas ao longo dos anos, a feira ampliou gradativamente o enfoque e passou a olhar também para a saúde digital. Assim, “segurança humana” será o tema da edição de 2024, que promete inovações para ajudar a resolver os maiores desafios mundiais, como acesso aos cuidados da saúde e despoluição do meio ambiente.


Com 3.200 empresas participantes, a feira acontece de 9 a 12 de janeiro, em Las Vegas, e como tem o privilégio de abrir o calendário de eventos do setor, costuma ditar tendências para o mercado. Steve Koening, vice-presidente da Associação de Tecnologia do Consumidor (CTA), grupo que organiza a CES, fala sobre o objetivo de apresentar “tecnologia com propósito” de tornar a vida melhor.


2 jan 2024, 14h27
Disponível em: https://veja.abril.com.br/tecnologia/qualidade-de-vida-e-destaque-da-maior-feira-de-
tecnologia-do-mundo/. Acesso em: 3 jan. 2024.
Quanto ao uso de vírgulas nos períodos destacados do texto, pode-se afirmar que:
I. No ano passado, a apresentação de robôs domésticos e corporativos transformaram-se em vitrines do evento.
II. Havia um modelo, por exemplo, que ajudava a recolher flores e outro a limpar a neve do solo.
III. Steve Koening, vice-presidente da Associação de Tecnologia do Consumidor (CTA), [...]
Alternativas
Q2372375 Português
Leia o excerto abaixo.

“Some à ecologia os avanços recentes da biologia celular, da estatística, da geografia e, principalmente, da ciência de dados. Resultado dessa adição: a macroecologia, área multidisciplinar que busca não só entender os padrões de biodiversidade em grande escala, mas também tem muito a oferecer aos estudos sobre as mudanças climáticas. Com o uso de ferramentas inovadoras, a macroecologia pode orientar a elaboração de políticas públicas voltadas para a conservação da biodiversidade e sustentabilidade de ecossistemas.”
MOURA, Mário R. Macroecologia: descobrindo padrões na natureza. Ciência Hoje, outubro de 2023. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/macroecologiadescobrindo-padroes-na-natureza/. Acesso em: 19 nov. 2023.

As vírgulas presentes no primeiro e no terceiro períodos desse excerto foram empregadas, respectivamente, para:
Alternativas
Q2371554 Português
Por trás da máscara narcisista existe uma autoestima frágil e vulnerável



       No campo da psicologia, o narcisismo foi descrito pela primeira vez por Sigmund Freud, no século XIX, e faz referência ao jovem e belo Narciso, personagem da mitologia grega que, em algumas narrativas, morre afogado depois de se apaixonar pela própria imagem refletida nas águas de um lago. Já do ponto de vista da psiquiatria, o transtorno de personalidade narcisista surge em 1980, sendo hoje uma categoria de patologias que integra o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (sigla em inglês: DSM).
        A condição é caracterizada por um padrão de grandiosidade, necessidade constante de admiração e falta de empatia pelos outros. As pessoas afetadas por esse transtorno geralmente têm uma autoimagem inflada, acreditando serem únicas e superiores aos demais. Essa visão exagerada de si mesma é frequentemente acompanhada de uma busca implacável por reconhecimento e atenção, desconsiderando os sentimentos e necessidades alheias. “São indivíduos que repetidamente superestimam suas capacidades e exageram suas conquistas, tornando-se arrogantes e exploradores, acreditando estar acima do bem e do mal. Estão sempre almejando o topo, lugar para o qual se consideram predestinados”, resume a psiquiatra e psicanalista Gilda Paoliello. 
       “Biologicamente, essa patologia é descrita a partir de falhas de compreensão do que se passa na cabeça do outro. Estudos mostraram, por exemplo, que pessoas com personalidade narcisista, quando se percebem observadas pelo outro, têm ativação de áreas cerebrais que vão dizer a elas que estão sendo admiradas quando só estão sendo observadas. Logo, a pessoa acredita ser mais admirável do que é”, explica a psiquiatra Kelly Pereira Robis, professora do Departamento de Saúde Mental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela informa que fatores genéticos e vivências precoces, como traumas na infância, favorecem o desenvolvimento do distúrbio.
        Estudos apontam que a prevalência do transtorno de personalidade narcisista pode variar consideravelmente. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 6,2% da população em geral tenha esse transtorno ao longo da vida. É interessante notar que a condição é mais comum entre os homens do que entre as mulheres, embora a razão exata para essa diferença não esteja claramente estabelecida. Foi o que constatou, por exemplo, a pesquisadora Emily Grijalva, que publicou, em 2014, uma revisão científica, em que analisou estudos feitos ao longo de 31 anos. Alguns estudiosos sugerem que fatores sociais e culturais podem influenciar essa disparidade, mas mais investigações são necessárias para uma compreensão mais precisa.
          Uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista pode exibir uma variedade de características que podem ser percebidas como negativas em suas interações sociais. Além do senso inflado de importância pessoal e necessidade constante de admiração, esses indivíduos tendem a explorar os outros para atingir seus próprios objetivos. Eles podem se envolver em comportamentos manipulativos e exibir um alto grau de arrogância e vaidade. Vale ponderar que, apesar de sua aparente confiança, por trás dessa máscara narcisista existe uma autoestima frágil e vulnerável.
        “O que percebemos é que, na verdade, esse traço muito exacerbado tenta esconder fragilidades. Ou seja, no fundo, o sujeito narcísico é inseguro e extremamente vulnerável a críticas, possuindo uma autoimagem tão frágil que necessita ser recriada em suas fantasias o tempo todo. Nessas fantasias, contudo, ele se perde, como Narciso se fundindo em sua própria imagem na água”, pontua Gilda Paoliello. Ela acrescenta que o narcisista é egossintônico. “Isso quer dizer que, enquanto suas defesas na fantasia funcionam bem, ele não sofre, mas, quando essas defesas são quebradas, ele se angustia muito, podendo, inclusive, caminhar para um autoextermínio”, expõe.
       Em mais um sinal da fragilidade da própria autoestima, as pessoas com o diagnóstico tendem a ter grande dificuldade de lidar com críticas e rejeições, que podem desencadear respostas emocionais intensas e uma defesa exagerada de sua imagem idealizada. Essa fragilidade emocional muitas vezes leva a uma falta de habilidades interpessoais saudáveis, tornando os relacionamentos conturbados e superficiais. “Diante de críticas, esses pacientes se sentem profundamente desrespeitados e, geralmente, no lugar de corrigir o erro, passam a atacar o outro na tentativa de inferiorizá-lo”, aponta Kelly Pereira Robis.
        O psiquiatra Bruno Brandão acrescenta que, ao contrário do que muitos pensam, indivíduos com traços do que popularmente chamamos de “psicopatia”, incluindo aqueles com transtorno de personalidade narcisista, têm, sim, empatia cognitiva, conseguindo perceber as emoções das outras pessoas. A questão é que esse grupo tende a usar essas informações para ganho próprio. Ele detalha que, na realidade, o que queremos dizer quando falamos que “psicopatas são incapazes de ser empáticos” é que eles não conseguem sentir o que o outro sente, ou seja, não têm empatia afetiva. Dessa forma, conseguem agir pensando apenas em si em uma grande variedade de situações, aproveitando-se das pessoas e das suas emoções sem nenhum remorso.
        O transtorno de personalidade narcisista pode ter um impacto significativo na vida das pessoas afetadas, bem como nas vidas daqueles que estão ao seu redor. A busca incessante por admiração e atenção pode levar a comportamentos manipulativos e exploratórios, prejudicando relacionamentos pessoais, profissionais e familiares. A falta de compaixão e de consideração pelos sentimentos dos outros pode criar um ambiente tóxico e desequilibrado, causando conflitos e dificuldades de convivência. Além disso, a fragilidade da autoestima narcisista pode levar a um círculo vicioso de busca constante por validação externa. Essa  dependência de elogios e reconhecimento pode tornar as pessoas com transtorno de personalidade narcisista mais propensas a experimentar altos níveis de estresse, ansiedade e depressão quando não alcançam seus objetivos ou são confrontadas com críticas.
        Embora seja um desafio tratar o transtorno de personalidade narcisista, existem possibilidades de intervenção e apoio. “O tratamento deve ser cuidadoso, delicado, possibilitando uma desconstrução do mito e, simultaneamente, uma construção da vida real”, indica Gilda Paoliello. Entre as abordagens que podem ajudar as pessoas com o diagnóstico a explorar e compreender suas motivações e comportamentos, além de desenvolver habilidades emocionais e relacionais saudáveis, estão a terapia psicodinâmica e a terapia cognitivo-comportamental. O apoio da família e de amigos também desempenha um papel crucial nesse processo.


(Alex Bessas. Disponível em: https://www.otempo.com.br/. Acesso em: 14/12/2023.)
Por trás da máscara narcisista existe uma autoestima frágil e vulnerável



       No campo da psicologia, o narcisismo foi descrito pela primeira vez por Sigmund Freud, no século XIX, e faz referência ao jovem e belo Narciso, personagem da mitologia grega que, em algumas narrativas, morre afogado depois de se apaixonar pela própria imagem refletida nas águas de um lago. Já do ponto de vista da psiquiatria, o transtorno de personalidade narcisista surge em 1980, sendo hoje uma categoria de patologias que integra o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (sigla em inglês: DSM).
        A condição é caracterizada por um padrão de grandiosidade, necessidade constante de admiração e falta de empatia pelos outros. As pessoas afetadas por esse transtorno geralmente têm uma autoimagem inflada, acreditando serem únicas e superiores aos demais. Essa visão exagerada de si mesma é frequentemente acompanhada de uma busca implacável por reconhecimento e atenção, desconsiderando os sentimentos e necessidades alheias. “São indivíduos que repetidamente superestimam suas capacidades e exageram suas conquistas, tornando-se arrogantes e exploradores, acreditando estar acima do bem e do mal. Estão sempre almejando o topo, lugar para o qual se consideram predestinados”, resume a psiquiatra e psicanalista Gilda Paoliello. 
       “Biologicamente, essa patologia é descrita a partir de falhas de compreensão do que se passa na cabeça do outro. Estudos mostraram, por exemplo, que pessoas com personalidade narcisista, quando se percebem observadas pelo outro, têm ativação de áreas cerebrais que vão dizer a elas que estão sendo admiradas quando só estão sendo observadas. Logo, a pessoa acredita ser mais admirável do que é”, explica a psiquiatra Kelly Pereira Robis, professora do Departamento de Saúde Mental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela informa que fatores genéticos e vivências precoces, como traumas na infância, favorecem o desenvolvimento do distúrbio.
        Estudos apontam que a prevalência do transtorno de personalidade narcisista pode variar consideravelmente. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 6,2% da população em geral tenha esse transtorno ao longo da vida. É interessante notar que a condição é mais comum entre os homens do que entre as mulheres, embora a razão exata para essa diferença não esteja claramente estabelecida. Foi o que constatou, por exemplo, a pesquisadora Emily Grijalva, que publicou, em 2014, uma revisão científica, em que analisou estudos feitos ao longo de 31 anos. Alguns estudiosos sugerem que fatores sociais e culturais podem influenciar essa disparidade, mas mais investigações são necessárias para uma compreensão mais precisa.
          Uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista pode exibir uma variedade de características que podem ser percebidas como negativas em suas interações sociais. Além do senso inflado de importância pessoal e necessidade constante de admiração, esses indivíduos tendem a explorar os outros para atingir seus próprios objetivos. Eles podem se envolver em comportamentos manipulativos e exibir um alto grau de arrogância e vaidade. Vale ponderar que, apesar de sua aparente confiança, por trás dessa máscara narcisista existe uma autoestima frágil e vulnerável.
        “O que percebemos é que, na verdade, esse traço muito exacerbado tenta esconder fragilidades. Ou seja, no fundo, o sujeito narcísico é inseguro e extremamente vulnerável a críticas, possuindo uma autoimagem tão frágil que necessita ser recriada em suas fantasias o tempo todo. Nessas fantasias, contudo, ele se perde, como Narciso se fundindo em sua própria imagem na água”, pontua Gilda Paoliello. Ela acrescenta que o narcisista é egossintônico. “Isso quer dizer que, enquanto suas defesas na fantasia funcionam bem, ele não sofre, mas, quando essas defesas são quebradas, ele se angustia muito, podendo, inclusive, caminhar para um autoextermínio”, expõe.
       Em mais um sinal da fragilidade da própria autoestima, as pessoas com o diagnóstico tendem a ter grande dificuldade de lidar com críticas e rejeições, que podem desencadear respostas emocionais intensas e uma defesa exagerada de sua imagem idealizada. Essa fragilidade emocional muitas vezes leva a uma falta de habilidades interpessoais saudáveis, tornando os relacionamentos conturbados e superficiais. “Diante de críticas, esses pacientes se sentem profundamente desrespeitados e, geralmente, no lugar de corrigir o erro, passam a atacar o outro na tentativa de inferiorizá-lo”, aponta Kelly Pereira Robis.
        O psiquiatra Bruno Brandão acrescenta que, ao contrário do que muitos pensam, indivíduos com traços do que popularmente chamamos de “psicopatia”, incluindo aqueles com transtorno de personalidade narcisista, têm, sim, empatia cognitiva, conseguindo perceber as emoções das outras pessoas. A questão é que esse grupo tende a usar essas informações para ganho próprio. Ele detalha que, na realidade, o que queremos dizer quando falamos que “psicopatas são incapazes de ser empáticos” é que eles não conseguem sentir o que o outro sente, ou seja, não têm empatia afetiva. Dessa forma, conseguem agir pensando apenas em si em uma grande variedade de situações, aproveitando-se das pessoas e das suas emoções sem nenhum remorso.
        O transtorno de personalidade narcisista pode ter um impacto significativo na vida das pessoas afetadas, bem como nas vidas daqueles que estão ao seu redor. A busca incessante por admiração e atenção pode levar a comportamentos manipulativos e exploratórios, prejudicando relacionamentos pessoais, profissionais e familiares. A falta de compaixão e de consideração pelos sentimentos dos outros pode criar um ambiente tóxico e desequilibrado, causando conflitos e dificuldades de convivência. Além disso, a fragilidade da autoestima narcisista pode levar a um círculo vicioso de busca constante por validação externa. Essa  dependência de elogios e reconhecimento pode tornar as pessoas com transtorno de personalidade narcisista mais propensas a experimentar altos níveis de estresse, ansiedade e depressão quando não alcançam seus objetivos ou são confrontadas com críticas.
        Embora seja um desafio tratar o transtorno de personalidade narcisista, existem possibilidades de intervenção e apoio. “O tratamento deve ser cuidadoso, delicado, possibilitando uma desconstrução do mito e, simultaneamente, uma construção da vida real”, indica Gilda Paoliello. Entre as abordagens que podem ajudar as pessoas com o diagnóstico a explorar e compreender suas motivações e comportamentos, além de desenvolver habilidades emocionais e relacionais saudáveis, estão a terapia psicodinâmica e a terapia cognitivo-comportamental. O apoio da família e de amigos também desempenha um papel crucial nesse processo.


(Alex Bessas. Disponível em: https://www.otempo.com.br/. Acesso em: 14/12/2023.)

Assinale a alternativa cuja vírgula foi usada pelo mesmo motivo que em: “No campo da psicologia, o narcisismo foi descrito pela primeira vez por Sigmund Freud [...]” (1º§)
Alternativas
Q2371469 Português
Por trás da máscara narcisista existe uma autoestima frágil e vulnerável



       No campo da psicologia, o narcisismo foi descrito pela primeira vez por Sigmund Freud, no século XIX, e faz referência ao jovem e belo Narciso, personagem da mitologia grega que, em algumas narrativas, morre afogado depois de se apaixonar pela própria imagem refletida nas águas de um lago. Já do ponto de vista da psiquiatria, o transtorno de personalidade narcisista surge em 1980, sendo hoje uma categoria de patologias que integra o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (sigla em inglês: DSM).
        A condição é caracterizada por um padrão de grandiosidade, necessidade constante de admiração e falta de empatia pelos outros. As pessoas afetadas por esse transtorno geralmente têm uma autoimagem inflada, acreditando serem únicas e superiores aos demais. Essa visão exagerada de si mesma é frequentemente acompanhada de uma busca implacável por reconhecimento e atenção, desconsiderando os sentimentos e necessidades alheias. “São indivíduos que repetidamente superestimam suas capacidades e exageram suas conquistas, tornando-se arrogantes e exploradores, acreditando estar acima do bem e do mal. Estão sempre almejando o topo, lugar para o qual se consideram predestinados”, resume a psiquiatra e psicanalista Gilda Paoliello. 
       “Biologicamente, essa patologia é descrita a partir de falhas de compreensão do que se passa na cabeça do outro. Estudos mostraram, por exemplo, que pessoas com personalidade narcisista, quando se percebem observadas pelo outro, têm ativação de áreas cerebrais que vão dizer a elas que estão sendo admiradas quando só estão sendo observadas. Logo, a pessoa acredita ser mais admirável do que é”, explica a psiquiatra Kelly Pereira Robis, professora do Departamento de Saúde Mental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela informa que fatores genéticos e vivências precoces, como traumas na infância, favorecem o desenvolvimento do distúrbio.
        Estudos apontam que a prevalência do transtorno de personalidade narcisista pode variar consideravelmente. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 6,2% da população em geral tenha esse transtorno ao longo da vida. É interessante notar que a condição é mais comum entre os homens do que entre as mulheres, embora a razão exata para essa diferença não esteja claramente estabelecida. Foi o que constatou, por exemplo, a pesquisadora Emily Grijalva, que publicou, em 2014, uma revisão científica, em que analisou estudos feitos ao longo de 31 anos. Alguns estudiosos sugerem que fatores sociais e culturais podem influenciar essa disparidade, mas mais investigações são necessárias para uma compreensão mais precisa.
          Uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista pode exibir uma variedade de características que podem ser percebidas como negativas em suas interações sociais. Além do senso inflado de importância pessoal e necessidade constante de admiração, esses indivíduos tendem a explorar os outros para atingir seus próprios objetivos. Eles podem se envolver em comportamentos manipulativos e exibir um alto grau de arrogância e vaidade. Vale ponderar que, apesar de sua aparente confiança, por trás dessa máscara narcisista existe uma autoestima frágil e vulnerável.
        “O que percebemos é que, na verdade, esse traço muito exacerbado tenta esconder fragilidades. Ou seja, no fundo, o sujeito narcísico é inseguro e extremamente vulnerável a críticas, possuindo uma autoimagem tão frágil que necessita ser recriada em suas fantasias o tempo todo. Nessas fantasias, contudo, ele se perde, como Narciso se fundindo em sua própria imagem na água”, pontua Gilda Paoliello. Ela acrescenta que o narcisista é egossintônico. “Isso quer dizer que, enquanto suas defesas na fantasia funcionam bem, ele não sofre, mas, quando essas defesas são quebradas, ele se angustia muito, podendo, inclusive, caminhar para um autoextermínio”, expõe.
       Em mais um sinal da fragilidade da própria autoestima, as pessoas com o diagnóstico tendem a ter grande dificuldade de lidar com críticas e rejeições, que podem desencadear respostas emocionais intensas e uma defesa exagerada de sua imagem idealizada. Essa fragilidade emocional muitas vezes leva a uma falta de habilidades interpessoais saudáveis, tornando os relacionamentos conturbados e superficiais. “Diante de críticas, esses pacientes se sentem profundamente desrespeitados e, geralmente, no lugar de corrigir o erro, passam a atacar o outro na tentativa de inferiorizá-lo”, aponta Kelly Pereira Robis.
        O psiquiatra Bruno Brandão acrescenta que, ao contrário do que muitos pensam, indivíduos com traços do que popularmente chamamos de “psicopatia”, incluindo aqueles com transtorno de personalidade narcisista, têm, sim, empatia cognitiva, conseguindo perceber as emoções das outras pessoas. A questão é que esse grupo tende a usar essas informações para ganho próprio. Ele detalha que, na realidade, o que queremos dizer quando falamos que “psicopatas são incapazes de ser empáticos” é que eles não conseguem sentir o que o outro sente, ou seja, não têm empatia afetiva. Dessa forma, conseguem agir pensando apenas em si em uma grande variedade de situações, aproveitando-se das pessoas e das suas emoções sem nenhum remorso.
        O transtorno de personalidade narcisista pode ter um impacto significativo na vida das pessoas afetadas, bem como nas vidas daqueles que estão ao seu redor. A busca incessante por admiração e atenção pode levar a comportamentos manipulativos e exploratórios, prejudicando relacionamentos pessoais, profissionais e familiares. A falta de compaixão e de consideração pelos sentimentos dos outros pode criar um ambiente tóxico e desequilibrado, causando conflitos e dificuldades de convivência. Além disso, a fragilidade da autoestima narcisista pode levar a um círculo vicioso de busca constante por validação externa. Essa  dependência de elogios e reconhecimento pode tornar as pessoas com transtorno de personalidade narcisista mais propensas a experimentar altos níveis de estresse, ansiedade e depressão quando não alcançam seus objetivos ou são confrontadas com críticas.
        Embora seja um desafio tratar o transtorno de personalidade narcisista, existem possibilidades de intervenção e apoio. “O tratamento deve ser cuidadoso, delicado, possibilitando uma desconstrução do mito e, simultaneamente, uma construção da vida real”, indica Gilda Paoliello. Entre as abordagens que podem ajudar as pessoas com o diagnóstico a explorar e compreender suas motivações e comportamentos, além de desenvolver habilidades emocionais e relacionais saudáveis, estão a terapia psicodinâmica e a terapia cognitivo-comportamental. O apoio da família e de amigos também desempenha um papel crucial nesse processo.


(Alex Bessas. Disponível em: https://www.otempo.com.br/. Acesso em: 14/12/2023.)
Assinale a alternativa cuja vírgula foi usada pelo mesmo motivo que em: “No campo da psicologia, o narcisismo foi descrito pela primeira vez por Sigmund Freud [...]” (1º§)
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INPI Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A3 – Gestão E Suporte – Formação: Contabilidade Ou Ciências Contábeis | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A4 – Gestão E Suporte – Formação: Economia Ou Ciências Econômicas | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A1 – Gestão E Suporte – Formação: Administração | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A2 – Gestão E Suporte – Formação: Direito | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A5 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A6 – Gestão E Suporte – Formação: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A7 – Gestão E Suporte – Formação: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Analista De Planejamento, Gestão E Infraestrutura Em Propriedade Industrial – Área: A8 – Gestão E Suporte – Formação: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P2- Bioquímica / Imunologia / Biologia Celular E Molecular / Biotecnologia / Microbiologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P1 - Biologia Celular E Molecular / Bioquímica / Biotecnologia / Enzimologia / Microbiologia / Imunologia / Bioinformática | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P5 – Instrumentos E Processos De Medição De Grandezas Físicas, Químicas E Biomédicas/Sensores E Biosensores/Aparelhos De Diagnóstico E Terapia/Biomecânica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Tecnologista em propriedade industrial – área: t1 – formação: qualquer área de formação. | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P3 - Redes De Comunicação Sem Fio / Sistemas De Comunicações Móveis / Sistemas E Redes De Comunicação Digital / Protocolos De Comunicação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - INPI - Pesquisador Em Propriedade Industrial – Área: P4 – Processamento De Sinais/Processamento De Dados De Imagem, Áudio Ou Voz/Codificação, Compressão E Decodificação De Imagem, Áudio E Voz/Reconhecimento De Padrões |
Q2370849 Português

 Texto CB1A1-I


        Com o avanço científico e tecnológico ocorrido na Europa durante o Renascimento, os inventores começaram a demandar reconhecimento oficial de suas criações, a fim de impedir a imitação de seus inventos. Assim, em 1421, foi concedida ao inventor Filippo Brunelleschi, em Veneza, a primeira patente, com prazo de três anos, pela invenção de um modelo de embarcação para transportar mármore. Nesse contexto de criação de um sistema de concessão de privilégios como forma de proteção de um invento, em 1474, foi promulgado na República de Veneza o Estatuto de Veneza, garantindo ao inventor a exploração comercial do seu invento pela concessão do privilégio da invenção pelo prazo de dez anos.


        No começo do século XVII, em 1623, a Inglaterra promulgou o Estatuto dos Monopólios, que consistiu na primeira base legal para concessão de patentes no país para uma invenção efetivamente nova. O estatuto contribuiu para a promulgação da Lei de Patentes de 1624, que, por sua vez, instituiu o sistema de patentes britânico. Em 1790, os Estados Unidos da América promulgaram a sua primeira lei de patentes, intitulada Patent Act, na qual era autorizada a concessão de direitos exclusivos aos inventores sobre as suas obras, estabelecendo um prazo de quatorze anos de duração. Nessa mesma conjuntura, em 1791, a França promulgou sua primeira lei de patentes, denominada Décret d’Allarde, considerada uma das principais leis publicadas durante a Revolução Francesa.


        No Brasil, o príncipe regente Dom João VI promulgou o Alvará de 28 de abril de 1809, tornando o país um dos primeiros no mundo a reconhecer a proteção dos direitos do inventor, atrás apenas da República de Veneza (1474), da Inglaterra (1623), dos Estados Unidos da América (1790) e da França (1791).



Flávia Romano Villa Verde et al. As invenções no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes. Rio de Janeiro: Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Brasil) – INPI, Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos Integrados – DIRPA, Coordenação Geral de Estudos, Projetos e Disseminação da Informação Tecnológica – CEPIT e Divisão de Documentação Patentária – DIDOC, 2023, p. 20-21 (com adaptações). 

Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item. 


Haveria prejuízo à correção gramatical do texto caso fosse inserida vírgula imediatamente após a expressão “República de Veneza” (terceiro período do primeiro parágrafo). 

Alternativas
Q2370562 Português
No interior de uma oração, o uso da vírgula serve para separar e isolar termos. Entre orações, a vírgula é usada para separar diferentes ideias, tornando os textos mais claros e estruturados. Sabendo disso, em qual das frases abaixo a vírgula é usada para isolar um elemento pleonástico que vem antes do verbo, ou seja, um termo que se repete na frase e é antecipado para ter mais ênfase? 
Alternativas
Q2369413 Português

Leia o Texto 1 para responder a questão.


Texto 1


A reinvenção da vírgula 


    No começo de 1902, Machado de Assis ficou desesperado por causa de um erro de revisão no prefácio da segunda edição de suas Poesias completas. Dizem que chegou a se ajoelhar aos pés do Garnier implorando para que o editor tirasse o livro de circulação. O aristocrático e impoluto Machado, quem diria. Mas a gralha era mesmo feia. O tipógrafo trocou o “e” por “a” na palavra “cegara”, o revisor deixou passar, e vocês imaginam no que deu. 

    No nosso caso, o erro não foi nada de mais, nem erro foi, para falar a verdade, apenas um acréscimo besta de pontuação, talvez dispensável, ainda que de modo algum incorreto. Vai o revisor, fiel à ortodoxia da gramática normativa, e espeta duas vírgulas para isolar um adjunto adverbial deslocado, coisa de pouca monta, diria alguém, mas suficiente para o autor sair bradando aos quatro ventos que lhe roubaram o ritmo da sentença. Um editor experiente traria um cafezinho bem doce, a conter o ímpeto dramático do autor de primeira viagem, talvez caçoando, “deixa de onda”, a lembrá-lo – valha-me Deus! – que ele não é nenhum Bruxo do Cosme Velho*. E assim lhe cortando as asas antes do voo. 

*Referência à Machado de Assis. Disponível em
<https://jornal.usp.br/artigos/a_reinvencao_da_virgula/>. Acesso em: 13
dez. 2023. [Adaptado].


No primeiro período do texto, a vírgula é utilizada com a finalidade de 
Alternativas
Q2369412 Português

Leia o Texto 1 para responder a questão.


Texto 1


A reinvenção da vírgula 


    No começo de 1902, Machado de Assis ficou desesperado por causa de um erro de revisão no prefácio da segunda edição de suas Poesias completas. Dizem que chegou a se ajoelhar aos pés do Garnier implorando para que o editor tirasse o livro de circulação. O aristocrático e impoluto Machado, quem diria. Mas a gralha era mesmo feia. O tipógrafo trocou o “e” por “a” na palavra “cegara”, o revisor deixou passar, e vocês imaginam no que deu. 

    No nosso caso, o erro não foi nada de mais, nem erro foi, para falar a verdade, apenas um acréscimo besta de pontuação, talvez dispensável, ainda que de modo algum incorreto. Vai o revisor, fiel à ortodoxia da gramática normativa, e espeta duas vírgulas para isolar um adjunto adverbial deslocado, coisa de pouca monta, diria alguém, mas suficiente para o autor sair bradando aos quatro ventos que lhe roubaram o ritmo da sentença. Um editor experiente traria um cafezinho bem doce, a conter o ímpeto dramático do autor de primeira viagem, talvez caçoando, “deixa de onda”, a lembrá-lo – valha-me Deus! – que ele não é nenhum Bruxo do Cosme Velho*. E assim lhe cortando as asas antes do voo. 

*Referência à Machado de Assis. Disponível em
<https://jornal.usp.br/artigos/a_reinvencao_da_virgula/>. Acesso em: 13
dez. 2023. [Adaptado].


No trecho “Vai o revisor, fiel à ortodoxia da gramática normativa, e espeta duas vírgulas para isolar um adjunto adverbial deslocado”, o emprego da palavra destacada atribui sentido 
Alternativas
Q2369377 Português
Texto II


Nível do oceano mudou drasticamente na costa sul dos EUA, mostram pesquisas


Estudos ressaltam riscos que mudanças climáticas representam para regiões bastante habitadas, como Miami e Houston.

          Cidades costeiras no sul dos Estados Unidos como Miami, Houston e Nova Orleans podem estar ainda mais ameaçadas pelas mudanças climáticas do que o previsto até agora. O nível do mar no Golfo do México e no sudeste americano, segundo estudos recentes, aumentou mais de 12 cm, desde 2010, intensificando fenômenos como ciclones e furacões e a vulnerabilidade de uma região que é lar de milhões de pessoas.

      As consequências já são sentidas, segundo um estudo recém-publicado por Yin Jianjun, cientista climático da Universidade do Arizona, na revista acadêmica Journal of Climate, e noticiado primeiramente pelo Washington Post. Os furacões Michael e Ian, duas das tempestades mais fortes a atingirem os EUA, foram consideravelmente pioradas pelo aumento do nível dos mares. Ambos os desastres foram acentuados pelo aumento do nível dos oceanos, que torna a maré das tempestades – a ressaca – ainda mais volumosa e destrutiva, fazendo com que mais água adentre na terra. Segundo o estudo de Yin, os oceanos subiram mais de 10 milímetros por ano entre 2010 e 2022, acima do dobro da média global de 4,5 milímetros anuais constada por um outro estudo da Universidade de Colorado em Boulder.


(Mundo, Por: O Globo e Agências Internacionais – Washigton. Em: 14/04/2023. Adaptado.)
Cidades costeiras no sul dos Estados Unidos como Miami, Houston e Nova Orleans podem estar ainda mais ameaçadas pelas mudanças climáticas do que o previsto até agora. O nível do mar no Golfo do México e no sudeste americano, segundo estudos recentes, aumentou mais de 12 cm, desde 2010, intensificando fenômenos como ciclones e furacões e a vulnerabilidade de uma região que é lar de milhões de pessoas.” (1º§). No trecho, há, entre vírgulas, a expressão “segundo estudos recentes”. Sobre tal expressão e de acordo com o contexto, é possível afirmar que a expressão
Alternativas
Q2368577 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
Sobre o fragmento “Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar.” (4º§), assinale a afirmativa INCORRETA. 
Alternativas
Q2362151 Português
Texto CB1A5-I


         A romancista e feminista britânica Virginia Woolf dizia que “pela maior parte da história, ‘anônimo’ foi uma mulher”. Na época em que a escritora inglesa viveu o auge de sua produção literária, na segunda metade da década de 20 do século XX, o Brasil ainda estava sob a égide da Constituição de 1891. O direito do trabalho, ainda tíbio em fundamentos, contava com algumas leis estaduais, além do Conselho Nacional do Trabalho, criado em abril de 1923, e praticamente ignorava o trabalho feminino.

       O trabalho da mulher era visto e definido como trabalho de “meias-forças”, ou seja, inferior ao trabalho masculino. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar expressamente dos direitos trabalhistas das mulheres em relação à não discriminação de sexo, etnia e cor. O texto trouxe diversas garantias nunca antes asseguradas às mulheres, tendo passado a abranger a igualdade de salários entre gêneros e proibir o trabalho de gestantes em locais insalubres. Em seguida, a Constituição de 1946 consolidou a proibição de diferenças salariais em razão de raça, idade, sexo, nacionalidade ou estado civil e representou mais um avanço em garantias às mulheres.

      Apesar dos avanços, o fato é que a evolução do direito do trabalho da mulher, com seu fortalecimento no mercado de trabalho remunerado, sempre esteve, em geral, atravancada pela pauta de costumes. Em 1962, o Estatuto da Mulher Casada afastou a obrigatoriedade de a mulher ter autorização do marido para trabalhar, receber heranças e comprar imóveis.

        Atualmente, há um consenso de que a Constituição Federal de 1988 representou um avanço histórico dos direitos das mulheres, com a proibição de diferenças salariais por motivo de sexo, idade ou estado civil e, ainda, com a proteção à gestante.

           As garantias fundamentais à igualdade, contudo, não afastam a necessidade de um amparo legal maior da mulher em relação aos homens, em razão não apenas das diferenças de estrutura física e psicológica, mas também dos aspectos ligados à maternidade, ao assédio sexual e moral e à dupla jornada, por exemplo.

       A questão da dupla jornada, para especialistas, agravou-se durante a pandemia de covid-19. Segundo Érica Aragão, diretora do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), as mulheres trabalhadoras foram as que mais sofreram os impactos negativos da crise provocada pelo coronavírus. “Muitas foram demitidas, tiveram seus salários reduzidos ou precisaram pedir demissão para cuidar dos filhos ou de parentes com comorbidades desde o início da pandemia”, observa.

          Estudiosas dos impactos da crise sanitária no trabalho da mulher alertam para a romantização do home office. Segundo elas, essa romantização, reforçada pela propaganda, ajudou a aprofundar as desigualdades de gênero e atuou como artifício para a precarização e a superexploração: as mulheres estariam trabalhando muito mais durante o dia e realizando tarefas simultâneas.

        Um estudo realizado por Maria Bridi e Giovana Bezerra, da Rede de Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista, constatou que homens e mulheres vivenciaram o trabalho remoto de formas distintas. O grupo utilizou software de análise textual para verificar essas distinções, com base nos termos usados por homens e mulheres. segundo o estudo, os termos recorrentes para as mulheres estavam relacionados à dificuldade de concentração e às interrupções que sofriam durante a atividade de home office. Para os homens, por sua vez, o termo “dificuldade” apareceu ligado à falta de contato com os colegas.


Internet: <www.tst.jus.br> (com adaptações). 
Sem prejuízo dos sentidos do penúltimo parágrafo do texto CB1A5-I, os dois-pontos empregados logo após “superexploração”, no último período, poderiam ser substituídos por uma vírgula seguida da expressão
Alternativas
Q2362150 Português
Texto CB1A5-I


         A romancista e feminista britânica Virginia Woolf dizia que “pela maior parte da história, ‘anônimo’ foi uma mulher”. Na época em que a escritora inglesa viveu o auge de sua produção literária, na segunda metade da década de 20 do século XX, o Brasil ainda estava sob a égide da Constituição de 1891. O direito do trabalho, ainda tíbio em fundamentos, contava com algumas leis estaduais, além do Conselho Nacional do Trabalho, criado em abril de 1923, e praticamente ignorava o trabalho feminino.

       O trabalho da mulher era visto e definido como trabalho de “meias-forças”, ou seja, inferior ao trabalho masculino. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar expressamente dos direitos trabalhistas das mulheres em relação à não discriminação de sexo, etnia e cor. O texto trouxe diversas garantias nunca antes asseguradas às mulheres, tendo passado a abranger a igualdade de salários entre gêneros e proibir o trabalho de gestantes em locais insalubres. Em seguida, a Constituição de 1946 consolidou a proibição de diferenças salariais em razão de raça, idade, sexo, nacionalidade ou estado civil e representou mais um avanço em garantias às mulheres.

      Apesar dos avanços, o fato é que a evolução do direito do trabalho da mulher, com seu fortalecimento no mercado de trabalho remunerado, sempre esteve, em geral, atravancada pela pauta de costumes. Em 1962, o Estatuto da Mulher Casada afastou a obrigatoriedade de a mulher ter autorização do marido para trabalhar, receber heranças e comprar imóveis.

        Atualmente, há um consenso de que a Constituição Federal de 1988 representou um avanço histórico dos direitos das mulheres, com a proibição de diferenças salariais por motivo de sexo, idade ou estado civil e, ainda, com a proteção à gestante.

           As garantias fundamentais à igualdade, contudo, não afastam a necessidade de um amparo legal maior da mulher em relação aos homens, em razão não apenas das diferenças de estrutura física e psicológica, mas também dos aspectos ligados à maternidade, ao assédio sexual e moral e à dupla jornada, por exemplo.

       A questão da dupla jornada, para especialistas, agravou-se durante a pandemia de covid-19. Segundo Érica Aragão, diretora do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), as mulheres trabalhadoras foram as que mais sofreram os impactos negativos da crise provocada pelo coronavírus. “Muitas foram demitidas, tiveram seus salários reduzidos ou precisaram pedir demissão para cuidar dos filhos ou de parentes com comorbidades desde o início da pandemia”, observa.

          Estudiosas dos impactos da crise sanitária no trabalho da mulher alertam para a romantização do home office. Segundo elas, essa romantização, reforçada pela propaganda, ajudou a aprofundar as desigualdades de gênero e atuou como artifício para a precarização e a superexploração: as mulheres estariam trabalhando muito mais durante o dia e realizando tarefas simultâneas.

        Um estudo realizado por Maria Bridi e Giovana Bezerra, da Rede de Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista, constatou que homens e mulheres vivenciaram o trabalho remoto de formas distintas. O grupo utilizou software de análise textual para verificar essas distinções, com base nos termos usados por homens e mulheres. segundo o estudo, os termos recorrentes para as mulheres estavam relacionados à dificuldade de concentração e às interrupções que sofriam durante a atividade de home office. Para os homens, por sua vez, o termo “dificuldade” apareceu ligado à falta de contato com os colegas.


Internet: <www.tst.jus.br> (com adaptações). 
Seriam mantidas as relações de coesão e coerência estabelecidas no texto CB1A5-I, assim como sua correção gramatical, caso fosse inserida uma vírgula logo após
Alternativas
Q2362142 Português

Texto CB2A1


      Os primeiros registros dos impactos da desinformação em processos políticos datam da Roma Antiga, quando Otaviano valeu-se de frases curtas cunhadas em moedas para difamar inimigos e se tornar o primeiro governante do Império Romano. Mas, segundo o historiador português Fernando Catroga, da Universidade de Coimbra, a emergência de tecnologias digitais fez o fenômeno ganhar novas roupagens, sendo uma de suas características atuais o impulso de ir além da manipulação dos fatos, em busca de substituir a própria realidade. Com foco nessa questão, um estudo desenvolvido entre abril de 2020 e junho de 2021 por pesquisadores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP) analisou como organizações jurídicas brasileiras reagiram a informações falaciosas espalhadas por plataformas digitais. A ausência de consenso em torno do conceito de desinformação e as dificuldades para mensurar suas consequências foram identificadas como centrais para o estabelecimento de uma legislação.

       Coordenador do estudo, o jurista Celso Fernandes Campilongo, da FD-USP, observa que, há 15 anos, a formação da opinião pública era influenciada, majoritariamente, por análises longas e reflexivas, divulgadas de forma centralizada por veículos da grande imprensa. “Hoje a opinião pública tem de lidar com uma avalanche de informações curtas e descontínuas, publicadas por pessoas com forte presença nas mídias sociais. Com isso, de certa forma, os memes e as piadas substituíram o texto analítico”, compara. Ao destacar que o acesso às redes sociais pode ser visto como mais democrático, Campilongo cita a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua — Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua — TIC), publicada em abril de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2019, conforme indicam seus dados, três em cada quatro brasileiros utilizavam a Internet, e o celular foi o equipamento usado com mais frequência para essa finalidade. Além disso, o levantamento mostra que 95,7% dos cidadãos do país com acesso à Web valiam-se da rede para enviar ou receber mensagens de texto e de voz ou imagens por aplicativos.


Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Edição 316, jun. 2022.

Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1, julgue os itens a seguir.

I A correção gramatical do primeiro período do texto seria mantida se a forma pronominal “se” fosse deslocada para imediatamente antes da forma verbal “valeu” — se valeu.

II A correção gramatical do primeiro período do segundo parágrafo seria mantida caso a vírgula empregada imediatamente após “reflexivas” fosse suprimida.

III No quinto período do segundo parágrafo, o pronome “seus” refere-se a “Campilongo”.

IV A correção gramatical e a coerência do quinto período do segundo parágrafo seria mantida caso a vírgula empregada logo depois de “Internet” fosse suprimida.

Estão certos apenas os itens
Alternativas
Q2360906 Português
Identifique a frase em que o uso da vírgula está correto: 
Alternativas
Q2359228 Português

Texto CB1A1 


        Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade. 

       O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria imprudente nos colocarmos em suas mãos.”. 

        O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje, especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu significado. 

Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: (com adaptações). 

Considerando o texto CB1A1 e as normas de emprego da vírgula, julgue o item a seguir.

No último período do segundo parágrafo, a inserção de uma vírgula entre ‘se não’ e ‘se importasse’ prejudicaria a coerência do texto.  

Alternativas
Q2359227 Português

Texto CB1A1 


        Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade. 

       O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria imprudente nos colocarmos em suas mãos.”. 

        O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje, especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu significado. 

Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: (com adaptações). 

Considerando o texto CB1A1 e as normas de emprego da vírgula, julgue o item a seguir.


No penúltimo período do primeiro parágrafo, a supressão da vírgula entre “boutique” e “e a grande” prejudicaria a correção gramatical do texto. 

Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Curvelo - MG Provas: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Auxiliar Administrativo I | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Auxiliar de Saúde Bucal | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Auxiliar de Saúde Bucal ESF | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal de Consumo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal de Posturas | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal Sanitário | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal Tributário | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Mecânico | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Monitor de Creche | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Orientador Social | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal Ambiental | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal de Obras | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Agrimensura | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Edificações | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Eletrotécnica | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Enfermagem | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Enfermagem ESF/PACS/EACS | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Laboratório | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Meio Ambiente | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Saúde Bucal | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Saúde Bucal ESF |
Q2355997 Português

TEXTO III 



Visitantes

identifique-se ao

porteiro.

O texto III consiste num cartaz de aviso afixado num prédio residencial.
Considerando as regras da norma-padrão do texto escrito, analise as afirmativas a seguir sobre o texto III.

I. Falta vírgula entre o vocativo e o restante da frase.
II. O verbo deveria estar no plural.
III. A preposição causa ambiguidade.
IV. O pronome deveria estar antes do verbo.

Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Curvelo - MG Provas: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Auxiliar Administrativo I | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Auxiliar de Saúde Bucal | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Auxiliar de Saúde Bucal ESF | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal de Consumo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal de Posturas | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal Sanitário | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal Tributário | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Mecânico | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Monitor de Creche | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Orientador Social | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal Ambiental | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Fiscal de Obras | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Agrimensura | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Edificações | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Eletrotécnica | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Enfermagem | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Enfermagem ESF/PACS/EACS | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Laboratório | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Meio Ambiente | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Saúde Bucal | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - Prefeitura de Curvelo - MG - Técnico em Saúde Bucal ESF |
Q2355993 Português
TEXTO I


Erva de passarinho ameaça árvores da cidade de São Paulo


Em um fim de semana ensolarado, o parque Ibirapuera recebia a costumeira multidão de visitantes em busca de algumas horas de lazer e descanso. Entre eles, estava a empresária Rosângela Pereira, 33, que, fazendo uma pausa em seu treino matinal, teve os olhos atraídos por uma árvore bem próxima ao Planetário.

“Que beleza exuberante!”, disse ela, sem notar que, mesmo sem perder a altivez, a amoreira trazia camuflado em seu troco um inimigo silencioso que assola a cidade: a erva de passarinho. Aos poucos, caso não seja removida, essa planta parasita se nutre de seu hospedeiro, podendo até levá-lo à morte.

No parque Ibirapuera, um dos cartões-postais de São Paulo, estima-se que cerca de 100 das 16 mil árvores estejam afetadas por esse parasita. Esses números são apenas uma prévia do inventário arbóreo do parque, cuja conclusão está prevista para outubro deste ano.

[...]

Os especialistas dizem acreditar que a disseminação desse parasita tenha ocorrido durante o processo de aceleração urbanística de São Paulo há pelo menos 60 anos.

Com características parasíticas e presença dominante em relação a outras espécies de plantas e árvores, a erva de passarinho se aloja no tronco, sugando todos os nutrientes vitais e a seiva da planta hospedeira. Essa ação, digamos, implacável, pode levar à morte do hospedeiro, que definha devido à escassez de nutrientes. Para evitar esse desfecho, é preciso que seja prontamente combatida.

Diante da limitação de diversidade natural plantada em ruas, avenidas e até mesmo em residências, bem como nos terrenos abandonados, a erva daninha encontrou um ambiente fértil para proliferar.


Disponível em: https://www.acessa.com/noticias/2023/07/161309- erva-de-passarinho-ameaca-arvores-da-cidade-de-sao-paulo.html. Acesso em: 18 jul. 2023 (adaptado).
Assinale a alternativa em que o uso da vírgula é indicado para separar um aposto.
Alternativas
Q2355077 Português

Texto para o item.


Relatório de gestão 2022 – 1.8. Ambiente Externo 



Internet: ˂www.crmv‑ce.org.br> (com adaptações). 

Considerando‑se a tipologia, os sentidos do texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.


O trecho “CRMV‑CE, por inexistência da relação jurídica, e devido a recurso, foi razoável” (linhas 37 e 38) apresenta um erro no emprego da vírgula após “jurídica”, pois não se trata de uma exceção gramatical de uso de vírgula antes de “e”, já que ambos os termos possuem o mesmo sujeito.

Alternativas
Respostas
441: D
442: B
443: C
444: D
445: D
446: C
447: D
448: D
449: D
450: A
451: D
452: E
453: B
454: A
455: C
456: C
457: E
458: A
459: B
460: C