Questões de Português - Uso das aspas para Concurso

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Q974470 Português

                                 Indevida culpa materna 


      Se eu pudesse aliviar o mundo de um sofrimento, seria o de remover as culpas indevidas que a maioria das mulheres carrega dentro de si, na função de mãe. 

      Para qualquer problema comportamental apresentado por uma criança ou por um adolescente, ou até mesmo por alguns adultos, há uma mãe se responsabilizando por ele. Há, sem dúvida, responsabilidades de que as mães não podem se furtar na educação dos filhos, mas uma boa parte da culpa é devida à cultura da época e do local, e pode ser evitada.

      Hoje a grande culpa indevida é a que a maioria das mães pensa/sente que está “em falta” com os filhos quando trabalha fora. Essa culpa, que sabota a felicidade familiar, deve-se ao pensamento de que ela deveria se dedicar mais aos filhos.

      Algumas mães podem ter a opção de não trabalhar (fora) e permanecer mais tempo com os filhos. Mas estes não precisam delas o tempo todo e, se precisarem, é porque já existe uma dinâmica de comportamentos problemáticos: o sufocado produz e sustenta um folgado. Ou seja: embaixo de um sufocado (mãe) tem sempre um ou vários folgados (filhos e, às vezes, também outros adultos).

      Enquanto a mãe não resolver essa equação, ficará cada vez mais sufocada, e os filhos, cada vez mais folgados, malcriados e tiranos. Essa sufocada mãe vai achar que 24 horas por dia são insuficientes para atender a tantos folgados e… lá vem a culpa indevida!

      A sufocada vai se sufocando porque quer deixar todos os filhos satisfeitos somente quando aprenderem a cuidar de si e dos seus pertences e ajudar os conviventes necessitados. Essa prática entra em conflito com outro pensamento: é obrigação da mãe fazer sempre tudo e mais alguma coisa para os filhos.

      Quem foi que estabeleceu essa lei? Quem ensinou a mãe a ser sufocada? Vem da época do machismo, quando surgiu a figura da “boa mãe”, que todas as mulheres buscavam e buscam ser, cujo resultado final é perpetuar os filhos no folgado e inadequado machismo.

      A boa mãe ensina o filho a fazer o que é capaz e cobra. Cobrança, estabelecimento de limites, responsabilidade que gera liberdade, ética para ser bem tratada, mesmo estando ausente, perde quem não cuida do que tem, prazos existem para serem cumpridos, necessidades têm que ser satisfeitas e vontades, quando puder, são costumes que devem ser adotados em casa para que a mãe tenha prazer e paz ao voltar para o “lar, doce lar”.
 
TIBA, Içami. Disponível em:https://editoraintegrare.com.br/blogs/educacao/indevida-culpa-materna-por-icami-tiba. Acesso em 30.jan.2019.

Considere os seguintes trechos recortados do texto.


“Vem da época do machismo, quando surgiu a figura da “boa mãe”

“... são costumes que devem ser adotados em casa para que a mãe tenha prazer e paz ao voltar para o “lar, doce lar”.


As aspas que foram empregadas nas expressões destacadas cumprem a função de

Alternativas
Q967930 Português

                                 Millennials são iguais aos pais,

                                porém mais pobres, conclui Fed


      A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série — responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da matança cultural promovida pela juventude americana.

      Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à idade adulta durante a crise financeira.

       “Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas”, escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio líquido e fatores demográficos de várias gerações.

      A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e moradia. “São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os millennials e outros grupos”, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.https://exame.abril.com. br. Adaptado)

Atente para as passagens do texto enumeradas a seguir:


1. Um novo estudo do banco central dos EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. (2° parágrafo)

2. As conclusões deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio líquido e fatores demográficos de várias gerações. (3° parágrafo)

3. “São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os millennials e outros grupos”, segundo o estudo. (4° parágrafo)


Os travessões, em 1, as vírgulas, em 2, e as aspas, em 3, servem, respectivamente, aos propósitos de

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Q966567 Português
No texto Trânsito e meio ambiente, as aspas foram empregadas para
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Q964182 Português

“Agora, Trump saúda a ‘coragem’ do presidente Kim Jung-un, ‘um amigo’. E, durante um encontro republicano, ele até fingiu sentir ‘amor’ por ele!” (linhas 29 a 31)

O emprego das aspas no trecho acima se justifica

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Q963444 Português

A moça em prantos

        O poeta encontrou uma pedra no meio do caminho, nunca esqueceu dessa pedra, que lhe deu assunto para o seu poema mais conhecido. Não sendo poeta, encontrei não uma, mas infinitas pedras no meio do caminho. 

        Mas jamais esqueci a primeira moça que vi chorando. Eu devia ter seis ou sete anos, achava que só as crianças podiam e deviam chorar, tinham motivos bastante para isso, desde as fraldas molhadas nos primeiros meses de existência até a inexpugnável barreira dos “não pode”.

        Mesmo assim fiquei imaginando a causa do seu pranto. Faltara à escola e por isso ficara sem sobremesa? Fora proibida de brincar na calçada? Queria ganhar uma bicicleta e fora convencida a continuar com o insípido velocípede?

        Vi muita gente chorando depois, homens feitos, mulheres maduras. Eu mesmo, quando levo meus trancos, repito o menino que ia para debaixo da mesa de jantar para poder chorar sem passar recibo da minha dor. A moça que chorava não se escondera, chorava de mansinho, na verdade nem parecia estar chorando. Devia apenas estar muito triste porque misturava todos os motivos para a sua tristeza.

Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 04/05/2003)

Na expressão “não pode”, as aspas foram empregadas para:
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Respostas
341: C
342: E
343: A
344: B
345: C