Questões de Engenharia Ambiental e Sanitária - Engenharia Florestal para Concurso

Os estudos de relascopia tiveram início com o Engenheiro Florestal austríaco Dr. Walter Bitterlich em 1947. A Amostra de Contagem Angular (ACA) baseia-se no postulado de Bitterlich e diz o seguinte: “O número de árvores (N) de um povoamento, cujos diâmetros a altura do peito (daps), a partir de um ponto fixo, aparecem superior a um dado valor angular alfa constante, é proporcional à área basal (G) em m² por hectare”. O aparelho utilizado em tais estudos denomina-se relascópio e destina-se à determinação da área basal do povoamento, em m²/ha, alturas, diâmetros, distâncias horizontais, declividade etc. As escalas de numeração do aparelho contêm as bandas ou fatores de contagem de numeração “K” iguais a 1, 2 e 4, que permitem as avaliações de diâmetro e área basal.

Sabendo-se que a banda ou fator de contagem de numeração utilizado em uma estimativa de área basal de um povoamento florestal foi de K = 2, em que o operador do relascópio fez um giro de horizonte, no sentido anti-horário, em torno de um ponto fixo, contando 21 árvores com daps, classificadas segundo o ângulo de visada maior que o ângulo alfa e 5 (cinco) árvores com daps, classificadas segundo o ângulo de visada menor que o ângulo alfa, assinale a alternativa que apresenta a área basal por hectare encontrado pelo operador do relascópio.

A fitossociologia é uma subdisciplina da ecologia vegetal que estuda a co-ocorrência de espécies vegetais em comunidades. Ela fornece um método científico para caracterizar a vegetação florestal com base em dados de campo, fornecendo parâmetros quantitativos que permitem uma melhor compreensão da composição e da estrutura da comunidade vegetal, com aplicações em esforços de manejo e de conservação florestal. Quais são os parâmetros fitossociológicos e o que cada um deles representa?

A dinâmica das florestas nativas também resulta de um processo natural de sucessão das comunidades vivas que ocupam, sucessivamente, e são substituídas em uma área particular da terra, com mudanças que acompanham o solo e as condições microclimáticas da floresta. Compreender essas dinâmicas de sucessão ecológica é indispensável para melhorar as estratégias de gestão, de conservação e de restauração em paisagens tropicais modificadas pela ação antrópica. Considerando-se a sucessão ecológica em florestas tropicais, dadas as afirmativas,


I. Os caminhos sucessionais são afetados pela configuração da paisagem, pela heterogeneidade da matriz e pelo histórico de perturbações.

II. A sucessão é geralmente mais lenta e imprevisível em paisagens recentemente modificadas com florestas nativas bem preservadas nas proximidades.

III. Em geral, a dispersão, o tamanho do habitat e as características funcionais exercem pouca influência sobre as trajetórias sucessionais.

IV. A sucessão pode ser primária ou secundária, sendo esta última mais comum em ecossistemas florestais.

verifica-se que está/ão correta/s

A dinâmica das paisagens agroflorestais envolve interações complexas entre elementos naturais e culturais, influenciando a estrutura e a função desses sistemas.
Considerando-se essa dinâmica, dadas as afirmativas,

I. As paisagens agroflorestais visam, prioritariamente, maximizar a rentabilidade econômica de determinadas espécies de maior interesse comercial nos mercados internos e externos, assegurando maior lucratividade ao produtor.

II. As paisagens agroflorestais são caracterizadas pela integração de plantas perenes lenhosas com culturas agrícolas e/ou animais na mesma terra, oferecendo benefícios produtivos, ecológicos e sociais.

III. As paisagens agroflorestais são compostas por sistemas homogêneos, que abrangem vários subtipos, incluindo sistemas de agrossilvicultura, silvipastoris e agrossilvipastoris.

IV. As paisagens agroflorestais focam na produção de alimentos, por meio da exploração dos recursos naturais locais e de aportes de insumos externos, como fertilizantes que aumentam a produtividade.

verifica-se que está/ão correta/s

A fenologia é o estudo dos eventos biológicos periódicos das plantas e das suas relações com as condições climáticas. As informações geradas a partir dos estudos fenológicos servem de base para o planejamento de diversas ações silviculturais, como a produção de sementes florestais de alta qualidade. Considere a gestão de uma área florestal protegida em uma região de mata atlântica que envolve variadas espécies arbóreas com diferentes padrões fenológicos. Em relação às estratégias fenológicas mais indicadas para otimizar a produção de sementes e dar suporte a um programa de conservação de espécies nativas, dadas as afirmativas,

I. Para otimizar a produção de sementes e dar suporte à conservação de uma maior diversidade de espécies nativas, é necessário focar nas espécies com ciclos fenológicos similares e períodos de frutificação prolongados.

II. As informações fenológicas permitem concentrar a coleta de sementes em uma única estação do ano, com condições climáticas mais favoráveis para simplificar a logística e para reduzir os custos.

III. Realizar monitoramento contínuo dos ciclos fenológicos das espécies nativas e das suas relações com as variações climáticas permite identificar os períodos de picos de frutificação e ajustar as práticas de manejo silvicultural e a coleta de sementes conforme esses períodos.

IV. Combinar eventos naturais de dispersão de sementes com informações provenientes do monitoramento fenológico garante uma coleta mais eficiente das espécies bem adaptadas, ajudando inclusive a promover uma maior variabilidade genética para programas de conservação das espécies.

verifica-se que estão corretas apenas