“Alguns padrões de comportamento disfuncional prejudicam a atuação social sem depressão ou delírios. Entre eles
estão os transtornos de personalidade, que geram comportamentos perturbadores, inflexíveis e duradouros que
prejudicam socialmente o indivíduo. Um grupo desses transtornos expressa ansiedade como sensível temor à rejeição,
que predispõe o introvertido ao transtorno de personalidade esquiva. Um segundo grupo exprime comportamentos
excêntricos, como o distanciamento emocional típico do transtorno de personalidade esquizoide. Um terceiro grupo
exibe comportamentos dramáticos ou impulsivos, como o chamativo transtorno de personalidade histriônica e o
autofocado e autoinflado transtorno de personalidade narcisista. No entanto, as categorias de transtornos de
personalidade não são nitidamente distinguíveis e provavelmente serão revistas no próximo DSM.”
(Clark, 2007; Widiger e Trull, 2007.)
Mesmo que demasiadamente interligados através das características deveras semelhantes, a respeito de transtorno
de personalidade analise as afirmativas a seguir.
I. O transtorno de personalidade mais problemático e intensamente pesquisado é o transtorno de personalidade
antissocial. A pessoa (antes chamada de sociopata ou psicopata) é tipicamente um homem cuja falta de consciência
se torna evidente antes dos 15 anos de idade, quando ele começa a mentir, a roubar, a brigar ou a demonstrar um
comportamento sexual irrefreável. Cerca da metade dessas crianças torna-se um adulto antissocial – incapaz de
manter o emprego, irresponsável como cônjuge e como pai, e agressivo, senão criminoso.
II. Alguns estudos detectaram os sinais precoces de comportamento antissocial em crianças ainda dos 3 aos 6 anos de
idade (Caspi et al. 1996; Tremblay et al. 1994). Meninos que mais tarde se tornaram adolescentes agressivos ou antissociais
tendiam, enquanto crianças, a ter sido impulsivos, desinibidos, indiferentes a recompensas sociais e pouco ansiosos.
III. O meio e a genética interferem no resultado do sujeito com transtorno de personalidade. A falta de medo, se
canalizada em direções produtivas, pode levar ao heroísmo corajoso, a uma vocação para a aventura ou a um
desempenho atlético estelar; todavia, carecendo de senso de responsabilidade social, a mesma disposição pode
produzir um frio manipulador ou assassino (Lykken, 1995).
Estão corretas as afirmativas