Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q2567711 Português
É preciso proteger o livro, quem o produz e quem o lê


Sevani Matos, Dante Cid e Ângelo Xavier



      “Por vezes ganhamos mais experiência com o que lemos do que com o que vemos”, nos sentencia Miguel de Cervantes. Ele faleceu em 1616, por coincidência no mesmo dia de outros dois grandes escritores, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Veja: 23 de abril, quando celebramos o Dia Mundial do Livro.

      É uma data para homenagear não apenas os que têm o ofício da escrita, mas também todos aqueles envolvidos no segmento: editores, tradutores, ilustradores, revisores. E não se pode esquecer, claro, dos leitores. Afinal, é por eles que toda essa cadeia de produção se movimenta. Mas também nesta data celebramos o Dia do Direito do Autor.

     Trata-se, _________, de oportunidade ímpar para se discutir o papel do criador e seu consequente reconhecimento. Uma obra – literária ou não – é fruto não apenas de um lampejo criativo individual, mas de um empenho que deve ser reconhecido pela sociedade, legalmente passível de proteção econômica, por meio de leis nacionais e tratados internacionais de direitos autorais.

        Num mundo que debate os impactos da inteligência artificial (IA) na sociedade, é ainda mais imperioso discutirmos o direito do autor. Afinal, o bom desempenho de ferramentas de IA generativa está diretamente relacionado ao uso que se faz de criações e obras de criadores diversos, como os escritores.

     É fato que as big techs, que faturam bilhões e alardeiam pesados investimentos em inovação, desconsideram totalmente os direitos autorais de quem produz as obras que garantem o êxito das ferramentas de IA generativa.

     Em fevereiro deste ano, o Copyright Committe da IPA, instituição da qual a Abrelivros, a CBL e o SNEL são membros, emitiu um posicionamento a favor do arcabouço jurídico existente. A instituição entende que a compilação, o tratamento, o armazenamento e a cópia de obras autorais para treinar modelos de IA implicam direitos exclusivos dos autores que não podem e não devem ser ignorados. Ou seja, empresas de IA generativa têm o dever de licenciar obras que pretendam utilizar em seu benefício.

      Não custa lembrar que os princípios básicos norteadores dos direitos dos autores levam em consideração questões de ética e transparência. Acreditamos que o respeito aos direitos autorais é de extrema relevância para que se assegure uma produção literária e artística de qualidade, em prol do desenvolvimento social e cultural de uma nação. Lutar por uma indústria editorial robusta é um preceito de quem defende a pluralidade de ideias, a disseminação do conhecimento e a liberdade de expressão.

      Somos sabedores de que, na era digital, o licenciamento e o registro de direitos são ainda mais fáceis de realizar, de forma rápida e segura. Discutir como proteger o direito do autor em tempos de IA é, portanto, urgente. E esse debate é ainda mais crucial quando pensamos que, nos últimos tempos, o livro tem sido, no Brasil e em várias partes do mundo, alvo de ataques e censuras.

   Calar a voz do autor e silenciar os seus direitos são um gigantesco retrocesso civilizatório. 



Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/04/e-preciso-proteger-o-livro-quem-o-produz-e-quem-o-le.shtml/. Adaptado.

Considere a sentença a seguir:

Uma obra — literária ou não — é fruto não apenas de um lampejo criativo individual, mas de um empenho que deve ser reconhecido pela sociedade, legalmente passível de proteção econômica, por meio de leis nacionais e tratados internacionais de direitos autorais.

Essa sentença pode também ser corretamente pontuada, sem alteração de sentido, da seguinte forma: 
Alternativas
Q2566765 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Salários mais iguais: o papel do envelhecimento e das decisões de carreira


Na maioria dos países com dados disponíveis, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu nas últimas duas décadas. Parte dessa redução se deve ao envelhecimento demográfico. Os trabalhadores mais velhos permanecem no mercado por mais tempo, retendo posições de destaque e dificultando a mobilidade ascendente dos homens jovens. Isso resulta em uma redução da disparidade de rendimentos entre os gêneros.

Analisando quatro décadas de dados salariais dos EUA, Reino Unido, Canadá e Itália, Arellano-Bover e seus colegas identificaram que a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu, com os jovens de ambos os gêneros recebendo salários mais semelhantes. As gerações mais antigas, que apresentavam maiores desigualdades, estão se aposentando, o que reduz o gap salarial geral. Entre 1976 e 1995, a probabilidade de homens de 25 anos trabalharem no décimo superior de grupos empresariais diminuiu, em média, 6 pontos percentuais, enquanto a mesma probabilidade para mulheres caiu apenas 2 pontos percentuais.

Ou seja, a diferença entre os rendimentos médios de uma sociedade não nos informa muito sobre questões ligadas à igualdade de gênero. E mesmo com o envelhecimento demográfico contínuo, é improvável que esse mecanismo reduza ainda mais a diferença salarial de gênero. Já que desde 1995 a diferença entre a classificação salarial média de homens e mulheres jovens é mínima.

As decisões individuais também desempenham um papel importante nessa dinâmica, uma vez que a escolha da graduação está fortemente ligada aos ganhos futuros. Homens jovens em média preferem áreas de estudo ligadas a exatas e tecnologia, que proporcionam altos ganhos. Nos EUA, 63% da diferença salarial de recém-formados é devido ao tipo de curso universitário; na Itália, é 51%. Já as mulheres tendem a escolher áreas de trabalho como educação e cuidados, que pagam menos em média.

Além disso, o gap salarial se amplia principalmente após o nascimento do primeiro filho, quando as mulheres sofrem maior pressão social e familiar para priorizar o cuidado com os filhos em detrimento da carreira. Essas expectativas têm outros tipos de custos para os homens: tendência a aceitar horas extras e demonstrar afeto através da provisão, ao custo de quase não ter tempo com familiares. Essa tendência emerge no mundo inteiro, ainda que em graus distintos. Consequentemente, as mulheres estão super-representadas em empregos de baixa remuneração para atender essas responsabilidades, trabalhando com maior flexibilidade e por menos horas. 

Alguns argumentam que as diferenças salariais se devem a fatores biológicos e preferências distintas. Embora homens e mulheres se diferenciem em alguns aspectos psicológicos que podem influenciar o mercado de trabalho, essas diferenças explicam apenas uma ínfima parte da disparidade salarial de gênero. Além disso, não há garantia de que a valorização de certas características traga resultados econômicos positivos para as empresas.

Por isso, para aqueles que almejam alcançar a paridade financeira, o progresso está claramente ligado às escolhas educacionais, de carreira e arranjos familiares. Antes de avaliar uma sociedade apenas pela diferença de rendimentos, é crucial analisar outros indicadores de desigualdade de gênero. Exemplos incluem a taxa de matrícula em diferentes níveis educacionais, acesso a financiamento e capital para negócios, disponibilidade e uso de licenças parentais, direitos de propriedade e herança, mobilidade territorial, taxas de violência de gênero e a força das normas sociais. O salário tende a ser uma consequência de todos esses fatores.

Homens e mulheres devem ter maior liberdade para decidir juntos como equilibrar a vida pessoal e profissional. Isso requer tanto um Estado que garanta igualdade de oportunidades com políticas públicas eficientes quanto menos julgamentos das escolhas alheias por parte de todos nós.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/
Nos EUA, 63% da diferença salarial de recém-formados é devido ao tipo de curso universitário; na Itália, é 51%.


No período acima, a segunda ocorrência de vírgula se justifica também por
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: PM-SP Prova: FGV - 2023 - PM-SP - Cabo PM |
Q2566622 Português
Problemas da segurança pública


“Esse trabalho científico se destina a realizar uma análise sobre a situação da segurança pública do Brasil, enfatizando suas falhas. Sendo abordada a violência que assola o meio social, bem como o sentimento de impunidade. Dessa forma, são apresentados os aspectos que envolvem esse serviço público, como o trabalho da polícia e o sistema das prisões. Além disso, é evidenciada a política brasileira que se torna um empecilho à garantia de uma sociedade mais segura. É importante ressaltar que nesse trabalho será evidenciada a violência que tem como praticantes agentes que delinquem reiteradamente e que são réus de diversos processos penais.”


(Jus.com.br / 28-07-2015)
No texto há um erro gramatical. Assinale a opção que identifica corretamente esse erro.
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Q2566392 Português
Depois da imprensa marrom, a imprensa rosa

            O saudoso jornalista Alberto Dines gostava de lembrar que o termo "imprensa marrom" se popularizou no Brasil em 1959 por obra do Diário da Noite, jornal do Rio de Janeiro. Na época, Dines escrevia uma matéria sobre a revista "Escândalo", que extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras.
            Dines queria usar o termo "imprensa amarela", comum nos Estados Unidos. Mas o editor achou o amarelo inofensivo demais para a matéria, que tratava de um cineasta levado ao suicídio por causa da revista. No fim a manchete ficou como "Imprensa marrom leva cineasta ao suicídio", e o termo se consolidou no país.
            Corte para 2024. Uma nova cor aparece para designar um novo tipo de imprensa sem qualquer compromisso com a ética. Dessa vez a cor é o "rosa". Para ser preciso, o termo em inglês é "pink slime press" (impressa da gosma rosa). O termo se refere àquele tipo de carne ultraprocessada industrialmente vendida em lata, que tem aparência rósea e valor nutritivo miserável.
            Esse tipo de imprensa é um dos temas do livro "A Morte da Verdade", que o jornalista e advogado americano Steven Brill lançou no dia 4 de junho. Brill define o fenômeno como "publicações que se apresentam como se fossem veículos legítimos de imprensa, mas que seguem objetivos ocultos". Eles são em geral financiados por entidades ou pessoas que querem fazer avançar seus interesses políticos ou econômicos. Para aumentar as chances de sucesso e disfarçar que tudo não passa de propaganda, assumem a aparência de veículos de mídia independentes.
            Brill alerta que, em um momento em que há um declínio da imprensa no mundo todo, o vácuo está sendo preenchido pela imprensa "pink slime". Para se ter uma ideia, de 2005 a 2021, mais de 2.000 jornais encerraram suas atividades nos EUA. Ao mesmo tempo, no final de 2023 havia cerca de 1.200 veículos de imprensa rosa na atividade no país.
        Diga-se o que quiser da imprensa verdadeira, mas ela produz artigos assinados, com os autores visíveis, possui endereço físico, conselhos editoriais, ombudsman e preserva a separação entre o que é propaganda e o que é jornalismo. Não por acaso é chamada de "o Quarto Estado", por sua importância para a democracia. E não por acaso também os veículos da imprensa "pink slime" querem justamente se parecer com ela, copiar sua aparência, estilo e reputação, mas só na superfície.
            Brill dá como exemplo o "Copper Courier", do Arizona, ou o "Main Street Sentinel", do Michigan. Os nomes parecem com os de jornais de verdade. No entanto, ambos são operações de propaganda. Sua principal estratégia é publicar artigos que são então impulsionados agressivamente nas mídias sociais para ganhar alcance, com aparência de legitimidade. O Brasil não está imune à imprensa "pink slime". Muito ao contrário. São muitos os exemplos desse tipo de publicação entre nós. Enxergá-los pelo que eles são é fundamental.
            Já sobre a revista “Escândalo”, ela acabou encerrando as atividades depois que as matérias de Dines — publicadas na imprensa — levaram a luz do sol para as suas práticas.

LEMOS, Ronaldo. Depois da imprensa marrom, a imprensa rosa. Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 junho 2023, Caderno Mercado, p. 3. Disponível em: https://acervo.folha.uol.com.br/digital/leitor.do?numero= 50678&maxTouch=0&anchor=6496390&pd=a46b47224fba3c97b65aa2141a1eb9bb.
Considere estes fragmentos transcritos do texto.
I. ... Dines escrevia uma matéria sobre a revista "Escândalo", que extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras.
II. Mas o editor achou o amarelo inofensivo demais para a matéria, que tratava de um cineasta levado ao suicídio por causa da revista.
III. Não por acaso é chamada de "o Quarto Estado", por sua importância para a democracia.

A exclusão da vírgula altera o sentido do que se enuncia em:
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Q2565373 Português
Almanaque

      É doce aprender coisas simples; depois de uma certa idade, em que a nossa ignorância está sobrecarregada de mil noções úteis e inúteis, certas ou erradas, acho um encanto especial em descobrir que a esmeralda não é um cristal feito com os olhos lindos das virgens de olhos verdes que morreram de amor, mas um silicato de alumínio e glucínio, é irmã gêmea da água-marinha e do berilo, ao passo que a ametista é apenas um quartzo com seus 15 por cento de óxido de manganês.
      Encho meus domingos com uma longa e vária cultura de almanaque: é uma sabença que não nos oprime, toda cômoda e folgada como um pijama velho. Direis que não vale nada. É que não sois capaz de sentir a pequena e pura emoção intelectual que há em saber que no estado do Espírito Santo acontecem por ano em média 30 suicídios, ou que os cocóis são cabeços de madeira pregados nos alcatrates, e que servem de reforço às aberturas das falcas. Isso talvez não vos seja muito útil, oh leitor ignorante, pois não fazeis ideia muito precisa do que são alcatrates e falcas. Eu também não; mas a verdade é que nos momentos de crise íntima eu me sinto um tanto reconfortado e um pouco mais tranquilo sabendo que os cocóis, pregados nos alcatrates, reforçam bastante as aberturas das falcas. Um dia, quando estiver mais folgado de dinheiro, hei de comprar um bom par de cocóis: meu velho sonho era ter um barco; isso nunca pode ser; mas comecemos pelos cocóis.
      Estou abusando um pouco do ponto e vírgula, o que talvez seja sinal de raciocínio cansado, que anda um pouco, para um pouco. Não importa, visto que meu espírito se aprimora, e sinto que sou provavelmente, em todo o quarteirão, a única pessoa conhecedora do verdadeiro nome dos tucanos, que é ramphastos. Há muita qualidade de ramphastos, mas pela beleza do nome eu tenho uma indisfarçável preferência pelo ramphasto ariel, que as pessoas vulgares chamam de tucano do bico preto.
      Dessas puras noções encho meu dia; é melhor que ler os suplementos; e à noite, quando me recolho ao duro leito, tenho a consciência tranquila de quem fez algo de útil, e sonho que sou Fernão Dias Paes Leme, o caçador de silicatos de alumínio e glucínio, e vejo um belo ramphastos bicando a cabeça do torvo Caliban, que me pretende separar da linda Miranda, filha de Próspero, o verdadeiro duque de Milão. Estou munido de excelentes alcatrates. A filha do senhor duque de Milão tem os cabelos dourados como um bife à milanesa, e... não, não devo contar meus sonhos. Fazei como eu, isto é, fazei cultura.

(BRAGA, Rubem. Almanaque. Correio da Manhã, Rio de Janeiro-RJ, 17 nov. 1954.) 
Considere a disposição de vírgulas no trecho “[...] e sonho que sou Fernão Dias Paes Leme, o caçador de silicatos de alumínio e glucínio, e vejo um belo ramphastos bicando [...]” (4º§). As vírgulas se deram de modo a demarcar a ocorrência de um(a): 
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Q2565174 Português
Fluoretação da Água


     A díade água-saúde é reconhecida pela humanidade desde tempos imemoriais, seja por representar risco seja por se associar à proteção da vida. Há aproximadamente um século, conhecimentos científicos vincularam os fluoretos, presentes em águas, ao risco do que atualmente identificamos como “fluorose dentária”, uma anomalia de formação do esmalte dentário derivada da exposição prolongada ao halogênio, mas, também, à prevenção da cárie dentária, quando os teores de fluoretos se situam em patamares compatíveis com a produção desse benefício.

     Na comunidade científica não há dúvida quanto à segurança dessa exposição para a saúde humana, o que faz da fluoretação da água de abastecimento público uma tecnologia de saúde pública amplamente utilizada em vários países, como: Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, dentre outros. Toda a água tem alguma quantidade de fluoreto e a tecnologia consiste no ajuste da sua concentração para valores em torno de 0,7mg por litro.

    No Brasil, em 1974 tornou-se obrigatório o uso dessa tecnologia preventiva em todas as estações de tratamento de água. A política pública é considerada uma das estratégias responsáveis por significativo declínio da experiência de cárie na população infantil e adolescente brasileira, projetando um distinto padrão de saúde bucal para as próximas gerações.

    Muito já se escreveu sobre o tema, que deveria estar relativamente “pacificado” em meio às evidências científicas do campo sanitário na contemporaneidade, no entanto, a controvérsia acerca da fluoretação da água continua viva em vários países — com cobertura na literatura científica, na mídia impressa e internet.

  Um estudo pesquisou nos EUA o tráfego mensal de comunicação virtual em sítios eletrônicos, cujo escopo era discutir fluoretação. O período considerado foi entre junho de 2011 e maio de 2012. Facebook, Twitter, YouTube foram monitorados e a atividade “fluoretação” foi categorizada em função dos dois grupos antagônicos de internautas: “pró” ou “anti”. Os tweets do Twitter foram ainda subcategorizados conforme os principais argumentos (tags) usados pelos ativistas. Como resultado, descobriu-se que a atividade “anti” gerou um tráfego informacional que excedeu largamente a atividade “pró”. Os números comparados mostram uma diferença de cinco a 60 vezes, dependendo da mídia analisada.

   “Veneno”, “câncer” e “inútil” foram as três principais especulações usadas contra a fluoretação, destituídas de substancial fundamentação científica. Geralmente, são mensagens com estratégias persuasivas que são intelectualmente problemáticas, fazendo uso de embustes verbais e sofismas lógicos catalogados na literatura filosófica e sociológica: falácia do espantalho, falsa dicotomia e maniqueísmo, “duplipensar”, falácia da omissão, redução ao absurdo, redução ad hominem, distorção de fatos, omissão de fontes, mitos insistidos, teoria da conspiração e paranoia social.

    Surpreendentemente, a “fluorose”, que poderia ser o argumento mais comentado, inclusive por se tratar de um tema extensivamente pesquisado pelo grupo “pró”, não apareceu entre os três primeiros, embora haja farto material científico (incluindo revisões sistemáticas) que poderia informar o debate em nível mais elevado.


Faculdade de Saúde Pública Universidade de São Paulo.
Adaptado.
No trecho: “[...] uma tecnologia de saúde pública amplamente utilizada em vários países, como: Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, dentre outros.” (2º parágrafo), as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Q2563809 Português
Os Deuses Gregos


        Os deuses gregos eram as divindades que formavam o panteão da religião dos gregos antigos. Essa religião é chamada comumente de mitologia grega e era politeísta, ou seja, formada por diferentes deuses. Os gregos acreditavam que seus deuses eram imortais e que representavam tanto as forças da natureza, como os raios e os mares, como conceitos abstratos, como a sabedoria e a beleza.

        Na religião grega, os principais deuses residiam no cume do Monte Olimpo. Acreditava-se que, nesse local, existia um palácio, onde os deuses olímpicos moravam.

        Os deuses tinham grande import_____ncia para os gregos, possuindo templos em sua homenagem, e muitos deles se tornavam patronos de cidades inteiras.

        Apesar da imortalidade, os deuses gregos, assim como os mortais, possuíam conflitos e dilemas morais. Assim, eles poderiam se entristecer; sentir ódio, ciúmes e inveja; apaixonar-se por alguém, casar-se, trair, etc. Também havia deuses que se envolviam com seres humanos e era comum, nos mitos, que os deuses tivessem filhos com mulheres mortais. As ações dos deuses refletiam-se diretamente na vida dos seres humanos e eles poderiam interferir na vida dos mortais de acordo com a sua vontade.


Brasil Escola. “Deuses gregos: quais são, nomes, história”.
Adaptado.
Assinalar a alternativa em que a(s) vírgula(s) foi(foram) empregada(s) de forma INCORRETA.
Alternativas
Q2563579 Português
Cuidado com a saúde dos olhos


    Não importa a idade. Usar óculos de grau para corrigir alguma limitação visual é comum tanto em idosos quanto em crianças. Pode reparar à sua volta: sempre vai ter alguém recorrendo a eles para ______ melhor.

    Quem decide se a pessoa vai precisar de óculos são os médicos conhecidos como oftalmologistas. É importante procurar um deles sempre que notar dificuldades para ver algo de longe ou até mesmo de perto.

    Miopia é distúrbio da visão em que objetos próximos são vistos com clareza, mas os distantes não. Já a hipermetropia é um distúrbio que prejudica a visão de objetos que estejam muito próximos.

    A utilização de aparelhos eletrônicos durante muito tempo pode contribuir para possíveis problemas de visão. Pesquisa realizada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) revelou que, durante a pandemia de covid-19, ______ aumento no número de miopia infantil.

    Usar óculos de grau pode ser muito divertido. Com diversas armações, cores e tamanhos, os itens passam a fazer parte do visual do dia a dia. ASSAGRA, Yasmin. Cuidado com a saúde dos olhos.


Diário do Grande ABC, feV. 2022. Com adaptações
Assinalar a alternativa em que a inclusão das vírgulas está gramaticalmente CORRETA.
Alternativas
Q2562148 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Pesquisador brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar


Um estudo que foi publicado no final do ano passado, cujos principais autores são um pesquisador brasileiro e outro japonês, aponta a possibilidade de que haja um novo planeta em nosso Sistema Solar.

Os dois astrônomos, o brasileiro Patryk Sofia Lykawka, que hoje é professor na Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, dizem que o planeta estaria localizado depois de Netuno, em uma região chamada de Cinturão de Kuiper.

"Prevemos a existência de um planeta similar à Terra e alguns outros objetos transnetúnicos (TNO, na sigla em inglês) em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar", escreveram os cientistas no trabalho publicado na revista The Astronomical Journal.

Os pesquisadores estudam o Cinturão de Kuiper, uma área localizada a cerca de 30 unidades astronômicas (a unidade astronômica equivale aproximadamente à distância da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros ou 8 minutos-luz) depois de Netuno, que abriga rochas geladas e planetas anões, como Plutão, Quaoar, Orcus e Makemake.

O suposto novo planeta seria de 1,5 a três vezes maior do que a Terra, bem maior que os planetas-anões localizados no Cinturão — mesmo Plutão, que já foi classificado como planeta no passado, tem apenas 18% do tamanho da Terra.

Antes que a existência de um novo planeta seja confirmada, os cientistas precisam encontrá-lo. Para isso, eles seguem estudando os objetos do Cinturão de Kuiper em busca de perturbações em suas órbitas que indiquem a presença de algum outro planeta maior.

"Baseados em extensas simulações do Sistema Solar externo, incluindo um hipotético planeta com massas semelhantes à da Terra (testei também várias órbitas para o planeta), obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais das populações do Cinturão de Kuiper distante. Isso sugere um papel vital desempenhado pelo planeta na formação do Cinturão de Kuiper", explicou Patryk, em entrevista à Unisinos — Universidade do Rio Grande do Sul na qual ele se formou em física e em matemática antes de se mudar para o Japão.

Para prosseguir com a pesquisa, Patryk pretende realizar novas simulações e aprimorar os resultados. "Assim, a massa e a órbita do planeta hipotético poderiam ser ainda mais refinadas", disse ele.

Retirado de: PINOTTI, Fernanda. Pesquisador brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar. CNN Brasil. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/
Assinale a alternativa que apresenta o correto emprego dos sinais de pontuação:
Alternativas
Q2562001 Português
Analisar o período a seguir:

Os Estados Unidos e a China — os maiores poluidores do planeta — não são signatários dos principais tratados de preservação ambiental. Assim, dificilmente surgirão ações efetivas para a diminuição do aquecimento global.

Assinalar a alternativa que representa CORRETAMENTE um sinal de pontuação NÃO utilizado no período acima:
Alternativas
Q2561402 Português
Assinale a alternativa em que o texto este corretamente pontuado.
Alternativas
Q2560973 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Após uma breve perda da dianteira em 2021 para a Covid-19, que naquele ano causou 411 mil óbitos, as enfermidades do coração e do sistema circulatório retomaram a liderança. De acordo com os dados do relatório "Carga global de doenças e fatores de risco cardiovasculares" mais recente, publicado em dezembro de 2023 no Journal of the American College of Cardiology, um conjunto de 18 doenças cardiovasculares tirou a vida de aproximadamente 400 mil brasileiros em 2022, quase o equivalente ao total de mortos no pior ano da pandemia do novo coronavírus.

O relatório é parte de um estudo mais amplo chamado Carga global de doenças, ou Global burden of diseases (GBD), que envolve a participação de mais de 10 mil pesquisadores, brasileiros inclusive, e registra desde 1990 a evolução de 371 causas de morte e 88 fatores de risco relacionados a elas no mundo. Na edição de 2023 do documento sobre doenças cardiovasculares, os dados do Brasil são apresentados somados aos do Paraguai, que à época tinha 6,1 milhões de habitantes, o correspondente a cerca de 3% da população brasileira. 

Nos dois países, os únicos integrantes da sub-região denominada América Latina Tropical no GBD, as doenças cardiovasculares mataram 408 mil pessoas em 2022, um aumento de 48,4% em relação às 275 mil mortes de 1990 − no período, a população dos dois países cresceu 35,6%. No mundo todo, as mortes por doenças cardiovasculares aumentaram um pouco menos, 39,4%, passando de 12,4 milhões em 1990 para 19,8 milhões em 2022, período em que a população mundial cresceu 51%.

Dois problemas responderam, sozinhos, pela grande maioria (76%) dos óbitos em 2022 na América Latina Tropical: o infarto do miocárdio e as diferentes formas de acidente vascular cerebral (AVC). Foram 170,5 mil óbitos pelo problema cardíaco e 138,4 mil por AVC. "Os números absolutos de morte crescem porque a população está aumentando e as pessoas estão vivendo mais", explica o médico e epidemiologista Paulo Lotufo, da Universidade de São Paulo (USP), um dos colaboradores do GBD.

Apesar da elevação no total de casos, devido ao crescimento e ao envelhecimento da população, em boa parte do mundo a situação vem melhorando e o número relativo de mortes por doenças cardiovasculares ajustados por idade, recurso estatístico que permite comparar dados de populações com estruturas etárias diferentes, encontra-se em queda nessas três décadas. No Brasil, a redução foi de 55,6%: baixou de 356 mortes por 100 mil pessoas em 1990 para 158 por 100 mil em 2022. No restante do planeta, a redução foi de 35%. Caiu de 358 óbitos por 100 mil em 1990 para 233 por 100 mil em 2022.

"Até os anos 2000, infarto e AVC competiam como principal causa de morte nos estados brasileiros. O diagnóstico e o controle da hipertensão arterial fizeram a taxa de mortalidade por AVC cair mais do que a taxa de mortes por infarto", conta a cardiologista Luisa Brant, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também colaboradora do GBD. A proporção de mortes por AVC em cada grupo de 100 mil passou de 138 em 1990 para 58 em 2019, queda de 58%. A de infarto baixou 52,5%, de 158 para 75, no mesmo período.

Embora a hipertensão seja o principal fator de risco para os dois problemas, distúrbios metabólicos como o diabetes não controlado e os níveis de colesterol elevados, frequentes na população brasileira, favorecem a ocorrência do infarto, ainda hoje são a principal causa de morte em todos os estados brasileiros, segundo a pesquisadora.

Retirado e adaptado de: FLORESTI, Felipe. Cerca de 400 mil pessoas morreram em 2022 no Brasil por problemas cardiovasculares. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/cerca-de-400- mil-pessoas-morreram-em-2022-no-brasil-por-problemascardiovasculares/ Acesso em: 26 fev., 2024.
Analise os seguintes trechos retirados do texto e assinale a alternativa na qual a vírgula foi empregada para isolamento de um aposto explicativo:
Alternativas
Q2560726 Português
A vírgula, entre todos os sinais de pontuação, é aquele que desempenha o maior número de funções. Analise as possibilidades de uso da vírgula entre orações, conforme preconizam Abaurre e Pontara: 

I. Separa a oração adverbial que ocorre antes da oração principal. II. Separa a oração subordinada adjetiva restritiva da oração principal. III. Separa todas as orações coordenadas sindéticas. IV. Delimita orações intercaladas. V. Separa a oração subordinada subjetiva da oração principal.

Quais estão INCORRETAS?
Alternativas
Q2560722 Português
A vírgula, entre todos os sinais de pontuação, é aquele que desempenha o maior número de funções. Analise as seguintes possibilidades de uso da vírgula no interior de orações, conforme preconizam Abaurre e Pontara:


I. Separa constituintes sintáticos idênticos em uma enumeração.
II. Indica a elipse de uma palavra (geralmente um verbo).
III. Isola o vocativo.
IV. Sempre separa o aposto.
V. Indica que um adjunto adverbial foi utilizado fora de sua posição habitual.
VI. Indica que complementos nominais ou verbais foram deslocados para o início da oração.
VII. Indica conjunções intercaladas.
VIII. Indica a separação do núcleo do complemento nominal e do adjunto adnominal que o acompanha.

Quais estão INCORRETAS?
Alternativas
Q2559330 Português
    Preconceito e discriminação são termos próximos. Por vezes, juridicamente, parecem até a mesma coisa, como se depreende do texto da Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989, complementada pela Lei n.º 9.459, de 15 de maio de 1997: “Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Mesmo assim, o preconceito pode ser definido como uma ideia de distinção, exclusão ou preferência baseada em raça, sexo, religião, origem social ou geográfica etc.; já a discriminação diz respeito à ação decorrente do preconceito. O preconceito é uma opinião; a discriminação, um comportamento real e efetivo.
     Sendo um pensamento, o preconceito, a rigor, não é crime. Quando se torna uma ação concreta ou uma afirmação pública, passa a ser discriminação e, a partir daí, é alvo da lei. O preconceito é considerado por nós a matriz que origina o ato discriminatório. Sem preconceito, não existiria discriminação. Ausente de sua expressão concreta discriminatória, o preconceito seria apenas uma fantasmagoria psíquica.

Leandro Karnal e Luiz Estevam. Preconceito: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2023 (com adaptações). 
Em referência às ideias veiculadas no texto apresentado e a seus aspectos linguísticos, julgue o item seguinte.

No último período do primeiro parágrafo, o emprego da vírgula logo após “discriminação” é obrigatório.
Alternativas
Q2558416 Português

                                  Polenta: história secreta de uma das comidas favoritas da Itália



    É dourada, granulada, pegajosa e tem um sabor bastante insípido se servida sozinha. Mas a versatilidade da polenta transformou-a em uma estrela culinária, com o famoso prato de fubá cozido da Itália combinando perfeitamente com uma infinidade de sabores. As coberturas podem incluir desde carne de veado, peixe, coelho, javali e vitela refogada até cogumelos, molho de tomate e queijo derretido. Também pode ser utilizado em sobremesas, incluindo biscoitos, tortas e panquecas -alguns até comem com Nutella. E não se pode esquecer das texturas, ela vem em vários formatos e pode ser extremamente cremosa.


    A polenta é consumida em toda a Itália, mas há três regiões principais no norte do país onde é particularmente popular – Veneto, Lombardia e Piemonte. Giovanna Gilli, 85 anos, tem boas lembranças de sua avó piemontesa mexendo lentamente o mingau de fubá dentro de um enorme caldeirão de cobre na lareira, depois servindo em uma mesa de madeira, derramando molho de tomate, salsichas e cebolas por cima antes que todos pegassem sua parte. “Pegávamos uma colherada e colocávamos em nossos pratos. Era uma delícia, derretia na boca”, lembra ela. “No dia seguinte, a polenta crocante e seca que sobrou era cortada em palitos para nós, crianças, mergulharmos no leite ou polvilharmos com açúcar no café da manhã.”


    Hoje, acredita-se que a polenta seja o alimento básico mais popular da Itália, depois das massas e da pizza. Na sua essência, continua a ser um humilde prato comunitário, mas durante os anos da Segunda Guerra Mundial foi consumido, principalmente, por necessidade. No final de um árduo dia de trabalho, alguns familiares reuniam-se à volta da mesa e partilhavam a polenta. Usando as mãos como colheres, esfregavam cada mordida em um arenque seco pendurado por um barbante no teto da cozinha para dar mais sabor à polenta simples e, ao mesmo tempo, conservar o peixe.


    Embora os historiadores da culinária observem que os antigos romanos costumavam comer um tipo mais macio de polenta, feita com espelta moída cozida, a versão que as pessoas conhecem e amam hoje tem suas raízes no Oceano Atlântico, nas Américas. Tudo começou quando Cristóvão Colombo trouxe consigo para o Velho Continente uma safra “exótica” de milho, produto que não era familiarizado até sua viagem em 1492.


    Segundo o chef e o historiador alimentar Amedeo Sandri, o milho foi posteriormente importado para a Itália por missionários que voltavam das Américas para a região de Friuli. O cultivo em grande escala se espalhou nos anos 1600 para Veneto e Lombardia, substituindo as culturas tradicionais e desencadeando uma revolução agrária. Hoje, existem cerca de uma dúzia de tipos de milho italiano cultivados no país. “Os agricultores perceberam que o milho tinha maior rendimento e ciclo de cultivo mais curto em comparação ao milheto, centeio e trigo, e que dava força suficiente para trabalhar na lavoura”, diz Sandri. “Mas houve alguns efeitos colaterais graves nesta dieta à base de polenta.”


    Diz-se que os europeus ficaram tão viciados em fubá cozido que desenvolveram uma doença peculiar chamada pelagra, causada pela falta de niacina – também conhecida como vitamina B3. Muitos teriam sofrido de demência, diarreia e erupções cutâneas como resultado da doença. 



Fonte: Polenta: história secreta de uma das comidas favoritas da Itália | CNN Brasil

Assinale a alternativa que apresente a justificativa adequada para o uso da vírgula no período: Muitos teriam sofrido de demência, diarreia e erupções cutâneas como resultado da doença.
Alternativas
Q2557357 Português
Considere as três orações acerca dos sinais de pontuação e assinale a alternativa correta: I. Naquele dia, os candidatos, fizeram uma excelente prova. II. Quando o cantor entrou no palco, todos aplaudiram. III. A ordem, meus amigos, é a base do governo.
Alternativas
Q2557021 Português
Leia o texto I abaixo para análise da questão.

3 Conselhos para poupar e ensinar seus filhos a lidar bem com o dinheiro


        Como mães e pais, as pessoas têm inúmeras preocupações com o futuro de nossos filhos. Entre elas, está a segurança financeira. No Brasil, oito em cada dez pais ou mães dizem conversar com seus filhos sobre finanças, segundo pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, publicada em outubro de 2023. O levantamento mostrou que 24% desses adultos disseram que começaram a falar com as crianças sobre o tema quando elas tinham até 5 anos. Outros 23% afirmaram que tiveram a primeira conversa quando os filhos tinham de seis a oito anos, e 16%, de nove a 11 anos. A pesquisa concluiu que os pais estão conversando cada vez mais sobre educação financeira com os filhos.
        Estudos mostram que, quanto mais cedo as crianças aprendem sobre finanças pessoais, mais preparadas elas ficam para lidar bem com o dinheiro. O podcast Money Box, da BBC, conversou com Kirsty Stone, planejadora financeira da consultoria The Private Office, e Stephanie Fitzgerald, diretora de programas para jovens da ONG britânica The Money Charity. As especialistas elencaram três dicas para ajudar os pais na tarefa de garantir um futuro financeiro mais tranquilo para os filhos. "O que realmente importa é dar-lhes a oportunidade de ter algum controle e tomar algumas das decisões em relação ao dinheiro, para que talvez possam cometer alguns erros, resume Fitzgerald.

1. Pense no longo prazo
        Como os filhos não precisam de dinheiro imediatamente e os produtos de poupança a longo prazo sempre oferecem benefícios maiores, o melhor é comparar as contas que são ofertadas pelos bancos e os juros de cada uma. "Existem contas infantis simples, e essa é uma excelente forma de começar a educar a criança sobre a entrada e a saída de dinheiro", acrescenta Fitzgerald.
        Em geral, com as contas de acesso instantâneo, você pode sacar ou depositar dinheiro a qualquer momento, mas normalmente tem acesso a uma taxa de juros mais baixa do que com contas ou aplicações de prazo fixo ou de prazo mais longo (que podem ficar presas por 12, 18 ou mais meses). Você também pode escolher uma conta que a criança só poderá acessar quando completar 18 anos. "Isso limita a possibilidade de alguém remover dinheiro desnecessariamente para cobrir um custo que não é uma necessidade essencial", disse Fitzgerald no podcast.

2. Dê um passo de cada vez
        Começar a poupança para uma criança hoje representa um grande presente para o futuro. Com essa quantia, os jovens adultos não apenas conseguem começar a vida independente com mais tranquilidade. Envolver as crianças no processo, desde cedo, também os ajuda a aprender lições importantes sobre dinheiro e economia.
        Porém, se você não puder economizar para eles devido à situação familiar ou à crise financeira, não há problema em postergar os planos por um tempo. O essencial é não se endividar, nem usar cartão de crédito sem condições de pagar o boleto no mês seguinte.

3. Lembre-se da magia dos juros compostos
        Tudo começa com uma conta poupança que rende juros. Vamos supor que você coloque US$ 100 (ou o equivalente em qualquer moeda) em uma conta que oferece uma taxa de juros de 5%. Observe atentamente os números: no final do primeiro ano, você terá US$ 105 na conta poupança. Ou seja: os US$ 100 que você tirou do bolso + os US$ 5 que o banco te deu por ser um bom cliente e não tocar naquele depósito durante um ano inteiro. O conceito-chave é: a magia dos juros compostos acontece enquanto você não faz movimentações com esse dinheiro.
        Vamos agora para o segundo ano. A poupança do filho agora tem US$ 105, mas este ano as finanças não permitem que você acrescente nada a mais. Ainda assim, o dinheiro continuará a crescer. Como? Porque no segundo ano você não vai ganhar US$ 5. No final deste segundo ano você terá mais. Com a mesma taxa de juros de 5%, o banco passa a dar uma remuneração superior. Os 5% que você ganha não são mais sobre os US$ 100 investidos no início. Os juros agora são aplicados ao total que sua conta possui no segundo ano (ou US$ 105). Os juros para o segundo ano são, portanto, de US$ 5,25. Quando ele completar 18 anos, graças à magia dos juros compostos, a poupança estará com US$ 240,66. Imagine que, em vez dos US$ 100 iniciais, você colocou US$ 1.000. Ao completar 18 anos, a conta estará com US$ 2.406,62. O recardo então é: economize aos poucos e deixe a matemática fazer o resto. Mas atenção sobre qual investimento fazer: o retorno tem que ser superior à inflação do período, caso contrário, apesar de nominalmente você ter mais dinheiro, como vimos no exemplo, ele pode não valer tanto assim.
        E, se você quer ensinar finanças ao filho, dê a ele um cofrinho. Essa é a dica dada pelo site Money Helper. "Essa é uma boa ideia para crianças muito pequenas. A principal coisa que elas precisam aprender é que o dinheiro não é um brinquedo e que deve ser guardado num lugar seguro".
        Um cofrinho ajuda as crianças a compreender o valor de diferentes moedas e notas. Além do que os pais poupam para os filhos, é importante que eles próprios desenvolvam uma compreensão de como funciona o dinheiro. Essa certamente é uma habilidade que os acompanhará pelo restante da vida.
Fonte: https//:www.bbc.com/portuguese/articles/c8428wzd574o.
Assinale a alternativa cuja proposta de reescrita de um fragmento do texto esteja adequada segundo as regras de pontuação.
Alternativas
Q2556957 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Ser Humano Frente as Crises

Muitos devem conhecer um pequeno conto sobre um pai e filho que viajavam de trem, em um percurso que duraria aproximadamente uma hora.

O pai se acomoda no assento, dispondo a ler uma revista para se distrair e a criança o interrompe perguntando-lhe:

− O que é isso, papai?

O homem se volta para ver o que o filho assinalava pela janela e responde:

− É uma granja, meu filho.

Ao retomar sua leitura, outra vez lhe pergunta a criança:

− Já vamos chegar?

E o homem responde que ainda faltava muito.

Retorna a sua leitura. Mal havia lido o primeiro parágrafo de sua revista quando o pequeno lhe faz outra pergunta e, após esta, outras mais.

O pai, já exasperado, buscando uma solução para distrair o filho, encontra em uma página da revista o mapa do mundo. Corta-o em pedacinhos e repassa a criança, dizendo-lhe que se tratava de um quebra-cabeça e que ele o montasse.

Feliz, o pai se acomoda em seu assento, seguro de que a criança estaria entretida durante todo o trajeto.

Entretanto, mal recomeçara a ler sua revista, quando a criança exclama:

− Já terminei!

− Impossível! Não posso acreditar! Tão rápido?

Diante dele estava o mapa do mundo, perfeito.

Então, pergunta:

− Como você conseguiu montar o mundo tão rápido?

O filho responde:

− Eu não me fixei no mundo: atrás da folha estava a figura de um homem. Compus o homem e o mundo ficou consertado.

O homem ficou sem palavras, a criança não.

Às vezes é preciso prestar atenção nas crianças pois ela nos ensina profundas lições. 


Fonte: https://www.acropole.org.br/reflexoes-filosoficas/o-ser-humano-frente-a s-crises/?gclid=EAIaIQobChMIuc2o7ZSIhAMV_TetBh0xrQtLEAAYASA AEgIhJ_D_BwE
No trecho "− É uma granja, meu filho", a vírgula foi utilizada para: 
Alternativas
Q2556936 Português
Assinale a alternativa que contém vírgulas empregadas para enumerar termos coordenados.
Alternativas
Respostas
161: A
162: B
163: A
164: B
165: A
166: D
167: C
168: A
169: E
170: D
171: B
172: D
173: B
174: C
175: C
176: B
177: D
178: D
179: C
180: B