“Imagine um bairro histórico em
decadência, ou que, apesar de estar bem
localizado, é reduto de populações de
baixa renda, portanto, desvalorizado.
Lugares que não oferecem nada muito
atrativo para fazer… Enfim, lugares que
você não recomendaria o passeio a
um amigo. Imagine, porém, que, de um
tempo para cá, a estrutura desse bairro
melhorou muito: aumentou a segurança
pública e agora há parques, iluminação,
ciclovias, novas linhas de transporte,
ruas reformadas, variedade de comércio,
restaurantes, bares, feiras de rua… Uma
verdadeira revolução que traria muitos
benefícios para os moradores da região,
exceto pelo fato de que eles não podem
mais morar ali. É que, depois de todas
essas melhorias, o valor do aluguel
dobrou, a conta de luz triplicou e as idas
semanais ao mercadinho da esquina
ficaram cada vez mais caras, ou seja,
junto com toda a melhora, o custo de
vida subiu tanto que não cabe mais no
orçamento desses moradores. E o mais
cruel de tudo é perceber que, enquanto o
antigo morador procura um novo bairro,
pessoas de maior poder aquisitivo estão
indo morar no seu lugar”. O processo
de transformação urbana evidenciado
no enunciado é