Questões de Psicologia - Processo Saúde-Doença para Concurso
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O TDO refere-se à observação da ingestão de medicamentos pelo paciente, realizada por profissionais de saúde ou outra pessoa, na residência do usuário ou no serviço de saúde. É intervenção amplamente utilizada no tratamento da tuberculose e pode ser aplicada tanto com crianças quanto com adultos.
Quanto ao trabalho do psicólogo com adesão, julgue o seguinte item.
O psicólogo pode desenvolver várias intervenções para apoiar
a adesão, entre elas: consulta ou atendimento individual com
foco em adesão, interconsulta e consulta conjunta, tratamento
diretamente observado (TDO), grupos, grupos informativos e
de discussão, atividades de sala de espera, utilização de
dispositivos e técnicas para a adesão (porta-pílulas, diários,
alarmes, tabela de medicamentos) e a realização de grupos
voltados para a equipe multiprofissional.
A adesão é um dos maiores desafios do trabalho em saúde. O papel do psicólogo é convencer o paciente a seguir as recomendações médicas, a fim de obter bom resultado com o tratamento.
Embora os níveis de estresse estejam relacionados com a capacidade de recuperação de um paciente submetido à cirurgia, pesquisas sobre os efeitos da informação prévia sobre cirurgia não apontaram resultados significativos em relação ao tempo de recuperação pós-cirúrgica, mas apenas à satisfação do paciente com os serviços prestados pela equipe multiprofissional.
Segundo o modelo biopsicossocial, a concessão de poder igualitário aos profissionais de saúde das diferentes áreas pode aumentar os desafios dos serviços de saúde e desorganizar a rotina de trabalho.
A interdisciplinaridade é uma estratégia legítima de trabalho no campo da saúde de classificação epistemológica, em que se admite o esforço conjugado de vários profissionais para alcançar os significados do processo saúde-doença.
O modelo de hipótese cognitiva da adesão defende que é possível prever a adesão pela combinação da satisfação do paciente em relação à consulta com a compreensão das informações comunicadas pelo profissional de saúde e a capacidade do paciente de recordar essas informações.
O modelo de crenças em saúde é composto, basicamente, pelas seguintes dimensões: suscetibilidade percebida, severidade percebida, benefícios percebidos e barreiras percebidas.
A teoria da ação planejada é um modelo derivado da psicologia social que analisa processos de decisão comportamental. Esse modelo foi aperfeiçoado na psicologia da saúde, e não é aplicado em outras áreas da psicologia.
A adoção da recomendação de não reencapar agulhas é um comportamento preventivo de acidentes com agulhas. De acordo com o modelo de crenças em saúde, a adoção de um comportamento preventivo como esse depende, entre outros aspectos, de o indivíduo se considerar suscetível ao problema, associar o problema de saúde à gravidade de suas consequências, e acreditar que o problema de saúde pode ser prevenido por uma ação.
Na teoria da ação planejada, as atitudes compreendem uma avaliação da probabilidade de terceiros importantes desejarem que o indivíduo pratique, ou não, o comportamento considerado e a motivação para cumprir tal expectativa. As normas sociais também compreendem dois elementos: as crenças relativas ao comportamentos em questão e as valências ligadas a essas crenças.
A respeito de modelos teóricos de comportamento e saúde, julgue o item a seguir
De acordo com o modelo transteórico, as alterações no
comportamento relacionado à saúde ocorrem por meio de
cinco estágios distintos: pré-contemplação, contemplação,
decisão, ação e manutenção, sendo que cada estágio representa
a dimensão temporal da mudança do comportamento, ou seja,
mostra quando a mudança ocorre e qual é o grau de motivação
para realizá-la.
A respeito de modelos teóricos de comportamento e saúde, julgue o item a seguir
A teoria da ação planejada considera que o fator determinante
primário do comportamento consiste na intenção de adotá-lo.
As intenções comportamentais, por sua vez, derivam de dois
processos cognitivos paralelos, as atitudes do indivíduo em
relação ao comportamento considerado e as normas sociais
relevantes.
O modelo biomédico inclui teorias comportamentais e cognitivistas que examinam fatores individuais preditivos de doença, como os genéticos e os emocionais, incluindo-se a percepção de sintomas físicos e as crenças de paciente e profissionais de saúde.
O processo saúde-doença é entendido como um complexo intercâmbio de fatores biológicos capaz de influenciar a unidade mente-corpo, incluindo variáveis orgânicas e biológicas, tais como nível de insulina no sangue e má-formação celular. A interação entre as variáveis orgânicas e biológicas integra o aspecto multidimensional e dinâmico do processo saúde-doença.
A base puramente biológica dos sintomas da doença física foi claramente contestada a partir das publicações de Freud sobre a conversão histérica, e das de Dunbar e Alexander sobre a medicina psicossomática, que apontaram evidências do impacto exercido pelo estilo de vida e por variáveis pessoais e sociais sobre a saúde física do homem, impulsionando a concepção biopsicossocial de saúde.
O modelo biopsicossocial, que busca o resgate da visão integral do indivíduo e a compreensão do binômio saúde-doença como um fenômeno multicausal e interdependente na e da relação indivíduo-mundo, se opõe ao modelo biomédico vigente os últimos 150 anos.
A abordagem psicofisiológica, que integra a medicina psicossomática, baseia-se, principalmente, na premissa de que fatores psicossociais podem, por meio da atividade do cérebro, perturbar ou ajudar a restaurar a homeostase e, consequentemente, ter um impacto na saúde, para melhor ou para pior.
No que se refere a psicologia da saúde e áreas afins, julgue o item a seguir.
A psicologia médica tem significados diversos, a depender da
referência adotada, podendo compreender uma disciplina cuja
finalidade é o treinamento de aptidões psicológicas de
médicos, para que compreendam melhor os processos
psicológicos de seus pacientes.
Na concepção da psicologia da saúde preconizada pela American Psychological Association, apesar de saúde e doença serem condições dispostas em uma linha hipotética contínua, devem ser entendidas como conceitos qualitativamente diferentes.