Questões de Português - Variação Linguística para Concurso

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Q1718787 Português

BARROS, Daniel. Gênero, brilhantismo e esforço. Galileu. São Paulo, Editora Globo, Nº 333, mar. 2019. p.71 [Adaptado]

A linguagem empregada no texto tende à
Alternativas
Q1718343 Português

Leia, com atenção, a tirinha a seguir. 


Imagem associada para resolução da questão
https://www.google.com
Na tirinha acima, encontramos a seguinte variação linguística: 
Alternativas
Q1718123 Português
Por que os seres humanos estão perdendo o equilíbrio
Laura Plitt
BBC News Mundo
26 dezembro 2020


    De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde de 2018, cerca de 646 mil pessoas morrem a cada ano por isso, enquanto 37,3 milhões de quedas são graves o suficiente para exigir cuidado médico.
    O número não apenas é grande, mas dobrou nas últimas duas décadas, e a idade em que as quedas geralmente começam a ocorrer (normalmente em adultos com mais de 60 ou 65 anos) está diminuindo.
    As estatísticas mostram que, em parte, os seres humanos estão perdendo a capacidade de se manter em equilíbrio, uma habilidade tão natural que raramente nos damos conta de todos os processos envolvidos.
    Embora manter o corpo ereto e em equilíbrio seja algo natural para nós, é uma atividade que aciona vários processos físicos e cognitivos que se retroalimentam. "O equilíbrio requer uma série de informações sensoriais", explica à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, Dawn Skelton, professora do departamento de Fisioterapia e Paramedicina da Universidade Glasgow Caledonian, no Reino Unido.
    "A visão é um dos elementos principais, mas não o único. Seus olhos trabalham com seus ouvidos, e o sistema vestibular do ouvido interno (uma série de canais com fluidos que se movem quando mexemos a cabeça, para informar ao cérebro em que direção se encontra e quão rápido se move)."
    O grande problema é a mudança em nosso estilo de vida, que se tornou muito mais sedentário desde a infância e, com isso, as oportunidades de praticar foram reduzidas. "Há duas gerações, a maioria das crianças ia andando para a escola, e não sentadas em um carro. E hoje nas escolas se pratica muito menos atividade física", observa Skelton.
    A vida fora da escola segue padrões semelhantes, com atividades centradas principalmente em torno de uma tela. Se você ficar olhando para uma tela, sua visão será afetada. Olhar por muito tempo para algo que está perto de você, vai fazer com que você se torne míope, porque você não está usando os olhos para olhar mais longe, e a visão faz parte do mecanismo de equilíbrio. Se você não consegue ajustar rapidamente a visão de algo que está próximo para algo que está distante, seu equilíbrio será prejudicado."
    Se os mecanismos que estão envolvidos nesta função não têm tempo de se desenvolver completamente quando somos jovens e, na vida adulta fazemos trabalhos sedentários que não representam um desafio para o equilíbrio, quando chegamos à velhice, a vulnerabilidade às quedas aparece mais rápido, argumenta a especialista. "Minha preocupação não é apenas o equilíbrio, mas o que vai acontecer com os índices de fratura. Como não construímos densidade óssea suficiente, elas vão acontecer mais cedo também."
    No fim das contas, ela conclui, se trata de um conceito muito simples: o que você não usa, você perde. "Quando você deixa de usar seus músculos, eles desaparecem, e o mesmo acontece com a densidade óssea. Em uma semana, você pode perder até 1%, e pode demorar um ano para recuperá-la."
    Outros fatores que afetam o equilíbrio têm a ver com nosso estado emocional e saúde mental. "O perfil físico de pacientes com esquizofrenia é caracterizado por uma marcha lenta e uma passada reduzida; o daqueles que apresentam transtornos de ansiedade é caracterizado por distúrbios do equilíbrio; e daqueles que sofrem de depressão, por uma marcha lenta e uma postura encurvada", diz um estudo publicado no início deste ano por uma equipe de pesquisadores liderados por Ron Feldman, do Departamento de Anatomia e Antropologia da Escola de Medicina Sackler da Universidade de Tel-Aviv, em Israel.
    No caso das pessoas com depressão, como tendem a acomodar a cabeça — cujo peso médio varia entre 5 e 6 kg — mais para frente, todo o peso do corpo é inclinado nessa direção, o que facilita a perda de equilíbrio, principalmente porque nossa base (no caso, os pés) é relativamente pequena em relação ao tamanho do corpo.
    Além disso, "como as pessoas deprimidas tendem a dar passos mais curtos, sem levantar muito os pés, é mais provável que tropecem", explica Skelton.
    Em relação à ansiedade, os músculos estão em estado de alerta constante devido à circulação da adrenalina. "Isso significa que o sistema nervoso está muito alerta, concentrado no que pode ou não acontecer, mas não em manter o equilíbrio", explica a pesquisadora.
    (...)

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55106089 
Por ser um texto de caráter jornalístico, predomina nele a variante linguística formal. Entretanto, em alguns momentos específicos, a autora utiliza uma variante linguística que resvala no uso informal. Assinale a alternativa em que a expressão destacada representa a variante informal da linguagem:
Alternativas
Q1715476 Português

TEXTO III 


Solidariedade no Frio

Costurei um agasalho, com tecido de amor,

a linha da caridade foi o fio condutor.

Agulhas de compaixão, estampas de gratidão.

Fiz um bolso aqui no peito e enchi ele de bondade,

pra vestir a humanidade que no fundo ainda tem jeito.

Tem jeito pra se ajeitar, basta ser mais solidário.

Pra fazer um mundo novo, transformando esse cenário

olhe além da sua porta, pra vê se você suporta

assistir indiferente quem dorme no meio da rua,

coberto só pela lua sem ter um teto decente.

[...]

Tem jeito pra se ajeitar, basta tu compreender

que quando se ajuda alguém, o ajudado é você,

é você quem ganha paz, é você quem ganha mais,

mais amor, mais gratidão.

Doando um cobertor, derretendo o frio da dor

E aquecendo um coração. 


(In: Poesia com Rapadura de Bráulio Bessa, 1a ed., 2017)


O cordel acima, TEXTO III, faz uso de deslocamentos semânticos bem como de licença poética, propriedades inerentes à arte literária, com o propósito, entre outros, de assegurar o ritmo, característico do gênero. Para isso, encontramos junto ao texto usos linguísticos que, em outros gêneros, de natureza mais formais, como cartas comerciais, resenhas acadêmicas, não seriam apropriados. A questão versará sobre a adequação desses usos. 

Um fenômeno bastante recorrente na fala do cotidiano, já atestados em estudos de variação linguística, diz respeito ao apagamento de segmentos sonoros, que equivale à supressão de uma consoante, vogal ou mesmo de uma sílaba inteira. Ocorrem ora no início da palavra (enamorar/namorar; arrancar/rancar; está/tá; José/Zé), ora no meio da palavra (manteiga/mantega; xícara/xicra/ óculos/oclos), e ora no final da palavra (fotografia/foto; televisão/tevê; bicicleta/bici), chamados respectivamente aférese, síncope e apócope. Na oitava linha, há dois apagamentos - olhe além da sua porta, pra vê se você suporta.
Alternativas
Q1715472 Português

TEXTO II 


Fonte: http://www.ateliedasletras.com.br/2010/11/variacao-linguistica.html



Na tirinha acima, deparamo-nos com uma variedade linguística que faz uso do fonema [R] em vez do fonema [l], o que, linguisticamente, é explicável frente à proximidade articulatória de ambas as consoantes. O fenômeno da troca em contexto pós-vocálico já é descrito desde há muito. Em 1919, no Compêndio de gramática histórica portuguesa, de Joaquim Nunes, o autor destaca isso, ao dar os seguintes exemplos, verificados na língua popular: “azur” (azul), “corchão” (colchão), “sordado” (soldado) etc. Tudo isso apoia a produtividade desse uso em algumas variedades do português brasileiro.

A tirinha ainda expõe um dos possíveis usos com os quais os professores terão que lidar com vistas a inserir os alunos em situações de letramento, já que a variação pode migrar da oralidade para a escrita. Em se tratando da variação entre /L/ e /R/, ela não ocorre só em contextos pós-vocálico – firme e futebor. Ocorre também em outros, a exemplo de chicrete por chiclete. A seguir, dentre as alternativas, escolha qual representa o mesmo tipo de variação vista em chiclete.
Alternativas
Respostas
671: C
672: B
673: B
674: A
675: C