Questões de Concurso
Sobre transtornos do humor em psicologia
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Com base nos critérios diagnósticos contidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5.ª edição revisada (DSM-V-TR), julgue o item seguinte.
No luto, há manifestação de humor deprimido persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer, enquanto no episódio depressivo maior, o afeto predominante inclui sentimentos de vazio e perda.
Com base nos critérios diagnósticos contidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5.ª edição revisada (DSM-V-TR), julgue o item seguinte.
Pode haver subdiagnóstico do transtorno depressivo maior quando a gravidade for leve, pois o funcionamento da pessoa, apesar de exigir um esforço acentuadamente aumentado, pode parecer normal, além de as queixas apresentadas nesse caso geralmente serem relacionadas a insônia ou fadiga em vez de humor deprimido ou perda de interesse.
Com base nos critérios diagnósticos contidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5.ª edição revisada (DSM-V-TR), julgue o item seguinte.
O transtorno bipolar tipo II não é uma forma mais leve do transtorno bipolar tipo I.
Com base nos critérios diagnósticos contidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5.ª edição revisada (DSM-V-TR), julgue o item seguinte.
O transtorno depressivo persistente pode ser diagnosticado quando os sintomas depressivos estão presentes de forma contínua por um período de seis meses, sem remissões de duração superior a dois meses.
Lívia, 14 anos de idade, teve uma perda ponderal considerável nos últimos meses. Estranhando o comportamento da filha, a genitora decidiu levá-la para receber atenção profissional na rede pública de saúde, em seu território. Chegando lá, a equipe multidisciplinar, composta por médico e psicólogo, iniciou a entrevista com mãe e filha presentes. A mãe relatou o seguinte:
“Nos últimos 4 meses, Lívia tem comido bem menos. Como trabalho muito e a crio sozinha, não sei muito bem como começou. Passei a estranhar quando ela começou a não comer a marmita que sempre deixo pronta para ela e passou a não pedir para eu fazer as comidinhas e sobremesas que pedia aos finais de semana. Ficou mais quieta e mais fraca. Até achei que tinha relação com o período menstrual, pois ela tem um fluxo intenso e fica mais na dela quando está naqueles dias. Quando perguntei, ela me contou não tinha nada a ver com isso e que a menstruação não vinha havia mais de dois meses. Passamos logo no postinho e ela fez um teste de gravidez. Fez três vezes pra termos certeza. Mas não era menino não.” [sic].
E continuou:
“Passou a ficar irritadiça quando eu perguntava sobre sua alimentação ou oferecia as coisas que antes ela gostava de comer. Ficou mais calada, quieta e passou a ficar mais tempo no quarto. Com muito jeito, depois de alguns dias, ela conseguiu se abrir comigo. Comentou que nunca gostou de seu corpo, que sempre se achou gorda demais, que o nariz é ‘grande e de batata’, que tem vontade de morrer só de pensar em engordar. Revelou para mim que tem contado as calorias de tudo o que come e que a cabeça falta explodir, porque os pensamentos não param. Meu coração quase não aguentou, doutor. Mas o que quase acabou comigo foi encontrar umas marcas no braço dela. Depois de muito esforço meu, ela confessou que tem tido pensamentos muito ruins e tem perdido a vontade de tudo, inclusive de viver. Minhas pernas falharam na hora. Pensei que fosse ter um ataque. Nunca tinha visto minha filha assim. Estou disposta a largar tudo para cuidar dela e ela sabe disso. Falava que não precisava de tratamento nenhum e que a única coisa da qual gostaria de se livrar é do medo de engordar. Mas, depois que fizemos os exames na unidade básica de saúde, o médico disse que precisaríamos buscar ajuda psicológica também, pois o quadro dela não melhoraria se não cuidássemos da sua saúde mental. Aí ela amoleceu e aceitou vir hoje.” [sic].
Esses sintomas conjugados podem ser indicativos de
A partir dos sintomas apresentados, é possível considerar na avaliação psicológica:
Cento e cinquenta anos antes de Jesus Cristo, Areteu da Capadócia escrevia: “[...] alguns pacientes, depois de estarem melancólicos, têm arroubos de mania [...], assim, a mania é como uma variação do estado melancólico”. Portanto, na Antiguidade, há indícios de que já se reconhecia a possibilidade de se alternarem estados melancólicos com maníacos (embora melancolia e mania naquele contexto não eram exatamente o mesmo que são hoje). Entretanto, foi apenas no século XIX que os alienistas passaram a reconhecer com mais clareza o que chamaram de loucura circular ou loucura maníaco-depressiva, o nosso atual transtorno bipolar (TB). (Goodwin; Jamison, 2010, apud Dalgalarrondo, 2019, p. 629.)
Avalie as asserções a seguir.
I- A hipomania é uma forma atenuada de episódio maníaco, o indivíduo está mais disposto que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos, não se ressente com as dificuldades e os limites da vida. Pode ter diminuição do sono, mas não se sente cansado após muitas atividades e deseja sempre fazer mais.
II- Para o diagnóstico do Transtorno Bipolar, tipo ciclagem rápida, é necessário que o paciente tenha apresentado, nos últimos 12 meses, pelo menos quatro episódios bem caracterizados e distintos de transtorno do humor, mania ou hipomania e/ou depressão. Os episódios podem ocorrer em qualquer combinação ou ordem.
III- A ciclotimia caracteriza-se por frequentes períodos de poucos e leves sintomas depressivos (p. ex., sentir-se “para baixo”, com interesses diminuídos, cansaço) seguidos, em periodicidade variável, de certa elevação do humor (p. ex., um tanto eufórica, irritável ou com expansão do Eu e ativação psicomotora). Isso ocorre sem que o indivíduo apresente episódios completos de depressão.
É CORRETO o que se afirma em:
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), menos de 5% das mulheres brasileiras apresentam sintomas de depressão no período de 6 a 18 meses após o parto. O estudo da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) não encontrou associação entre depressão pós-parto e histórico prévio da síndrome, gravidez planejada, alta condição socioeconômica, ausência de uso de bebida alcoólica ou tabagismo.
Existem fatores genéticos associados à depressão, uma condição muitas vezes desencadeada por disfunções bioquímicas cerebrais. Contudo, indivíduos com predisposição genética reagem de maneira variada a fatores desencadeantes, como eventos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, doenças sistêmicas (como hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (como álcool) e ilícitas (como cocaína), e certos medicamentos (como anfetaminas). Além disso, mulheres parecem mais vulneráveis a estados depressivos devido às oscilações hormonais, especialmente durante o período fértil.