Questões de Concurso
Comentadas sobre modalidades da avaliação em pedagogia
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Por Marina L. C. Pereira (adaptado).
Os desafios no processo de avaliação ainda convergem para a centralidade da concepção classificatória, apesar dos discursos dos professores simularem, muitas vezes, tendências inovadoras. De uma maneira geral, verifica-se que há uma forte resistência da comunidade escolar em torno das oportunidades de promoção do aluno na escola, que estão expressas na sugestão de regimes não seriados, ciclos, programas de aceleração e outros estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases.
A implementação dessas sugestões na Educação Básica evidencia, entre outros fatores, que a intervenção pedagógica do professor no processo de ensino e aprendizagem de seus alunos se configura num dos grandes entraves ao melhor atendimento dos processos individuais. Em outros termos, parece que há um forte predomínio do pressuposto da homogeneidade nas atividades didáticas. As tarefas iguais para todos os alunos e as explicações gerais para a turma representam a garantia da aprendizagem, em detrimento das atividades diversificadas.
Outro grande desafio ao processo avaliativo dos alunos diz respeito aos tempos e espaços escolares. Pensar a execução das tarefas em função do tempo que se tem, bem como os espaços que melhor favoreçam a aprendizagem do conhecimento sistematizado, ainda representa um desafio a ser superado.
Percebe-se que, frequentemente, o discurso dos professores tende a se referir ao tempo como um elemento limitador de sua ação didática. O mesmo ocorre com o espaço, sendo a sala de aula o único meio de se trabalhar o conhecimento. Deslocar as crianças para outro ambiente como a biblioteca, o pátio ou a horta da escola acaba por se tornar uma ação trabalhosa, e, muitas vezes por falta de objetividade no planejamento, uma atividade que não atinge os resultados esperados.
É fundamental organizar concretamente o aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola. Isso reduz, entre outros aspectos, a improvisação que muitas vezes é o resultado da falta de tempo. A gestão do tempo escolar favorece a autonomia do aluno, este também aprende a controlar o tempo de realização de suas atividades.
(Repensando a avaliação escolar: desafios e perspectivas. Paideia. Fonte: https://bit.ly/35WVPOR)
I. O discurso dos professores sempre tende a se referir ao tempo como um elemento potencializador de sua ação didática, ou seja, como uma premissa para a realização de atividades sempre mais diversificadas e motivadoras, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto.
II. Um grande desafio ao processo avaliativo dos alunos diz respeito aos tempos e aos espaços escolares, afirma o texto. Pensar a execução das tarefas em função do tempo que se tem, bem como os espaços que melhor favoreçam a aprendizagem do conhecimento sistematizado, ainda representa um desafio a ser superado, como se pode concluir a partir da análise das informações do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Por Marina L. C. Pereira (adaptado).
Os desafios no processo de avaliação ainda convergem para a centralidade da concepção classificatória, apesar dos discursos dos professores simularem, muitas vezes, tendências inovadoras. De uma maneira geral, verifica-se que há uma forte resistência da comunidade escolar em torno das oportunidades de promoção do aluno na escola, que estão expressas na sugestão de regimes não seriados, ciclos, programas de aceleração e outros estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases.
A implementação dessas sugestões na Educação Básica evidencia, entre outros fatores, que a intervenção pedagógica do professor no processo de ensino e aprendizagem de seus alunos se configura num dos grandes entraves ao melhor atendimento dos processos individuais. Em outros termos, parece que há um forte predomínio do pressuposto da homogeneidade nas atividades didáticas. As tarefas iguais para todos os alunos e as explicações gerais para a turma representam a garantia da aprendizagem, em detrimento das atividades diversificadas.
Outro grande desafio ao processo avaliativo dos alunos diz respeito aos tempos e espaços escolares. Pensar a execução das tarefas em função do tempo que se tem, bem como os espaços que melhor favoreçam a aprendizagem do conhecimento sistematizado, ainda representa um desafio a ser superado.
Percebe-se que, frequentemente, o discurso dos professores tende a se referir ao tempo como um elemento limitador de sua ação didática. O mesmo ocorre com o espaço, sendo a sala de aula o único meio de se trabalhar o conhecimento. Deslocar as crianças para outro ambiente como a biblioteca, o pátio ou a horta da escola acaba por se tornar uma ação trabalhosa, e, muitas vezes por falta de objetividade no planejamento, uma atividade que não atinge os resultados esperados.
É fundamental organizar concretamente o aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola. Isso reduz, entre outros aspectos, a improvisação que muitas vezes é o resultado da falta de tempo. A gestão do tempo escolar favorece a autonomia do aluno, este também aprende a controlar o tempo de realização de suas atividades.
(Repensando a avaliação escolar: desafios e perspectivas. Paideia. Fonte: https://bit.ly/35WVPOR)
I. As informações presentes no texto permitem concluir que há uma forte resistência da comunidade escolar em torno das oportunidades de promoção do aluno na escola, que estão expressas na sugestão de regimes não seriados, ciclos, programas de aceleração e outros estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases.
II. É fundamental organizar concretamente o aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola, recomenda o texto. Essa medida amplia e torna mais frequente a improvisação que muitas vezes é o resultado da falta de tempo, conforme pode ser percebido a partir da leitura cuidadosa das informações do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O município deve baixar normas complementares para o seu sistema de ensino, quando necessário. II. A avaliação deve considerar a diversidade de instrumentos e situações.
Marque a alternativa CORRETA:
I. A avaliação deve possibilitar observar a transferência das aprendizagens em contextos diferentes. II. A prática escolar deve estimular o respeito ao limite pessoal e ao limite do outro.
Marque a alternativa CORRETA:
No que concerne à avaliação da aprendizagem e a modelos de avaliação de aprendizagem, julgue o item que se segue.
A avaliação educativa tem como consequências a formulação
de objetivos, a obtenção de evidências de resultados, a
interpretação de resultados e a formulação de um juízo de
valor. Nessa avaliação, a descrição qualitativa do desempenho
do aluno é suficiente para a emissão do juízo de valor.
No que concerne à avaliação da aprendizagem e a modelos de avaliação de aprendizagem, julgue o item que se segue.
Na modalidade formativa, que está diretamente associada à
função de controle, a avaliação da aprendizagem busca
identificar as insuficiências principais em aprendizagens.
No que concerne à avaliação da aprendizagem e a modelos de avaliação de aprendizagem, julgue o item que se segue.
A avaliação diagnóstica envolve a descrição, a classificação e
a determinação de valor de comportamento do aluno.
Tendo em vista que avaliar é um desafio escolar que vem provocando, cada vez mais, reflexões sobre o que há de objetivo ou subjetivo nesse ato docente, julgue o item a seguir.
A avaliação somativa introduz uma ruptura nos processos
atuais de avaliação porque propõe utilizar a regulação no nível
das aprendizagens e individualizá-las.
Tendo em vista que avaliar é um desafio escolar que vem provocando, cada vez mais, reflexões sobre o que há de objetivo ou subjetivo nesse ato docente, julgue o item a seguir.
A avaliação diagnóstica deve servir como um parâmetro das
aprendizagens adquiridas e ponto de partida para o
planejamento de novas intervenções pedagógicas.
Tendo em vista que avaliar é um desafio escolar que vem provocando, cada vez mais, reflexões sobre o que há de objetivo ou subjetivo nesse ato docente, julgue o item a seguir.
A avaliação formativa visa atribuir valores numéricos como
forma de aferir o desempenho dos alunos.
O QUE É AVALIAÇÃO?
A avaliação deve ir além da visão tradicional, que focaliza o controle externo do aluno mediante notas ou conceitos, para ser compreendida como parte integrante e intrínseca ao processo educacional.
A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Assim, a avaliação deve acontecer continuamente e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno.
A avaliação deve possibilitar conhecer o quanto o educando se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em determinados momentos da escolaridade, em função da intervenção pedagógica realizada. Portanto, a avaliação das aprendizagens só pode acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto é, analisando a adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.
A avaliação deve subsidiar o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.
Um sistema educacional comprometido com o desenvolvimento das capacidades dos alunos, que se expressam pela qualidade das relações que estabelecem e pela profundidade dos saberes constituídos, encontra, na avaliação, uma referência à análise de seus propósitos, que lhe permite redimensionar investimentos, a fim de que os alunos aprendam cada vez mais e melhor e atinjam os objetivos propostos.
A avaliação, apesar de ser responsabilidade do professor, não deve ser considerada função exclusiva dele. Delegá-la aos alunos, em determinados momentos, é uma condição didática necessária para que construam instrumentos de auto-regulação para as diferentes aprendizagens.
A autoavaliação é uma situação de aprendizagem em que o aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções e dos diferentes procedimentos para se avaliar. Além desse aprendizado ser, em si, importante, porque é central para a construção da autonomia dos alunos, cumpre o papel de contribuir com a objetividade desejada na avaliação, uma vez que esta só poderá ser construída com a coordenação dos diferentes pontos de vista tanto do aluno quanto do professor.
Adaptado.
Disponível em: http://bit.ly/2VNr77q (acesso em 07/11/2019).
Com base no texto 'O QUE É AVALIAÇÃO?', leia as afirmativas a seguir:
I. A autoavaliação é uma situação de aprendizagem em que o aluno é impedido de desenvolver estratégias de análise e interpretação de suas produções, de acordo com o texto.
II. Embora a avaliação da aprendizagem possa ser feita por qualquer profissional atuante no ambiente escolar, de acordo com o texto, esse processo deve ser restrito aos educadores com licenciatura ou curso superior completo em Pedagogia, defende o autor.
III. A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica, de acordo com o autor.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Para a escola, a avaliação possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio, afirma o autor no texto. II. Delegar a avaliação aos alunos, em determinados momentos, é uma prática condenável no contexto da didática devido ao seu caráter prejudicial à construção da aprendizagem, defende o autor do texto. III. Para o aluno, a avaliação é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender, afirma o autor.
Marque a alternativa CORRETA:
A avaliação externa é considerada instrumento que contribui com os processos internos e não uma intromissão de agentes externos, desde que realizada para colaborar com o autoconhecimento e com a tomada de decisões institucionais.
A avaliação formativa permite constatar se os alunos estão, de fato, atingindo os objetivos pretendidos e representa o principal meio pelo qual o estudante passa a conhecer seus erros e acertos.
A avaliação diagnóstica pretende averiguar a situação do aluno ante as novas aprendizagens que vão ser propostas a ele e a aprendizagens anteriores que servem de base àquelas, no sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos, resolver situações presentes.
Acerca da avaliação educacional em uma perspectiva emancipadora, julgue o item que se segue.
Os resultados finais da avaliação visam à certificação da consecução de objetivos pelos alunos.
O foco desse tipo de avaliação está na promoção dos alunos, por isso, nas primeiras aulas, devem ser discutidas as regras e os modos pelos quais as notas serão obtidas para a promoção de uma série para outra.
A proposta de avaliação, na concepção de Celso Vasconcellos, visa à solidariedade em vez de competição, e a inclusão em vez da exclusão, tornando-se uma atitude benéfica ao processo educativo e uma forma de dar maior significado ao trabalho desenvolvido pelo professor. A esse movimento, dá-se o nome de concepção: