Questões de Concurso
Sobre concepções de mundo, homem e educação em pedagogia
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I. abre-se a possibilidade de compreender de forma crítica a realidade, o que certamente constitui uma condição fundamental do ser professor;
II. supera-se a perspectiva do senso comum, da opinião, do dogma religioso, da experiência cega e representa a contribuição para uma prática reflexiva e competente, que pode ser dada pela filosofia da educação;
III. potencializa a formação do professor para a leitura crítica e analítica do discurso educacional e das próprias teorias educacionais, como também na abertura para a crítica, para a dúvida, para a negação do estabelecido.
Completa(m) corretamente o enunciado o(s) item(ns)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
“AS PESSOAS AINDA NÃO FORAM TERMINADAS...”
(Rubens Alves)
As diferenças entre um sábio e um cientista? São muitas e não posso dizer todas. Só algumas.
O sábio conhece com a boca, o cientista, com a cabeça. Aquilo que o sábio conhece tem sabor, é comida, conhecimento corporal. O corpo gosta. A palavra “sapio”, em latim, quer dizer “eu degusto”... O sábio é um cozinheiro que faz pratos saborosos com o que a vida oferece. O saber do sábio dá alegria, razões para viver. Já o que o cientista oferece não tem gosto, não mexe com o corpo, não dá razões para viver. O cientista retruca: “Não tem gosto, mas tem poder”... É verdade. O sábio ensina coisas do amor. O cientista, do poder.
Para o cientista, o silêncio é o espaço da ignorância. Nele não mora saber algum; é um vazio que nada diz. Para o sábio o silêncio é o tempo da escuta, quando se ouve uma melodia que faz chorar, como disse Fernando Pessoa num dos seus poemas. Roland Barthes, já velho, confessou que abandonara os saberes faláveis e se dedicava, no seu momento crepuscular, aos sabores inefáveis.
Outra diferença é que para ser cientista há de se estudar muito, enquanto para ser sábio não é preciso estudar. Um dos aforismos do Tao-Te-Ching diz o seguinte: “Na busca dos saberes, cada dia alguma coisa é acrescentada. Na busca da sabedoria, cada dia alguma coisa é abandonada”. O cientista soma. O sábio subtrai.
Riobaldo, ao que me consta, não tinha diploma. E, não obstante, era sábio. Vejam só o que ele disse: “O senhor mire e veja: o mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas — mas que elas vão sempre mudando...”
É só por causa dessa sabedoria que há educadores. A educação acontece enquanto as pessoas vão mudando, para que não deixem de mudar. Se as pessoas estivessem prontas não haveria lugar para a educação. O educador ajuda os outros a irem mudando no tempo. (...) Parece que, ao nos criar, o Criador cometeu um erro (ou nos pregou uma peça!): deu-nos um DNA incompleto. E porque nosso DNA é incompleto somos condenados a pensar. Pensar para quê? Para inventar a vida! É por isso, porque nosso DNA é incompleto, que inventamos poesia, culinária, música, ciência, arquitetura, jardins, religiões, esses mundos a que se dá o nome de cultura.
Pra isso existem os educadores: para cumprir o dito do Riobaldo... Uma escola é um caldeirão de bruxas que o educador vai mexendo para “desigualizar” as pessoas e fazer outros mundos
(Revista Educação, edição 125)
Sobre a educação e o mundo do trabalho, leia o trecho a seguir.
A melhor maneira para desenvolver os saberes profissionais dos trabalhadores está na sua inserção nas várias dimensões da cultura, da ciência, da tecnologia e do trabalho, bem como de sua contextualização, situando os objetivos de aprendizagem em ambiente real de trabalho. Esta perspectiva indica que é errada a orientação para planejar as atividades educacionais primeiramente para se aprender teoricamente o que terão de colocar em prática em seus futuros trabalhos.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
Assinale a opção que reflete corretamente a posição afirmada.
Assinale a opção que reflete, corretamente, o caráter humanista.
Assinale a alternativa correta sobre o racionalismo.
As palavras que preenchem corretamente a sentença, completando-a, são:
Com base nessa afirmação, marque a alternativa INCORRETA:
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. São Paulo: Cortez, 2002, p. 9.
A construção de uma educação pautada pela autonomia pressupõe
(__) O diálogo, na perspectiva da educação libertadora, deve ser verticalizado, com o professor assumindo o papel de detentor do conhecimento e transmitindo-o aos alunos de forma unidirecional.
(__) O conflito deve ser evitado a todo custo no ambiente escolar, pois impede o diálogo e a construção de um clima de harmonia e colaboração entre os alunos e professores.
(__) O diálogo pressupõe a escuta atenta e respeitosa do outro, a valorização de diferentes perspectivas e a busca por consensos que promovam a justiça social e o bem comum.
(__) O diálogo é fundamental para a construção de uma educação democrática, que promova a participação ativa dos alunos e o desenvolvimento do senso crítico e da autonomia.
A sequência está correta em:
(__) A barbárie na educação se manifesta na ausência de liberdade de ensinar e a não imposição de um currículo homogêneo e padronizado.
(__) A barbárie pode ser compreendida como a negação da educação crítica e reflexiva, que visa à formação de cidadãos conscientes e transformadores.
(__) A educação contra a barbárie se constrói por meio do diálogo, da valorização da diversidade e do respeito à individualidade.
(__) A barbárie na educação se caracteriza pela promoção da intolerância, do preconceito e da discriminação.
A sequência está correta em:
I. "O primeiro passo prático, em qualquer reforma educacional, é dar o primeiro passo prático". Schafer defende que a ação precede a teoria na educação musical. A prática, para ele, é o ponto de partida para qualquer mudança. O maior obstáculo para o professor é a própria teoria, quando utilizada como justificativa para a inação. A música é uma atividade prática, e aprender a fazer música é mais importante do que discutir sobre ela.
II. "Na educação, fracassos são mais importantes do que sucessos. Nada é mais triste do que uma história de sucessos". Ao afirmar que 'na educação, fracassos são mais importantes do que sucessos', Schafer critica a cultura do sucesso a todo custo. Para ele, a busca incessante por resultados positivos pode levar o professor a negligenciar a importância da reflexão sobre sua prática. Os fracassos, por sua vez, oferecem uma oportunidade única para que o educador identifique as falhas em seu trabalho e busque soluções mais eficazes. Dessa forma, os erros se transformam em valiosas ferramentas de aprendizado e desenvolvimento profissional.
III. "Não há mais professores, mas uma comunidade de aprendizes". A frase de Schafer reflete uma visão democrática da educação, onde todos, incluindo o professor, são aprendizes. Essa perspectiva horizontal valoriza a experiência e a individualidade de cada membro da comunidade, estimulando a colaboração e a construção conjunta do conhecimento.
(https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/praxis/337/F ilosofia%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%202.pdf? sequence=1&isAllowed=y ,p.92)
Sobre esse contexto de filosofia e suas relações com a educação, assinale a alternativa INCORRETA:
De acordo com esse contexto, Renascimento e Educação Humanista, assinale a alternativa INCORRETA: