Questões de Concurso
Sobre uso dos conectivos em português
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O pobre rapaz saíra pela porta fora, e caminhando apressadamente olhava de vez em quando para trás, pois julgava ver ainda enristado contra si o espadim com que o pai o ameaçara. (Manuel Antônio de Almeida. “Memórias de um Sargento de Milícias”. 1998, p.125.)
Texto
Entenda a diferença entre o aquecimento solar e a energia fotovoltaica
Você sabe qual a diferença entre aquecimento solar e energia fotovoltaica? Ambos são sistemas que utilizam energia solar, renovável e natural e é possível ter os dois em casa. Ou seja, a instalação do sistema fotovoltaico não impede que seja instalado o sistema de aquecimento e vice-versa.
O sistema de aquecimento solar é formado por placas solares. Neste caso, não existe transformação, apenas a captação de energia térmica, que provoca o aquecimento para uso em banheiro ou piscina. Além das placas solares, este sistema conta com um reservatório térmico, que tem a função de armazenar a água aquecida, mantendo a sua temperatura.
A energia fotovoltaica também possui as placas solares, mas há alguns pontos relevantes que diferenciam uma da outra. Visualmente elas são semelhantes. Porém, a tecnologia é bem diferente, já que a energia fotovoltaica é composta por um conjunto de células responsáveis por converter a radiação solar em energia elétrica.
Durante o dia, os módulos captam a radiação, convertendo a energia. Quanto mais intensa a insolação, maior será a quantidade de energia captada. Por isso, ao meio-dia, acontece o momento máximo da energia fotovoltaica, já que o Sol está a pino, no alto do céu. Após atravessar o inversor, a energia pode ser utilizada para fazer funcionar qualquer equipamento, como televisão, aparelho de som, geladeira, freezer, máquina de lavar roupa, lâmpadas, ar-condicionado e assim por diante.
Caso a energia produzida não seja completamente consumida, o que sobrar é lançado na rede elétrica, gerando “créditos energéticos”. Assim, com o acúmulo de créditos, você consegue utilizar para abatê-los em uma conta de luz, caso for necessário, em outros momentos.
Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/especial-publicitario/envo/noticia/2019/OS/13/entenda-a-diferenca-entre-o-aquecimento-solar-e-a-energia-fotovoltaica.ghtml>
Leia o poema abaixo e responda a questão.
Recordo ainda…
Recordo ainda… E nada mais me importa
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta…
Mas veio um vento de desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança…
Estrada afora após segui… Mas ai,
Embora idade e senso que aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino… acreditai…
Que envelheceu, um dia, de repente!…
QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre: Globo, 1962.
População em situação de rua
Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.
Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.
Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.
O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm