Questões de Concurso
Comentadas sobre uso das aspas em português
Foram encontradas 765 questões
( ) As aspas foram utilizadas para indicar mudança de interlocutor.
( ) Em “Tanta advertência não era por acaso, Luzia confessou num rompante de desabafo: queria manter seu ganha-pão como lavadeira do mosteiro e conseguir uma vaga para que eu estudasse na escola da igreja.” (2º§), empregou-se dois-pontos para enunciar um esclarecimento.
( ) Em “Eu era mais uma atribulação para Luzia, além de todas as outras: cuidar da casa, do pai, da roupa da igreja, e ter que se esquivar dos humores do povo da Tapera.” (1º§), a última vírgula foi empregada incorretamente, pois não se utiliza essa pontuação antes da conjunção “e” que separa elementos que exercem a mesma função sintática.
( ) Em “Repetia, ao ver a ruma de mulheres caminhando para o mangue à beira do Paraguaçu, que não foi feita para ficar sob o sol catando mariscos [...]” (2º§), o trecho destacado foi inserido entre vírgulas por ser uma oração subordinada adjetiva restritiva.
( ) Os dois-pontos têm a mesma função em “Eu era mais uma atribulação para Luzia, além de todas as outras: cuidar da casa, do pai, da roupa da igreja, [...]” (1º§) e “Cada entrada no mosteiro era precedida de reprimendas a mim: “Você não pode tocar em nada, [...]” (2º§).
A sequência está correta em
Julgue o item subsequente, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1.
O emprego das aspas em ‘precisamos de carvão’ (último período do primeiro parágrafo) tem a finalidade de indicar que esse trecho é uma citação direta de uma fala coletiva popularmente conhecida, da qual o autor se utiliza para se posicionar a favor da exploração do minério de carvão.
Leia o texto a seguir:
Única aluna de escola pública do país a tirar 1.000 na redação do Enem é do Coluni, em Viçosa
Além dela, Minas teve outra nota máxima no concurso, mas de um estudante de escola particular; no Brasil, só 12 pessoas "gabaritaram" a redação
A estudante Samille Leão Malta foi a única aluna do Brasil vinda de uma escola pública a tirar nota 1.000 na redação do Enem em 2024. A estudante concluiu o ensino médio no Colégio de Aplicação (Coluni), em Viçosa, na Zona da Mata.
A informação foi confirmada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição a que o Coluni é vinculado. Samille também é ex-estudante da rede de ensino estadual. Ela frequentou a Escola Estadual Nossa Senhora do Patrocínio, em Virginópolis, no Vale do Rio Doce.
“Estou muito feliz e surpresa com o resultado. Sou grata a todos que me apoiaram ao longo do meu caminho de preparação, minha família, meus professores, meus amigos", disse a jovem, que espera que essa nota a ajude a garantir uma vaga no curso de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Além de Samile, um candidato de uma escola particular também alcançou a nota máxima na redação. Ao todo, 12 participantes do Enem conquistaram tal feito. Minas também foi o estado com mais redações com notas entre 950 e 1000, segundo o Ministério da Educação (MEC).
Para o secretário de Estado de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga, esse resultado é motivo de orgulho e motivação para continuar avançando. "Os estudantes mineiros mostraram sua dedicação e capacidade, alcançando resultados expressivos em um exame de relevância nacional, que vai influenciar diretamente no futuro profissional deles", disse.
Os demais estados com estudantes que tiveram as notas máximas são Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Os dados foram apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mais de 3 milhões de pessoas fi zeram as provas da última edição. As notas individuais estão disponíveis na Página do Participante.
Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/minas/unica-estudante-de-escola-publica-atirar-1000-no-enem-estuda-no-coluni-em-mg-1.1048667

( ) As aspas do segundo parágrafo do texto foram empregadas com função de destacar uma expressão.
( ) Os travessões das linhas 27-28 isolam um aposto.
( ) Os travessões do primeiro parágrafo do texto poderiam ser substituídos por parênteses.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Albanese descreveu as redes sociais como “plataformas onde se exerce pressão de grupo, provocadoras de ansiedade, canais para golpistas e, o pior de tudo, uma ferramenta para predadores online” (5º parágrafo)
Nesse trecho, as aspas foram empregadas para:
Julgue o próximo item, referente ao emprego dos sinais de pontuação no texto CB1A1.
Dado o sentido pejorativo atribuído no texto à expressão “arena ambiental” (primeiro período do segundo parágrafo), seria adequado realçá-la por meio de aspas — “arena ambiental”.
“Eu acredito que existirão, sim, outras profissões, mas boa parte das atuais profissões, na verdade, serão ressignificadas. Hoje, a gente tem, por exemplo, um cenário em que a Inteligência Artificial está em voga, e o cenário macroscópico da proteção de dados. O que eu vejo é que boa parte dessas profissões vão acabar se transformando para refletir esse cenário novo em que a tecnologia media muito mais a sociedade”, completa Thobias Prado, especialista em Proteção de Dados e integrante do Parque Tecnológico da UFU. [...]
Disponível em: https://comunica.ufu.br/noticias/. Acesso em: 14 set. 2024.
No trecho, as falas de diferentes especialistas, reproduzidas entre aspas, demonstram
Texto CB1A1
O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky e outros dois especialistas em linguística, Ian Roberts e Jeffrey Watumull, escreveram um artigo para o jornal The New York Times, em março de 2023, compartilhando sua visão sobre os avanços que vêm ocorrendo no campo da inteligência artificial (IA).
Para os intelectuais, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.
No primeiro caso, porque as ferramentas de IA podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que, no segundo, “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e do conhecimento”.
Embora os linguistas reconheçam que as IA são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, elas não possuem uma “inteligência” como a das pessoas. “Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, que pode ser codificado com falhas inerradicáveis”.
Nesse sentido, os autores detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.
Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.
Internet: <ihu.unisinos.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
As aspas no trecho ‘supostamente revolucionários’ (segundo parágrafo) denotam a ironia com que a expressão foi empregada no texto.
TEXTO I
Emoção em família: mãe e filha se formam juntas na faculdade
As britânicas Vicki Lawlor e sua filha Hannah conquistaram seus diplomas na Universidade de Stirling, na Escócia As britânicas Vicki Lawlor, de 43 anos, e sua filha Hannah, de 21, se formaram juntas na Universidade de Stirling, na Escócia, nessa semana (06/2021). A emoção de receber o diploma ao mesmo tempo levou mãe e filha a planejar uma festa no jardim de sua casa para comemorar a dupla conquista.
Em entrevista ao Daily Mail, Vicki disse: “É uma coincidência estarmos nos formando juntas. Levei um pouco mais de tempo do que Hannah para concluir meu curso e não foi uma jornada fácil, mas tê-la ao meu lado e compartilhar experiências semelhantes de cumprimento de prazos e conclusão de tarefas foi muito gratificante”.
Vicki concluiu o bacharelado em Ciências, enquanto Hannah se formou como bacharel em Artes.
Disponível em: https://cutt.ly/nmeU6oV. Acesso em: 26 jun. 2021 (adaptado).
Leia atentamente o texto, e responda à questão.
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda a questão, que a ele se refere.
Texto 01
Com gostinho de infância
Mariana Chagas
Quais eram suas brincadeiras preferidas quando criança? Parece até bobagem, mas o que gostávamos de fazer diz muito sobre quem somos hoje. É que a infância é o momento de maior desenvolvimento neurológico da vida. Todas as interações com outras pessoas e com o ambiente durante essa fase são essenciais para moldar as principais estruturas de quem essa pessoa vai se tornar. E, por isso, as brincadeiras e as atividades educacionais são de tamanha importância.
Esses passatempos servem para estimular os sentimentos intrínsecos da infância: a curiosidade, o encantamento, a diversão. São essas emoções que deixam a criança tão interessada pela vida e fascinada com coisas que parecem simples, mas, para elas, são um universo realmente novo.
Conforme crescemos, é comum que esses sentimentos diminuam. A autora Kasey Tross trouxe um questionamento importante em seu texto “Subindo o escorregador”. Ela aponta que muitas crianças tentam subir pelo escorregador dos parquinhos, sendo que estes foram feitos apenas para descer. Seja por curiosidade, ou apenas para testar a própria capacidade, elas continuam mesmo após cair e levar bronca dos adultos. Então ela questiona por que perdemos essa curiosidade tão determinante depois que viramos adultos.
É importante tentar resgatar, preservar e manter essas emoções atreladas a nossa infância, mesmo durante a vida adulta.
Quem explica isso é Patrícia Stankowich, psicanalista com ênfase nas temáticas sobre infância, adolescência e inclusão.
“Essa pode ser uma forma de manter a espontaneidade e alegria no viver, apesar dos percalços e dos imprevistos que a vida nos traz”, argumenta.
De acordo com a psicanalista, os sentimentos característicos da infância, como o encantamento, a curiosidade e a criatividade, são fundamentais no nosso dia a dia porque estão associados aos aspectos fundamentais do desenvolvimento emocional e cognitivo.
“Manter o encantamento, a curiosidade e a criatividade podem trazer benefícios, como um melhor bem-estar emocional”, elucida a profissional. “O encantamento, por exemplo, nos conecta com a capacidade de nos maravilharmos com as pequenas coisas da vida, promovendo uma sensação de alegria e de admiração”, relata.
Também é importante o estímulo à criatividade. A pesquisadora explica que ela é útil não só para a resolução de problemas, mas também para a inovação e para o desenvolvimento pessoal. Quem diria que a infância poderia nos ajudar a encontrar soluções originais na vida adulta?
Já a curiosidade nos impulsiona a buscar conhecimento e explorar novas experiências. “Ela pode levar a um contínuo desenvolvimento pessoal intelectual, essencial para o crescimento durante toda a vida”, complementa a psicanalista.
Mesmo na vida adulta, existem brincadeiras e atividades que podem ser realizadas, sozinho ou acompanhado, para manter o encantamento pela vida e cultivar o mundo de forma mais positiva. [...]
Disponível em: https://vidasimples.co/emocoes/com-gostinho-de-infancia. Acesso em: 4 jun. 2024. Adaptado.
As aspas foram usadas no texto para assinalar o uso de
“A definição de saúde é de um bem-estar físico, mental e social. Comer passa por isso”, diz Sophie, pesquisadora da USP, ao analisar os perigos da dietas ‘infalíveis’ divulgadas na internet.”
Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/profissionais-de-saude-se-mobilizam-contra-dietas-infaliveis-da-internet/. Acesso em: 21 maio 2024.
I. O uso das aspas em “externo” (2º§) à própria disciplina indica que a palavra é utilizada em sentido figurado ou com uma conotação especial.
II. No trecho “[...] desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, [...]” (3º§), a palavra “desencadeiam” poderia ser substituída por “iniciam” sem prejuízo ao sentido original.
III. Em “[...] para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.” (3º§), a expressão “em suas condições de uso” refere-se às práticas de leitura e produção e de análise linguística.
IV. A expressão “[...] uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60” (2º§) utiliza o pronome relativo “que” para introduzir uma oração explicativa, especificando o tipo de clientela mencionado.
Está correto o que se afirma apenas em
I - uso reiterado de estrangeirismos.
II - diferentes usos das aspas.
III - uso de citação direta.
IV - frequente uso de arcaísmos.
V - uso de neologismos.
Estão CORRETOS os itens
Texto 01
O mundo precisa da sua originalidade – e você também
Patrícia Cotton
A palavra alemã Zeitgeist insinua que somos afetados – ou até mesmo assombrados – pelo espírito do tempo
em que vivemos. Esse “fantasma” dá o tom do nosso ambiente cultural e intelectual, e sobretudo das nossas escolhas. O
tempo seria uma espécie de molde que torna impossível o exercício pleno da originalidade. E na contemporaneidade isso
tem se tornado ainda mais agudo. Fórmulas prontas nos levam a crer que o visível, o recorrente e o seguro são o mesmo
que “sucesso”. Padrões de comunicação, de estética, de mentalidade política, de gestão e de autoprodutização apostam
cada vez mais na previsibilidade anticancelamento, asfixiando o pioneirismo e a criatividade. Estamos, afinal, perdendo a
capacidade de ser originais?
Sendo uma exímia voyer digital, venho notando há alguns anos certos modelos se cristalizando. Postar fotos
com o date, por exemplo, virou o novo anel de compromisso. Estudos, refeições, férias, mudanças de trabalho, e até
mesmo malhação – outrora aspectos naturais da existência – tornaram-se extraordinários (uma vez publicados, claro). A
espetacularização permanente de quase tudo virou uma espécie de “prova de vida” do INSS. Uma vibe na linha de “mãe,
olha o desenho que eu fiz!”. Dando uma de Analista de Bagé, parece que o silêncio (digital) virou sinal de que as coisas,
enfim, vão bem.
Falando da nossa realidade analógica, somos fruto de um momento de inspiração original dos nossos pais.
Digitais, DNA e voz comprovam a nossa singularidade estrutural, nossa gênese inquestionável. Originalidade, por este
prisma, é um bem democrático, já que a única coisa que não pode ser copiada é justamente você. Se irá aproveitar isso
ou não, é outra história. Fato é: o esquecimento deste ativo que é a singularidade nos distancia não apenas de nós
mesmos, mas de compor o todo de uma comunidade diversa.
[...]
Ao seguir hábitos e padrões de forma irrefletida, indivíduos e negócios vão se tornando muito mais objeto do que
sujeito de suas ações. Abatidos pelo Zeitgeist e pela autoconsciência anêmica, fica cada vez mais difícil surpreender. Parece, inclusive, que foi em outra vida que o mote “pense diferente”, da Apple, teve algum valor. Estamos
cada vez menos originais, viciados em benchmarks, engajamentos e teses de investimento que trazem supostas
garantias.
Paradoxalmente, nunca precisamos tanto da originalidade para enfrentar os problemas complexos e inéditos que temos vivenciado coletivamente. E também para a autorrealização individual.
O tópico da autorrealização me faz lembrar que, por muito tempo, acreditei que ser acessível era ser
comprometida, sobretudo profissionalmente. À luz disso, me viciei em um “crackberry” (gíria que se refere à natureza
viciante dos smartphones BlackBerry, que eram conhecidos por suas ferramentas eficientes de e-mail, mensagens e
produtividade) como instrumento de trabalho. Na época, achava natural que aquele aparelho fosse minha extensão, sem
me dar conta dessa perigosa simbiose. Durante um autoexperimento de mudança, em que fiquei quase um ano sem
celular, tive o melhor e mais transformador período da minha vida. Desde então, cultivo uma comunicação ecológica, fora
da “whatsApplândia” e afins. Sua suposta conveniência jamais me convenceu, e a vida “semioffline” segue trazendo bons
frutos, apesar de todas as reclamações, controvérsias e perdas que conscientemente enfrento. O que muitos denominam
de loucura, aprendi a chamar de originalidade.
Encontrar o próprio caminho original não é fácil, mas certamente é mais interessante que o consumo irrestrito de
clichês e benchmarks. Ser original é trabalhar na margem de manobra entre o espírito do tempo que nos influencia, e o
que é de alcance consciente. É entender que destino é também – mas não só – origem. É expressar a essência na
existência através de escolhas corajosamente autênticas. É ser subversivo, fazer algo que ainda não foi imaginado. E
pagar os eventuais pedágios com um discreto sorriso de Monalisa no rosto.
Disponível em: https://vidasimples.com/. Acesso em: 22 maio 2024. Adaptado.
I - uso reiterado de estrangeirismos.
II - diferentes usos das aspas.
III - uso de citação direta.
IV - frequente uso de arcaísmos.
V - uso de neologismos.
Estão CORRETOS os itens