Questões de Concurso Comentadas sobre as comunicações oficiais em redação oficial

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Q2274074 Redação Oficial
NOÇÕES DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Relacione adequadamente as colunas, considerando o emprego dos pronomes de tratamento nos documentos oficiais. (Considere que algum número não irá aparecer.)

1. Prefeitos.
2. Juízes de Direito.
3. Oficiais Subalternos.
4. Reitor de Universidade.
5. Presidente do Congresso Nacional.
( ) Magnificência; Vossa Magnificência.
( ) Senhor; Vossa Senhoria; Sua Senhoria.
( ) Excelência; Vossa Excelência; Sua Excelência.
( ) Meritíssimo; Vossa Excelência; Sua Excelência.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2270978 Redação Oficial

LÍNGUA PORTUGUESA


De muito procurar


     Aquele homem caminhava sempre de cabeça baixa. Por tristeza, não. Por atenção. Era um homem à procura. À procura de tudo o que os outros deixassem cair inadvertidamente, uma moeda, uma conta de colar, um botão de madrepérola, uma chave, a fivela de um sapato, um brinco frouxo, um anel largo demais. 

    Recolhia, e ia pondo nos bolsos. Tão fundos e pesados, que pareciam ancorá-los à terra. Tão inchados, que davam contornos de gordo à sua magra silhueta. 

    Silencioso e discreto, sem nunca encarar quem quer que fosse, os olhos sempre voltados para o chão, o homem passava pelas ruas desapercebido, como se invisível. Cruzasse duas ou três vezes diante da padaria, não se lembraria o padeiro de tê- -lo visto, nem lhe endereçaria a palavra. Sequer ladravam os cães, quando se aproximava das casas.

   Mas aquele homem que não era visto, via longe. Entre as pedras do calçamento, as rodas das carroças, os cascos dos cavalos e os pés das pessoas que passavam indiferentes, ele era capaz de catar dois elos de uma correntinha partida, sorrindo secreto como se tivesse colhido uma fruta. 

    À noite, no cômodo que era toda a sua moradia, revirava os bolsos sobre a mesa e, debruçado sobre seu tesouro espalhado, colhia com a ponta dos dedos uma ou outra mínima coisa, para que à luz da vela ganhasse brilho e vida. Com isso, fazia-se companhia. E a cabeça só se punha para trás quando, afinal, a deitava no travesseiro. 

    Estava justamente deitando-se, na noite em que bateram à porta. Acendeu a vela. Era um moço.

   Teria por acaso encontrado a sua chave? perguntou. Morava sozinho, não podia voltar para a casa sem ela.

    Eu... esquivou-se o homem. O senhor, sim, insistiu o moço acrescentando que ele próprio já havia vasculhado as ruas inutilmente.

    Mas quem disse... resmungou o homem, segurando a porta com o pé para impedir a entrada do outro.

    Foi a velha da esquina que se faz de cega, insistiu o jovem sem empurrar, diz que o senhor enxerga por dois.

    O homem abriu a porta.

  Entraram. Chaves havia muitas sobre a mesa. Mas não era nenhuma daquelas. O homem então meteu as mãos nos bolsos, remexeu, tirou uma pedrinha vermelha, um prego, três chaves. Eram parecidas, o moço levou as três, devolveria as duas que não fossem suas.

   Passados dias bateram à porta. O homem abriu, pensando que fosse o moço. Era uma senhora.

     Um moço me disse... começou ela. Havia perdido o botão de prata da gola e o moço lhe havia garantido que o homem saberia encontrá-lo. Devolveu as duas chaves do outro. Saiu levando seu botão na palma da mão. 

     Bateram à porta várias vezes nos dias que se seguiram. 

    Pouco a pouco espalhava-se a fama do homem. Pouco a pouco esvaziava-se a mesa dos seus haveres.

   Soprava um vento quente, giravam folhas no ar, naquele fim de tarde, nem bem outono, em que a mulher veio. Não bateu à porta, encontrou-a aberta. Na soleira, o homem rastreava as juntas dos paralelepípedos. Seu olhar esbarrou na ponta delicada do sapato, na barra da saia. E manteve-se baixo.

    Perdi o juízo, murmurou ela com voz abafada, por favor, me ajude. 

    Assim, pela primeira vez, o homem passou a procurar alguma coisa que não sabia como fosse. E para reconhecê-la, caso desse com ela, levava consigo a mulher.

    Saíam com a primeira luz. Ele trancando a porta, ela já a esperá-lo na rua. E sem levantar a cabeça – não fosse passar inadvertidamente pelo juízo perdido – o homem começava a percorrer rua após rua. 

    Mas a mulher não estava afeita a abaixar a cabeça. E andando, o homem percebia de repente que os passos dela já não batiam ao seu lado, que seu som se afastava em outra direção. Então parava, e sem erguer o olhar, deixava-se guiar pelo taque-taque dos saltos, até encontrar à sua frente a ponta delicada dos sapatos e recomeçar, junto deles, a busca.


(COLASANTI, Marina. Histórias de um viajante. São Paulo: Global,
2005.)

Na redação oficial, é necessário prudência para usar os pronomes de tratamento em três momentos distintos: no endereçamento; no vocativo; e, no corpo do texto. Para se referir aos chefes dos Poderes Executivos (presidente, governadores e prefeitos), deve-se empregar o seguinte pronome de tratamento:
Alternativas
Q2266595 Redação Oficial
Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. Na redação oficial, é necessário atenção para o uso dos pronomes de tratamento em três momentos distintos: no endereçamento, no vocativo e no corpo do texto. 

(Disponível em: Manual de Redação da Presidência da República, 2018.) 

A respeito do emprego e da concordância dos pronomes de tratamento em redações oficiais, assinale a afirmativa INCORRETA. 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: EPC Prova: VUNESP - 2023 - EPC - Locutor Apresentador |
Q2264802 Redação Oficial
A concordância com o pronome de tratamento e a pontuação estão de acordo com a norma-padrão em:
Alternativas
Q2258263 Redação Oficial
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas do texto a seguir.
______________,
Informamos que até o próximo mês será realizada a troca integral dos equipamentos de informática do gabinete, com o objetivo de melhor atender às necessidades de _________ assessores e às de _____________. 
Alternativas
Q2258262 Redação Oficial
Em relação às abreviaturas dos pronomes de tratamento, é correto afirmar, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República (2018), que
Alternativas
Q2255745 Redação Oficial
No que se refere ao emprego das formas de tratamento e à colocação pronominal, assinale a opção correta.
Alternativas
Q2254851 Redação Oficial
Sobre a estrutura do padrão ofício – aspecto comum a quase todas as modalidades de comunicação oficial, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2254181 Redação Oficial
Sobre a redação de correspondências oficiais, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2240537 Redação Oficial
Em relação aos pronomes de tratamento, assinale a construção inadequada.
Alternativas
Q2238929 Redação Oficial
Na comunicação entre as equipes de trabalho, clientes e parceiros, o e-mail ainda é uma ferramenta muito utilizada pelas organizações. No uso deste tipo de comunicação escrita, é importante observar, EXCETO: 
Alternativas
Q2238804 Redação Oficial

Luz de lanterna, sopro de vento


       Tendo o marido partido para a guerra, na primeira noite da sua ausência a mulher acendeu uma lanterna e pendurou-a do lado de fora da casa. “Para trazê-lo de volta” murmurou. E foi dormir.

    Mas, ao abrir a porta na manhã seguinte, deparou-se com a lanterna apagada. “Foi o vento da madrugada” pensou olhando para o alto como se pudesse vê-lo soprar.

       À noite, antes de deitar, novamente acendeu a lanterna que a distância deveria indicar ao seu homem o caminho de casa.

      Ventou de madrugada. Mas era tão tarde e ela estava tão cansada que nada ouviu, nem o farfalhar das árvores, nem o gemido das frestas, nem o ranger das argolas da lanterna. E de manhã surpreendeu-se ao encontrar a luz apagada.

      Naquela noite, antes de acender a lanterna, demorou-- se estudando o céu límpido, as claras estrelas. “Na certa não ventará” disse em voz alta, quase dando uma ordem. E encostou a chama do fósforo no pavio.

     Se ventou ou não, ela não saberia dizer. Mas antes que o dia raiasse não havia mais nenhuma luz, a casa desaparecia nas trevas.

      Assim foi durante muitos e muitos dias, a mulher sem nunca desistir acendendo a lanterna que o vento, com igual constância apagava.

     Talvez meses tivessem passado quando num entardecer, ao acender a lanterna, a mulher viu ao longe recortada contra a luz que lanhava em sangue o horizonte, a silhueta escura de um homem a cavalo. Um homem a cavalo que galopava na sua direção.

     Aos poucos, apertando os olhos para ver melhor, distinguiu a lança erguida ao lado da sela, os duros contornos da couraça. Era um soldado que vinha. Seu coração hesitou entre o medo e a esperança. O fôlego se reteve por instantes entre lábios abertos. E já podia ouvir os cascos batendo sobre a terra, quando começou a sorrir. Era seu marido que vinha.

      Apeou o marido. Mas só com um braço rodeou-lhe os ombros. A outra mão pousou na empunhadura da espada. Nem fez menção de encaminhar-se para a casa.

    Que não se iludisse. A guerra não havia acabado. Sequer havia acabado a batalha que deixara pela manhã. Coberto de poeira e sangue, ainda assim não havia vindo para ficar. “Vim porque a luz que você acende à noite não me deixa dormir” disse-lhe quase ríspido. “Brilha por trás das minhas pálpebras fechadas, como se me chamasse. Só de madrugada depois que o vento sopra posso adormecer.”

    A mulher nada disse. Nada pediu. Encostou a mão no peito do marido, mas o coração dele parecia distante, protegido pelo couro da couraça. “Deixe-me fazer o que tem de ser feito, mulher” disse sem beijá-la. De um sopro apagou a lanterna. Montou a cavalo, partiu. Adensavam-se as sombras, e ela não pode sequer vê-lo afastar-se contra o céu. 

      A partir daquela noite, a mulher não acendeu mais nenhuma luz. Nem mesmo a vela dentro de casa, não fosse a chama acender-se por trás das pálpebras do marido.

      No escuro, as noites se consumiam rápidas. E com elas carregavam os dias, que a mulher nem contava. Sem saber ao certo quanto tempo havia passado, ela sabia, porém, que era tanto.

     E, passado num final de tarde em que a soleira da porta despedia-se da última luz no horizonte, viu desenhar-se lá longe a silhueta de um homem. Um homem a pé que caminhava na sua direção. Protegeu os olhos com a mão para ver melhor e, aos poucos, porque o homem avançava devagar, começou a distinguir a cabeça baixa, o contorno dos ombros cansados. Contorno doce, sem couraça, retendo o sorriso nos lábios – tantos homens haviam passado sem que nenhum fosse o que ela esperava. Ainda não podia ver-lhe o rosto, oculto entre a barba e o chapéu, quando deu o primeiro passo e correu ao seu encontro, liberando o coração. Era seu marido que voltava da guerra.

      Não precisou perguntar-lhe se havia vindo para ficar. Caminharam até a casa. Já iam entrar. Quando ele se reteve. Sem pressa voltou-se, e, embora a noite ainda não tivesse chegado, acendeu a lanterna. Só entrou com a mulher. E fechou a porta.


(COLASANTI, Marina. Luz de lanterna, sopro de vento. In: Um espinho de marfim e outras histórias. Porto Alegre: L&PM. p. 39, 1999. Adaptado.)

A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Considerando que a clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, são características deste atributo da redação oficial, EXCETO:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Músico |
Q2234578 Redação Oficial
Com base nas Normas para Padronização de Documentos da Universidade de Brasília, julgue o próximo item.
Os tratamentos Digníssimo(a) e Ilustríssimo(a) foram abolidos das correspondências oficiais, tendo sido ambos substituídos, nas comunicações internas da Universidade de Brasília, pela forma de tratamento genérica Doutor(a), independentemente da formação acadêmica do destinatário. 
Alternativas
Q2221978 Redação Oficial
De acordo com o estabelecido no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.
Nas correspondências oficiais, o vocativo adequado à autoridade que ocupa o cargo de Vice-Presidente da República é Senhor Vice-Presidente da República, devendo a expressão ser seguida de vírgula. 
Alternativas
Q2218032 Redação Oficial
O emprego dos pronomes de tratamento para as autoridades obedece a tradição secular. Quando trata-se de autoridade do Poder Legislativo, como Senadores e Deputados, o pronome de tratamento será:
Alternativas
Q2218028 Redação Oficial
O vocativo é uma invocação ao destinatário e nas comunicações oficiais, o vocativo será sempre seguido de vírgula. Dessa forma, quando um documento é destinado ao Presidente do Congresso Nacional, o vocativo para o destinatário será:
Alternativas
Q2209787 Redação Oficial
Segundo o Decreto nº 9.758/2019, o único pronome de tratamento que deve ser utilizado na comunicação com agentes públicos federais, independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião, é: 
Alternativas
Q2209700 Redação Oficial
Nos documentos Padrão Ofício, o endereçamento é o local no qual é informado quem receberá o expediente. Entre os elementos que compõem o endereçamento, qual das alternativas abaixo indica o elemento que deve ser o primeiro componente do endereçamento? 
Alternativas
Q2206769 Redação Oficial

Assinale a alternativa correta sobre os padrões de redação oficial utilizados na forma de tratamento e de endereçamento nas comunicações na Administração Pública e com agente públicos.

Alternativas
Q2203636 Redação Oficial
Na correspondência oficial para um Ministro de Estado, qual forma de tratamento é correta? 
Alternativas
Respostas
21: A
22: C
23: B
24: A
25: A
26: D
27: C
28: D
29: D
30: A
31: A
32: B
33: E
34: C
35: B
36: A
37: B
38: D
39: E
40: A