Questões de Concurso
Comentadas sobre psicologia da saúde em psicologia
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A construção do campo profissional da psicologia da saúde tem uma historiografia recente. Mary Jane Spink (2003) nos apresenta alguns dados e considerações sobre a delimitação teórica da psicologia da saúde, a saber:
I. A tarefa de institucionalização da psicologia da saúde foi consolidada pelos presidentes da Divisão 38 da APA: Joseph Matarazzo, Stephen Weiss e Neal Miller. A definição de Matarazzo passou a ser amplamente aceita, sendo inclusive adotada pela Sociedade Europeia de Psicologia da Saúde.
II. Stphen Weiss definiu a psicologia da saúde como um campo interdisciplinar que se ocupa do desenvolvimento e integração do conhecimento científico e das técnicas precedentes tanto do âmbito comportamental como do biomédico, relacionadas com a saúde, a enfermidade e com a aplicação desse conhecimento e dessas técnicas à prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
III. David Marks, diretor do Centro de Pesquisa em Saúde da Universidade de Middlesex , Londres, afirma que “as teorias da psicologia da saúde são geralmente elaboradas de forma a prover relatos sobre os processos cognitivo, emocional e motivacional presentes no nível pessoal”. Ou seja, ele denuncia o viés individualista.
IV. Neisse (1976) também concorda com a crítica do viés individualista e afirma ”Carecendo de validade ecológica, indiferente à cultura, e até mesmo desprezando os principais aspectos da percepção e da memória tais como ocorrem na vida cotidiana, tal psicologia pode vir a tornar-se um campo especializado estreito e pouco interessante”.
Está(ão) CORRETA(S):
“A psicoterapia breve, se contraposta à psicanálise, pode ter seguidores fervorosos e críticos exaltados, mas isso é, muitas vezes, fruto de preferências pessoais ou ideológicas e não de fundamentação técnica ou teórica. Nossas preferências pessoais e até mesmo nossas teorias pessoais nos levam a escolher o tipo de trabalho que desenvolvemos, mas também precisamos levar em conta as preferências e necessidades de nossos pacientes: assim como há pessoas que preferem contos e poesias, há pacientes que se satisfazem passando pouco tempo conosco, em psicoterapia.”
(Franchetti, s/d.)
Nesse sentido, é interessante considerar a psicoterapia breve uma modalidade possível de intervenção que exige conhecimento e atenção não apenas do que o sujeito diz, mas de toda a sua forma de interagir. Tendo isso em vista, o psicólogo hospitalar deve estar atento:
I. A como o paciente chega até ao terapeuta, ou seja, se encaminhado por pessoas da família, por um médico ou se veio por iniciativa própria.
II. Ao comportamento na sala de espera, ou seja, se permanece sentado ou em pé; se conversa com outros pacientes; e se observa tudo à sua volta.
III. A atitude ao entrar para a consulta, isto é, se estende ou não a mão; se olha ou não nos olhos do terapeuta; inclusive se escolhe lugar para se sentar.
IV. Ao quão disponível o paciente demonstra-se para marcar a primeira consulta; se ele pede urgência ou quer parar depois de algum tempo; se procura facilitar ou dificultar a marcação dos horários, por exemplo.
Estão corretas as afirmativas