No cotidiano com as populações de baixa renda, é comum que ...
No cotidiano com as populações de baixa renda, é comum que o psicólogo se dê conta de que a concepção de homem que norteia grande parte das teorias dominantes na Psicologia cai por terra diante da subjetividade brasileira. No lugar de identidades fixas a serem diagnosticadas a partir de modelos pré-determinados, ele encontra uma processualidade que escapa a qualquer tentativa de enquadramento. Considerando as experiências frustrantes das práticas tradicionais junto a estas populações constituem-se demandas urgentes para o psicólogo:
1. Compreender que necessita não apenas conhecer as necessidades dessas populações, mas, construir ou criar práticas que brotem de um verdadeiro encontro com as mesmas.
2. Produzir um conhecimento que resulte das trocas entre as singularidades ali presentes e se ancore num envolvimento com aquele cotidiano, com aquelas pessoas e suas problemáticas específicas.
3. Cuidar para que a utilização da medida em psicologia - os testes psicológicos – não se transforme em capa protetora perante a emergência da diferença, na medida em que a classifica como desvio ou anormalidade.
4. Aprisionamento a um modelo teórico, justificando seu fracasso como sendo resultado de impossibilidades da própria população, vista como desvalida e sem condições emocionais e/ou intelectuais para enfrentar os problemas.
Estão corretas apenas:
Gabarito comentado
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A alternativa B é a correta.
No contexto da Psicologia Social, especialmente ao trabalhar com populações de baixa renda, o psicólogo precisa adotar uma abordagem que vá além das teorias tradicionais. Essas teorias muitas vezes não conseguem capturar a complexidade e a singularidade das experiências vividas por essas populações.
A questão aborda a necessidade de uma compreensão mais profunda e adaptada das necessidades e situações enfrentadas por grupos sociais específicos. Vamos analisar cada uma das alternativas:
Alternativa 1: Compreender as necessidades e criar práticas a partir do encontro com as populações. Essa ideia é essencial, pois o psicólogo precisa desenvolver práticas que realmente se conectem com a realidade dos indivíduos.
Alternativa 2: Produzir conhecimento das trocas entre singularidades. Isso destaca a importância de um envolvimento genuíno com o cotidiano das pessoas, criando conhecimentos que realmente reflitam suas realidades.
Alternativa 3: Evitar o uso restritivo de testes psicológicos. Aqui, a questão é sobre não utilizar as medições psicológicas como uma forma de categorizar diferenças como desvios, o que é crucial para uma prática mais humanizada e inclusiva.
Alternativa 4: Aprisionamento a um modelo teórico como justificativa de fracasso. Essa alternativa está errada porque contradiz a premissa do psicólogo buscar uma prática mais flexível e adaptativa.
Assim, as alternativas 1, 2 e 3 abordam corretamente as demandas urgentes para o psicólogo ao trabalhar com populações de baixa renda. Elas enfatizam a importância de criar práticas baseadas em encontros reais, produzir conhecimento a partir das trocas de singularidades, e evitar a utilização restritiva de testes.
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