Questões de Concurso Comentadas sobre redação oficial
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Acerca dos princípios que regem a Redação Oficial, analise as afirmativas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A impessoalidade decorre da ausência de impressões individuais de quem comunica.
( ) Um documento oficial tem como característica a concisão, tratando o assunto de forma sucinta e precisa.
( ) Na Redação Oficial, é necessário que seja manifestado posicionamento do redator objetivo e claro em relação ao assunto tratado.
( ) A utilização dos pronomes de tratamento de forma correta é imprescindível para que haja formalidade e padronização nas comunicações.
A sequência está correta em
Sabe-se que o uso de pronomes de tratamento e locuções pronominais tem larga tradição na Língua Portuguesa. Esse uso é empregado nas comunicações oficiais com o sentido de distinção e respeito. Assim:
I. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento “digníssimo” (DD) às autoridades como como Presidente da República, Presidentes do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional etc. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
II. Fica dispensado o emprego do superlativo “ilustríssimo” para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento “Senhor”.
III. “Doutor” não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham concluído curso de doutorado.
IV. A forma “Vossa Excelência” é dirigida a uma pessoa com quem se fala. A forma “Sua Excelência” é dirigida a uma pessoa de quem se fala.
Ao ler as afirmações acima, assinale a alternativa
correta:
A indústria do espírito
JORDI SOLER – 23 DEZ 2017 - 21:00
O filósofo Daniel Dennett propõe uma fórmula para alcançar a felicidade: “Procure algo mais importante que você e dedique sua vida a isso”.
Essa fórmula vai na contracorrente do que propõe a indústria do espírito no século XXI, que nos diz que não há felicidade maior do que essa que sai de dentro de si mesmo, o que pode ser verdade no caso de um monge tibetano, mas não para quem é o objeto da indústria do espírito, o atribulado cidadão comum do Ocidente que costuma encontrar a felicidade do lado de fora, em outra pessoa, no seu entorno familiar e social, em seu trabalho, em um passatempo, etc. [...]
A indústria do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo, cresceu exponencialmente nos últimos anos, é só ver a quantidade de instrutores e pupilos de mindfulness e de ioga que existem ao nosso redor. Mindfulness e ioga em sua versão pop para o Ocidente, não precisamente as antigas disciplinas praticadas pelos mestres orientais, mas um produto prático e de rápida aprendizagem que conserva sua estética, seu merchandising e suas toxinas culturais. [...]
Frente ao argumento de que a humanidade, finalmente, tomou consciência de sua vida interior, por que demoramos tanto em alcançar esse degrau evolutivo?, proporia que, mais exatamente, a burguesia ocidental é o objetivo de uma grande operação mercantil que tem mais a ver com a economia do que com o espírito, a saúde e a felicidade da espécie humana. [...]
A indústria do espírito é um produto das sociedades industrializadas em que as pessoas já têm muito bem resolvidas as necessidades básicas, da moradia à comida até o Netflix e o Spotify. Uma vez instalada no angustiante vazio produzido pelas necessidades resolvidas, a pessoa se movimenta para participar de um grupo que lhe procure outra necessidade.
Esse crescente coletivo de pessoas que cavam em si mesmas buscando a felicidade já conseguiu instalar um novo narcisismo, um egocentrismo new age, um egoísmo raivosamente autorreferencial que, pelo caminho, veio alterar o famoso equilíbrio latino de mens sana in corpore sano, desviando-o descaradamente para o corpo. [...]
Esse inovador egocentrismo new age encaixa divinamente nessa compulsão contemporânea de cultivar o físico, não importa a idade, de se antepor o corpore à mens. Ao longo da história da humanidade o objetivo havia sido tornar-se mais inteligente à medida que se envelhecia; os idosos eram sábios, esse era seu valor, mas agora vemos sua claudicação: os idosos já não querem ser sábios, preferem estar robustos e musculosos, e deixam a sabedoria nas mãos do primeiro iluminado que se preste a dar cursos. [...]
Parece que o requisito para se salvar no século XXI é inscrever-se em um curso, pagar a alguém que nos diga o que fazer com nós mesmos e os passos que se deve seguir para viver cada instante com plena consciência. Seria saudável não perder de vista que o objetivo principal dessas sessões pagas não é tanto salvar a si mesmo, mas manter estável a economia do espírito que, sem seus milhões de subscritores, regressaria ao nível que tinha no século XX, aquela época dourada do hedonismo suicida, em que o mindfulness era patrimônio dos monges, a ioga era praticada por quatro gatos pingados e o espírito era cultivado lendo livros em gratificante solidão.
(Adaptado de: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/26/opinion/1506452714_976157.html>
No que se refere à redação oficial de documentos oficiais, julgue o item subsequente.
Para o fecho de comunicações oficiais para autoridades
de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior,
utiliza-se “Atenciosamente,”.
No que se refere à redação oficial de documentos oficiais, julgue o item subsequente.
O pronome de tratamento Vossa Excelência é utilizado
para todas as autoridades e para particulares.
Julgue o item seguinte, considerando a correção gramatical dos trechos apresentados e a adequação da linguagem à correspondência oficial.
Requer-se que as informações ora solicitadas sejam
prestadas a esta Comissão de Ética até 22 de junho de
2018, impreterivelmente.
Encaminho-o o documento anexo para seu conhecimento e devidas providências que julgar necessário.
mensagem (v.) escrita, de interesse comum, em forma de carta (v.), e-mail (v.), manifesto (v.) ou ofício (v.) que, reproduzida em muitos exemplares, dirige-se a muitas pessoas ou entidades.
COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. BH: Autêntica, 2008.
Pelo verbete, vê-se que o gênero textual nele definido, tanto na forma como no estilo, trata-se de uma comunicação formal escrita da esfera
Julgue o item seguinte, considerando a correção gramatical dos trechos apresentados e a adequação da linguagem à correspondência oficial.
Sem mais para o momento, renovo perante Sua
Senhoria meus mais sinceros protestos da mais elevada
estima e distinta conscideração.
Julgue o item seguinte, considerando a correção gramatical dos trechos apresentados e a adequação da linguagem à correspondência oficial.
Ressalte-se que sua solicitação demanda providências
que não estão inseridas entre as competências desta
Comissão, razão por que o documento foi devolvido ao
Protocolo.