Questões de Concurso
Comentadas sobre ginecologia e obstetrícia em medicina
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A diferenciação sexual humana inicia-se na sétima semana de desenvolvimento embriológico e depende, entre outros fatores, da influência dos hormônios gonadais testosterona e hormônio antimülleriano (AMH). Os ductos paramesonéfricos — ductos de Müller — e os mesonéfricos — ductos de Wolf — estão diretamente envolvidos na diferenciação do fenótipo sexual.
Considerando essas informações e aspectos a elas relacionados, julgue o item a seguir.
Nos indivíduos que não produzem AMH, os ductos de Müller
dão origem às tubas uterinas, ao útero e aos dois terços
superiores da vagina.
A respeito de infecções de transmissão sexual e(ou) de vaginites infecciosas, julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Uma mulher de quarenta e dois anos de idade, não gestante, compareceu ao ambulatório com quadro de corrimento transvaginal. No exame ginecológico, notou-se corrimento de odor fétido, acinzentado, pouco bolhoso, aderido às paredes vaginais, porém fino, com teste de Whiff positivo, PH vaginal > 4,5 e com clue cells na avaliação microscópica.
Assertiva: Nessa situação, o diagnóstico mais provável é de tricomoníase vaginal, e o tratamento, obrigatório também para o parceiro, deve ser feito com metronidazol 500 mg por via oral, a cada 12 h, por sete dias.
A respeito de infecções de transmissão sexual e(ou) de vaginites infecciosas, julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Uma paciente com vinte e seis anos
de idade, não gestante e alérgica a penicilina, compareceu
a consulta ambulatorial encaminhada por unidade básica
de saúde. Ela apresentou resultado de exame de citologia
em meio de Tzanck de material colhido de úlcera genital
múltipla, com fundo raso e brilhante. Nesse exame,
foram visualizadas multinucleação e balonização celular
em lâmina fixada a álcool 70%. Assertiva: Nessa situação,
o médico assistente deve prescrever tratamento com
doxiciclina 100 mg por via oral, a cada 12 h, por quatorze dias.
A respeito de infecções de transmissão sexual e(ou) de vaginites infecciosas, julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Uma paciente com trinta e um anos
de idade, não gestante, compareceu ao pronto-socorro
com quadro de pápulas eritematosas de 2 mm, associadas
a vesículas agrupadas de conteúdo citrino e algumas
ulcerações, localizadas nos pequenos lábios, no clitóris,
nos grandes lábios e na fúrcula vaginal. Associa-se ao
quadro linfadenopatia inguinal dolorosa bilateral.
Assertiva: Nessa situação, deve-se iniciar tratamento com
penicilina benzatina 2.400.000 UI em dose única, associada
a corticoterapia tópica a 2% para alívio da sintomatologia.
Julgue o item a seguir, a respeito de ginecologia pediátrica.
A vulvite infecciosa da infância por estreptococos
β-hemolíticos do grupo A pode associar-se a disúria, dor
vulvar, prurido ou sangramento e hiperemia de cor viva e
brilhante na vulva e no introito vaginal. O quadro clínico e a
cultura vulvovaginal confirmam o diagnóstico na maioria
dos casos, e o tratamento pode ser feito com penicilina ou
cefalosporina de primeira geração por duas a quatro semanas.
Julgue o item a seguir, a respeito de ginecologia pediátrica.
Situação hipotética: Uma menina com seis anos de idade
foi atendida no consultório médico para exame ginecológico
que evidenciou grandes lábios aparentemente normais
e pequenos lábios unidos por uma rafe, sendo possível
observar apenas um canal ventral pequeno entre os lábios,
localizado imediatamente abaixo do clitóris. Assertiva: Nessa
situação, para a primeira linha de tratamento, deve-se evitar
o uso de creme de estrogênio, por levar a irritação local,
pigmentação vulvar irreversível e desenvolvimento do broto
mamário, e prescrever creme de betametasona 0,4%,
duas vezes ao dia, por quatro a seis semanas.
O termo saúde sexual é amplo, pois envolve reprodução humana e comportamento sexual, além de aspectos relacionados a doenças sexualmente transmissíveis, métodos contraceptivos e disfunções sexuais. Acerca desse assunto, julgue o próximo item.
Situação hipotética: Uma paciente com vinte e cinco anos
de idade, G1P1, foi atendida por um ginecologista. Segundo
seu relato, ela apresentava, havia doze meses, quadro clínico
de ausência de fantasias e pensamentos sexuais, de desejo
ou receptividade para a atividade sexual, e angústia pessoal.
A paciente negou outras queixas e o exame ginecológico foi
normal. Assertiva: Nessa situação, a hipótese diagnóstica mais
provável é de desejo sexual hipoativo.
Tendo em vista que a abordagem terapêutica no sangramento uterino anormal (SUA) deve ser eficiente para evitar complicações clínicas, julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Uma paciente com trinta e dois anos de
idade, com SUA agudo, não gestante, hemodinamicamente
estável, sem lesões no colo uterino e com ultrassonografia
pélvica que não mostra lesões estruturais, foi atendida em
uma unidade hospitalar. Assertiva: Nessa situação, para
coibir o sangramento, caso não haja contraindicações
medicamentosas, a melhor linha de tratamento será o uso
de estrogênio e progestagênio ou progestagênio isolado
ou ácido tranexâmico.
No que se refere a fatores predisponentes, deficiência na gravidez e complicações associadas à deficiência de vitamina D, julgue o item que se segue.
Pacientes de alto risco cardiovascular, como os portadores de
síndrome metabólica ou portadores de doenças inflamatórias
crônicas, com baixos níveis de vitamina D, diabetes e(ou)
hipertensão arterial, tendem a apresentar maior gravidade
de doença cardiovascular e maior mortalidade.
No que se refere a fatores predisponentes, deficiência na gravidez e complicações associadas à deficiência de vitamina D, julgue o item que se segue.
As populações que apresentam maior risco para
hipovitaminose D e para as quais a dosagem de
25-OH-vitamina D de rotina é relevante incluem pacientes
com quadro de raquitismo ou osteomalácia, portadoras de
osteoporose, idosas com história de quedas e fraturas, obesas,
grávidas e lactentes de risco para hipovitaminose D,
e pacientes com síndromes de má-absorção (fibrose cística,
doença inflamatória intestinal).
Acerca da síndrome dos ovários policísticos (SOP), julgue o item a seguir.
Os principais diagnósticos diferenciais da SOP incluem
os tumores produtores de androgênios (ovariano e adrenal),
a hiperprolactinemia, as disfunções tireoidianas e a hiperplasia
adrenal congênita, mais especificamente a forma não clássica.
Acerca da síndrome dos ovários policísticos (SOP), julgue o item a seguir.
Na SOP, ocorre uma secreção atípica de hormônio liberador
de gonadotrofina (GnRH) que resulta em hipersecreção
de LH (hormônio luteinizante) e ciclos anovulatórios, com o
recrutamento de múltiplos folículos que, porém, não atingem
a maturação completa.
Acerca da síndrome dos ovários policísticos (SOP), julgue o item a seguir.
Na definição diagnóstica da SOP, os critérios
ultrassonográficos utilizados atualmente, de acordo com
as novas recomendações da Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia, são: presença
de vinte ou mais folículos com diâmetro médio de 2 mm
a 9 mm; e(ou) volume ovariano total maior ou igual a 10 cm³
(exceto se houver cisto funcional) em um ou em ambos
os ovários.
Acerca da síndrome dos ovários policísticos (SOP), julgue o item a seguir.
Na SOP, há um aumento na população de folículos antrais
em crescimento, o que leva a uma alta concentração de inibina
e à consequente elevação dos níveis do hormônio folículo
estimulante (FSH) para além do limite superior da
normalidade.
Acerca da síndrome dos ovários policísticos (SOP), julgue o item a seguir.
Embora os valores de dosagem de prolactina sejam normais
na maioria dos casos de SOP, em aproximadamente 10%
das pacientes com essa síndrome, os níveis de prolactina
são elevados.