Questões de Português - Uso da Vírgula para Concurso

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Q2176120 Português
Como escolher o som de despertador perfeito, segundo a
ciência

Um conjunto de pesquisas da Austrália mostram a frequência
e batida mais eficazes em estimular o estado de alerta. Ouça o
que seria o “alarme perfeito”.

Por Maria Clara Rossini

    O “só mais cinco minutinhos” é o terror de quem precisa acordar cedo. Primeiro você aperta o botão “soneca” uma vez, só para curtir uns últimos minutinhos de sono. Depois duas, três vezes. E mesmo com o som do despertador no máximo, você não consegue ficar acordado. Quando vai ver, já está uma hora atrasado.
    Ter uma boa noite de sono é o melhor jeito de evitar aquela sensação “grogue” logo ao acordar. Mas escolher um bom alarme também pode ajudar. Uma pesquisa do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália, mostrou que alguns tipos de música e frequências podem aumentar o estado de alerta ao acordar.
    O seu cérebro não é como um interruptor, que liga e desliga totalmente na hora que quer. As regiões mais importantes para o estado de alerta, como o córtex pré-frontal, demoram mais para “ligar” do que outras áreas. Isso significa que você pode estar mais ou menos acordado, o que causa a sensação “grogue”. O fluxo de sangue para o cérebro é outro fator que influencia essa sensação.
    Sons com melodias energizantes (como a música ABC, do The Jackson 5), são boas pedidas. Mas não é só isso. O estudo também mostrou que existem volumes e frequências mais eficazes para cada faixa etária.
    Jovens entre 18 e 25 anos precisam de alarmes com sons mais altos para acordar totalmente, enquanto pessoas mais velhas já ficam de pé com barulhos mais baixos. Aos 18 anos de idade, você pode precisar de um alarme com até 20 decibéis a mais do que aos 80 anos. Os pré-adolescentes (entre 10 e 14 anos) são os que precisam dos sons mais altos.
    Um outro estudo, também do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, mostrou que tons com frequência dominante de 500 Hz deixam as pessoas mais alertas do que aqueles com mais de 2000 Hz. Não por coincidência, essa é a frequência do alarme padrão do iPhone.
    A pesquisa também concluiu que pessoas com alarmes “cantáveis” se sentem mais alertas ao acordar. A música não precisa ter letra, necessariamente – basta uma melodia que você consiga murmurar baixinho. Um estudo de 2016 mostrou que músicas famosas são boas para acordar após um cochilo (mesmo que isso te faça odiar a canção depois).
     [...] 

Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/como-escolher-o-som-dedespertador-perfeito-segundo-a-ciencia/
Analise: “Sons com melodias energizantes (como a música ABC, do The Jackson 5), são boas pedidas.” E assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FAFIPA Órgão: FAZPREV - PR Prova: FAFIPA - 2023 - FAZPREV - PR - Advogado |
Q2175769 Português
Leia as orações a seguir:
I.Celina, a cantora, é minha melhor amiga. II.Celina, a cantora é minha melhora amiga.
Assinale a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Q2175551 Português
Texto 1

Leia o texto a seguir:

Com 102 filhos e 578 netos, ugandês fecha a fábrica e diz “não lembrar de todos”

“No começo era uma piada... mas agora é um problema”, diz Musa Hasahya Kesera, um homem de Uganda que é pai de 102 filhos. Ele admite que está cada dia mais difícil atender às necessidades da família - e até mesmo lembrar os nomes de todos.

Aos 68 anos, ele tem uma família com 12 mulheres, 102 filhos - o mais novo com menos de 10 anos e o mais velho com mais de 50 anos - e 578 netos.

Kesera se tornou uma atração em sua aldeia, Bugisa, no leste de Uganda. Mas para ele, chegou a hora de fechar a fábrica. “Já aprendi a lição com a minha atitude irresponsável, de ter tido tantos filhos dos quais não consigo cuidar”, confessa.

Sua grande família vive em uma casa muito deteriorada, com telha de zinco e vinte cabanas localizadas nas proximidades. “Com a minha saúde debilitada e menos de um hectare de terra para uma família tão grande, duas das minhas esposas foram embora porque não pude dar a elas as coisas mais essenciais, como alimentação, educação ou roupas”, conta o pai de família, desempregado.

Para evitar que a família cresça ainda mais, suas esposas tomam anticoncepcionais. Ele admite que não se cuida.

A poligamia é autorizada em Uganda. Musa Hasahya Kesera casou-se pela primeira vez em 1972, quando tinha 17 anos, em uma cerimônia tradicional. Seu primeiro filho nasceu um ano depois.

“Como éramos apenas dois filhos (na família dele), meu irmão, meus pais e meus amigos me aconselharam a casar com várias mulheres para ter muitos filhos e aumentar a riqueza da família”, explica.

Atraídos por seu status de vendedor de gado e açougueiro, vários moradores locais ofereceram a mão de suas filhas, algumas delas ainda menores de idade (prática proibida desde 1995).

Com o passar dos anos, ele não consegue mais identificar nem os próprios filhos.

“Só me lembro dos nomes do primeiro que nasceu e do último, não me lembro da maioria dos outros”, confessa, ao examinar pilhas de cadernos antigos para encontrar detalhes sobre seus nascimentos. “São as mães que me ajudam a identificá-los”, diz ele.

O homem admite que também tem dificuldade para lembrar os nomes de algumas de suas esposas. Ele precisa pedir a um de seus filhos, Shaban Magino, um professor de 30 anos, que o ajude a administrar as questões da família. Magino é um dos poucos filhos que frequentou a escola.

Para resolver as disputas, que não faltam na família, uma reunião é organizada mensalmente.

Sem comida

O povo de Bugisa vive em grande parte da agricultura, com pequenas plantações de arroz, mandioca e café, e da pecuária.

Na família de Musa Hasahya Kesera, alguns tentam ganhar dinheiro ou comida fazendo tarefas domésticas para os vizinhos ou passam o dia coletando lenha e água, muitas vezes percorrendo longas distâncias a pé.

Outros ficam em casa. As mulheres tecem esteiras ou trançam os cabelos, enquanto os homens jogam cartas à sombra de uma árvore. Quando o almoço está pronto - na maioria das vezes mandioca cozida - o pai de família sai de sua cabana e grita para os parentes entrarem na fila para comer.

“Mas quase não temos comida suficiente. Somos obrigados a alimentar os filhos uma vez, ou duas nos dias bons”, explica Zabina, a terceira esposa de Musa Hasahya Kesera, que diz que nunca teria se casado se soubesse que seu marido tinha outras esposas.

“Ele trouxe a quarta, depois a quinta e assim por diante até chegar na 12ª”, diz ela, suspirando.

Apenas sete ainda moram com ele em Bugisa. Duas saíram e três foram para outro município, a dois quilômetros de distância, porque o que a granja da família fornece não é suficiente para alimentar todo mundo.

Fonte: https://www.estadao.com.br/internacional/com-102-filhos-e-578- netos-ugandes-fecha-a-fabrica-e-diz-nao-lembro-detodos/?utm_source=estadao:whatsapp&utm_medium=link&app_absent =0. Acesso em 28/03/2023
No trecho “Para resolver as disputas, que não faltam na família, uma reunião é organizada mensalmente” (12º parágrafo), as vírgulas foram usadas para:
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Q2175256 Português

TEXTO 1


Mudança

Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.


Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.


Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.


- Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.


Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e esperou que ele se levantasse. Como isto não acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado, praguejando baixo. A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.


- Anda, excomungado.


O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário - e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.


RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 71 ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. (Fragmento)

Em "Anda, excomungado", a vírgula foi empregada para: 
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Q2175129 Português
A falsa vida no Instagram

Expor-se em fotos na rede é um paliativo para a mediocridade.

Walcyr Carrasco - 14 fev 2020

Estou no aeroporto. Uma mulher pede uma selfie. Faço a pose. Sorrio. Essa cena acontece principalmente quando estou com uma novela de sucesso. Eu me pergunto: para que servem os milhões de selfies clicadas diariamente? Bem, para postar. A foto dá a impressão de intimidade. Mas nem nos conhecemos. A maioria avassaladora das pessoas que postam selfies com famosos não conhece ninguém. São imagens arrancadas, às vezes em situações horríveis. Certa vez, em Belo Horizonte, meu voo estava sendo chamado. Eu entrando no banheiro às pressas. Uma senhora me parou para fazer selfie, tentei me safar, ela insistindo… Enfim… Imaginem a situação. Tive de sorrir e me deixar fotografar! O pior é que não sei com quem estou dando um clique. Se for parar num tribunal e disser que não conheço a pessoa, haverá uma selfie! Esse mundo digital cria uma falsa impressão de intimidade!
Abro o Instagram e o que vejo? Muita gente com famosos, mais famosos que eu, óbvio. A vida de um Neymar deve ser um martírio! Também há os turistas deslumbrados. Sinto “vergonha alheia” ao ver tantos amigos postando fotos de viagem como se fossem a última bolacha do pacote. Vamos combinar. Quem precisa de mais um retrato de alguém no Coliseu? Ou na Torre Eiffel? Recentemente eu estava com um amigo, seu filho e primo adolescentes no templo budista Zu Lai, em Cotia, São Paulo. É um lindo santuário, com escadarias, pátios, esculturas. Todos tirando selfies e fazendo poses. De repente, percebi: ninguém estava olhando o templo! Só clicando. Postar era mais importante que a experiência em si.
Outra tendência são as mulheres seminuas e os rapazes de músculos à mostra. No passado, as revistas masculinas pagavam fortunas às mulheres para que ficassem nuas. Hoje é de graça, e as modelos são donas de casa, executivas… Só não há nus absolutos porque o próprio Instagram proíbe. Um amigo desempregado, já maduro, mas com músculos bem desenhados, postava uma foto de praia atrás da outra. Foi fazer uma entrevista. O possível chefe reclamou dos posts. Disse serem ruins para um candidato a cargo de direção. Apavorado, ele parou de postar. Duas semanas. Já está postando tudo de novo. Atenção: quem oferece uma vaga sempre verifica o candidato nas redes sociais. É um risco para o currículo. Fico imaginando a vida dos rapazes que postam fotos de si próprios em academias ou na praia, como pavões. Na real, contam os centavos, levam fora da namorada… Há quem poste batatinhas gordurosas orgulhosamente, como se fossem alta gastronomia. E ah… por que tanta gente faz questão de postar seus cachorrinhos? Felicidade igual au-au?
O Instagram é uma narrativa. As pessoas criam uma ficção da própria vida. Histórias de intimidade com famosos, de viagens, de alta moda, de gastronomia. Sentem-se mais interessantes, desejáveis. Os posts são um paliativo para a mediocridade de seu dia a dia. Postar virou um vício. Em que realmente acreditam? Em seu trabalho, relações? Ou na personagem criada no Instagram? Tornar a vida uma ficção só pode dar errado.

Publicado em VEJA de 19 de fevereiro de 2020. 
Observamos no primeiro parágrafo:
“Certa vez, em Belo Horizonte, meu voo estava sendo chamado.”
Das redações a seguir, assinale a que apresenta outra possibilidade de pontuação CORRETA para a frase citada. 
Alternativas
Respostas
1011: C
1012: E
1013: A
1014: D
1015: E