Questões de Concurso Público Prefeitura de São João do Tigre - PB 2024 para Agente Administrativo
Foram encontradas 40 questões
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Não ameis a distância
Rubem Alves
Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas, em outra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa, e essas pessoas tão distantes, acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor a distância?
Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam mais; é tão caro e demorado e tão ruim e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentiu a semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando - “outra semana!” e as quartas já tem um gosto de sexta, e o abril de de-já-hoje é mudado em agosto...
Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muitas vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência – e, no entanto, há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las!
Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pêlo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, o agora, o aqui - e isso não há.
Então a outra pessoa vira retratinho no bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está-se gastando, perdendo seu poder emissor a distância.
Cuidai amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de cartas e fotografias no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...
Não ameis a distância, não ameis, não ameis!
BRAGA, R., Coleção Melhores Crônicas, São Paulo,
Editora Global, 2013.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Não ameis a distância
Rubem Alves
Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas, em outra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa, e essas pessoas tão distantes, acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor a distância?
Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam mais; é tão caro e demorado e tão ruim e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentiu a semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando - “outra semana!” e as quartas já tem um gosto de sexta, e o abril de de-já-hoje é mudado em agosto...
Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muitas vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência – e, no entanto, há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las!
Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pêlo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, o agora, o aqui - e isso não há.
Então a outra pessoa vira retratinho no bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está-se gastando, perdendo seu poder emissor a distância.
Cuidai amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de cartas e fotografias no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...
Não ameis a distância, não ameis, não ameis!
BRAGA, R., Coleção Melhores Crônicas, São Paulo,
Editora Global, 2013.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Não ameis a distância
Rubem Alves
Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas, em outra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa, e essas pessoas tão distantes, acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor a distância?
Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam mais; é tão caro e demorado e tão ruim e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentiu a semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando - “outra semana!” e as quartas já tem um gosto de sexta, e o abril de de-já-hoje é mudado em agosto...
Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muitas vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência – e, no entanto, há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda; e eu vos direi: amai para entendê-las!
Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pêlo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, o agora, o aqui - e isso não há.
Então a outra pessoa vira retratinho no bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está-se gastando, perdendo seu poder emissor a distância.
Cuidai amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de cartas e fotografias no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...
Não ameis a distância, não ameis, não ameis!
BRAGA, R., Coleção Melhores Crônicas, São Paulo,
Editora Global, 2013.
No trecho, “Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz; mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muitas vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência – e, no entanto, há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem?” os termos em destaque possuem, respectivamente, função
Leia o texto a seguir.
Disponível em: <https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/
pb.100064627692059.-2207520000/2556237011088256/?type=3>.
Acesso em: 01 de abril de 2024.
A frase exposta na placa apresentada por
Armandinho difere, quanto ao sentido, da que foi
compreendida pelo adulto. Tal confusão pode ser
justificada pelas formas verbais “Ver” e “Vender”,
conjugadas, respectivamente no
Leia o texto a seguir.
Disponível em: <https://www.instagram.com/p/Cm2U_ofOn_r/>.
Acesso em: 01 de abril de 2024.
De acordo com o texto, as formas nominais do verbo
podem ser relacionadas, respectivamente, à ideia de
tempo
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://www.upe.br/images/CADERNO_DE_
PROVAS_SSA_2__2_DIA_29_10-compactado.pdf>. Acesso em: 08
de abril de 2024.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://www.upe.br/images/CADERNO_DE_
PROVAS_SSA_2__2_DIA_29_10-compactado.pdf>. Acesso em: 08
de abril de 2024.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://brainly.com.br/tarefa/14243356>. Acesso
em: 08 de abril de 2024.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://brainly.com.br/tarefa/14243356>. Acesso
em: 08 de abril de 2024.
Leia a tirinha a seguir e responda à questão.
Disponível em: <https://jornalnoroeste.com/pagina/revisa/o-uso-dosuper-o-superprefixo>. Acesso em: 01 de abril de 2024.
Palavras escritas com o prefixo “super” são bastante utilizadas em conversas e, até mesmo, em textos escritos, sobretudo nas redes sociais, espaço em que as pessoas geralmente utilizam linguagem informal para se comunicar com seus seguidores. Por esse motivo, nem sempre a escrita de palavras com esse prefixo obedece às convenções ortográficas oficiais.
Nesse sentido, analise os termos “super poderes”,
“super capacidade” e “super fome” e julgue as
alternativas a seguir.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://www.memoriadapropaganda.org.br/mulhermarervilha-e-a-nova-peca-da-campanha-hortiflix-da-hortifruti/>.
Acesso em: 02 de abril de 2024.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <https://www.memoriadapropaganda.org.br/mulhermarervilha-e-a-nova-peca-da-campanha-hortiflix-da-hortifruti/>.
Acesso em: 02 de abril de 2024.
Nesse contexto, a análise do termo em destaque, permite a compreensão de que o cruzamento vocabular tem como finalidade unir
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Dentro de um abraço
Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beira-mar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?
Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço?
Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste.
MEDEIROS, Martha. Dentro de um abraço. Disponível em: < https://
www.revistaprosaversoearte.com/dentro-de-um-abraco-marthamedeiros/>. Acesso em: 02 de abril de 2024.
O termo “que” pode assumir várias funções sintáticas e morfológica, as quais são determinadas a partir da análise do termo em um contexto específico.
Desse modo, analise os períodos a seguir e indique a
alternativa que apresenta a classificação morfológica
adequada para o conectivo em questão.