Questões de Concurso
Sobre movimentos sociais e de massa em psicologia
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I. O racismo institucional refere-se a ações individuais de discriminação realizadas por pessoas em posições de poder, visando diretamente prejudicar indivíduos de outras raças.
II. O racismo interpessoal ocorre nas interações entre indivíduos, manifestando-se em desigualdades e discriminações baseadas em raça ou cor.
III. O racismo pessoal ou internalizado é uma forma de racismo que afeta apenas a população negra, enquanto a população branca é isenta de comportamentos ou pensamentos internalizados que reforçam estereótipos raciais.
Essa teoria é conhecida como
No cotidiano com as populações de baixa renda, é comum que o psicólogo se dê conta de que a concepção de homem que norteia grande parte das teorias dominantes na Psicologia cai por terra diante da subjetividade brasileira. No lugar de identidades fixas a serem diagnosticadas a partir de modelos pré-determinados, ele encontra uma processualidade que escapa a qualquer tentativa de enquadramento. Considerando as experiências frustrantes das práticas tradicionais junto a estas populações constituem-se demandas urgentes para o psicólogo:
1. Compreender que necessita não apenas conhecer as necessidades dessas populações, mas, construir ou criar práticas que brotem de um verdadeiro encontro com as mesmas.
2. Produzir um conhecimento que resulte das trocas entre as singularidades ali presentes e se ancore num envolvimento com aquele cotidiano, com aquelas pessoas e suas problemáticas específicas.
3. Cuidar para que a utilização da medida em psicologia - os testes psicológicos – não se transforme em capa protetora perante a emergência da diferença, na medida em que a classifica como desvio ou anormalidade.
4. Aprisionamento a um modelo teórico, justificando seu fracasso como sendo resultado de impossibilidades da própria população, vista como desvalida e sem condições emocionais e/ou intelectuais para enfrentar os problemas.
Estão corretas apenas:
Em nossa sociedade muitas pessoas acreditam que os pobres são pobres porque não se esforçam, são preguiçosos e não têm aspirações. Essa crença nos ajuda a compreender que:
1. Cada indivíduo desenvolve suas próprias idéias e pontos de vista independentemente das influências ideológicas que possa sofrer.
2. Os grupos sociais constroem representações sobre a realidade de modo a conferir-lhe uma lógica, tornando-a subjetivamente compreensível para os indivíduos.
3. As representações, socialmente construídas, podem, também, ideologicamente inventar outra origem histórica para os fatos e situações sociais.
4. Ao conferirem uma lógica para a realidade, essas representações ajudam a manter a ordem estabelecida.
Estão corretas apenas:
A emergência das primeiras escolas de Serviço Social brasileiras, na década de 1930, conjugava as seguintes influências principais e correlacionadas:
No célebre experimento da prisão simulada desenvolvido na Universidade de Stanford, em 1971, o psicólogo Philip Zimbardo buscou estudar as reações humanas na situação de cativeiro, mas o estudo foi interrompido por importantes questões éticas incidentes sobre o experimento. O mais importante resultado dessa pesquisa para o campo da psicologia social se articula:
Desde a ascensão do nazi-fascismo, no período entre as duas guerras mundiais, a psicologia social vem produzindo estudos sobre a exclusão, interrogando-se sobre os motivos pelos quais, em sociedades aparentemente democráticas e igualitárias, sejam aceitas práticas injustas e discriminatórias frente aos considerados “diferentes”. Essas pesquisas indicam que a exclusão se relaciona:
Paralelamente à consolidação de uma concepção científica a respeito da deficiência, ainda hoje ocorrem atitudes sociais de marginalização das pessoas com deficiência, semelhantes àquelas vividas na Antiguidade Clássica. Os estudos científicos apontam três atitudes sociais que marcaram a história da Educação Especial no tratamento dado às pessoas com deficiência, sendo elas:
“Está em curso no Brasil um verdadeiro genocídio. A violência tem se tornado um flagelo para toda a sociedade, difundindo o sofrimento, generalizando o medo e produzindo danos profundos na economia. Entretanto, os efeitos mais graves da nossa barbárie cotidiana não se distribuem aleatoriamente. Como tudo no Brasil, também a vitimização letal se distribui de forma desigual: são sobretudo os jovens pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pagado com a vida o preço da nossa insensatez coletiva. O problema alcançou um ponto tão grave que já há déficit de jovens do sexo masculino na estrutura demográfica brasileira. (...) Um jovem pobre e negro caminhando pelas ruas de uma grande cidade brasileira é um ser socialmente invisível. Uma das formas mais eficientes de tornar alguém invisível é projetar sobre ele ou ela um estigma, um preconceito. (...) Um dia, um traficante dá a um desses jovens uma arma. Quando um desses meninos nos parar na esquina, apontandonos esta arma, estará provocando em cada um de nós um sentimento – o sentimento do medo, que é negativo, mas é um sentimento. Ao fazê-lo, saltará da sombra em que desaparecera e se tornará visível. A arma será o passaporte para a visibilidade. (...) O jovem pede a carteira; aponta a arma para minha cabeça e pede a carteira. Pede, não. Ordena. Velha fórmula: a bolsa ou a vida. Leva o dinheiro. Com a grana, compra um tênis de marca.”
Soares, L.E. “Juventude e violência no Brasil contemporâneo. Em MAIA, M. S. (org) Por uma ética do cuidado. Garamond, p.323-355. (adaptado).
Do dilema entre se esse fenômeno é matéria para a psicologia ou é caso de polícia, a posição de Soares é a de que:
A oposição entre psicologia individual e psicologia social ou das massas, que à primeira vista pode parecer muito significativa, perde boa parte de sua agudeza se a examinamos mais detidamente. É certo que a psicologia individual se dirige ao ser humano particular, investigando os caminhos pelos quais ele busca obter a satisfação de seus impulsos instintuais, mas ela raramente, apenas em condições excepcionais, pode abstrair das relações deste ser particular com os outros indivíduos. Na vida psíquica do ser individual, o Outro é via de regra considerado enquanto modelo, objeto, auxiliador e adversário, e portanto a psicologia individual é também, desde o início, psicologia social, num sentido ampliado, mas inteiramente justificado.
FREUD, S. Obras completas volume 15 - Psicologia das massas e análise do eu e outros textos (1920-1923). São Paulo: Compania das Letras, 2011. p. 10.
A obra freudiana ajudou a entender a formação de grupos dentro da sociedade e a forma como a interação e os comportamentos acontecem dentro dos diversos grupos sociais.
Os elementos apresentados no texto sustentam que a
Julgue o item a seguir.
A partir da década de 1970, emergiu um campo de estudo
sobre deficiência vinculado ao movimento político de
pessoas, no qual foi proposto o modelo social da
deficiência, em oposição ao modelo biomédico. Com
base nesse modelo, podemos afirmar que a deficiência
pode ser considerada um fenômeno que não está no
sujeito, senão na sociedade, que impede a participação
social em igualdade de condições, por meio de múltiplas
barreiras que oprimem e marginalizam as pessoas
portadoras de deficiência.
( ) Acolher o sofrimento psíquico desses indivíduos, entendendo que este decorre da não aceitação social de suas orientações sexuais e/ou identidades de gênero.
( ) Considerar o sofrimento psíquico como advindo somente da subjetividade do sujeito, excluindo o contexto histórico social e ambiental ao qual está inserido.
( ) Olhar para o indivíduo como um ser inserido em um contexto histórico social, influenciado por fatores ambientais e socioculturais.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A(o) psicóloga(o) atuante nas políticas públicas para os povos indígenas deve:
I. despir-se de preconceitos eurocêntricos, conhecendo e respeitando múltiplos modos de viver e conviver das diferentes etnias do território brasileiro, buscando acolher as especificidades das formas de lidar com as emoções e demais processos psicológicos;
II. compreender qual concepção está em jogo no cotidiano comunitário/ coletivo, em uma escuta dos territórios, ampliando a própria noção de sistema de garantia de direitos;
III. estudar a natureza humana a partir das pesquisas desenvolvidas pela ciência psicológica ao longo dos séculos, pois os indígenas são seres humanos como os demais, não havendo distinção na forma como vivenciam o sofrimento mental.
Está correto o que se afirma em:
I. A condição humana é a de um ser naturalmente frágil e profundamente vulnerável às forças do meio onde habita.
II. Os seres humanos são dotados de uma essência basicamente agressiva, seja explorando o próximo, humilhando-o, torturando-o e mesmo matando-o.
III. Os relacionamentos humanos, ao mesmo tempo, produzem condições benéficas à existência quanto o sofrimento e a dor.
Assinale a alternativa correta.
Nas últimas décadas, contribuições teóricas da Psicologia no campo das relações raciais têm se intensificado no Brasil, na defesa dos direitos de cidadania a uma enorme parcela da população submetidas a inúmeras situações de dominação e opressão. Nesse contexto de discussão, correlacione os termos com suas respectivas definições.
1. Raça.
2. Etnia.
3. Racismo institucional.
4. Racismo interpessoal.
( ) construção simbólico-cultural de elementos que ligam os sujeitos em um mesmo grupo.
( ) processos de desigualdade política com base na raça/cor que ocorrem entre os sujeitos em interação.
( ) materialidade do corpo expressa pelo fenótipo.
( ) gestão coletiva que inflige condições desfavoráveis de vida à população negra e indígena, ao mesmo tempo que atua como alavanca social para os(as) brancos(as).
Assinale a alternativa que mostra a relação correta, de cima para baixo.
Assinale a alternativa em que os itens estão corretos: