Questões de Português - Variação Linguística para Concurso

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Q2012658 Português
       Na minha vila, a única vila do mundo, as mulheres sonhavam com vestidos novos para saírem. Para serem abraçadas pela felicidade. A mim, quando me deram a saia de rodar, eu me tranquei em casa. Mais que fechada, me apurei invisível, eternamente nocturna. Nasci para cozinha, pano e pranto. Ensinaram-me tanta vergonha em sentir prazer, que acabei sentindo prazer em ter vergonha. Belezas eram para as .mulheres de fora. Elas desencobriam as pernas para maravilhações.[...] Estava tão habituada a não ter motivo, que me enrolei no velho sofá. Olhei a janela e esperei que, como uma doença que passa, a noite passasse. No dia seguinte, as outras chegariam e me falariam do baile, das lembranças cheias de riso matreiro. E nem inveja sentiria. Mais que o dia seguinte, eu espera pela vida seguinte.
A escrita de Mia Couto tem base em histórias de vida com um discurso ideológico e social. Em suas narrativas estão inseridos os costumes moçambicanos, a cultura e outras noções. Considere a leitura do fragmento de "A saia almarrotada" e assinale a alternativa correta em relação à condição feminina, no excerto.  



Em relação à linguagem empregada por Mia Couto, no fragmento de "A saia almarrotada", pode-se afirmar que:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF-GO Órgão: IF-GO Prova: IF-GO - 2018 - IF-GO - Técnico em Contabilidade |
Q2007689 Português
TEXTO 1

    Este livro começou em 12 de outubro de 2007. (...) Eu já tinha uma proposta na cabeça. Ou melhor, várias (...). Foi aí que começou a aventura. Todas as minhas ideias foram rejeitadas. E veio a provocação final:
    — Por que não falar da sua experiência como ator negro? 
    As duas perguntas que mais fazem a um ator negro, além das básicas “Esse personagem é um presente para você?” e “Você prefere fazer teatro, cinema ou tv?”, são: 
    — Sendo um ator negro, o que acha dessa coisa toda de racismo?
    — Como é fazer um médico, arquiteto, surfista, Roque Santeiro, boêmio da Lapa, padre, gay ou seja lá quem for... negro?
    Quando ouço essa última, sempre me dá vontade de responder algo bem esdrúxulo, do tipo: “Não sei, pois nunca fiz um médico, arquiteto, surfista, Roque Santeiro, boêmio da Lapa, padre, gay ou seja lá quem for... verde”.
     Às vezes, e sei que você que me lê agora também faz isso, no meio de uma conversa viajo para um universo paralelo e lembro ou imagino coisas. Neste momento, o universo paralelo se abriu e me lembrei de um papo que tive com Wagner (o Moura) depois que nos mudamos de Salvador para o Rio (...), em que ele, meio entristecido, disse que estava cansado, pois só era chamado para fazer papéis de bandido ou nordestino.
     — E eu, brother, que só sou chamado para fazer negro? Você, pelo menos, ainda tem duas opções — brinquei.
     (...)
     Ter passado a conviver com pessoas que não refletiam sobre o racismo no seu dia a dia me fez buscar argumentos para inserir esse tema nas conversas. Queria que elas percebessem o que para mim era tão claro. Queria dividir sem medo minha sensação de entrar num restaurante e ser o único negro no lugar. Queria mostrar as riquezas da cultura afro-brasileira, da qual eu tanto me orgulho e que é tantas vezes ignorada.
   (...) A palavra “identidade”, que passou a aparecer com cada vez mais frequência, calou fundo em mim. Ao mesmo tempo, comecei a ter a clareza de que essa não é uma “questão dos negros”. É uma questão de qualquer cidadão brasileiro, ela diz respeito ao país, é uma questão nacional. Para crescer, o Brasil precisa potencializar seus talentos, e o preconceito é um forte empecilho para que isso aconteça.

RAMOS, LÁZARO. Na minha pele. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017, p. 9-10, 12-13.

Analise o trecho:


— E eu, brother, que só sou chamado para fazer negro? Você, pelo menos, ainda tem duas opções”.


Assinale a alternativa correta.  

Alternativas
Q2007446 Português
Imagem associada para resolução da questão
Biscoito ou Bolacha? Essa famosa discussão dá-se por uma variação linguística tipo:
Alternativas
Q2007436 Português
São características da linguagem coloquial, exceto:
Alternativas
Q2007240 Português
Leia o texto abaixo, escrito hipoteticamente por um aluno.

“O mundo está um caos social. A beleza deu lugar a escuridão, assim os homens enxergam como a vida pode ser pacata e bela. Todas às vezes quando me deparo em uma situação de perigo percebo poder fazer o mundo melhor e a vida mais tranquila que me fará também uma pessoa honesta e sem preconceito. Embora tenha consciência posso ser um agente social para evitar a pandemia que assola o mundo nos dias de hoje.
Assinale a alternativa que mostra uma variação linguística tida como diafásica.
Alternativas
Respostas
456: B
457: B
458: E
459: C
460: D