Questões de Pedagogia - Inclusão e Exclusão - diversidade, desigualdade e diferença para Concurso
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As relações familiares são muito diversificadas, e seu funcionamento muda quando alterações ocorrem em um membro ou no sistema como um todo (Silva; Dessen, 2001). O nascimento de uma criança com deficiência, portanto, confronta toda a expectativa dos pais, e a família é acometida por uma situação inesperada. Os planos de futuro para essa criança são abdicados, e a experiência da família deve ser ressignificada. Segundo Silva e Dessen (2001), a família passa por um processo de superação até que aceite a criança com deficiência mental e institua um ambiente familiar propício para a inclusão dessa criança. Buscaglia (1997) destaca que, mesmo depois do impacto inicial, a presença de uma criança deficiente exige que o sistema se organize para atender às necessidades excepcionais. Esse processo pode durar dias, meses ou anos e mudar o estilo de vida da família, seus valores e papéis. A flexibilidade com que a família irá lidar com a situação depende das experiências prévias, aprendizado e personalidade dos seus membros.
Devido ao significado que o relacionamento fraterno adquire ao longo da vida, mudanças fundamentais na saúde e comportamento de um irmão irão afetar os outros, e essas mudanças correspondem sistematicamente às características da criança, da família, da doença ou deficiência (Lobato, Faust e Spirito, 1988). Segundo Casarin (1999), um filho especial desencadeia, na família, um processo semelhante ao luto. Trata-se de um luto pela perda da fantasia do filho perfeito, da criança sadia. Alguns projetos e expectativas são desfeitos por conta da nova realidade, e a aceitação de um filho com deficiência exige uma reorganização dos valores e objetivos da família (Amiralian, 1986). Os planos da família são geralmente postergados com o nascimento de uma criança, e alguns sacrifícios do casal são transitórios, mas, quando a criança nasce com deficiência, esse adiamento pode se prolongar (Núñez, 2003).
O stress é parte natural de qualquer ambiente familiar, e os irmãos de deficientes podem estar expostos a demandas excessivas que se propagam por outros setores de suas vidas. O estudo mostrou que essas crianças aprenderam a ficar atentas a problemas na dinâmica familiar e são inclinadas a agir em relação a esses conflitos. A caracterização de tais vivências como experiências de vulnerabilidade ou resiliência dependerá de fatores internos e externos pertinentes ao desenvolvimento da criança. Apesar da variação de reações aos desafios familiares apresentadas pelos indivíduos, os resultados apontam o significado potencial de irmãos e a influência no funcionamento de outras crianças da família. Outro resultado apresentado se relaciona à qualidade do relacionamento marital em que o grupo de crianças com irmãos deficientes não relatou mais histórias de conflito conjugal do que o grupo de irmãos de crianças não deficientes.
(Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/. Adaptado.)
Considerando as informações apresentadas, assinale a afirmativa correta.
Até o século XVIII era confundida com doença mental e tratada exclusivamente pela medicina por meio da institucionalização que se caracterizava pela retirada das pessoas de suas comunidades de origem, mantendo-as em instituições situadas em localidades distantes de suas famílias, permanecendo isoladas do resto da sociedade, fosse a título de proteção, de tratamento, ou de processo educacional (Aranha, 2001). A partir do século XIX, passou-se a levar em conta as potencialidades desse tipo de pessoa e, aos poucos, estudiosos da área da psicologia e da pedagogia envolveram-se com a questão e realizaram as primeiras intervenções educacionais, principalmente nos países da Europa. Trata-se de uma especificidade ligada a condições genéticas ou outros fatores que ocasionaram alterações no desenvolvimento cerebral da pessoa no período intrauterino, no parto ou nos primeiros anos de vida; portanto, não é uma doença, mas diz respeito ao desenvolvimento que ocorreu de maneira diferenciada, manifestando-se necessariamente no período até os 18 anos de vida. Pessoas com essa especificidade apresentam diferenças significativas em áreas como comunicação, comportamento, autocuidado, vida no lar, segurança e saúde, raciocínio, resolução de problemas, aprendizagem, entre outras, sendo as diferenças observadas em pelo menos duas dessas áreas. O desenvolvimento delas nas áreas envolvidas fica abaixo da média esperada para a sua faixa etária, o que não significa que sua condição é estática. Essa condição demanda algumas intervenções, não apenas de auxílio para o desenvolvimento das atividades cotidianas, mas para a potencialização da sua capacidade intelectual, o que pode ser apoiado e favorecido por um trabalho colaborativo entre família, escola e profissionais especializados, que mobilizarão uma série de estratégias para ampliar o desenvolvimento nas diversas áreas da sua vida e não apenas na área acadêmica.
(Disponível em: https://www.tuasaude.com. Adaptado.)
Tais informações dizem respeito à:
(DSM-IV, 2002.)
Considerando as informações apresentadas, assinale a afirmativa correta.
Julgue o item que se segue, considerando as perspectivas legais para a educação especial/inclusiva.
A terminalidade específica aos estudantes que não puderem
atingir o nível exigido de conclusão do ensino fundamental é
assegurada pelos sistemas de ensino.
Julgue o item que se segue.
A Educação Integral compromete-se com a inclusão e a
equidade, reconhecendo e valorizando a diversidade de
identidades dos alunos e proporcionando oportunidades
educacionais diversificadas que desafiam as
desigualdades sociais e educacionais.
Julgue o item subsequente.
Para efetivar a educação física inclusiva, é preciso
reconhecer as demandas e o potencial das pessoas com
deficiência, sendo muito importante o vínculo afetivo
construído entre os alunos e entre eles e o professor ou
professora, favorecendo a construção da ideia de
incapacidade das pessoas com deficiência.
I. Segregar os alunos com necessidades especiais em salas de aula separadas para que possam aprender em seu próprio ritmo. II. Adaptar o currículo e o método de ensino para atender às necessidades de todos os alunos, promovendo um ambiente de aprendizado inclusivo e acolhedor. III. Incluir todos os alunos na mesma sala de aula, mas sem fazer adaptações no currículo ou no método de ensino. IV. Ignorar as diferenças entre os alunos e ensinar a todos da mesma maneira, independentemente de suas habilidades ou necessidades.
Quais estão corretas?