A utilização de águas residuárias na agricultura remonta a 500 anos atrás, estando associada aos sistemas de esgotos dos velhos palácios da civilização Minoana, na Grécia. Porém, o aproveitamento das águas residuárias em larga escala, ainda que não planejado, teve início em meados do século XIX, tendo contribuído, nas décadas de 40 e 50, para as grandes epidemias de doenças de veiculação hídrica no velho continente. Tal fato deveu-se à inexistência de tratamento adequado à água e aos esgotos, pelo desconhecimento dos princípios sanitários. Foram os avanços tecnológicos dos processos físico-químicos e biológicos no tratamento de águas e esgotos na primeira metade do século XX que fizeram surgir a era da recuperação, recirculação e reúso dos efluentes, com a valorização das lagoas de estabilização, entre outros.
L. F. Pereira Araújo. Reúso com lagoas de estabilização – potencialidade no Ceará. Fortaleza, SEMACE, 2000, p. 29-30 (com adaptações)
Tanto o risco de contaminação microbiana como o risco de contaminação química para consumo de alimentos produzidos a partir de reúso de efluentes são definidos a partir da combinação da exposição e dose.