Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q1905463 Português
Após a leitura do excerto apresentado abaixo, assinale a alternativa que corresponde à justificativa correta para o uso das vírgulas sinalizadas com os números sobrescritos.
“A alopecia é uma condição autoimune associada à queda de cabelos ou pelos do corpo, tanto de homens como de mulheres, que pode ser causada por diversos fatores. A atriz Jada Pinkett Smith1 esposa do ator Will Smith, 2 decidiu adotar os cabelos raspados por conta do distúrbio.”
ROCHA, Lucas. Alopecia: entenda a condição que afeta a atriz Jada Smith, esposa de Will Smith. CNN Brasil, 28 de março de 2022. Saúde. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/alopecia-entenda-a-condicao-que-afeta-a-atriz-jada-smith-esposa-de-will-smith/. Acesso em: 28 mar. 2022. 
Alternativas
Q1904311 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

A voz do silêncio

O silêncio na hora certa vale ouro. Ele pode falar mais que mil palavras, dar mil conselhos e evitar uma situação constrangedora.
Temos o hábito de falar demais e nos esquecemos que não há retorno para o que foi dito.
Muitas vezes quando não falamos acabamos dizendo muito.
Quando há atrito entre duas ou mais pessoas e elas não conseguem encontrar uma saída, acabam por dizer coisas que, de maneira refletida, não diriam.
Uma discussão é como uma fogueira e as palavras são como o vento que aviva a brasa; quanto mais se fala, mais a brasa arde; quanto mais as pessoas dizem nessa situação, menos refletem e acabam por alterar a voz, de maneira que no fim das contas o que se ouve são gritos.
Quantas e quantas pessoas não estragam uma relação só porque não souberam a hora certa de falar e a de calar! 
(...)
Pensar duas vezes antes de falar, sim.
Mesmo três ou dez se necessário.
Ficar em silêncio quando a melhor resposta é o silêncio, é dar ao outro a chance de pensar um pouco sobre a situação.
(...)
Isso faz parte da maturidade.
Pessoas maduras chegam na hora certa e partem na hora certa nos encontros marcados da vida.
Dizem o que deve ser dito e ouvem caladas.
Pensam seriamente no que o outro diz sem ficar obstinadas com as próprias ideias.
Elas se comunicam, dão e recebem.
Crescem em sabedoria e contribuem para que o mundo seja um lugar mais agradável de se estar.

Letícia Thompson. Acesso em https://www.contandohistorias.com.br/html/ contandohistorias.html - Adaptado 
Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase:
"Ele pode falar mais que mil palavras, dar mil conselhos e evitar uma situação constrangedora
Alternativas
Q1904095 Português

Leia o título e o subtítulo de uma matéria jornalística reproduzidos a seguir.


Conheça a força da Dona Rosa, compositora e artista plástica da roça mineira

Quando não tinha dinheiro, ela costumava usar os fios de seus cabelos para fazer pincéis e a terra para produzir tinta.

Por Globo Rural 07/03/2022 12h09 Atualizado há um dia


CONHEÇA a força da Dona Rosa, compositora e artista plástica da roça mineira. Globo Rural, 07 de março de 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2022/03/07/conheca-a-forca-da-dona-rosa-compositora-e-artista-plastica-da-roca-mineira.ghtml.


A vírgula presente no subtítulo dessa matéria se justifica, pois:

Alternativas
Q1904051 Português

Leia o poema abaixo.


“Eu procurei entender

qual a receita da fome,

quais são seus ingredientes,

a origem do seu nome.

Entender também por que

falta tanto o “de comê”,

se todo mundo é igual,

chega a dar um calafrio

saber que o prato vazio

é o prato principal.”


BESSA, Bráulio. Fome (trecho). Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-braulio-bessa/. Acesso em: 28 mar. 2022.


Nas quatro primeiras estrofes, as vírgulas foram empregadas para

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Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC - 2022 - PGE-AM - Assistente Procuratorial |
Q1903205 Português

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder à questão.


Verifica-se o emprego de vírgula para assinalar a elipse (ou seja, a omissão) de um verbo em: 
Alternativas
Q1902706 Português
Texto CB1A2-II

    A pseudociência difere da ciência errônea. A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um. Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem tentativas. As hipóteses são formuladas de modo a poderem ser refutadas. Uma sequência de hipóteses alternativas é confrontada com os experimentos e a observação. A ciência tateia e cambaleia em busca de melhor compreensão. Alguns sentimentos de propriedade individual são certamente ofendidos quando uma hipótese científica não é aprovada, mas essas refutações são reconhecidas como centrais para o empreendimento científico.
    A pseudociência é exatamente o oposto. As hipóteses são formuladas de modo a se tornar invulneráveis a qualquer experimento que ofereça uma perspectiva de refutação, para que em princípio não possam ser invalidadas.
     Talvez a distinção mais clara entre a ciência e a pseudociência seja o fato de que a primeira sabe avaliar com mais perspicácia as imperfeições e a falibilidade humanas do que a segunda. Se nos recusamos radicalmente a reconhecer em que pontos somos propensos a cair em erro, podemos ter quase certeza de que o erro nos acompanhará para sempre. Mas, se somos capazes de uma pequena autoavaliação corajosa, quaisquer que sejam as reflexões tristes que isso possa provocar, as nossas chances melhoram muito.

Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demônios.Tradução de Rosaura Eichemberg.
São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 39-40 (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue o item que se segue.


A supressão da vírgula presente logo após a palavra “erro” (segundo período do terceiro parágrafo) prejudicaria a correção gramatical do texto. 

Alternativas
Q1900742 Português
“O médico contempla o homem em toda a sua fraqueza; o advogado, em toda a sua maldade; e o sacerdote, em toda a sua estupidez.” Schopenhauer
Sobre a estruturação e o significado desse pensamento, assinale a observação inadequada.
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Q1900085 Português
Texto CG1A1-I

   Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse sumariar em uma única expressão o significado de desenvolvimento, se diria que o seu processo consiste no aumento continuado da produtividade do trabalho. É por meio do aumento do produto por trabalhador, propiciado pelo aumento da produtividade do trabalho, que se geram os recursos necessários que tornam possível atingir as demais dimensões do desenvolvimento. Sem esse crescimento, não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento não propicie o desenvolvimento em suas demais dimensões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde e da educação da população e aumento da expectativa de vida, entre tantas outras. 
  Certamente não há escassez de estratégias de desenvolvimento, e elas estão disponíveis para quem delas quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Delfim Netto que Adam Smith, em Riqueza das Nações (1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza das nações”) em poucas e simples proposições. Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da força para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito significa proteger o direito à propriedade privada, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutura de uso comum. Por fim, deve-se estimular a competição entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os mercados livres e punindo-se os monopólios. No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento econômico acontece quase por gravidade: será o resultado da ação dos empresários em busca do lucro e do comportamento dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação de suas necessidades. Elas se harmonizam pela liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de preços dos fatores de produção e dos bens de consumo”.  
  Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em nosso país pela época da Independência. A primeira tradução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em 1794, e a obra de José da Silva Lisboa, o futuro Visconde Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, especialmente os seus Princípios de Economia Política (1804). Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI (1818) e, particularmente, os seus Estudos sobre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smithianas, Cairu, ao proclamar o “deixai fazer, deixai passar, deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos portos, a liberdade da indústria e a fundação de nosso primeiro banco. Não pouca coisa.

Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtividade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.). Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009 (com adaptações). 
Com relação ao emprego dos sinais de pontuação no quarto período do segundo parágrafo do texto CG1A1-I, seria correto
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Q1899991 Português
Texto CB1A1-I

   Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus, como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região. 



   O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte, um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central, animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos, todos antigos moradores do cerrado. 



   Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve relação direta com a chegada do ser humano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás. 


 Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No quarto período do último parágrafo, o isolamento do advérbio “gradualmente” entre vírgulas seria gramaticalmente correto. 
Alternativas
Q1899621 Português

Com relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


A supressão da vírgula empregada após o termo “jovens” (linha 39) não prejudicaria a correção gramatical, mas alteraria o sentido original do texto.

Alternativas
Q1898674 Português
           Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
          No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
        Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
   A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa. 

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública: focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet: <http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


O emprego das vírgulas para isolar a oração “que se convencionou chamar de entidade de fiscalização superior (EFS)” (último parágrafo) confere a tal oração valor explicativo.

Alternativas
Q1898670 Português
           Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
          No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
        Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
   A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa. 

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública: focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet: <http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.



No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o Senado Romano” e “na Grécia” são seguidos de vírgula porque expressam circunstância de lugar no início da oração em que aparecem.

Alternativas
Q1898563 Português


Eliane Brum. Dois andares abaixo do meu. In: A menina quebrada. Porto Alegre-RS: Arquipélago Editorial, 2013 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item


A inserção de uma vírgula após “mulheres” (linha 7) alteraria os sentidos originais do texto. 

Alternativas
Q1897391 Português
Texto para o item.



Internet: <www.saudemental.blogfolha.uol.com.br> (com adaptações).
Considerando o texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.

O emprego da vírgula após “vacina” (linha 3) justifica-se por separar oração subordinada adjetiva explicativa.
Alternativas
Q1896662 Português
Instrução: Leia o texto 3 a seguir e responda à questão que a ele se refere.

Texto 3  




Disponível em: https://bichinhosdejardim.com/tecnologia-que-agiliza/. Acesso em 25 out. 2021. 
Sobre a estrutura da fala proferida no primeiro quadro, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q1896335 Português

Texto CG2A1-I


   Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas adoçadas que encontramos nos supermercados.

   Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76 gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas, para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.

  Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.

   Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em 1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades em que são consumidos.  


Internet:<super.abril.com.br>  (com adaptações).  

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue os itens a seguir.
I A supressão da vírgula empregada logo após “mecanizada” (primeiro período do primeiro parágrafo) manteria a coesão e a correção textual, uma vez que seu emprego é facultativo no período.
II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto período do último parágrafo), é facultativo.
III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo moderno” (primeiro período).

Assinale a opção correta. 
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Q1895789 Português

Leia o texto.

Bonitas mesmo.

Quando é que uma mulher é realmente bonita? No momento em que sai do cabeleireiro? Quando está numa festa? Quando posa para uma foto? Clic, clic, clic. Sorriso amarelo, postura artificial, desempenho para o público. Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo.

    Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.

    Caminhando pela rua, sol escaldante, a manga da blusa arregaçada, a nuca ardendo, o cabelo sendo erguido num coque malfeito, um ar de desaprovação pelo atraso do ônibus, centenas de pessoas cruzando-se e ninguém enxergando ninguém, ela enxuga a testa com a palma da mão, ajeita a sobrancelha com os dedos. Perfeita.

    Saindo do banho, a toalha abandonada no chão, o corpo ainda úmido, as mãos desembaçando o espelho, creme hidratante nas pernas, desodorante, um último minuto de relaxamento, há um dia inteiro pra percorrer e assim que a porta do banheiro for aberta já não será mais dona de si mesma. Escovar os dentes, cuspir, enxugar a boca, respirar fundo. Espetacular.

    Dentro do teatro, as luzes apagadas, o riso solto, escancarado, as mãos aplaudindo em cena aberta, sem comandos, seu tronco deslocando-se quando uma fala surpreende, gargalhada que não se constrange, não obedece à adequação, gengiva à mostra, seu ombro encostado no ombro ao lado, ambos voltados pra frente, a mão tapando a boca num breve acesso de timidez por tanta alegria. Um sonho.

    O carro estacionado às pressas numa rua desconhecida, uma necessidade urgente de chorar por causa de uma música ou de uma lembrança, a cabeça jogada sobre o volante, as lágrimas quentes, fartas, um lenço de papel catado na bolsa, o nariz sendo assoado, os dedos limpando as pálpebras, o retrovisor acusando os olhos vermelhos e mesmo assim servindo de amparo, estou aqui com você, só eu estou te vendo. Encantadora.

(Martha Medeiros)

Assinale a alternativa correta, considerando o texto.
Alternativas
Q1894807 Português
Se colocarmos todas as vírgulas necessárias na frase “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”, a forma correta será: 
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Q1893008 Português
Zé Alegria

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados.
Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.
Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhozinho João, um homem rico e poderoso. Esse, sendo dono de muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro, pagando muito pouco por isso.
Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria.
Era um jovem agricultor em busca de trabalho.
Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.
O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova.
Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e comprou algumas latas de tinta.
Chegando em casa, cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de colocar flores nos vasos.
Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de todos que passavam.
O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era por isso que tinha esse apelido.
Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou bem para os amigos e disse:
- Bem, esse trabalho, hoje é tudo que eu tenho.
Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele.
Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações.
Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.
Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.
Os outros olharam admirados. "Como ele podia pensar assim?"
Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias abandonados pelo destino...
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção de Sinhozinho, que passou a observar à distância os passos dele.
Um dia Sinhozinho pensou: 
- Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda.
Ele é o único aqui que pensa como eu.
Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.
Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um emprego de administrador da fazenda.
O rapaz prontamente aceitou.
Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:
- O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?
E ouviram, com atenção, a resposta:
- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que:
A vida é como um navio, e nós é que somos o capitão, não somos vítimas do destino. Existe em nós o livre-arbítrio, e com ele a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um"
No trecho: "Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um emprego de administrador da fazenda", as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: IBADE Órgão: ISE-AC Prova: IBADE - 2021 - ISE-AC - Agente Socioeducativo |
Q1892908 Português
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

       Comer bem te faz mais feliz
 
         Já ficou mais feliz depois de comer chocolate ou ainda mais irritado por causa de um desconforto digestivo? Saiba que a conexão entre o seu humor e a sua alimentação pode ser a resposta para isso.
       Estudos mostram uma correlação inversa entre uma dieta rica em açúcares refinados e uma função cerebral prejudicada - até mesmo uma piora dos sintomas de transtornos de humor, como a depressão. Mas o responsável pela sensação de bem-estar não é apenas o cérebro. É no intestino que cerca de 95% da serotonina, conhecida como hormônio da felicidade, é produzida a partir dos alimentos.
     Esse neurotransmissor – que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas, e pode também ser encontrado no sistema digestivo e nas plaquetas do sangue – ajuda a regular o sono e o apetite, a mediar o humor e a inibir a dor. Como a produção da serotonina é no trato gastrointestinal, faz sentido que o funcionamento do sistema digestivo, além de digerir os alimentos, ajude a guiar as emoções.
        Segundo o psiquiatra e professor de pós-graduação da PUC-Rio, Marcus Schwartz, o humor é definido como um estado de espírito, uma sensação generalizada que pode variar normalmente em todos os indivíduos. “No entanto, algumas pessoas apresentam transtornos do humor. Nesses casos, tratam-se de doenças, em que as variações são muito acentuadas, podendo ser uma exaltação ou uma oscilação muito para baixo do humor, o que caracteriza a depressão. Assim, essas doenças requerem tratamentos”, alerta. 
           Em parte, o humor é determinado pelo tipo de flora bacteriana que coloniza o intestino. O órgão é o lar de mais de 500 espécies diferentes desses micro-organismos, que podem afetar o cérebro, processo conhecido como eixo intestino-cérebro. Tais bactérias são necessárias para nos manter saudáveis. Porém, nem todas as espécies são amigáveis. (...)


Fernanda Taveira
Em “É no intestino que cerca de 95% da serotonina, conhecida como hormônio da felicidade, é produzida a partir dos alimentos.”, as vírgulas foram usadas para separar:
Alternativas
Respostas
1321: E
1322: C
1323: A
1324: A
1325: A
1326: C
1327: C
1328: D
1329: C
1330: C
1331: C
1332: E
1333: C
1334: E
1335: C
1336: B
1337: D
1338: A
1339: D
1340: A