Questões de Português - Uso das aspas para Concurso

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Q773525 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão seguinte.


    Como escreveu no começo do século 20 aquele infame senhor russo de cavanhaque, o que fazer? Eu tenho um fraco por esta moçada corajosa que agita no começo do século 21, que vai para a rua, que vai para a praça protestar por liberdade e também para denunciar fraude eleitoral e corrupção. Não sou tão ingênuo e emocional a ponto de me comover com a moçada do “occupy Wall Street” (teve até liberdade demais), mas, quando se trata do pessoal que passa o sufoco no centro de Moscou ou na praça Tahrir, no Cairo, é outra história. Sei, sei, há uma longa distância entre Moscou e Cairo, mas nos dois casos existe o que alguns de forma pejorativa chamam de Geração Facebook. Eu não.

    É chato quando a fadiga com um sistema de lei e ordem, como o de Putin, leva tanta gente a sonhar com outros pregando projetos ainda mais autoritários e nostálgicos. Imagine, Putin quer restaurar glórias passadas do império russo e, ainda por cima, vemos estes avanços de comunistas e da extrema direita? Claro que sobra a solidariedade com a moçada que foi para a rua protestar.

    Pouco conheço, mas em princípio não tenho nada contra o blogueiro russo Alexei Navalnyi, um cruzado contra a corrupção, detido terça-feira em Moscou, assim como centenas de manifestantes, e condenado a 15 dias de prisão. Seu crime? Basicamente popularizar a expressão “partido de escroques e ladrões”, ao se referir ao partido governista Rússia Unida. Chato é que, no final das contas, embora este partido do poderoso chefão Vladimir Putin tenha sido humilhado nas eleições parlamentares de domingo (sem fraude, o estrago teria sido maior), os comunistas e a extrema direita tenham avançado. A ironia é quando Putin passa a ser uma espécie de centrista.

    Dá um certo prazer, é verdade, ver Putin suar um pouco, como qualquer ditador ou semiditador. O senador republicano americano John McCain, que não é exatamente Geração Facebook, tuitou de forma provocativa na terça-feira o seguinte: “Querido Vlad (Vladimir Putin), a primavera árabe está chegando a uma vizinhança perto de você”.


(Texto adaptado. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog

nova-york/se-cao/facebook/. ) 

No texto, pode-se afirmar que as aspas, nos 3o e 4o parágrafos, assinalam
Alternativas
Q772915 Português
LÍNGUAS MUDAM
Por Sírio Possenti. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3089/n/linguas_mudam Acesso em 13 jan 2017.
Que as línguas mudam é um fato indiscutível.O que interessa aos estudiosos é verificar o que muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança. Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. [...].
Os sociolinguistas, eventualmente, fazem testes para verificar se um caso de variação é ou não candidato à mudança. O teste simula a passagem do tempo verificando qual é a forma adotada pelos falantes mais velhos e pelos mais jovens. Por exemplo: se os mais velhos escrevem ou dizem sistematicamente “para fazer uma tese é preciso que...” e os mais jovens, “para se fazer uma tese...”, este é um indício de que o infinitivo sem sujeito, nesta posição, tende a desaparecer com o desaparecimento dos falantes mais idosos (e “para se fazer” será a forma única, pelo menos durante um tempo).
De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos antigos.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente. Para fazer uma comparação, ‘cujo’ é como a gravata borboleta: só usamos esse item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...].
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. [...] A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica desta oração. Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre... [...] O caso “jogai” me faz lembrar outro, da mesma natureza, de certa forma. Se há um fato consensual em português (do Brasil) é que não se diz naturalmente “ele o/a viu, vou fazê-la sair”. Estas formas pronominais objetivas diretas de terceira pessoa são verdadeiros arcaísmos. Só são parcialmente aprendidas na escola. Os alunos começam a empregá-las depois de alguns anos, um pouco por pressão, um pouco porque se dão conta de que cabem em textos mais monitorados. Mas essas formas nunca aparecem na fala deles (e são muitíssimo raras também na fala de pessoas cultas, como as que aparecem em debates na TV).
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
Sírio Possenti Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas
 
Analise as proposições a seguir sobre a pontuação do seguinte trecho: Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser... I. A primeira vírgula é opcional, ou seja, sua presença é apenas um recurso de entonação. II. A segunda e a terceira vírgula estão isolando uma oração explicativa. III. As aspas foram empregadas para indicar que a expressão é própria da linguagem verbal. IV. O segundo ponto de exclamação que aparece no trecho foi empregado para indicar espanto. Agora assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as proposições.
Alternativas
Q772851 Português
SMS NÃO PIORA ORTOGRAFIA DOS ADOLESCENTES, DIZ ESTUDO
19/03/2014 Fonte: zerohora.clicrbs.com.br. Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=78 Acesso em: 17 janeiro 2015
    As mensagens de texto não têm influência negativa sobre a ortografia dos estudantes e ainda oferecem uma oportunidade adicional para a prática da escrita, afirma um estudo realizado por pesquisadores franceses.
   "É o nível geral da ortografia dos alunos que determina o tipo de erros presentes no SMS, e não o contrário", resume o Centro de Pesquisa sobre a Cognição e a Aprendizagem (CNRS/ Université de Poitiers/Université François Rabelais de Tours) em um comunicado divulgado nesta terça-feira. O estudo se baseia em 4.524 mensagens escritas por 19 jovens de 12 anos que não possuíam telefone celular antes do início da pesquisa.
  As abreviações ou variações e aproximações ortográficas de uma palavra em relação à escrita tradicional utilizadas nos SMS são frequentemente apontadas pelos pais e professores como a causa das dificuldades de ortografia entre os estudantes.
   Esse estudo mostra que, quando os jovens começam a escrever SMS, "é o nível de escrita tradicional que determina a forma dos SMS enviados, e não os SMS que influenciam negativamente a ortografia tradicional". E quando a prática do envio de SMS já está enraizada, após um ano, "não há nenhuma ligação entre o nível de ortografia tradicional e a forma dos SMS", asseguram os pesquisadores.
  "Ao contrário dos temores muitas vezes expressados, são bons alunos os que fazem um monte de abreviações com o código ortográfico tradicional e os menos bons as praticam menos", segundo o CNRS. Longe de ser uma ameaça para o nível de ortografia da juventude, os SMS são, portanto, "uma chance nova e adicional para praticar a expressão escrita".
   Além disso, a escrita tradicional ensinada na escola e as mensagens de texto redigidas fora de qualquer quadro institucional "dependem das mesmas habilidades cognitivas", garantem os pesquisadores. Estudos recentes sobre a língua inglesa e finlandesa também demonstraram que não havia ligação entre o nível ortográfico dos alunos com idades entre 9 e 12 anos e os "erros" nos SMS.
  Uma vez que o celular e o SMS são usados com facilidade e entusiasmo por adolescentes, "eles poderiam ser usados como um suporte de aprendizado escolar, ideia que a Unesco já havia defendido em 2010", acreditam os pesquisadores. O trabalho foi publicado no Journal of Computer Assisted Learning. 
Após analisar os recursos de construção do texto, avalie as proposições a seguir. Depois, assinale a alternativa que contenha a análise correta sobre as mesmas.
I. São utilizadas transcrições de falas de pesquisadores sobre o tema em questão de modo a conferir veracidade às informações.
II. Os verbos usados no texto estão conjugados predominantemente no tempo presente, o que faz com que o leitor sinta o assunto mais próximo de sua realidade.
III. As aspas presentes ao longo do texto têm, todas, a mesma função.
IV. Há numerais exatos, e não em quantidade aproximada, o que confere veracidade ao texto. 
Alternativas
Q770160 Português

                 

Apesar de as frases ditas pela joaninha não estarem nos mesmos quadrinhos, elas se ligam entre si através de:
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Q769470 Português

TEXTO - O Cavalo e o seu Cuidador

Esopo

    Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo que estava sob seus cuidados.

    Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal, que se preocupava com o seu bem estar.

    Entretanto, ao mesmo tempo que o acariciava diante de todos, sem que ninguém suspeitasse, roubava a maior parte dos grãos de aveia destinados a alimentar o pobre animal, e os vendia às escondidas para obter lucro.

    Então o cavalo se volta para ele e diz:

    "Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais..."

O último parágrafo do texto está entre aspas porque:
Alternativas
Respostas
741: E
742: B
743: B
744: A
745: B