Questões de Pedagogia - Currículo (Teoria e Prática) para Concurso
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A centralidade na história da filosofia pode matizar um ponto que se afigura bastante controverso, qual seja, a assunção de uma perspectiva filosófica pelo professor. Certamente ninguém trabalha uma questão filosófica situando-se fora de suas próprias referências intelectuais, sendo inevitável que o professor dê seu assentimento a uma perspectiva. Essa adesão, entretanto, tem alguma medida de controle na referência à história da filosofia, sem a qual seu labor se tornaria mera doutrinação.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ciências humanas e suas tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio. Brasília, v. 3, 2006, p. 37 (com adaptações).
A organização do ensino de filosofia com base na história dessa área de conhecimento garante uma forma legítima de doutrinação.
Tendo por base um referencial histórico e cultural, defende-se certo deslocamento do conhecimento escolar, como perspectiva científica e universalizante, para dar centralidade a outros tipos de saberes, entre eles os comunitários, os do cotidiano, os da arte e das demais formas de linguagem e multiculturalidade.
J S Thiesen Currículo interdisciplinar: contradições, limites e possibilidades Florianópolis: Perspectiva, v 31, n º 2, mai/ago, 2013, p 591-614 (com adaptações)
Uma matriz teórica que tenha a natureza defendida no texto precedente busca reescrever o conhecimento escolar usual, por considerar que
1) reduzir a taxa de retenção. 2) contemplar uma compreensão global do conhecimento. 3) possibilitar um trabalho colaborativo entre os componentes do corpo docente. 4) promover maiores parcelas de interdisciplinaridade na sua construção. 5) ressaltar a unidade que deve existir entre as diferentes disciplinas e formas de conhecimento nas instituições escolares.
Estão corretas, apenas:
“A orientação curricular que centra sua perspectiva no(a) (...) é um esquema globalizador dos problemas relacionados com o currículo, que, num contexto democrático, deve desembocar em propostas de maior autonomia para o sistema em relação à administração e ao professorado para modelar sua própria prática.”
I. ( ) O currículo é um habitus antes que um produto emanado de um modelo coerente de pensar a educação ou as aprendizagens necessárias às crianças e dos jovens, que tampouco se esgota na parte explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. II. ( ) O currículo é uma expressão da função socializadora e cultural que determinada instituição tem, que ordena, em torno dele uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as quais se encontra a prática pedagógica desenvolvida em instituições escolares que comumente chamamos de escolarização. III. ( ) A teorização sobre o currículo deve ocupar-se necessariamente das condições de realização do mesmo, da reflexão sobre a ação educativa nas instituições escolares, em função da complexidade que se deriva do desenvolvimento e realização do mesmo. IV. ( ) O currículo, em seu conteúdo e nas formas através das quais se nos apresenta e se apresenta aos professores e alunos, é uma opção historicamente configurada, que se sedimentou dentro de uma determinada trama cultural, política, social e escolar, está carregado, portanto, de valores e pressupostos que é preciso decifrar. V. ( ) As funções que o currículo cumpre como ferramenta do projeto de globalização da cultura são realizadas através dos conteúdos, de seu formato e das práticas que cria em torno de si.
A alternativa CORRETA é: