Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso
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O Texto 4 trata-se de um trecho da canção “A carne”, composta por Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses Cappelletti, presente no disco “Do cóccix até o pescoço”, de 2002, da cantora Elza Soares, um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira. Leia o texto responda a questão.
TEXTO 4:
A carne
(...) A carne mais barata do mercado é a carne negra
Só-só cego não vê
Que vai de graça pro presídio
E para debaixo do plástico
E vai de graça pro subemprego
E pros hospitais psiquíatricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Dizem por aí
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Que fez e faz história
Segurando esse país no braço, meu irmão
O cabra que não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado
E o vingador eleito
Mas muito bem intencionado (...)
O Texto 3 apresenta a personagem Armandinho, criação do quadrinista e cartunista Alexandre Beck. Seus textos geralmente refletem sobre situações cotidianas que vivenciamos no mundo, a partir de uma crítica social. Faça a leitura do texto em questão para responder a questão.
É provável que as pousadas estejam sem vagas, visto ter aumentado muito, neste verão, o número de turistas.
Comece com: O número de turistas aumentou muito...
Assinale a alternativa que apresenta o elemento que melhor se encaixa no novo período:
Leia o fragmento a seguir.
“Como estamos no mês em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer, que foi dia 4 de fevereiro, é muito importante fazermos aqui um alerta no que se refere à relação da obesidade com o câncer.”
RAUEN, Eduardo. Entenda a relação entre obesidade e câncer. Forbes Brasil, 10 de fevereiro de 2022. Colunas. Disponível em: https://forbes.com.br/colunas/2022/02/eduardo-rauen-entenda-a-relacao-entre-obesidade-e-cancer/. Acesso em: 07 mar. 2022.
O conectivo “Como”, que introduz o parágrafo, confere à oração em que ele ocorre uma ideia de:
Esse segmento do texto mostra dois períodos com um ponto entre os dois. Se substituíssemos, de forma adequada, esse ponto por um elemento de ligação, o conectivo mais adequado para isso seria:
Texto para o item.
Rafael Garcia. Cães distinguem ações propositais das acidentais nos humanos, mostra estudo.
In: O Globo. Internet: <oglobo.globo.com>
Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.
O termo “Todavia” (linha 33) introduz oração com
sentido conclusivo.
Leia o texto a seguir para responder a questão .
A marca no flanco
Lya Luft
O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo.
E o que configura essa perspectiva nossa?
Ela se inaugura na infância, com suas carências nem sempre explicáveis. Mesmo se fomos amados, sofremos de uma insegurança elementar. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Temos de criar barreiras e ao mesmo tempo lançar pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Toda essa trama de encontro e separação, terror e êxtase encadeados, matéria da nossa existência, começa antes de nascermos.
Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes.
Nisso reside nossa possível tragédia: o desperdício de uma vida com seus talentos truncados se não conseguirmos ver ou não tivermos audácia para mudar para melhor – em qualquer momento, e em qualquer idade.
A elaboração desse “nós” iniciado na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroamento embora em geral seja visto como deterioração.
Nesse trabalho nossa mão se junta às dos muitos que nos formam. Libertando-nos deles com o amadurecimento, vamos montando uma figura: quem queremos ser, quem pensamos que devemos ser – quem achamos que merecemos ser.
Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.
Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras. Quem sabe um pedaço que vai desabar. Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.
O que se produzir – casa habitável ou ruína estéril – será a soma do que pensaram e pensamos de nós, do quanto nos amaram e nos amamos, do que nos fizeram pensar que valemos e do que fizemos para confirmar ou mudar isso, esse selo, sinete, essa marca.
Porém isso ainda seria simples demais: nessa argamassa misturam-se boa-vontade e equívocos, sedução e celebração, palavras amorosas e convites recusados. Participamos de uma singular dança de máscaras sobrepostas, atrás das quais somos o objeto de nossa própria inquietação. Nem inteiramente vítimas nem totalmente senhores, cada momento de cada dia um desafio.
Essa ambiguidade nos dilacera e nos alimenta. Nos faz humanos.
No prazo de minha existência completarei o projeto que me foi proposto, aos poucos tomando conta dessa tela e do pincel.
Nos primeiros anos quase tudo foi obra do ambiente em que nasci: família, escola, janelas pelas quais me ensinaram a olhar, abrigo ou prisão, expectativa ou condenação.
Logo não terei mais a desculpa dos outros: pai e mãe amorosos ou hostis, bondosos ou indiferentes, sofrendo de todas as naturais fraquezas da condição humana que só quando adultos reconhecemos. Por fim havemos de constatar: meu pai, minha mãe, eram apenas gente como eu. Fizeram o que sabiam, o que podiam fazer.
E eu… e eu?
Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou nossa esperança.
LUFT, Lya. Perdas & Ganhos. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 21-23 [Adaptado]
“Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.”
Nesse excerto, o termo destacado indica um sentido
O fragmento de texto a seguir refere-se à questão.
“Você entra no bate-papo, conversa, troca e-mail, faz amizade. Passa horas navegando com um bando de estranhos. E nunca mais sabe ao certo com quem está falando. O anonimato pode ser uma das vantagens de rede, mas também uma armadilha. [...]”
(Viviane Zandonadi. Folha São Paulo. 04/08/1999)
No fragmento acima, a expressão em destaque estabelece relação de sentido de
Quanto aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item.
O trecho “apesar de” (linha 24) poderia ser substituído
por embora, sem prejuízo para a correção gramatical e
para os sentidos do texto.
Texto para o item.
Ana Holanda. Tudo bem errar. In: Viva Saúde, ano
15, ed. 217, 2022, p. 66 (com adaptações).
Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o item.
A expressão “Só que” (linha 39) transmite sentido de
oposição.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. O destaque ao
longo do texto está citado na questão.
Nas linhas 27 e 28, a expressão “para que” expressa o sentido de __________ e poderia ser substituída por ___________, __________ necessárias alterações no período para a manutenção de sua correção gramatical.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima:
Texto CG2A1-I
Na cabeça do público, ciência forense significa tecnologia de última geração, profissionais bem equipados realizando experiências complexas em laboratórios impecáveis. Na verdade, a história real da ciência forense está repleta de pioneiros excêntricos e pesquisas perigosas.
Por séculos, cultivou-se a suspeita de que havia muito mais em um crime do que apenas depoimentos: que a cena do crime, a arma de um homicídio ou, ainda, algumas gotas de sangue poderiam ser testemunhas da verdade. O primeiro registro do uso da ciência forense na solução de um crime vem de um manual chinês para legistas escrito em 1247. Um dos diversos estudos de caso aí contidos acompanha a investigação de um esfaqueamento. O legista examinou os cortes no corpo da vítima, e então testou uma variedade de lâminas no cadáver de uma vaca. Ele concluiu que a arma do crime era uma foice. Apesar de descobrir o que havia causado os ferimentos, ainda havia um longo caminho até identificar a mão que empunhara a arma, então ele se voltou para os possíveis motivos. De acordo com a viúva, ele não tinha inimigos. A melhor pista veio da revelação de que a vítima fora incapaz de satisfazer o pagamento de uma dívida.
O legista acusou o agiota, que negou o crime. Mas,
persistente como qualquer detetive de TV, ele ordenou que
todos os adultos da vizinhança se alinhassem, com suas foices
a seus pés. Embora não houvesse sinais visíveis de sangue em
nenhuma das foices, em questão de segundos uma mosca
pousou na foice do agiota. Uma segunda mosca pousou, e
então outra. Quando confrontado novamente pelo legista, o
agiota confessou. Ele havia tentado limpar sua lâmina, mas os
insetos delatores, zumbindo silenciosamente a seus pés,
frustraram sua tentativa.
Daniel Cruz. A macabra história do crime.
Internet: <https://oavcrime.com.br>
“Com o mundo olhando cada vez mais atentamente para as emissões e para ferramentas de contenção delas, o Brasil, mesmo não sendo um dos grandes países emissores, já começou a sofrer financeiramente por causa do desmatamento”.
Dentre as versões propostas abaixo, indique a que contraria o que é afirmado no texto.
Leia o trecho a seguir.
“O avanço das tecnologias se torna cada vez mais importante, ao passo que os desafios enfrentados pela humanidade crescem em escopo e complexidade. Não é à toa que a Organização das Nações Unidas tenha definido ‘Parcerias e meios de implementação’ como seu 17º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável. [...]”
10 tecnologias de 2021 para enfrentar os desafios mais urgentes do
planeta. Scientific American Brasil, 23 de fevereiro de 2022. Disponível
em: https://sciam.com.br/10-tecnologias-de-2021-para-enfrentar-osdesafios-mais-urgentes-do-planeta/.
A expressão em destaque nesse trecho veicula um sentido de:
Texto 1A1-I
Internet: <brasil.elpais.com>
No texto 1A1-I, a expressão “ou seja” (ℓ.14)
INTOLERÂNCIA NO BRASIL – UM PROBLEMA DE TODOS
O Brasil sempre é citado como uma nação tolerante às diferenças, em relação às variações de raça, gênero, orientação sexual, idade, classe social, aparência, nacionalidade, religião, ideologia política e de ciência física e intelectual. O Brasil, portanto, seria essa sociedade, em que os cidadãos têm direitos iguais, baixo preconceito e pouca discriminação, onde as pessoas conviveriam bem entre si, independentemente de suas características físicas e de seus posicionamentos ideológicos. Que sonho, não? É, mas sabemos que na prática não é bem assim.
No entanto, como podemos medir o quão intolerante o brasileiro realmente é? Uma das formas é a de comparar dados daqui com os do restante do mundo. Pesquisa realizada pelo antropólogo Luiz Mo encontrou um número assustador: 44% dos casos de assassinatos de homossexuais do mundo ocorreram em território brasileiro. O País lidera as estatísticas de mortes da comunidade LGBT.
Já falando sobre racismo, frases como “tão bonita que nem parece negra”, “não fala assim comigo, que não sou suas negas” ou “cabelo ruim” (sobre os cabelos crespos) são comuns nas redes sociais brasileiras, mostrando como a ideia da democracia racial não passa de um mito. Além disso, estatísticas ajudam a comprovar esse racismo velado do País. Enquanto o número bruto de assassinatos de brancos caiu de 19.846 em 2002 para 14.928 em 2012, no mesmo período, o número de negros assassinados subiu de 29.656 para 41.127, quase três vezes mais a quantidade de assassinatos de brancos. Pior: a população negra e parda, segundo o IBGE, dados de 2015, soma 53% dos brasileiros, enquanto a de brancos soma 45,5%. Ou seja: matam-se muito mais negros do que brancos, mesmo.
44% DOS CASOS DE ASSASSINATOS DE HOMOSSEXUAIS DO MUNDO OCORRERAM EM TERRITÓRIO BRASILEIRO.
E esse é só o princípio da discussão sobre a intolerância no Brasil. Somente em 2015, tivemos um aumento de 633% dos casos de xenofobia, sendo que somente 1% destes resultaram em processo judicial. No Congresso Nacional, um deputado deu seu voto sobre o impeachment homenageando um torturador em rede nacional. Até junho de 2016, tivemos mais de 50 casos de linchamentos registrados. Pastores estimulam fiéis em favor da intolerância contra o público LGBT. Quer mais? Negros continuam recebendo salários menores do que os dos brancos. E em um ranking com 83 países, o Brasil aparece em quinto lugar no número de homicídios de mulheres. Também percebemos, já faz tempo, que expressões intolerantes se tornaram mais comuns com a ascensão das redes sociais. E é delas que vamos falar agora.
TEXTO II – CONTINUAÇÃO...
INTOLERÂNCIAS VISÍVEIS E INVISÍVEIS – NÃO SOU INTOLERANTE, MAS...
Tolerar o próximo significa conseguir manter uma relação positiva mesmo com pessoas completamente diferentes de você. Aceitar um elemento diferente da sua cultura, moral, ideologias ou padrões estéticos é essencial para o convívio pacífico em sociedade. Dentre as diversas formas de intolerância, destacamos aquelas visíveis, atos facilmente percebidos como preconceituosos ou discriminatórios, e aquelas invisíveis, atos de discriminação velada, implícita em algum comentário ou comportamento, que muitas vezes passa despercebido por aqueles que não sentem na pele esse tipo de preconceito.
Qual a diferença prática entre o preconceito visível e o invisível? Como podemos localizá-lo? Como podemos saber se estamos sendo preconceituosos se muitas vezes nem percebemos que estamos discriminando alguém? Muita calma: a desconstrução de preconceitos velados não é fácil nem rápida, mas é preciso que tenhamos capacidade de perceber que comentários e atitudes podem causar grandes estragos sobre outras pessoas, que têm sentimentos e se ofendem, assim como você. As intolerâncias visíveis são fáceis de serem identificadas, elas têm alvo explícito e direto. A intolerância feita de maneira direta, para alguém em específico ou para uma figura pública, corresponde a 72% dos casos (mesmo número no gráfico anterior), revelando que esse tipo de intolerância, na maioria dos casos, possui um alvo.
Mas e a intolerância invisível? Ela se esconde em casos cotidianos, e, muitas vezes, nem nos damos conta de nosso comportamento ou comentário preconceituoso. Uma professora manda um bilhete para a mãe de uma de suas alunas negras dizendo que a garota ficaria mais bonita se “abaixasse” o cabelo. O jovem diz para uma pessoa mais velha que ela “já não tem mais idade para certas coisas”. O homem que atravessa a rua ao ver mendigos na sua frente. Quem diz que Bolsa Família é esmola. Os pais que não querem que seu filho brinque com uma criança adotada por homossexuais. E por aí vai.
TOLERAR O PRÓXIMO SIGNIFICA CONSEGUIR MANTER UMA RELAÇÃO POSITIVA MESMO COM PESSOAS COMPLETAMENTE DIFERENTES DE VOCÊ.
Sem ofensas diretas, sem frases odiosas e sem grande alarde, comentários e atitudes como esses são reproduzidos incessantemente no nosso dia a dia, passando muitas vezes despercebidos, e contribuindo para a contínua perpetuação de barreiras e distâncias sociais.
A intolerância, visível ou invisível, está presente em nosso cotidiano: em nossas relações de trabalho e consumo, nos estereótipos que a mídia nos empurra goela abaixo, estruturada em um Estado que pune os mais pobres, implícita em discursos de líderes religiosos, explícita em projetos de lei que querem abolir a discussão de gênero na educação (e a lista, infelizmente, só cresce).
Desconstruir intolerâncias e preconceitos não é nada fácil, mas tornar explícita a intolerância daquilo que é cotidiano, daquilo ao qual não damos o devido valor, é o primeiro passo em busca de uma sociedade mais igualitária e menos segregadora.
Em: https://www.comunicaquemuda.com.br/dossie/nao-sou-intolerantemas/
Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder à questão.
Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida (1º parágrafo).
No trecho acima, o termo sublinhado introduz