Questões de Concurso
Comentadas sobre uso da vírgula em português
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“A alopecia é uma condição autoimune associada à queda de cabelos ou pelos do corpo, tanto de homens como de mulheres, que pode ser causada por diversos fatores. A atriz Jada Pinkett Smith, 1 esposa do ator Will Smith, 2 decidiu adotar os cabelos raspados por conta do distúrbio.”
ROCHA, Lucas. Alopecia: entenda a condição que afeta a atriz Jada Smith, esposa de Will Smith. CNN Brasil, 28 de março de 2022. Saúde. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/alopecia-entenda-a-condicao-que-afeta-a-atriz-jada-smith-esposa-de-will-smith/. Acesso em: 28 mar. 2022.
"Ele pode falar mais que mil palavras, dar mil conselhos e evitar uma situação constrangedora"
Leia o título e o subtítulo de uma matéria jornalística reproduzidos a seguir.
Conheça a força da Dona Rosa, compositora e artista plástica da roça mineira
Quando não tinha dinheiro, ela costumava usar os fios de seus cabelos para fazer pincéis e a terra para produzir tinta.
Por Globo Rural 07/03/2022 12h09 Atualizado há um dia
CONHEÇA a força da Dona Rosa, compositora e artista plástica da roça mineira. Globo Rural, 07 de março de 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2022/03/07/conheca-a-forca-da-dona-rosa-compositora-e-artista-plastica-da-roca-mineira.ghtml.
A vírgula presente no subtítulo dessa matéria se justifica, pois:
Leia o poema abaixo.
“Eu procurei entender
qual a receita da fome,
quais são seus ingredientes,
a origem do seu nome.
Entender também por que
falta tanto o “de comê”,
se todo mundo é igual,
chega a dar um calafrio
saber que o prato vazio
é o prato principal.”
BESSA, Bráulio. Fome (trecho). Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-braulio-bessa/. Acesso em: 28 mar. 2022.
Nas quatro primeiras estrofes, as vírgulas foram empregadas para
Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder à questão.
A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue o item que se segue.
A supressão da vírgula presente logo após a palavra “erro”
(segundo período do terceiro parágrafo) prejudicaria a
correção gramatical do texto.
Sobre a estruturação e o significado desse pensamento, assinale a observação inadequada.
No quarto período do último parágrafo, o isolamento do advérbio “gradualmente” entre vírgulas seria gramaticalmente correto.
Com relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
A supressão da vírgula empregada após o termo
“jovens” (linha 39) não prejudicaria a correção
gramatical, mas alteraria o sentido original do texto.
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego das vírgulas para isolar a oração “que se
convencionou chamar de entidade de fiscalização superior
(EFS)” (último parágrafo) confere a tal oração valor
explicativo.
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o
Senado Romano” e “na Grécia” são seguidos de vírgula
porque expressam circunstância de lugar no início da oração
em que aparecem.
Eliane Brum. Dois andares abaixo do meu. In: A menina quebrada. Porto
Alegre-RS: Arquipélago Editorial, 2013 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item
A inserção de uma vírgula após “mulheres” (linha 7)
alteraria os sentidos originais do texto.
O emprego da vírgula após “vacina” (linha 3) justifica-se por separar oração subordinada adjetiva explicativa.
Texto CG2A1-I
Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas adoçadas que encontramos nos supermercados.
Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76 gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas, para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.
Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em 1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades em que são consumidos.
Internet:<super.abril.com.br>
I A supressão da vírgula empregada logo após “mecanizada” (primeiro período do primeiro parágrafo) manteria a coesão e a correção textual, uma vez que seu emprego é facultativo no período.
II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto período do último parágrafo), é facultativo.
III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo moderno” (primeiro período).
Assinale a opção correta.
Leia o texto.
Bonitas mesmo.
Quando é que uma mulher é realmente bonita? No momento em que sai do cabeleireiro? Quando está numa festa? Quando posa para uma foto? Clic, clic, clic. Sorriso amarelo, postura artificial, desempenho para o público. Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo.
Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.
Caminhando pela rua, sol escaldante, a manga da blusa arregaçada, a nuca ardendo, o cabelo sendo erguido num coque malfeito, um ar de desaprovação pelo atraso do ônibus, centenas de pessoas cruzando-se e ninguém enxergando ninguém, ela enxuga a testa com a palma da mão, ajeita a sobrancelha com os dedos. Perfeita.
Saindo do banho, a toalha abandonada no chão, o corpo ainda úmido, as mãos desembaçando o espelho, creme hidratante nas pernas, desodorante, um último minuto de relaxamento, há um dia inteiro pra percorrer e assim que a porta do banheiro for aberta já não será mais dona de si mesma. Escovar os dentes, cuspir, enxugar a boca, respirar fundo. Espetacular.
Dentro do teatro, as luzes apagadas, o riso solto, escancarado, as mãos aplaudindo em cena aberta, sem comandos, seu tronco deslocando-se quando uma fala surpreende, gargalhada que não se constrange, não obedece à adequação, gengiva à mostra, seu ombro encostado no ombro ao lado, ambos voltados pra frente, a mão tapando a boca num breve acesso de timidez por tanta alegria. Um sonho.
O carro estacionado às pressas numa rua desconhecida, uma necessidade urgente de chorar por causa de uma música ou de uma lembrança, a cabeça jogada sobre o volante, as lágrimas quentes, fartas, um lenço de papel catado na bolsa, o nariz sendo assoado, os dedos limpando as pálpebras, o retrovisor acusando os olhos vermelhos e mesmo assim servindo de amparo, estou aqui com você, só eu estou te vendo. Encantadora.
(Martha Medeiros)