Questões de Pedagogia - Principais Autores para Concurso
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Na escola, o aprendizado é o único resultado desejável, é o próprio objetivo do processo escolar; sendo assim, o único bom ensino é aquele que está junto com o desenvolvimento. O professor tem o papel de observador, não interferindo na zona de desenvolvimento proximal dos alunos, pois ela tem a função explícita de acompanhar os avanços que ocorrem espontaneamente (1ª parte). As atividades pedagógicas regulares que ocorrem na escola — demonstração, assistência, instruções — são fundamentais na promoção do bom ensino e, por si só, contribuem para o avanço da compreensão do mundo, por parte da criança. Isto é, a criança tem condições de percorrer sozinha o caminho do aprendizado. A intervenção de outras pessoas — que, no caso específico da escola, são o professor e as demais crianças — torna-se secundária para a promoção do desenvolvimento do indivíduo (2ª parte).
A sentença está:
A educação deve ser entendida como um fator de realização da cidadania, com padrões de qualidade [...] na luta contra a superação das desigualdades sociais e da exclusão social. [...] No contexto da sociedade contemporânea, a educação pública tem tríplice responsabilidade: ser agente de mudanças, capaz de gerar conhecimentos e desenvolver a ciência e tecnologia; trabalhar a tradição e os valores nacionais [...]preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e transformá-los positivamente. (Libâneo et. al., 2012, p. 133).
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira e TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10ª. Ed., São Paulo: Cortez, 2012 (Adaptado).
Conforme Libâneo, quais são os objetivos fundamentais da escola pública?
Assinale a afirmativa que expressa de forma sintética esse fundamento.
Pedro, com oito anos de idade, no 3º ano do Ensino Fundamental I, apresentava-se como uma criança que tentava resolver a maioria das situações conflituosas vividas com seus colegas na escola por meio da agressão física. Por esse motivo, foi encaminhado algumas vezes para a coordenação junto aos colegas envolvidos. Nesses momentos, a coordenadora conversava sobre o ocorrido, tentando encontrar os culpados pela briga, enfatizando quais seriam as ações de um bom comportamento. Porém, tais conversas pareciam não contribuir para que seu comportamento mudasse.
A professora, por não notar avanços no comportamento de Pedro, decidiu conversar com o garoto, perguntando-lhe por que batia em seus colegas. O aluno respondeu-lhe que era porque seu pai o mandava agir assim; afirmou, ainda, que ele lhe dizia que nunca poderia aceitar ser o “bobão” da turma e que, para evitar ser tratado dessa maneira, deveria agredir quando se sentisse agredido.
A coordenadora, então, convidou os pais do aluno para uma conversa. Mesmo após ouvir o relato de todos os fatos que envolviam seu filho, ao final do encontro o pai não alterou seu ponto de vista: reforçou seu posicionamento quanto à educação de Pedro, demonstrando acreditar que agredindo fisicamente os colegas, que o garoto conseguiria ser respeitado, e que o conteúdo das orientações dirigidas ao filho não seria modificado.
Adaptado de VIDIGAL., S., M., P., OLIVEIRA, A., T. Resolução de Conflitos na Escola: Um desafio para o educador. In: Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente - SP, v. 24, n. 3, p. 227-228, set./dez. 2013.
Levando em conta as fases do desenvolvimento moral propostas por Jean Piaget no processo de mediação de conflitos no espaço escolar, assinale a afirmativa correta em relação a esse relato.