Questões de Português - Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto para Concurso

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Q2703937 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 A 10

O que acontece com o corpo humano durante uma greve de fome?

Essa forma radical de manifestação pode causar problemas nos rins, fígado e coração e até levar à morte


A greve de fome como forma de protesto é usada há séculos pelo mundo. É um tipo de manifestação arriscado, já que as consequências possíveis para o organismo de quem suspende a alimentação são várias e incluem a morte.

Lício Velloso, professor do Departamento de Clínica Médica da Unicamp, explica que existem três tipos de greve de fome: a absoluta, em que a pessoa não consome nem alimentos, nem água; a total, em que a pessoa não se alimenta, mas consome água; e a parcial, quando a pessoa não come alimentos, mas consome água e suplementos de sais minerais e vitaminas.

Problemas de saúde anteriores e idade influenciam em como o organismo vai reagir ao jejum prolongado. Por exemplo, quem já sofre de problemas renais e os mais velhos terão mais complicações.

Na greve de fome absoluta, a mais radical de todas, a pessoa começa a ter problemas sérios entre 25 e 30 dias, causados pela falta de alimentos, de líquidos e de reposição de sais minerais. “O indivíduo começa a ter problemas renais graves e desequilíbrio na quantidade de sais minerais no sangue”, diz Velloso. Com a grande desidratação, a quantidade de sódio e potássio no sangue diminui muito, causando arritmia do coração e falência dos rins. “O risco de morrer por volta do 40 dia é muito grande”, afirma o médico.

Já os manifestantes que aderem à greve de fome parcial, recebendo água e sais minerais, não vão sofrer desidratação e nem desequilíbrio de sais minerais. “Esses vão mais longe. Eles vão começar a ter problemas mais sérios por volta de 40 ou 50 dias. Eles terão que usar muito da reserva de músculo e de tecido adiposo para produzir energia. Assim, o fígado começa a ser muito danificado”, explica Velloso.

Enquanto os grevistas absolutos sentem os primeiros danos nos rins e no coração, após 25 dias, aqueles que fazem greve de fome parcial sofrerão primeiro complicações no fígado, após 40 ou 50 dias. Ao usar a gordura do corpo para produzir energia, o fígado produz agentes que são tóxicos para ele mesmo e acaba sendo danificado. Quem não está tomando líquidos não chega a esse ponto, porque as chances de morrer antes por problemas renais ou cardíacos são grandes.

A recuperação após uma greve de fome exige cuidados e acompanhamento médico. “É importante que a fase de recuperação seja feita com assistência médica, para que seja provida para o paciente a quantidade certa de líquidos, de sais minerais e vitaminas para que ele não corra o risco de ter uma intoxicação hídrica”, alerta Velloso.

O médico explica os riscos de tomar muito líquido com o coração fragilizado pode levar a hiper-hidratação e falência cardíaca. “O coração não vai estar forte o suficiente para bombear todo o sangue novo, que será gerado com a ingestão de muito líquido. A pessoa pode ter uma falência cardíaca e até morrer”.


Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-acontece-com-o-corpo-humano-durante-uma-greve-de-fome-5s6e4q22c4mi9q65roy5me8s1

Na frase “A pessoa pode ter uma falência cardíaca e até morrer”, os termos destacados são, respectivamente:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: FAU Órgão: IF-PR Prova: FAU - 2019 - IF-PR - Assistente em Administração |
Q2692535 Português

Maria Thereza, a primeira-dama desnuda


Maria Thereza Goulart foi considerada a mais bela e jovem primeira-dama do mundo. No tempo em que residiu no Palácio da Alvorada com os filhos Denize e João Vicente, entre setembro de 1961 e março de 1964, sua imagem revestiu de encanto o mito do marido, o presidente João Goulart (1918-1976). Atração das festas, mereceu as capas de revistas europeias e uma reportagem especial da “Time”, que a comparou com Jackie Kennedy. Como Jackie, mantinha-se muda. Procurou calar pelo resto da vida, ao ser levada ao exílio, à viuvez e à volta traumática ao Brasil.

O desinteresse da imprensa pelo que pensava e seus projetos lhe provocou a revolta. Hoje com 81 ou 83 anos (não revela idade), faz revelações ao jornalista Wagner William. O resultado é “Uma mulher vestida de silêncio”, volume de 644 páginas lançado pela editora Record. Durante 14 anos, as conversas resultaram em 80 horas de gravação, complementadas com pesquisas em arquivos e jornais, além de diários e cartas.

Entre os fatos inéditos destacam-se pensamentos e estudos psicológicos de Maria Thereza. Segundo William, além de tímida, sofre síndrome do pânico. O distúrbio a teria induzido a uma tentativa de suicídio na adolescência, “para chamar atenção dos pais”. O período mais feliz da sua vida foi nos anos 1950, quando Jango era vice-presidente e moravam em Copacabana.

Ficou deslumbrada com as festas em sua homenagem, mas se cansou da fama em seguida. (...) No exílio uruguaio, sentiu-se quase tão feliz como na fase de Copacabana e tentou convencer Jango a não voltar para o Brasil. O casal adorava circular pela Europa, caçar, atirar, cavalgar e disputar corridas em carros velozes. “Jango, vamos ter um filho aqui”, suplicou. Ele respondeu com sarcasmo: “Imagina, que coisa ridícula. Como eu posso ter um filho que vai nascer no Uruguai?”.

Mesmo banida do Brasil, teimava em cruzar a fronteira – e era escoltada de volta. Em 1971, passava de Fusca com a prima Terezinha pela cidade de Rio Grande quando a polícia levou-as a um quartel. Lá, uma policial mandou que tirasse a roupa: “A calcinha também? Por quê?” “Porque sim, porque tenho ordens”. Estava certa de que seria torturada, mas foi solta. Nunca contou a Jango, para evitar sua fúria. Desaprovava a obsessão do intrépido marido, que planejava retornar ao Brasil a partir de Paris, mas morreu na Argentina em 6 de dezembro de 1976. A família crê que ele tenha sido envenenado pela CIA. Todos, exceto Maria Thereza.

De volta ao Brasil, repetiu por duas décadas a quem lhe pedia entrevistas: “Vocês vão deturpar o que eu digo”. Viveu com discrição, sem deixar de namorar e frequentar a noite. Queria ser escritora e fotógrafa, mas não deu continuidade aos planos. “Até hoje ela não se sente em casa no Brasil”, afirma William. “Muda sempre de endereço. É como se não reconhecesse mais o lugar em que nasceu.”


Fonte: Luis Antônio Giron. Revista ISTOÉ, 24 de abril de 2019, Ano 42, Nº 2573, página 61.

No que se refere às regras prescritas pela norma-padrão a respeito do emprego dos sinais de pontuação, assinale a alternativa correta que justifique o uso da última vírgula no período: “No tempo em que residiu no Palácio da Alvorada com os filhos Denize e João Vicente, entre setembro de 1961 e março de 1964, sua imagem revestiu de encanto o mito do marido, o presidente João Goulart (1918-1976)”.

Alternativas
Q2684631 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.
Vítima da fome, da seca e da desigualdade social que assolavam o Nordeste brasileiro no final do século 19, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, tornou-se um dos bandidos mais famosos do país. Liderando um bando de cangaceiros, aterrorizou por mais de 20 anos cidades do sertão nordestino. Promoveu saques, assassinatos, torturas e estupros como forma de vingar as injustiças que sua família sofrera na mão das oligarquias.
Mesmo assim, Lampião ganhou a simpatia de algumas comunidades locais, que o tratavam como herói e justiceiro, e ofereciam abrigo ao bando. Ao mesmo tempo, tornou-se famoso em notícias de jornal e na literatura de cordel. Sua morte em 1938 representou na prática o fim do cangaço — e sua história foi elevada ao status de lenda brasileira.
O cangaço foi um movimento que marcou o Nordeste do Brasil durante o fim do século 19 e início do século 20. Suas raízes remontam ao período colonial, caracterizado pela desigualdade social e a exploração do trabalho nos latifúndios. Um dos principais processos que colaboraram para a formação do cangaço foi a implementação do sistema de sesmarias, em que muitos camponeses foram desapropriados de suas terras, ficando à mercê da pobreza e do abandono.
A seca, fenômeno climático recorrente no sertão nordestino, também contribuiu para que o movimento surgisse. A escassez de recursos e as péssimas condições de vida levaram muitos sertanejos ao desespero, buscando alternativas para sobreviver – entre elas, se organizam em bandos armados para cometer crimes.
Os dois fenômenos, o social e o climático, confluíram no contexto histórico de transformações políticas e sociais no Brasil a partir da República Velha (1889-1930). Nesse período, a organização política no Nordeste era marcada por oligarquias locais que exerciam forte controle sobre as terras.
Nesse cenário surgiu a figura do cangaceiro, uma espécie de “fora da lei’ que encontrava na violência uma forma de enfrentar injustiças e opressões. Liderados por líderes  carismáticos, eles formavam bandos armados que desafiavam a autoridade do Estado e atacavam grandes propriedades rurais.
O mais famoso cangaceiro de todos os tempos foi Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, que liderou um bando por quase duas décadas. Lampião e seus seguidores se tornaram uma lenda no nordeste brasileiro, e suas ações ousadas e cruéis marcaram o imaginário popular.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/sociedade/historia/noticia/2023/07/heroi-ou-bandido-quem-foi-lampiao-e-o-que-ele-representou-para-o-cangaco.ghtml acesso em março, 2024.
No trecho "Liderando um bando de cangaceiros, aterrorizou por mais de 20 anos cidades do sertão nordestino.", nota-se a presença de:
Alternativas
Q2684625 Português
Leia as frases abaixo.

I. O pai de família tem medo da fome.
II. Na Páscoa, as pessoas gostam de comprar ovos de chocolate.
III. Na igreja, aprendemos a amar a Deus sobre todas as coisas.
IV. Meus amigos, que noite maravilhosa!
V. Não sabemos tudo, aliás, atrevo-me a dizer que não sabemos nada.

Os termos destacados nas frases são, respectivamente:
Alternativas
Q2668508 Português

Leia o texto.


Conversinha mineira.


— É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?

— Sei dizer não senhor: não tomo café.

— Você é dono do café, não sabe dizer?

— Ninguém tem reclamado dele não senhor.

— Então me dá café com leite, pão e manteiga.

— Café com leite só se for sem leite.

— Não tem leite?

— Hoje, não senhor.

— Por que hoje não?

— Porque hoje o leiteiro não veio.

— Ontem ele veio?

— Ontem não.

— Quando é que ele vem?

— Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.

— Mas ali fora está escrito “Leiteria”!

— Ah, isso está, sim senhor.

— Quando é que tem leite?

— Quando o leiteiro vem.

— Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?

— O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?

— Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?

— Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.

— E há quanto tempo o senhor mora aqui?

— Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.

— Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?

— Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.

— Para que Partido?

— Para todos os Partidos, parece.

— Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.

— Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida…

— E o Prefeito?

— Que é que tem o Prefeito?

— Que tal o Prefeito daqui?

— O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.

— Que é que falam dele?

— Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.

— Você, certamente, já tem candidato.

— Quem, eu? Estou esperando as plataformas.

— Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?

— Aonde, ali? Ué, gente: penduraram isso aí…


(Fernando Sabino)

Assinale a alternativa que mostra a função sintática da expressão “meu amigo” na primeira frase do texto.

Alternativas
Respostas
36: D
37: B
38: E
39: D
40: A