Paciente, sexo feminino, 14 anos, mora com a mãe. Iniciou tratamento no serviço de psiquiatria encaminhada pela
ginecologia, onde estava em seguimento de um tumor de ovário, quando foi identificado relato de que ouvia vozes,
além de medo e sintomas obsessivos. Abandonou a escola há 1 ano. Iniciou terapia cognitivo-comportamental
individual associada a ajuste medicamentoso constante, com melhora dos sintomas obsessivos; porém, manutenção
da disfuncionalidade e dificuldade de reinserção escolar. Mãe sempre se mostrou pouco aderente às orientações dos
profissionais, reforçando dependência e infantilização da paciente, impedindo-a de tomar suas próprias decisões. Na
última consulta, paciente referia alucinações auditivas e visuais e quando questionada sobre sintomas e suas vivências,
a mãe se interpunha e falava pela paciente. Na última consulta, após tentativa de entrevistar a paciente isoladamente,
mãe informou à equipe via telefone que não daria continuidade ao tratamento no serviço. Considerando o caso clínico
hipotético, qual o diagnóstico mais provável?