Questões de Concurso Sobre uso da vírgula em português

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Q2251652 Português

Texto I 


ESPERANÇAR EM TEMPOS DE PANDEMIA: RELATO DE UMA PROFESSORA DA REDE PÚBLICA DE BELO HORIZONTE







TAKAHASHI, A. M. Disponível em: https://www.revistaponte.org. Acesso em: 04 abr. 2022 (adaptado)

“(...) roubaram a nossa rotina e tivemos que aceitar uma outra, imposta ‘goela abaixo’”. (linhas 5-6)


A vírgula usada no trecho em destaque serve para 

Alternativas
Q2250948 Português

Considere o fragmento abaixo, para responder ao que se pede.


“No século XVI, com a chegada dos portugueses, os indígenas que habitavam a região em que se localiza nosso Estado recuaram para a floresta, iniciando, a partir de então, uma luta de guerrilhas contra os portugueses, que se prolongaria até meados do século seguinte.” (Adapt de www.brasilrepublica.hpg.ig.com/espiritosanto.htm)


É INCORRETO afirmar que: 

Alternativas
Q2250718 Português
Leia o texto para responder à questão.

Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?

        Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832- 1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela brevidade da experiência humana.
        Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial, na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho” e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
         Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das 24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar. Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a consequência dessa aceleração vem provocando quadros de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
         “Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao quadro cultural do país e como está organizada a vida social. Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”, aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
        Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e contínuo?”, dispara.

(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, na frase alterada, a posição da vírgula está em conformidade com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
Q2250672 Português
Leia o poema para responder à questão.

                Ogiva
Armar um poema requer lógica.
Uma lógica secreta,
de seita, confraria,
e que apenas os poetas,
iniciados nas artes dessa alquimia,
conhecem e arriscam articular.

Armar um poema é sempre forma
de amar o poema
que o leitor, ao final,
amando-o também,
tentará eternamente,
e sem sucesso,
desarmar.

(Leonardo Almeida Filho. Tutano. São Paulo: Patuá, 2020).
As vírgulas intercalam uma expressão explicativa em: 
Alternativas
Q2249585 Português

Texto para a questão.




A vírgula empregada na linha 3 e as vírgulas empregadas na linha 5 têm a função de 
Alternativas
Q2249582 Português

Texto para a questão.




Sem prejuízos para o sentido original do texto, poder-se-ia suprimir a vírgula empregada logo após 
Alternativas
Q2249579 Português

Texto para a questão.




Acerca da correção gramatical e dos sentidos do texto, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2248997 Português

(Gente hospitaleira)


Alguns pensadores definiram a hospitalidade como um modo privilegiado de encontro interpessoal marcado pela atitude de acolhimento em relação ao outro. As praticas de hospitalidade deverão marcar todas as situações da vida, ou seja, a hospitalidade não deverá ficar circunscrita à disponibilidade para receber o turista, o visitante que chega de fora e está de passagem pela cidade; é necessário que esta atitude de acolhimento e cortesia se estenda ao próximo em geral, seja o vizinho, o colega de trabalho ou mesmo um desconhecido.


Outros acentuam que a hospitalidade não pode estar condicionada pelas condições da realidade. A hospitalidade seria antes de mais nada uma disposição da alma, aberta e irrestrita. Ela, como o amor incondicional, em princípio, não rejeita nem discrimina a ninguém. É simultaneamente uma utopia e uma prática. Como utopia representa um dos anseios mais caros da história humana: de ser sempre acolhido independente da condição social e moral e de ser tratado humanamente. Como prática cria as políticas que viabilizam e ordenam a acolhida. Mas, por ser concreta, sofre os desafios, os constrangimentos e as imitações das situações dadas.


A hospitalidade é, para outros ainda, uma maneira de se viver em conjunto regida de modo bem definido por certas regras, ritos e leis. Nesse sentido, a hospitalidade é concebida não apenas como uma forma essencial de interação social, mas também como uma rigorosa forma de humanização, uma das formas administráveis de uma socialização verdadeira.


(Disponível em: https://lbhe.com.br/o-que-e-hospltalldade. Adaptado)

A introdução de uma vírgula num segmento do texto é plenamente aceitável no seguinte caso:
Alternativas
Q2248595 Português
     O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais. Dada essa multidimensionalidade, o termo saúde mental não pode ser elucidado restringindo seu escopo à individualização do sofrimento, o que pode levar a uma abordagem do assunto pautada na patologização e na medicalização. A discussão da saúde mental precisa ser feita de forma ampliada, considerando as diversas relações dos indivíduos com as pessoas e os grupos com os quais convivem. A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza. O processo saúde-doença está, portanto, vinculado aos condicionantes sociais, de modo que a constituição da saúde física e mental está inter-relacionada com os modos de organização social que definem uma dada cultura.

     As universidades são um lócus determinante do processo saúde-sofrimento devido às condições e às relações encontradas no ambiente universitário. Discussões atuais destacam que essas instituições têm contribuído mais para a produção de sofrimento e adoecimento do que para a promoção de saúde mental, devido a práticas de violência às quais os alunos e alunas têm sido expostos, inclusive a violência sexual, muitas vezes naturalizada. Exemplificando essa “naturalização”, uma pesquisa mostrou que, enquanto universitários estadunidenses consideram “cantadas” e olhares maliciosos como inadequados, os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.

      No entanto, alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado. No contexto brasileiro, uma pesquisa realizada por Souza e Rocha (2020) constatou que 40% das estudantes entrevistadas afirmaram já ter sido expostas a constrangimento ou ofensa, ao serem questionadas sobre a vida íntima/pessoal; 20% vivenciaram assédio nas relações sociais no contexto universitário; 28,6% receberam algum convite sexual inapropriado; e 36,6% afirmaram ter sido abordadas com cantadas de cunho sexual. Nessa mesma análise, 71,4% das alunas disseram que os autores da violência foram colegas e demais estudantes, e 62,9% afirmaram sofrer violência por parte dos professores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular (2015) apresentou que o ambiente universitário se constitui como um espaço que traz preocupação para as mulheres, visto que 36% das entrevistadas relataram deixar de fazer alguma atividade da universidade por medo de sofrer violência.

    Como consequência, pessoas que passaram por situações de violência sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias, e até suicídio. São também observados efeitos relacionados à saúde reprodutiva, como gravidez indesejada, complicações ginecológicas e infecções sexualmente transmissíveis.


(Fonte: BASSO, Mariana — adaptado.)
No texto, o emprego das vírgulas em “[...] alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado.” separa, respectivamente:
Alternativas
Q2248591 Português
     O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais. Dada essa multidimensionalidade, o termo saúde mental não pode ser elucidado restringindo seu escopo à individualização do sofrimento, o que pode levar a uma abordagem do assunto pautada na patologização e na medicalização. A discussão da saúde mental precisa ser feita de forma ampliada, considerando as diversas relações dos indivíduos com as pessoas e os grupos com os quais convivem. A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza. O processo saúde-doença está, portanto, vinculado aos condicionantes sociais, de modo que a constituição da saúde física e mental está inter-relacionada com os modos de organização social que definem uma dada cultura.

     As universidades são um lócus determinante do processo saúde-sofrimento devido às condições e às relações encontradas no ambiente universitário. Discussões atuais destacam que essas instituições têm contribuído mais para a produção de sofrimento e adoecimento do que para a promoção de saúde mental, devido a práticas de violência às quais os alunos e alunas têm sido expostos, inclusive a violência sexual, muitas vezes naturalizada. Exemplificando essa “naturalização”, uma pesquisa mostrou que, enquanto universitários estadunidenses consideram “cantadas” e olhares maliciosos como inadequados, os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.

      No entanto, alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado. No contexto brasileiro, uma pesquisa realizada por Souza e Rocha (2020) constatou que 40% das estudantes entrevistadas afirmaram já ter sido expostas a constrangimento ou ofensa, ao serem questionadas sobre a vida íntima/pessoal; 20% vivenciaram assédio nas relações sociais no contexto universitário; 28,6% receberam algum convite sexual inapropriado; e 36,6% afirmaram ter sido abordadas com cantadas de cunho sexual. Nessa mesma análise, 71,4% das alunas disseram que os autores da violência foram colegas e demais estudantes, e 62,9% afirmaram sofrer violência por parte dos professores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular (2015) apresentou que o ambiente universitário se constitui como um espaço que traz preocupação para as mulheres, visto que 36% das entrevistadas relataram deixar de fazer alguma atividade da universidade por medo de sofrer violência.

    Como consequência, pessoas que passaram por situações de violência sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias, e até suicídio. São também observados efeitos relacionados à saúde reprodutiva, como gravidez indesejada, complicações ginecológicas e infecções sexualmente transmissíveis.


(Fonte: BASSO, Mariana — adaptado.)
Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do trecho “O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais” (primeiro parágrafo),
Alternativas
Q2248022 Português

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Quanto às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


É facultativo o emprego de vírgula logo após o pronome “isso” (linha 4).

Alternativas
Q2248018 Português

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Com relação às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A inserção de uma vírgula logo após a expressão “como também” (linha 32) prejudicaria a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q2247656 Português

                        

Em relação ao texto acima, julgue o item abaixo.
O uso recorrente de conjunções e seqüenciadores como “e” e “então”, em situações em que a pontuação ou o emprego de outras conjunções seria indicado, prejudica a comunicação no presente texto.

Alternativas
Q2247486 Português

      O exame de corpo de delito deve ser realizado no local de crime, na vítima, no agressor, na arma do crime ou em vestígios e objetos que estejam relacionados a um desses fatores. O corpo de delito é amplo e, por vezes, atemporal, e não se restringe, portanto, ao local ou à vítima, mais se estende a quaisquer vestígios ou microvestígios que possam ter relação com o crime. Na realização da perícia, o método cientifico deve ser empregado para que algumas perguntas sejam respondidas.


Disponível em: <https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/>.

Acesso em: 14 mar. 2023, com adaptações.


Em "O corpo de delito é amplo e, por vezes, atemporal, e não se restringe, portanto, ao local ou à vítima, mas se estende a quaisquer vestígios ou microvestígios que possam ter relação com o crime.", o uso da vírgula é

Alternativas
Q2245341 Português

                               

Em relação ao texto e ao tema nele abordado, julgue o item abaixo.
A expressão “o seu custo ruinoso” (l.23) exerce a função de aposto, o que justifica a sua colocação entre vírgulas.

Alternativas
Q2244459 Português
Tendo o texto acima como referência e considerando o cenário mundial contemporâneo, julgue o a seguir.

A oração “que justifique a intervenção das tropas globocolonizadas” (l.9-10) não está antecedida por vírgula porque expressa restrição.
Alternativas
Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Administrador | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Ortopedista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Arquivista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Bibliotecário Documentalista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Contador | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Enfermeiro | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Psiquiatra | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Veterinário | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Nutricionista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Odontólogo | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro de Aeronaves | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro de Telecomunicações | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro Eletricista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro Mecânico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Psicólogo Clínico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Cardiologista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Farmacêutico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Estatístico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Psicólogo Organizacional | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico de Comunicação Social - Jornalismo | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Pedagogia | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Sociologia | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Comunicação Social - Relações Públicas | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Culturais | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Educação Física | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Filosofia |
Q2243934 Português



Francisco Carlos T. da Silva. O mundo mudou? Ciência Hoje, nov./2003 (com adaptações).

Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.


Preservam-se as relações semânticas do texto e sua correção gramatical ao se substituir o sinal de dois-pontos na linha 13 por vírgula seguida do termo que é.


Alternativas
Q2243868 Português
Sobre o uso da vírgula, assinalar a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q2243613 Português

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Quanto à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


O emprego de vírgula logo após a palavra “adotadas” (linha 27) acarretaria incorreção gramatical ao texto.

Alternativas
Q2243442 Português
Leia o texto para responder a questão.

        Deus, ou alguém por Ele, me poupou de uns tantos pesadelos. É nisso que penso enquanto o camarada à minha frente, com incontida excitação, vai fazendo o pormenorizado relato de sua batalha para alugar apartamento. Já esteve em duas dúzias de endereços, contabiliza, e em outros tantos pretende estar, pois em cada um achou defeito. Longe de se lamentar, está feliz. À beira da euforia, parece governado pela convicção de que o bom não é achar, é procurar. Prazer que exige dele ver imperfeição onde não tem.
        Respeitemos o time dos que procuram na esperança de não encontrar – de certa forma aparentados com aqueles que inventam pretexto para estar o tempo todo reformando a casa. São, uns e outros, meus antípodas1 . A simples ideia de empreender uma reforma me levaria a buscar um novo pouso – se também essa perspectiva não me trouxesse pânico. Problema da minha exclusiva terapia, eu sei. E, a esta altura da vida, já não há divã que dê jeito na fobia imobiliária de quem jamais se lançou numa peregrinação em busca de poleiro.
        No entanto, ciente das minhas dificuldades nesse particular, houve um dia, meio século atrás, em que, com poucos meses de São Paulo, e pendurado ainda na generosidade do casal que me acolheu de mala e cuia, achei que era hora de providenciar cafofo próprio.
        Caiu do céu uma proposta para dividir apartamento com um colega. É bem verdade que o edifício ainda não estava concluído e talvez fôssemos ali, o Sérgio e eu, os únicos moradores, pois não me lembro de vizinhos. Se mais gente veio, foi para o mesmo apartamento, de apenas um quarto e sala microscópica, mas onde, em dado momento, se espremeram quatro rapazes, todos do ramo jornalístico. E nem a nossa juventude explicaria a indiferença coletiva ante o fato de não haver ali uma geladeira, por miúda que fosse, para tantos bebedores de cerveja. Fogão havia, mas ocioso, pois nenhum de nós fritava um ovo.
        Teria ficado indefinidamente em tal moquiço2 , se um dos comparsas, exasperado, não me houvesse proposto alugar coisa menos deprimente. ________ mais dois apartamentos, ambos excelentes, que também não foi preciso garimpar. O mesmo se diga de um terceiro, o atual, no qual estou ______  quase 28 anos e do qual não pretendo arredar pé – a não ser que o referido pé já não ______ conta dos 24 degraus que me trazem a este primeiro andar.

(Humberto Werneck. Fobia imobiliária. www.estadao.com.br, 02.10.2020. Adaptado)

1 antípoda: aquele tem característica oposta.
2 moquiço: habitação rústica, desprovida de conforto.
O acréscimo de uma vírgula mantém a correção gramatical no trecho: 
Alternativas
Respostas
881: C
882: D
883: D
884: C
885: C
886: E
887: D
888: D
889: B
890: A
891: E
892: C
893: E
894: C
895: E
896: C
897: C
898: D
899: C
900: B